Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

   Ele agarra minha mão, recolhe a jaqueta que está pendurada em uma das banquetas, e me leva para o elevador. Uckermann e suas faces, será que serei capaz de compreender este homem? Olho discretamente para ele no elevador, e ele está curtindo uma piada interna, um vestígio de sorriso está em sua linda boca. Temo que seja a minha custa, o que ele está pensando? Eu vou conhecer seus pais e não estou usando roupa íntima, Deus. Parecia uma boa ideia, mas agora estou fora de mim e sem calcinha! Ele me olha e a tensão entre nós aparece, crescendo e seu olhar divertido desaparece, dando lugar aos seus olhos escuros. As portas se abrem no térreo e Christopher balança ligeiramente a cabeça para limpar seus pensamentos e gesticula para que eu saia antes dele, em um gesto cavalheiro. Com quem ele está brincando? Ele não é nenhum cavalheiro. Ele tem minha calcinha no bolso! Christopher abre a porta traseira para mim e eu entro, tão elegantemente quanto posso, considerando minha nudez. Nos dirigimos pelas ruas em silêncio, o humor de Christopher parece ter mudado e se gastou durante o caminho. Ele está pensativo, olhando para fora da janela e posso senti-lo deslizar para longe de mim. O que ele está pensando? Eu não posso perguntar, muito menos na frente de Taylor.

Dulce: Onde você aprendeu a dançar? – Pergunto como tentativa. Ele vira o olhar para mim, seus olhos são ilegíveis sob a luz das lâmpadas das ruas.

Uckermann: Você realmente quer saber? – Responde em voz baixa. Meu coração afunda, e agora eu não quero mais, já posso imaginar.

Dulce: Sim. – Murmuro.

Uckermann: A Sra. Robinson gostava de dançar. – Minhas piores suspeitas confirmadas. Ela o ensinou bem, e o pensamento me deprime, não existe nada que eu possa lhe ensinar. Não tenho nenhuma habilidade especial.

Dulce: Ela deve ter sido uma boa professora.

Uckermann: Ela era. – Diz suavemente.

Meu couro cabeludo pinica. Será que ela teve o melhor dele? Antes dele se tornar tão fechado? Ele tem seu lado divertido, brincalhão. Sorrio involuntariamente ao lembrar de estar em seus braços e por ele ter minha calcinha em alguma lugar. E depois há o Quarto Vermelho da Dor, esfrego meus pulsos reflexivamente. Talvez ele teria encontrado o seu caminho de qualquer maneira, apesar da Sra. R. Nesse momento, eu percebo que a odeio. Eu espero nunca ter que conhecê-la, porque não me responsabilizarei por minhas ações. Olho para a fora da janela e medito sobre minha raiva e ciúme irracional. Minha mente voa e dá voltar, penso que ele tem pegado leve comigo. Eu faria isso novamente? Eu não posso fingir ter algum argumento contra isto. Claro que faria se ele me pedisse, contando que não me machuque e se for à única forma de estar com ele, eu faria. 

Uckermann: Não faça. – Franzo a testa e olho para ele.

Dulce: Não faça o que? – Eu não o toquei.

Uckermann: Não pense sobre as coisas, Dulce. – Pega minha mão, leva até o lábio e beija meus dedos suavemente. – Eu tive uma tarde maravilhosa. Obrigado. – E ele está comigo novamente, pisco para ele e sorrio timidamente. Ele está tão confuso, e faço uma pergunta que está me incomodando.

Dulce: Por que você usou uma braçadeira? – Ele sorri para mim.

Uckermann: É rápido, é fácil e é algo diferente para você sentir a experiência. Eu sei que são bastante brutais, como dispositivos de contenção. – Ele sorri ligeiramente para mim. – Muito eficaz para mantê-la em seu lugar. – Eu coro e olho nervosamente para Taylor, que permanece impassível, com os olhos na estrada. O que eu deveria dizer sobre isso? Christopher encolhe os ombros inocentemente. – Tudo parte do meu mundo, Dulce. – Ele aperta minha mão e lá está ele olhando para a janela novamente.

Seu mundo realmente, e eu quero pertencer a ele, mas em suas condições? Eu simplismente não sei. Ele não mencionou aquele maldito contrato. Olho para a janela e a paisagem mudou, estamos cruzando uma das pontes, cercados pela escuridão. A noite sombria reflete meu estado de espírito fechado e sufocante. Olho brevemente para Christopher e ele está me olhando.

Uckermann: Um centavo por seus pensamentos? – Suspiro com tristeza.

Dulce: Tão ruim, hein? Eu gostaria de saber o que você está pensando. – Ele sorri para mim.

Uckermann: Eu também, bebê. – Diz suavemente, enquanto Taylor acelera na noite. Um pouco antes das oito, estacionamos em frente a uma mansão de estilo colonial. É de tirar o fôlego, até mesmo as rosas em torno da porta. – Você está pronta para isso? – Concordo com a cabeça, ele aperta minha mão outra vez me tranquilizando. – Primeira vez para mim também. – Ele sussurra e sorri maliciosamente. – Aposto que você gostaria de estar vestindo sua roupa íntima agora. – Ele brinca e eu coro. Eu tinha me esquecido desse detalhe. Taylor abre a porta para mim, faço uma careta para Christopher, ele sorri amplamente para mim enquanto me giro e saio do carro.