Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

   O roçar de lábios em minha testa, deixando beijos ternos e doces em seu rastro, fazem parte de mim girar e responder, mas a outra quer ficar dormindo. Eu gemo e me escondo em meu travesseiro.

Uckermann: Dulce, acorde. – A voz de Christopher é suave, bajuladora.

Dulce: Não. – Eu gemo.

Uckermann: Nós temos que sair em meia hora para jantar com meus pais. – Ele está divertido. Eu abro os olhos e Christopher está debruçado sobre mim, me olhando atentamente. – Vamos dorminhoca. Se levante. – Se inclina e me beija novamente. – Eu lhe comprei uma bebida. Eu estarei no andar de baixo. Não volte a dormir, ou você estará em apuros. – Ameaça, mas seu tom é agradável. Ele me beija brevemente e sai, me deixando sonolenta. 

Eu estou um pouco recuperada, mas de repente, nervosa. Caramba, eu vou conhecer a sua gente! Ele me bateu com um chicote, me amarrou usando uma algema que eu mesma lhe vendi, pelo amor de Deus, agora vou conhecer seus pais. Annie também vai conhecê-los, pelos menos ela estará lá para me dar suporte. Eu mexo os ombros, estão duros, sua exigência por um instrutor particular me parece uma boa ideia agora, parece obrigatório se eu quiser acompanhá-lo. Saio lentamente da cama e vejo meu vestido pendurado no guarda-roupa e meu sutiã está na cadeira. Onde está minha calcinha? Olho debaixo da cadeira, nada. Me lembro que ele a guardou no bolso da calça e coro com a lembrança, ele é tão rude. Franzo a testa, por que ele não me devolveu a calcinha? Vou para o banheiro, perplexa com a falta da minha roupa íntima. Enquanto me enxugo, depois de um breve banho, percebo que ele fez de propósito. Ele quer que eu me sinta envergonhada e peça de volta, e ele pode dizer sim ou não. Resolvo então encontrar seus pais sem calcinha, quase me abraço com alegria  por saber que ele ficará louco. Volto ao quarto, coloco meu sutiã, visto o vestido e calço meus sapatos. Desfaço a trança rapidamente e escovo meu cabelo, então olho para a bebida que ele me deixou. Hum deliciosa e mata minha sede. Voltando ao banheiro, olho de novo no espelho, olhos brilhantes, bochechas ligeiramente coradas, o olhar um pouco vaidoso por causa do meu plano sobre a calcinha, e saio para o andar de baixo. Christopher me aguarda ao lado da janela, vestindo as calças de flanela cinza e claro, uma camisa de linho branco. Ele não tem outra cor? Frank Sinatra canta suavemente nos alto-falantes. Christopher se vira e sorri quando entro, me olha com expectativa.

Dulce: Oi. – Digo baixinho e meu sorriso encontro o seu.

Uckermann: Oi. Como você está se sentindo? – Seus olhos estão iluminados com diversão.

Dulce: Bem, obrigada. E você?

Uckermann: Eu me sinto bem poderoso, senhorita Saviñón. – Ele está esperando que eu diga algo.

Dulce: Frank. Nunca imaginei que você fosse fã de Sinatra. – Ele levanta as sobrancelhas para mim, seu olhar é incerto.

Uckermann: Gosto eclético, senhorita Saviñón. – Dá alguns passos em mim direção, quando chega na minha frente seu olhar é tão intenso que me tira o fôlego. A música toca e Christopher passa vagarosamente a ponta do dedo pela minha bochecha. – Dance comigo. – Murmura com voz rouca.

Tira o controle do bolso, aumenta o volume e estende sua mão para mim, seu olhar castanho é cheio de promessas, desejo e humor. Ele é totalmente sedutor e eu estou encantada. Coloco minha mão na sua, ele sorri preguiçosamente para mim e me puxa em seu abraço, com seu braço ao redor da minha cintura, ele começa a dançar. Ponho minha mão livre em seu ombro e sorrio para ele, ele começa a se mover. Nos movemos por toda a sala, girando e girando, no tempo da música. E pela parede de vidro,lá fora, Seattle piscava um mural escuro e mágico para nossa dança, e eu não posso evitar de rir despreocupadamente. Ele sorri para mim quando a música chega ao fim.

Uckermann: Não existe nenhuma bruxa mais agradável que você. – Murmura e então me beija docemente. – Bem, isso deu um pouco de cor para suas bochechas, senhorita Saviñón. Obrigado pela dança. Nós devemos ir e encontrar meus pais?

Dulce: De nada, e sim, não posso esperar para encontrá-los. – Respondo sem fôlego.

Uckermann: Você tem tudo que precisa?

Dulce: Oh sim. – Respondo docemente.

Uckermann: Você tem certeza? – Concordo com a cabeça tão indiferente quanto posso parecer, sobre seu olhar intenso e divertido. Seu rosto se divide em um sorriso enorme, ele balança a cabeça. – Ok. Se esta é a maneira que você quer jogar, senhorita Saviñón.