Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce:  Christopher, você me queria como uma submissa. É aí que mora o problema. É na definição de uma submissa, que você me mandou por email uma vez. – Eu paro, tentando lembrar as palavras. – Eu acho que os sinônimos eram. Compatível, flexível, passível, passiva, paciente, dócil, mansa, suave. Eu não deveria olhar para você. Não deveria falar com você a menos que você me desse permissão para fazê-lo. O que você espera? – Eu falo devagar. Ele pisca, e sua careca aprofunda enquanto eu continuo. – É muito confudo estar com você. Você não quer que eu o desafie, mas você gosta da minha “boca inteligente”. Você quer obediência, caso contrário, você pode me punir. Eu só não sei qual o caminho seguir quando estou com você. – Ele aperta os olhos.

Christopher:  Bom ponto, como de costume, Srta. Saviñón. – Sua voz é fria. – Vem, vamos comer.

Dulce:  Nós só estamos aqui a meia hora.

Christopher:  Você viu as fotos, você já falou com o menino.

Dulce:  Seu nome é José.

Christopher:  Você falou com José, o homem que, da última vez que o vi, estava tentando empurrar a língua em sua boca, enquanto você estava bêbada e passando mal. – Ele rosna.

Dulce:  Ele nunca me bateu. – Eu cuspo nele. Christopher faz cara feia pra mim, a fúria sai de cada poro seu.

Christopher:  Isso é um golpe baixo, Dulce. – Ele sussurra ameaçadoramente. Eu fico passada, e Christopher passa as mãos pelos cabelos, cheio de raiva mal contida. Eu o encaro de volta. – Eu vou levar você para comer alguma coisa. Você está desaparecendo na minha frente. Encontre o menino e diga adeus.

Dulce:  Por favor, podemos ficar mais tempo?

Christopher:  Não. Agora vamos. Diga adeus. – Eu o encaro, com meu sangue fervendo. Maldito Sr. Controle Doentio. Raiva é bom, é melhor do que lágrimas.

Eu arrasto meu olhar para longe dele e vou procurar José. Ele está falando com um grupo de mulheres jovens. Eu vou em sua direção e para longe de Cinquenta. Só porque ele me trouxe aqui, eu tenho que fazer o que ele diz? Quem ele pensa que é? As meninas estão penduradas em cada palavra de José. Uma delas suspira quando me aproximo, sem dúvida me reconhecendo dos retratos.

Dulce:  José.

José: Dul. Com licença, meninas. – Ele sorri para elas e coloca o braço em volta de mim, e em algum nível eu estou divertida, José está muito atraente, impressionando as meninas. – Você parece zangada.

Dulce:  Eu tenho que ir. – Murmuro teimosamente.

José: Você acabou de chegar aqui.

Dulce:  Eu sei, mas Christopher precisa voltar. As fotos estão fantásticas, José, você é muito talentoso. – Ele sorri.

José: Foi muito legal vê-la. – Ele me agarra e me dá um abraço de urso, me girando para que eu possa ver Christopher e toda a galeria. Ele está chateado, e eu percebo que é porque estou nos braços de José. Assim, em uma jogada muito calculista, eu envolvo meus braços ao redor de seu pescoço. Eu acho que Christopher está prestes a explodir. O seu olhar escurece a algo muito sinistro, e lentamente, ele faz o seu caminho em direção a nós.

Dulce:  Obrigada por avisar sobre os meus retratos.

José: Merda. Desculpe, Dul. Eu devia ter lhe contado. Você gostou deles?

Dulce:  Hum... Eu não sei. – Eu respondo com sinceridade, momentaneamente perco o equilíbrio por sua pergunta.

José: Bem, eles foram todos vendidos, então alguém gosta deles. Viu como isso é legal? Você é uma garota-propaganda. – Ele me abraça mais apertado ainda, enquanto Christopher chega até nós, me encarando agora, embora, felizmente, José não vê. Ele me libera. – Não suma, Dul. Oh, Sr. Uckermann, boa noite.

Christopher:  Sr. Rodriguez, muito impressionante. – Ele soa friamente educado. – Sinto muito, não podemos ficar mais tempo, precisamos voltar para Seattle. Dulce? – Ele saliente sutilmente e pega a minha mão enquanto faz isso.

Dulce:  Adeus, José. Parabéns novamente. – Dou-lhe um beijo rápido na bochecha, e antes que eu perceba Christopher me arrasta para fora do prédio. Eu sei que ele está fervendo de ira silenciosa, mas eu também estou.