Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Cruzei os braços de uma forma um tanto defensiva. Ao mesmo tempo que queria expor o que tinha em mente, minha vontade também era dizer um belo “dane-se” e cair nos braços de Ucker. Mas... Haviam coisas a serem ditas. E se eu não colocasse tudo aquilo em claro naquele momento, não haveria outro.

- Não gosto de ver você fumando. Também não gosto de ver você bebendo. – Suspirei, observando-o me encarar seriamente. – Qualquer coisa que você consome, ou que você faz, qualquer atitude que possa atingir você negativamente me machuca.

Esperei pela reação dele. Não demorou muito para que Ucker coçasse a cabeça e depois o queixo, olhando pra cima.

- Olha, amor, eu te entendo. Mas tá tudo de boa, sério. – Ele se aproximou e sorriu como se fosse capaz de me convencer daquilo. – A vida sempre me mostrou o que é melhor pra mim. É meu jeito, minha forma de viver, é o que eu sou...

- E você precisa de álcool e maconha pra ter personalidade? – Ergui as sobrancelhas. – Sabe o que é melhor pra você? Se cuidar, Ucker.

- Não venha me dizer o que é melhor pra mim. – Ele franziu o cenho. – Isso eu decido.

Assenti e fechei a cara, cruzando os braços. Olhei para o lado, evitando encará-lo. Ucker se aproximou, tentando segurar em minhas mãos, porém eu puxei as mesmas, evitando o contato visual e físico.

- Ah, qual foi? Vai ficar bolada comigo? – Ucker riu de leve.

- Não tô achando a mínima graça. – Respondi, séria.

- Dul, pelo amor de Deus. Vai implicar com meu cigarro de maconha? Com a minha cerva? – Ele continuava com seu sorrisinho de lado, tentando aproximar nossos rostos.

- Tira esse maldito sorriso do rosto, Ucker... – Disse entredentes e ele gargalhou debochadamente.

- Ou...? – Sussurrou, alisando meu braço de cima a baixo e o arrepio veio mesmo diante da minha irritação.

- Ou eu mesma tiro! – Ameacei, deixando nossos rostos a dois centímetros de distância enquanto o olhava fixamente nos olhos.

Ele mordeu o lábio inferior e abaixou o olhar para minha boca, mantendo seu olhar preso ali.

- Cara/lho. – Sussurrou. – Você fica muito sexy quando fala assim, toda ameaçadora.

Acho que Ucker não tinha consciência de quanto era gostoso, ainda mais quando falava daquela forma, fazendo aquela cara de cafajeste.

- Sabe o que deu vontade agora? – Ele continuou com sua voz rouca e com aquele sorriso filho da pu/ta. – De amarrar teus braços na minha cama e te dá prazer sem que você precise mexer um dedo.

Toda a minha pose de durona caiu diante daquela frase. Ucker tinha o incrível dom de virar o jogo a seu favor, tornando tudo uma excitante brincadeira. E uma conversa séria, que tinha tudo para terminar em uma briga, virou uma excitante provocação em questão de segundos.

- Esquece a minha maconha, vai. – Ele passou a ponta de seus dedos em meu braço. – Deixa ela quietinha na dela que não vai atrapalhar a gente em nada.

- Mas, Ucker... – Comecei, porém seu dedo indicador colou-se aos meus lábios, me calando.

- Sem mais. – Colocando meu cabelo atrás da orelha. – Pensa em nós dois, pretinha.

O olhar dele era persistente e eu sabia que não venceria aquela guerra hoje. Não hoje, ainda não. Isso ficaria pra depois, mas não significava que eu tinha desistido.

- Você sabe que eu vou voltar nesse assunto. – Avisei e ele assentiu.

- Eu sei, te conheço. – Ele passou sua mão pela minha nuca. – Mas eu vou estar pronto pra te fazer esquecer rapidinho.

- Você tem a cara de pa/u de assumir isso? – Fingi ofensa e ele riu novamente.

- Ah, gata, você sabe que comigo não tem essas paradas. Ainda mais contigo, né. – Ucker beijou minha orelha e acariciou minhas coxas, levantando o roupão. Suas mãos escorregaram por baixo do pano, encontrando com minha pele quente e nua.

Imediatamente, Ucker arregalou os olhos.

- Po/rra, tu tá pelada? – Ele realmente parecia surpreso.

- Eu durmo pelada algumas vezes. – Respondi rindo, então senti suas mãos apertarem minha bun/da com força e morder a volta do meu pescoço.

- Preciso fazer amor com você agora. – Sussurrou entredentes, mostrando o tesão que sentia.

- Precisa é? – Provoquei, acariciando seus ombros e alisando seus braços, até segurar suas mãos.

- Muito. – Enfatizou, apertando minha cintura.

- Eu não posso, eu tenho faculdade e... – Comecei, porém ele simplesmente não ouviu.

- Ih, ou, ou. – Ucker abaixou e me pegou pelas pernas, jogando-me em seu ombro, segurando com o braço na volta de trás dos meus joelhos.

- Ucker, me solta. – Bati em suas costas já rindo e ele não se importou, apenas abriu a porta da minha casa e fechou, caminhando até os corredores que levavam até os quartos. – Ucker, me coloca no chão.

- Shii garota, fala baixo. – Sussurrou. – Quer que me escutem entrar no seu quarto? – Ele girou a maçaneta com calma e entrou, caminhando comigo até a cama.  

Ucker me jogou na cama, bati com as costas contra o colchão macio e ele sorriu, passando as mãos pelos cabelos e me olhando sensualmente. Ele então esticou as mãos até mim e desamarrou o laço das fitas do meu roupão, que se abriu, revelando meu corpo nu.