Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce:  Sim, senhor. – Falo atropeladamente.

Christopher:  Boa garota. – Faz uma pausa e me olha. – Não é que vai precisar das palavras de segurança porque vai doer em você, mas sim porque o que vou fazer vai ser intenso, muito intenso, e preciso que me guie. Entendeu? – Na verdade não. Intenso? Uau. – Isso é sobre tato, Dulce. Não vai poder reclamar nem me ouvir, mas poderá me sentir.

Franzo a testa. Não vou te ouvir? E como isso vai funcionar? Ele se vira. Em cima da cômoda há uma caixa brilhante de cor preta. Quando passa a mão por cima, a caixa se divide em duas, abrindo duas portas e fica à vista um cd player com um monte de botões. Christopher aperta vários em sequência. Não acontece nada, mas ele parece satisfeito. Eu estou desconcertada. Quando se vira de novo para me olhar, vejo aquele seu sorrisinho de “Tenho um segredo”.

Christopher:  Vou te amarrar na cama, Dulce, mas primeiro vou vendar seus olhos e não vai poder me ouvir. – Coloca o iPod que levava nas mãos na cômoda. – A única coisa que vai ouvir é a música que vou pôr para você. – Certo. Uma peça musical. Não é precisamente o que esperava. Alguma vez ele fez o que eu esperava? Deus, espero que não seja rap. – Vem. – Me pega pela mão e me leva a antiga cama. Há correntes nos quatro cantos: uns cadeados metálicos e finos com pulseiras de couro brilhando sobre o cetim vermelho. Meu coração vai sair do peito. Derreto de dentro para fora, o desejo percorre meu corpo inteiro. Poderia eu estar mais excitada? – Fique aqui de pé. – Estou olhando para a cama. Se inclina para frente e sussurra ao meu ouvido. – Espere aqui. Não tire os olhos da cama. Se imagine aí deitada, amarrada e completamente a minha mercê. – Minha nossa. Ele se afasta por um momento e o ouço pegar algo perto da porta. Tenho todos os sentidos hiper-alertas, a audição mais aguçada. Pega algo na cômoda de chicotes e palmatórias que estavam junto à porta. Minha nossa, o que vai fazer comigo? Noto que ele está nas minhas costas. Me pega pelos cabelos, faz um montinho e começa a trançar. – Embora eu goste de suas trancinhas, Dulce, estou impaciente para te ter, você vai ter que se conformar só com uma. – Diz com voz grave e suave.

Roça as minhas costas de vez em quando com seus dedos hábeis enquanto faz a trança, e cada carícia acidental, é como uma doce descarga elétrica em minha pele. Ele prende o final com um elástico de cabelo, então delicadamente puxa a trança de forma que me vejo obrigada a me inclinar para seu corpo. Puxa de novo, desta vez para um lado, e eu inclino a cabeça e lhe dou acesso a meu pescoço. Se inclina e me enche de pequenos beijos, percorrendo a base da orelha até o ombro com os dentes e a língua. Cantarola em voz baixa enquanto o faz,  o som ressona em mim por dentro. Justo lá... lá embaixo, em minhas entranhas. Gemo brandamente sem poder evitar.

Christopher:  Bom. – Diz respirando contra minha pele. Levanta as mãos diante de mim, seus braços acariciam os meus. Na mão direita leva um chicote de tiras. Me lembro de minha primeira visita a este quarto. – Toque-o. – Sussurra, e me soa como o próprio diabo. Meu corpo se incendeia em resposta. Timidamente, abro os braços e toco as largas franjas do chicote. Tem muitas faixar largas, todas suaves e com pequenas pontas. – Vou usar ele. Não vai doer, mas fará que corra o sangue para a superfície da pele e fique sensível. – Oh, ele diz q não vai doer. – Quais são as palavras de segurança, Dulce?

Dulce:  Tá... “amarelo” e “vermelho”, senhor. – Sussurro.

Christopher:  Boa garota. – Deixa o chicote sobre a cama e põe as mãos na minha cintura. – Não vai precisar. – Sussurra. Então pega minha calcinha e a abaixa de uma vez só. As tiro pelos pés entorpecida, me apoiando no poste da cama. – Fique quieta. – Ordena, logo me beija o traseiro e me dá dois beliscões, fico tensa. – Se deite de barriga  para cima. – Acrescenta, me dando uma palmada forte no traseiro que me faz pular. Me apresso em subir no colchão duro e rígido, e me deito, olhando para Christopher. Sinto na pele o cetim suave e frio do lençol. Vejo-o impassível, salvo pelo olhar: em seus olhos brilha uma emoção contida. – As mãos por cima da cabeça. – Ordena, e eu obedeço. Deus... meu corpo está sedento dele. Já o desejo. – Vire-se. – E pelo canto do olho, vejo ele se dirigir de novo à cômoda e voltar com o iPod e o que parece uma máscara para dormir, parecida com a que usei no vôo a Geórgia. Ao lembrar, me dá vontade de rir, mas não consigo fazer com que meus lábios respondam. A impaciência me consome. Sei que meu rosto está completamente imóvel e que o olho com os olhos arregalados. Senta na borda da cama e coloca em mim o iPod. O fone tem uma estranha antena. Que estranho... Carrancuda, tento averiguar para que serve. – Isto vai transmitir ao iPod o que quero que você ouça. – Diz, dando umas batidinhas na pequena antena e respondendo minha pergunta não formulada. – Eu vou ouvir o mesmo que você, e tenho um comando a distância para controlar. 

Dizia seu habitual sorriso de “Eu sei de algo que você não sabe” e me mostra um pequeno dispositivo plano que parece uma calculadora muito moderna. Se inclina sobre mim, coloca com cuidado os fones e deixa o iPod sobre a cama por cima de minha cabeça.

Christopher:  Levanta a cabeça. – Ordena, e faço imediatamente.