Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce: Eu estou sangrando.

Christopher: Não me incomodo. – Ele respira.

Dulce: Eu notei. – Eu não posso manter a suavidade fora de minha voz. Ele tenciona ligeiramente.

Christopher: Aborrece você? – Ele pergunta suavemente.

Me aborrece? Talvez deveria... aborrece? Não. Eu me debruço de volta e olho para ele, e ele olha para baixo para mim, seus olhos suaves e nublados.

Dulce: Não, absolutamente. – Ele sorri.

Christopher: Bom. Vamos tomar um banho.

Ele me libera e me coloca no chão enquanto se levanta. Enquanto se move, eu noto novamente as cicatrizes pequenas, redondas, brancas em seu tórax. Elas não foram catapora, eu medito distraidamente. Alexandra disse que ele dificilmente foi afetado. Santo Deus... elas devem ser queimaduras. Queimaduras de que? Eu empalideço com o pensamento, choque e repulsa atravessam por mim. De cigarros? Sra. Robinson, sua mãe de nascimento, quem? Quem fez isto com ele? Talvez exista uma explicação razoável, e eu estou exagerando, esperanças selvagens florescem em meu peito. Espero que ele esteja errada.

Dulce: O que é isto? – Os olhos de Christopher se alargam em seu rosto em sinal de alarme. – Suas cicatrizes. – Eu sussurro. – Eles não são de catapora.

Eu assisto enquanto em um segundo ele se fecha, sua posição muda de relaxado, tranquilo, e à vontade, para defensivo, bravo, até. Ele franze o rosto para mim, seu rosto se escurece, e sua boca se aperta em uma linha fina e dura.

Christopher: Não, elas não são. – Ele estala, mas não me dá informações adicionais. Ele permanece em pé, estendendo sua mão para mim, e me ajuda a levantar. – Não olhe para mim assim. – Sua voz está mais fria e repreensiva enquanto ele solta minha mão. Eu coro, castigada e olho fixamente para meus dedos, e eu sei, eu sei que alguém apagou cigarros em Christopher. Eu tenho náuseas.

Dulce: Ela fez isto? – Eu sussurro antes de poder me parar. Ele não diz nada, então eu sou forçada a olhar para ele. Ele está olhando para mim.

Christopher: Ela? Sra. Robinson? Ela não é um animal, Dulce. Claro que ela não fez isto. Eu não entendo por que você sente que tem que a demonizar.

Ele está de pé lá, desnudo, gloriosamente desnudo, com meu sangue nele... e nós estamos finalmente tendo esta conversa. E eu estou nua, nenhum de nós tem qualquer lugar para esconder, exceto talvez a banheira. Eu respiro fundo, movo passando por ele e entro na água. Está deliciosamente morna, calma e funda. Eu derreto na espuma e olho fixamente para ele, entre as bolhas.

Dulce: Eu só me pergunto como você seria se não tivesse a conhecido, se ela não te apresentasse para seu... hum, estilo de vida.

Ele suspira e entra no lado oposto da banheira, sua mandíbula apertada com tensão, seus olhos gelados. Quando ele graciosamente submerge seu corpo em baixo da água, ele é cuidadoso para não me tocar. Jesus, eu o deixei tão bravo? Ele olha impassível para mim, seu rosto ilegível, não dizendo nada. Novamente o extenso silêncio entre nós, mas eu mantenho minha intenção. É sua vez Uckermann, eu não estou desistindo desta vez. Meu subconsciente está nervoso, isto pode terminar de dois modos. Christopher e eu nos olhamos fixamente um para o outro, mas eu não volto atrás. Depois do que pareceu um milênio, ele agita sua cabeça, e sorri.