Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Estávamos sentados no centro da cama, ainda tentando nos recuperar da última golfada de prazer com nossos orgasmos quase em sincronia. Eu ainda estava sentada em seu colo, com as longas pernas envolvidas em sua cintura e Ucker mantinha sua cabeça escondida na curva do meu pescoço, ofegante como eu. Qualquer frio que eu tinha sentido durante a noite tinha passado. Agora, com o fim daquele momento divino, o cansaço começou a abater sobre mim e minha maior vontade era cair pro lado encontrado o colchão e dormir agarradinha a Ucker.

Apoiei o queixo no topo de sua cabeça, fazendo carinho em seu cabelo e vi o dia amanhecendo pela janela, onde começava gradativamente a ficar mais claro.

- Eu senti saudades disso. – Sussurrei, passando os dedos por seus fios claros.

Ucker ergueu o rosto e levou seus olhos curiosos para mim.

- Essas ondas do seu cabelo. Senti saudades de tê-las entre meus dedos. – Mordi o lábio inferior e ele jogou meu cabelo pra trás, depositando um beijo leve em meu ombro.

- Eu sinto saudades de você o tempo todo. Eu nunca quis ninguém o tempo todo comigo como eu quero você. – Seu sussurro foi fraco, como se aquilo fosse uma confissão, algo nunca dito antes de sua boca. Eu me sentia exatamente da mesma forma e queria dizer isso a ele. Mas antes de qualquer palavra minha, um barulho chegou até o quarto, provavelmente vindo da cozinha e nos fez olhar para a porta e depois nos encarar.

- Provavelmente mamãe e Henry já acordaram. – Murmurei e saí de seu colo, pegando a calcinha no chão. – E eu tenho que ir lá avisar que não vou à faculdade hoje.

- Me sinto um criminoso invadindo seu quarto na calada da noite e não te deixando dormir. – Ele sorriu de lado, deitando-se na cama. – Sou uma péssima má influência, te fazendo matar aula.

Revirei os olhos e ri, colocando uma camisola rosa que estava pendurada na porta do armário. Passei os dedos entre os cabelos emaranhados e girei a chave na fechadura. Ainda com a mão na maçaneta, olhei para Ucker, pedindo que ele ficasse em silêncio com o dedo indicador sobre os lábios. Ele assentiu debochado, passando os dedos na boca como se fechasse um zíper.

Senti o cheiro de café assim que encostei a porta. Fui o caminho até a cozinha inventando uma boa história  e tive que relembrar de minhas aulas de teatro quando criança para colocá-la em ação.

- Bom dia. – Murmurei e os dois responderam em uníssono.

- Não está atrasada, querida? – Perguntou mamãe, bebericando de sua xícara branca.

- Não vou à aula hoje. Estou com uma dor de cabeça terrível. – Coloquei a mão na testa, caprichando na cara de sofrimento.

- Então descanse, se não se sentir bem até a tarde, não vá para o trabalho, ouviu? – Dona Blanca como sempre extremamente cuidadosa.

- Claro, mamãe. – Sorri e assenti, exatamente como fazia desde pequena.

Me despedi deles e voltei pro quarto ainda fingindo minha dor, quando abri a porta, Ucker estava deitado descoberto, só de cueca e mexia no celular. Tranquei a porta e deitei ao seu lado, porém ele estava concentrado no jogo.

- Ai, preciso mijar. – Disse, entregando o celular na minha mão. – Termina essa fase aí pra mim.

Olhei para a tela onde rodava o jogo “Angry birds”, uns de meus maiores vícios. Preparei cautelosamente a mira, porém quando ia soltar o dedo a ponto de atirar, o celular de Ucker começou a vibrar em minhas mãos, enquanto um nome aparecia junto a foto de uma garota. Uma tal de Jennifer ligava pra Ucker, porém eu nunca tinha ouvido sequer ele pronunciar esse nome. Fiquei olhando o celular a minha frente, até a chamada se encerrar e o ícone de chamada perdida aparecer na tela inicial.

- E aí, conseguiu? – Perguntou ele, sentando ao meu lado novamente.

Não respondi, ainda olhando para o celular.

- Amor. – Ucker riu. – Eu tô falando com você. Se perdeu, não tem proble...

- Quem é Jennifer? – Perguntei, interrompendo-o e sendo bem direta. Ucker se calou, surpreso e eu vi claramente quando sua saliva passou pela garganta.

- De onde você tirou isso? – Foi a pior pergunta que ele podia ter feito.

- Você deve saber, porque a Jennifer é quem está te ligando a essa hora da manhã. – Murmurei ironicamente e ele revirou os olhos. – Ucker, eu não acredito que...

- Nem completa essa frase, Dul. – Murmurou, me interrompendo. – É sério, se você estiver cogitando a possibilidade de eu estar te traindo, eu vou embora agora. – Ele parecia irritado, ofendido, algo assim.

- Tudo bem. Então, me fala só quem é. – Cruzei os braços e Ucker levantou.

- Não faz esse olhar pra mim, Dul. – Murmurou entredentes, pegando sua bermuda no chão e vestindo. – Não me olha como se eu tivesse sendo um canalha contigo. Se acha que eu estou te traindo, beleza.

- Eu só quero saber quem é Jennifer. – Rebati, agora estava irritada, irritada demais no fato dele não conseguir responder uma simples pergunta.

- Deve ser uma pu/ta que eu tô comendo. – Respondeu irônico e com a cara fechada. Depois disso, só o vi pegar o celular e caminhar até a janela, sem olhar pra mim.

- Ucker, será que...

- Fo/da-se, Dul. – Murmurou antes de eu falar e abriu a janela do quarto. Habilidosamente, ele pulou pra fora e saiu caminhando sem nem olhar pra trás, deixando-me sozinha entre os lençois que a poucos minutos eram nossos. 

Genteee, valeu por comentarem, tamo junto kkk`

Sério, de coração, obrigada por estarem aqui ;)

E como eu sempre digo: C O M E N T E M <3