Fanfic: O príncipe vagabundo (Vondy) | Tema: Hot + Romance

Ucker narrando.

Não havia sensação mais gostosa do que acordar e ter como primeira visão aqueles cabelos ruivos espalhados na minha cama. Dulce estava com os cílios dourados enfeitando a face perfeita, as bochechas coradas pelo ar da manhã, vestia apenas um conjunto de lingerie e sua mão estava espalmada em meu peito. Ela apoiava o rosto em meu braço e ressonava tranquilamente, o que me causou pena de acordá-la. Com muito cuidado para não despertar a mesma, acariciei seu cabelo e beijei sua testa, levantando da cama e colocando minha cueca.

Escovei os dentes e lavei o rosto, vestindo uma bermuda branca. Desci a escada de casa, torcendo para que Babi e meu pai já tivessem saído, porém encontrei o velho carrancudo na cozinha. Ele me olhou de cima a baixo e nem disse bom dia, então dei de ombros e fingi que ele nem estava ali. Se ele quisesse ficar putinho, problema é dele. Tava cagando pra opinião do Victor.

- A menina está no seu quarto, Christopher? – Perguntou ele, enquanto eu examinava a geladeira decidindo o que comer.

Peguei a bandeja de iogurte e quebrei um, fechando a geladeira. Eu realmente ia fingir que ele não estava lá.

- Christopher, quem esta lá em cima?

- Por que quem tá na minha cama te interessa? – Bufei, abrindo a gaveta de talheres com raiva. – Nunca se importou com isso.

- Claro, cada dia era uma diferente que passava por mim. – Ele rebateu de imediato, atrás de mim. – Agora, com Dulce, você é... diferente.

- Diferente? – Eu gargalhei ironicamente. – Eu a amo, pai. Essa é a diferença que ela tem para as outras.

- A ama? – Exatamente como eu, ele gargalhou num tom de ironia quase tão pesado quanto o meu. – O que você entende sobre amor?

- E o que você entende, hein? – Rebati, virando para ele. – Qual foi a última vez que você disse pra uma pessoa que a amava? Há uns dezoito anos, quando a mamãe ainda estava viva? Se eu pudesse chutar, fecharia os olhos e jogaria nessa.

- Eu te entendo. – Murmurou ele, então suspirei. – Sexo adolescente com uma garota incrível pode realmente ser confundido com amor.

Revirei os olhos, dando a primeira colherada no iogurte.

- Aliás, eu acho que toda essa história de ser proibido, de eu não querer e tudo mais, impulsiona você a agir dessa maneira. – Victor cruzou os braços enquanto eu o ignorava. – Você sempre quis ser do contra.

- Acredita, pai, não quero ser do contra, não. Só quero viver minha vida em paz, sem tua interferência. – Lambi um dedo sujo de iogurte, olhando pra ele. – Não adianta o quanto você queira, não vou ser o filho que você deseja. Eu não vou deixar você controlar meu destino de novo, já chega de controlar minha vida, pai. Tô bem grandinho, não acha?

- Ainda age como uma criança. – Ele cruzou os braços e suspirou. – Não vai dar certo, essa menina sempre foi certinha demais pra você, Christopher. Meu filho, vamos ser sincero, você é todo errado, po/rra.

- Vou mudar por ela, pai. Vou me inscrever na faculdade, vou fazer o que eu sempre quis. Vou ser direito pra dar um futuro pra ela e...

- Não sonha. – Me pai me interrompeu com uma risada. – Tá no sangue, filho.

- Eu vou sair dessa vida. – Afirmei, jogando o copo de iogurte dentro do lixo.

- Pode sair dessa vida, Christopher. Mas essa vida não sai de você.

- Isso é o que veremos. – Sussurrei, cruzando os braços e sorrindo debochado antes de caminhar para a escada. Subi a mesma e abri a porta encostada, onde a minha princesa estava deitada na cama. Ela estava tão meiga, enrolada no cobertor com um par de meias emprestadas, o cabelo agora amarrado num coque e os olhos claros iluminaram-se ao meu ver.

- Bom dia. – Sussurrou, sorrindo pra mim. Abri um sorriso e corri até a cama, deitando em cima dela.

- Bom dia, flor do dia. – Murmurei, beijando sua testa e a fazendo gargalhar.

- Logo cedo nesse amor?

- 24 horas por dia, gata. Vai se acostumando. – Pisquei de lado e ela assentiu.

- Já tô até adorando. – Dul sorriu e fez carinho na minha nuca. – O que vamos fazer hoje, senhor Romântico?

- Depois dessa longa noite de sexo romântico, vamos ter um dia romântico. Hoje o domingo é todo nosso. – Dei ênfase ao pronunciar sobre a noite e ela assentiu ironicamente, cerrando os olhos.

- Chama aquele tapa na bun/da de romantismo? – Acusou Dul e eu sorri de lado.

- Você ficou de quatro né gata, queria o que? – Rebati e ela revirou os olhos, rindo.

- E isso aqui, me explica? – Dul mostrou o ombro e o pescoço, onde algumas marcas pequenas e redondas começavam a tomarem uma tonalidade roxa.

- Tu me chamou de via/do, amor. – Sorri de lado e ela mordeu o lábio. – Tive que provar que não era.

- Foi provocação! – Dul bateu em meu ombro e eu ri.

- Aham, sei. – Cerrei os olhos, debochado. – Tô com fome.

- Vamos tomar café, ué. – Dulce deu de ombros e fez menção de levantar, porém eu segurei seu braço.

- Não quero.

- Ué, então quer comer o que, amor? – Unindo as sobrancelhas, a ruiva questionou.

- Você, por favor. – Mordi o lábio inferior, arrancando uma risada tão espontânea dela, tão gostosa, que me deu vontade de provocá-la e brincar como criança. Puxei Dul e comecei a fazer cosquinha na mesma, ela riu até faltar o ar, o que me fez rir também. A felicidade dela era a minha, velho. Por essa eu rio, por essa eu choro, todos os meus sentimentos são dessa mina. Ponto final. 

Meninas, obrigada por comentarem, tô adorando ver a participação de vocês ;)

Uns capítulos de paz pela frente, romantismo está no ar kk`

Beijos e comentem, las amo <3