Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Você pode caminhar ou eu posso carregá-la. Eu não me importo de qualquer forma, Dulce.

Dulce:  Você não ousaria. – Eu faço uma cara feia para ele. Certamente ele não iria fazer uma cena na rua. Ele meio que sorri para mim, mas o sorriso não alcança seus olhos.

Christopher:  Oh, querida, nós dois sabemos que, se você me desafiar, eu vou estar muito feliz em revidar. – Nós nos olhamos zangados, e de repente ele se abaixa, abraça as minhas coxas e me levanta. Antes que eu perceba, eu estou por cima do seu ombro.

Dulce:  Ponha-me no chão! – Eu grito. Oh, é bom gritar. Ele começa a caminhar a passos largos ao longo da Avenida, me ignorando. Segurando seu braço firmemente ao redor das minhas coxas, ele esmaga meu traseiro com a mão livre. – Christopher. – Eu grito. As pessoas estão olhando. Poderia ser mais humilhante? – Eu vou andar! Eu vou andar.

Eu me coloca para baixo, e antes que ele mesmo fique em pé, eu piso fora na direção do meu apartamento, fervendo, ignorando-o. Claro, ele está ao meu lado em alguns segundos, mas eu continuo a ignorá-lo. O que eu vou fazer? Estou tão irritada, mas eu nem tenho certeza se estou com raiva ainda, não muito. Enquanto faço meu caminho de volta para casa, faço uma lista mental:

1-     Carregada nos ombros, inaceitável para qualquer pessoa com idade superior a seis anos.

2-     Me levar ao salão de beleza que ele possui com a sua ex-amante, o quão estúpido ele pode ser?

3-     O mesmo lugar que levou suas submissas, mesma estupidez, duas vezes.

4-     Não perceber que esta era uma ideia ruim, e ele é supostamente um cara brilhante.

5-     Ter ex-namoradas loucas, posso culpá-lo por isso? Estou furiosa, sim, eu posso.

6-     Saber o número da minha conta bancária, é simplesmente muito estranho.

7-     Comprar a SIP, ele tem mais dinheiro do que eu imaginava.

8-     Insistir para eu ficar com ele, a ameaça de Belinda deve ser pior do que ele temia... ele não mencionou isso ontem.

Oh não, então compreendo. Alguma coisa mudou. O que poderia ser? Eu paro e Christopher para comigo.

Dulce:  O que aconteceu? – Eu exijo. Ele franze a testa.

Christopher:  O que você quer dizer?

Dulce:  Com a Belinda.

Christopher:  Eu já lhe disse.

Dulce:  Não, você não disse. Há algo mais. Você não insistiu para que eu fosse para o seu apartamento ontem. Então o que aconteceu? – Ele se mexe desconfortavelmente. – Christopher! Me diga! – Eu disparo.

Christopher:  Ela conseguiu obter uma licença de armas ontem. – Oh merda. Eu olho para ele, piscando, e sinto o sangue abandonar meu rosto, enquanto eu absorvo esta notícia. Eu posso desmaiar. Suponhamos que ela queria matá-lo? Não.

Dulce:  Isso significa que ela pode simplismente comprar uma arma. – Eu sussurro.

Christopher:  Dul. – Ele diz, sua voz está cheia de preocupação. Ele coloca as mãos sobre meus ombros, me puxando para perto dele. – Eu não acho que ela vai fazer algo estúpido, mas, eu só não quero correr esse risco com você.

Dulce:  Nem eu... com você? – Eu sussurro. Ele franze a testa para mim, e eu envolvo meus braços ao redor dele e o abraço forte, o meu rosto contra seu peito. Ele não parece se importar.

Christopher:  Vamos voltar. – Ele murmura, e ele se abaixa e beija o meu cabelo, e isso é tudo. Todo o meu furor se foi, mas não foi esquecido. Dissolvido sob a ameaça de algum mal que vem para Christopher. O pensamento é insuportável.

Eu embalo uma pequena caixa e coloco o meu notebook, o celular, o meu iPad, Charlie Tango  vai na minha mochila.

Christopher:  Charlie Tango vai, também? – Concordo com a cabeça e ele me dá um pequeno sorriso, de perdão.

Dulce:  Christian estará de volta terça-feira.

Christopher:  Christian?

Dulce:  O irmão de Annie. Ele vai ficar aqui até encontar um lugar em Seattle. – Ele olha para mim fixamente, mas noto um tom de frieza em seus olhos.

Christopher:  Bem, é bom você ficar comigo. Dá a ele mais espaço. – Ele diz calmamente.

Dulce:  Eu não sei se ele tem as chaves. Vou precisar estar de volta para isso. – Ele olha para mim, impassível, mas não diz nada. – Isso é tudo. – Ele agarra minha mala, e vamos para a porta. À medida que nós caminhamos para a parte traseira do edifício, para o estacionamento, eu percebo que estou olhando por cima do ombro. Eu não sei se estou paranoica, ou se alguém realmente está me observando. Christopher abre a porta do passageiro e olha para mim com expectativa.