Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Às vezes. Não eram encontros. Compras, você sabe. – Ele encolhe os ombros, seus olhos não deixam os meus. Oh, então é só no quarto de jogos, o Quarto Vermelhor da Dor, em seu apartamento. Eu não sei o que sinto sobre isso. – Só você, Dulce. – Ele sussurra. Eu coro e olho para meus dedos. De sua maneira, ele se importa comigo. – Seu amigo aqui parece mais um homem de paisagens, não de retratos. Vamos olhar em volta. – Ele estende sua mão para mim e eu aceito.

Passeamos, observando outras fotos, eu percebo um casal acenando para mim, sorrindo como se eles me conhecessem. Deve ser porque eu estou com Christopher, mas um jovem está olhando descaradamente. Estranho. Nós viramos a direita, e eu descubro porque recebi olhares estranhos. Pendurados na parede, estão sete retratos enormes de mim. Olho fixamente para eles, pasma, o sangue escorrendo do meu rosto. Eu fazendo: beicinho, rindo, carrancuda, séria, divertida. Tudo em super zoom, e em preto e branco. Oh Droga! Me lembro de José mexer com a câmera em um par de ocasiões em que ele estava me visitando e quanto eu estive com ele como motorista e assistente de fotógrafo. Ele estava apenas tirando fotos, bem, eu pensava deste jeito. Mas ele tirou fotos minhas ao estilo paparazzi. Olho para Christopher, que está paralisado, olhando cada uma das fotos.

Christopher:  Parece que eu não sou o único. – Ele resmunga enigmaticamente, sua boca se aperta em uma linha dura. Eu acho que ele está com raiva, ah não. – Com licença. – Diz ele, me prendendo com seu olhar brilhante, por um momento. Ele se vira e se dirige ao balcão da recepção.

Qual é o problema agora? Eu assisto hipnotizada quando ele fala animadamente com a Senhorita de batom vermelho. Ele pega a sua carteira e entrega o seu cartão de crédito. Merda. Ele deve estar comprando uma destas fotos.

– Ei. Então, você é a musa. Estas fotografias são ótimas. – Um jovem com cabelos loiros brilhantes me assusta. Eu sinto uma mão no meu cotovelo e Christopher está de volta. – Você é um cara de sorte. – O loiro sorri forçado em choque para Christopher, que lhe dá um olhar frio.

Christopher:  Sim, eu sou. – Ele resmunga de forma enigmática, enquanto me puxa para seu lado.

Dulce:  Você acabou de comprar um desses?

Christopher:  Um desses? – Ele bufa, sem tirar os olhos dos quadros.

Dulce:  Você comprou mais de um? – Ele revira os olhos.

Christopher:  Eu comprei todos eles, Dulce. Não quero nenhum olhar estranho e convidativo para você na privacidade de sua casa. – Minha primeira reação foi rir.

Dulce:  Você prefere que seja você? – Eu zombo. Ele olha para mim, pego de surpresa pela minha ousadia, eu acho, mas está tentando esconder sua diversão.

Christopher:  Francamente, sim.

Dulce:  Pervertido. – Eu olho para ele e mordo o meu lábio inferior para evitar um sorriso. Sua boca está aberta e, agora, sua diversão é óbvia. Ele acaricia o queixo, pensativo.

Christopher:  Não é possível argumentar com essa afirmação, Dulce. – Ele balança a cabeça, e seus olhos suavizam com humor.

Dulce: Eu discutiria mais com você, mas eu assinei um acordo de sigilo. – Ele suspira, olhando para mim, com seus olhos escuros.

Christopher:  O que eu gostaria de fazer com essa sua boca inteligente. – Eu suspiro, sabendo muito bem o que significa.

Dulce:  Você é muito rude. – Eu tento parecer chocada e tenho sucesso. Será que ele não tem limites? Ele sorri para mim, divertido, e, em seguida, ele franze a testa.

Christopher:  Você parece muito descontraída nessas fotografias, Dulce. Eu não a vejo muitas vezes assim. – O quê? Opa! Vamos mudar de assunto. Eu coro e olho para meus dedos, ele ergue a minha cabeça, e eu inalo fortemente no contato com seus longos dedos. – Eu quero que você relaxe comigo. – Ele sussurra. Todo traço de humor já passou. Dentro de mim essa alegria agita novamente. Mas como isto pode ser? Nós temos problemas.

Dulce:  Você tem que parar de me intimidar se você quer isso. – Eu disparo.

Christopher:  Você tem que aprender a se comunicar e me dizer como se sente. – Ele dispara de volta, com os olhos em chamas. E eu respiro fundo.