Fanfic: Chefe Tirano - Vondy(Adaptada/ Terminada) | Tema: Vondy

― Quando os vi, você sorria para ele, usando seus costu­meiros olhares e truques femininos. ― retrucou, inflexível.

Diante de tais argumentos. Dulce desistiu de tentar provar sua inocência. De que adiantaria insistir com tal cabeça-dura? Seus pensamentos misturavam-se, cada vez mais confusos. Christopher era mesmo um porco chauvinista e Dulce já não sabia mais por que há alguns minutos desejara que ele a respeitasse como ela de fato merecia.

E daí? O que lhe importava o que aquele homem pensava? Ele podia arder no fogo do inferno que não lhe daria nem um copo de água! Estava decidida: segunda-feira não iria traba­lhar e ele que procurasse outra pessoa para secre­tariá-lo!

Christopher só parou para uma rápida refeição, feita no mais profundo silêncio. Depois, à medida que se aproximavam de Londres, a raiva que Dulce sentia por aquele estranho e silen­cioso homem ao seu lado foi diminuindo, Christopher entrou na rua em que ela morava e estacionou em frente ao seu portão. Saiu do carro e abriu o porta-malas. Quando lhe entregou sua valise, Dulce arrancou-a das mãos dele e perguntou agressiva.

― Bem, devo ir trabalhar amanhã ou não é mais necessário?

Do alto de sua elevada estatura, Christopher uckermann lançou-lhe um olhar penetrante e acusador. Ela, porém, recusou-se a des­viar os olhos e, mais uma vez, precisou conter-se para não dar outro tapa naquele rosto atrevido.

No entanto, propositadamente, Christopher fingiu não entender a pergunta.

― Por quê? ― perguntou. ― Você está sugerindo que quer um dia de folga para compensar final de semana?

― Não estou sugerindo nada, em absoluto. Mas preciso saber o que decidiu, porque afinal você fez questão de demons­trar que está furioso comigo e por coerência, talvez prefira contratar uma outra pessoa para o meu lugar.

Sem uma palavra, ele se afastou, o voltando ao carro, e ela interpretou esse gesto como uma demissão sumária. Como num pesadelo, abriu a porta, mas quando ia entrar, percebeu que o carro dele ainda não partira. Virou-se e lá estava Christopher, observando-a atentamente.

― Esteja no escritório amanhã às nove, sem falta, Dulce Maria. Temos muito serviço ― ordenou. Com uma leve inclinação de cabeça, ela se despediu e entrou em casa, agindo mecanicamente. Parou um instante no hall, colocou a valise no chão. Só a partir desse momento é que compreendeu o sentido real do que ele lhe dissera.

Por fim, um belo sorriso iluminou-lhe o rosto. Seu emprego havia sobrevivido àquela terrível provação. Se Christopher uckermann a conservava como secretária, apesar do que pudesse pensar dela, era porque, com certeza, considerava-a muito capaz e efi­ciente no trabalho.