Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Ah, é? Diga. – Respiro fundo e tomo coragem.

Dulce:  A exposição fotográfica do meu amigo José será na quinta-feria em Portland. – Sua mãos param e ficam suspensas sobre meus seios. Dei ênfase em especial à palavra “amigo”.

Christopher:  Sim, e o que acontece? – Pergunta muito sério.

Dulce:  Eu disse a ele que iria. Quer vir comigo? – Depois do que me pareceu uma eternidade, pouco a pouco começa a me lavar outra vez.

Christopher:  A que horas?

Dulce:  A inauguração é às sete e meia. – Me beija a orelha.

Christopher:  Certo. – Em meu interior, meu subconsciente relaxa e desaba. – Estava nervosa por que tinha que me perguntar isso?

Dulce:  Sim. Como sabe?

Christopher:  Dulce, acaba de relaxar o corpo inteiro. – Diz seco.

Dulce:  Bom, parece que você é... um pouco ciumento.

Christopher:  Sou sim. – Diz ameaçador. – E te fará bem em lembrar. Mas obrigado por perguntar. Iremos no Charlie Tango. – Ah, no helicóptero, claro... Estou boba... Outro vôo... imagino! Sorrio.

Dulce:  Posso te lavar?

Christopher:  Parece que não. – Murmura e me beija mansamente e me viro para recuperar a dor da negativa. Faço companhia à parede enquanto ele acaricia as minhas costas com sabão.

Dulce:  Me deixará te tocar algum dia? – Pergunto valente. Ele volta a parar, com a mão cravada em meu traseiro.

Christopher:  Apoie as mãos na parede, Dulce. Vou te penetrar outra vez. – Sussurra ao meu ouvido, me agarrando pelos quadris, e sei que a discussão terminou.

Mais tarde, estamos na cozinha, eu de roupão, depois de nós termos comido a deliciosa massa da senhora Jones.

Christopher:  Mais vinho? – Pergunta com um brilho em seus olhos castanhos.

Dulce:  Um pouquinho, por favor. – É delicioso e revigorante. Christopher me serve e logo se serve também. – Como vai o “problema” que te trouxe para Seattle? – Pergunto timidamente. E ele franzi a testa.

Christopher:  Fora de controle. – Fala com amargura. – Mas não se preocupe com isso, Dulce. Tenho planos para você esta noite.

Dulce: Ah, é? 

Christopher: Sim. Quero você no quarto de jogos dentro de quinze minutos. – Se levanta e me olha. – Pode se arrumar em seu quarto. O guarda roupas agora está cheio de roupas para você. Não admito discussão à respeito. – Espreme os olhos, me desafiando para dizer qualquer coisa. Ao ver que não o faço, vai com passos rápidos a seu escritório.

Eu discutir? Contigo, Cinquenta Sombras? Pelo bem de meu traseiro não. Fico sentada no banco, momentaneamente imóvel, tentando digerir esta última informação. Comprou roupas para mim. Olho para o nada de forma exagerada, sabendo bem que não posso reclamar. Carro, móveis, motorista, roupas... Qual será o próximo: um maldito apartamento, e então já serei sua querida em todas as regras? Jesus! Meu subconsciente está em estado crítico. Ignoro e subo para meu quarto. Por que sigo tendo meu quarto? Por quê? Pensei que tinha mudado ao deixar dormir com ele. Suponho que não está acostumado a dividir seu espaço pessoal, claro que eu tampouco. Me consola a ideia de ter ao menos um lugar onde posso me esconder dele.