Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Aquele corpo escultural exposto a minha frente era a visão do paraíso. Eu às vezes demorava pra acreditar que tinha a sorte de ter aquela princesa pra mim. Mano, eu era muito sortudo. Por que além de ter uma beleza indescritível por fora, por dentro ela era a mais bela do que todas as mulheres. Não tinha como competir com Dulce. Essa mulher tinha sido esculpida pelos deuses.

- Vai ficar babando aí? – Perguntou, erguendo sua sobrancelha de leve.

Voltei a atenção para seu rosto e sorri. Porém, quando inclinei o corpo para deitar em cima de Dulce, ela rodou na cama e me deixou no vácuo. Me apoiei nos cotovelos, observando-a levantar e amarrar novamente a fita do roupão.

- Ih, vai ficar fazendo jogo duro? – Brinquei, franzindo o cenho e ela virou-se pra mim com os braços cruzados.

- É sério, eu tenho aula amanhã. – Dulce coçou a testa e olhou para o lado.

- Cê tá brincando. – Murmurei, parecendo mais uma pergunta do que uma afirmação. Porém, meu riso se perdeu assim que eu percebi que ela falava sério.

 - Não. – Sussurrou Dul e olhou pra mim.

- Sério que tu tá me dispensando? – Ergui as sobrancelhas.

- Você pode ficar se quiser. Mas pra dormir. – Completou rapidamente, confirmando o que eu temia.

- Beleza. – Não estava nada beleza. Mas eu ia dizer que estava só pra tudo ficar de boa, não ia insistir, não fazia em nada meu estilo. Sempre fui o tipo de cara que consegue as coisas com as atitudes, não com as palavras.

Dul sorriu de leve, surpresa e satisfeita com minha compreensão. Ela correu para a cama novamente e pulou ao meu lado como uma criancinha. A ruiva deitou-se ao meu lado e suspirou. Ajeitei o cobertor a nossa volta e depois a puxei pra perto, envolvendo o braço em seu tronco. A pequena aninhou-se em meu peito, suspirando e apoiando as mãos sobre minha barriga.

Não bastaram dois minutos para que ela suspirasse desconfortável.

- Não consigo dormir assim. – Resmungou, abrindo seus lindos olhos castanhos, fáceis de serem enxergados mesmo no escuro.

- Tô atrapalhando? – Perguntei, torcendo para que ela não tivesse sentindo minha ereção incontrolável.

- Não, é que... Sei lá, eu prefiro assim. – Sussurrou e girou na cama, ficando de costas para mim. Prendi a respiração quando senti sua bun/da encostar no meu membro e olhei pra cima, mordendo o lábio inferior.

- Ah, meu Deus. – Resmunguei entredentes, fechando os olhos.  

- O que foi? – Dul perguntou, dando uma rápida olhada pra mim por cima do ombro.

- Tô tentando não ficar de pa/u duro, mas tá difícil. – Respondi bem direto e ela riu.

- Nossa amor, se controla, cara. – Brincou.

- Para de ser debochada, Dul. Não tem graça.

 - Tem graça, sim. – Rebateu, puxando minha mão e envolvendo em sua cintura. – É só uma noite agradável de conchinha, não tem necessidade de ficar assim.

- Você fica roçando essa bun/da gostosa em mim e quer que eu fique como? – Apertei os dentes e ela riu novamente.

- Pensa em uma pedra de gelo. – Murmurou Dulce, controlando a risada.

- Vou pensar num iceberg inteiro.

A risada baixinha dela iluminou o quarto e quase me deu vontade de rir também, se eu não tivesse tão tenso como estava naquele momento. Comecei a respirar fundo, porém Dulce fingiu se arrumar na cama, fazendo sua bun/da se esfregar mais ainda contra mim.

- Ai, cara/lho, tu tá de sacanagem, né? – Apoiei o cotovelo na cama e levantei para ver seu rosto, a ruiva fingiu ser a pessoa mais inocente do mundo.

- O que foi que eu fiz? – Abrindo a boca, fingindo-se de ofendida.

- Para de ser cínica, tu sabe que isso foi de propósito. – Cerrei as pestanas e ela mordeu o lábio para controlar o sorriso de ironia. – Que é, tá afim de me provocar? Vem aqui então, po/rra.

Deitei sobre Dul, prendendo-a embaixo de mim e abaixei o rosto para beijá-la com vigor. Apesar de retribuir, a mesma manteve suas mãos firmes contra meu peito e me empurrou para o lado na primeira oportunidade.

- Já disse que não. – Resmungou e eu bufei.

- E eu disse beleza. Mas o que não tem graça é tu ficar nessa putaria de querer e não querer. – Virei-me de costas para Dulce, ajeitando o cobertor sobre o corpo. – Eu, hein. Garota maluca.

Dulce permaneceu em seu lugar por um momento, porém ouvi seu corpo deslizando sobre os lençóis enquanto seu calor tocava em minha pele. Minha ruiva envolveu seus braços em meu tronco, seus lábios molhados e macios depositaram um beijo em minha nuca, um beijo esse que me arrepiou, enquanto suas mãozinhas delicadas acariciaram meu peito e deslizavam por minha barriga. Até chegar no ponto certo. Ou no ponto errado. Dul apertou meu membro e passou a língua na pontinha da minha orelha, me fazendo gemer.

A noite ia ser longa, extremamente longa.