Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ao virar pra trás, tentando procurar o dono daquela belíssima voz, meus olhos miraram um peito masculino escondido numa blusa regata preta, com um desenho de caveira no centro. Olhei pra cima, dando de cara com Uckermann, ele estava sorrindo maldoso, seu olhos miravam diretamente em mim, seu cabelo castanho escondido por um boné de aba reta branco virado pra trás lhe davam um charme que, meu Deus... Que gato.

- E aí. – Ele cumprimentou, deixando seus olhos escorregarem por meu corpo por três segundos, antes de voltar ao meu rosto. – Acho que começamos errado.

- Você acha? – Perguntei, erguendo a sobrancelha, desafiadora. No fundo, estava me sentindo bem intimidade com tamanha coragem dele de chegar em mim daquela forma. E com aquele sorriso maldoso, claro.

- Vamos agir como pessoais normais, certo? – Pediu ele, assenti com a cabeça sarcasticamente.

- Oi. – Estendi a mão. – Eu sou a Dulce, mas você pode me chamar de Dul.

- Eu sou o Christopher. – Ele apertou minha mão, estendendo seu sorriso debochado e maldoso. – Mas pode me chamar de Ucker, amor, bebê, vida... Pode me chamar de seu, se quiser.

Não contive a risada. Ele realmente tinha me surpreendido com aquela fala.

- Vou ficar com o Ucker mesmo. – Murmurei, rindo.

- Por enquanto. – Corrigiu ele e soltou minha mão, ajeitando o boné na cabeça.

- Sua cerveja. – Disse o homem do bar, bem atrás de mim.

Virei-me e peguei, agradecendo, o homem olhou minha pulseira e entregou.

- Você pode beber isso? – Ucker perguntou, cruzando os braços. – Quero dizer, não entrou com uma identidade falsa, entrou?

- Eu tenho 18 anos. – Murmurei, abrindo a latinha.

- Com cara de 15. – Ele não conteve a risada, mas recebeu um olhar nada agradável de mim. – Foi mal, só que... você é pequena demais.

- Isso não me ofende, Ucker.

- Então... – Ele deu uma rápida olhada a sua volta, colocando as duas mãos no bolso da calça jeans. – Você pretende se encher de cerveja e ficar aqui a noite toda?

- Bom, é uma ótima alternativa. Mas daqui a cinco minutos, Annie está atrás de mim feito louca. – Revirei os olhos, sentindo o líquido gelado descer por minha garganta.

- Podemos despistar ela. – Ucker sugeriu, mas eu não entendi o que ele queria dizendo aquilo. – Sabe, eu te faço companhia e a gente despista ela.

- E o que você ganharia com isso? – Perguntei, erguendo as sobrancelhas.

- Bom... – Ele se aproximou e eu pude sentir seu perfume doce e masculino enchendo meus pulmões. Ô, Senhor. – Isso nós podemos negociar. – Aquele tom de malícia deixava a voz dele bem mais sexy. – Você pode me dar algo em troca da ajuda, gata.

- Ué, eu não tinha 15 anos? – Murmurei, debochada. Nossos corpos estavam tão próximos, ainda sem se tocar, mas tão próximos.

- Gosto de novinhas. – Ucker sorriu de lado, deixando claramente estampada suas intenções comigo.

Sua mão tocou em minha cintura, me puxando pra perto e quando me senti encostada nele, não quis me afastar como costumava ser com todos os homens. Eu quis mais proximidade, eu quis mais.

- Dulce? – Uma voz alta disse bem ao meu lado, então me afastei imediatamente de Ucker, que nesse momento revirava os olhos e bufava. Quase me engasguei ao ver Henry me encarando, bem sério.

Não acredito, mano. Como meu irmão mais velho tinha desenvolvido aquele dom de saber a deixa certa de entrar? Na verdade, a deixa errada pra entrar? Ele conseguiu me encontrar nesse mar de gente só pra me interromper? 

Besitos, amores. Comentem ;)