Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Que merda. A vida toda esperando o momento certo pra falar com aquela garota, pra me aproximar da maneira certa, pra tomar coragem e deixar o melhor lado de mim fluir com ela e...

- Eu não tô acreditando no que eu tô vendo! – Disse Henry, cruzando os braços sobre o peito. – Dul, você perdeu a noção? – Ele disse, entredentes, e mesmo que chamasse a irmã, seus olhos estavam me encarando, parecendo pu/to.

- Henry, você... – Mesmo com aquela música alta, quase pude ouvir o som da saliva passando seca na garganta dela. – Eu só estava conversando.

- Deixa a sua irmã, querido. – Disse uma morena, tentando puxá-lo pelo braço. – Ela já tem dezoito anos...

- Não se mete, Gabriele. – Murmurou Henry, olhando pra irmã com um olhar mortal. – Da minha irmã, cuido eu. Eu sei o melhor pra Dul. Vem. – Ele moveu a cabeça, indicando que ela o acompanhasse.

No instante seguinte, ele saiu na frente, com a menina que parecia ser a namorada dele o seguindo. Dul suspirou, voltando a me olhar. Suas bochechas estavam vermelhas demais, só que ela conseguia ficar mais linda ainda corada de vergonha... Ou de raiva.

- Quer que eu fale com ele? – Perguntei, tentando amenizar.

- Não. Eu me resolvo com aquele chato. – Garantiu ela. Antes de Dul sair, segurei seu braço e sorri pra ela.

- Sabe que está me devendo uma coisa, não sabe? – Eu disse, ela cerrou as pestanas e mordeu a boca, não contendo a risadinha maldosa.

- Vai ficar pra depois, moreno. – Ela garantiu, erguendo a sobrancelha. Aproximei o rosto do dela, deixando que meu hálito tocasse seus lábios.

- Eu vou cobrar. – Pisquei com um sorrisinho sacana, ela riu e saiu, seguindo o irmão antes que o perdesse no meio da multidão.

Não fiquei um minuto parado, observando a garota ir, e senti um tapa atingindo em cheio minhas costas, jogando meu tronco um pouco pra frente.

- Filho da pu/ta! – Resmunguei, ouvindo as risadas de Poncho e Chris .

- Que baladinha de vi/ado, hein! – Resmugou o loiro. – Quanto tempo vamos ficar aqui? Prefiro ir pro podrão bater um lanche.

- Não sei como vocês podem gostar daquilo... – Gargalhei, dando um tapa na nuca de Chris.

- Ei, ei, não mude de assunto. – Disse Poncho, cruzando os braços na camiseta azul. – Que papo todo era aquele com a ruiva?

- Ah, cara... – Murmurei, sem jeito e cocei a nuca.

- É Ucker, conta pra gente, fechamento. – A voz feminina mais familiar pra mim soou ao meu lado. Babi estava tão gata com aquele vestidinho rosa que marcava suas curvas acentuadas. Tinha que falar: ela era muito gostosa. Toda vez que chegava perto de mim, dava vontade de comer ela de novo. Isso, de novo, porque já tinha perdido as contas de quantas vezes eu tinha feito isso.

- Pra que tanta ironia numa fala só, dona Bárbara? – Murmurei, também sendo irônico. – Guarde um pouco pra depois.

- Será que vou precisar? – Ela ergueu as sobrancelhas finas e entregou uma lata de cerveja pra cada um deles.

- Isso se chama ciúmes, cara. – Poncho riu, abrindo a latinha e ela revirou os olhos.

- Por mim o Ucker pode pegar quem ele quiser... – Ela garantiu. – Só não esqueça que a bonitinha lá, age como se a gente fosse leproso.

- Ela não pareceu sentir nojo do Ucker. – Alfinetou Chris, nós três rimos enquanto Babi revirava os olhos e bufava.

- Vocês são tudo uns babacas... Vou procurar um homem de verdade nesse lugar. – Ela ajeitou a barra do vestido, subindo mais um pouco. Suas coxas grossas ficaram mais expostas do que antes.

- Ei, você não vai a lugar nenhum. – Segurei seu braço, rindo. Ela passou a mão pelos cabelos negros e lisos, sendo mais sensual do que antes. – Eu sou o seu homem.

Babi direcionou os olhos negros pra mim, envolvendo suas mãos no meu pescoço.

- Respeita a sua priminha, Ucker. – Disse ela, antes de seus lábios tocarem os meus rapidamente. Depois, soltou-se de mim e entrou no meio da multidão dançante.

Isso, Bárbara era minha prima. Pra contar mais ainda, ela morava na mesma casa que eu. Sua mãe tinha expulsado-a de casa e meu pai não teve coragem de largar a sobrinha na rua. Desde os catorze anos, Babi morava com a gente. E desde os quinze, eu e ela tínhamos um relacionamento bem mais íntimo do que primos normais. 

Bárbara Uckermann: