Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Eu coro, e volto a olhar para Christopher. O que ele está tentando me dizer? Ele colocou um feitiço em mim há muito tempo. Oh meu Deus... seu olhar mudou, a leveza se foi, seus olhos estão escuros, intensos. Eu o vejo, caminhando tão lentamente, como o predador que é, ele me persegue ao tempo da batida sensual lenta da música. Ele está descalço, vestindo apenas uma camisa brança fora da calça jeans, e um olhar ardente. Nina canta, “você é meu” quando Christopher me alcança, sua intenção é clara.

Dulce:  Christopher, por favor. – Eu sussurro, segurando o batedor.

Christopher:  Por favor, o quê?

Dulce:  Não faça isso.

Christopher:  Fazer o quê?

Dulce:  Isso. – Ele está de pé na minha frente, olhando para mim.

Christopher:  Você tem certeza? – Ele respira, e avança no batedor que está em minha mão e o coloca de volta na tigela com os ovos. Meu coração está na minha boca. Eu não quero isso, bem eu quero isso, muito mesmo. Ele é tão frustrante. Ele é tão quente e desejável. Eu rasgo o meu olhar para longe de seu olhar fascinante. – Eu quero você, Dulce. Eu amo e odeio, eu adoro discutir com você. Isso é muito novo. Eu preciso saber que estamos bem. E essa é a única maneira que eu sei.

Dulce:  Meus sentimentos por você não mudaram. – Eu sussurro. Sua proximidade é impressionante, emocionante. A atração familiar está lá, todos os meus neurônios são estimulados por ele, minha deusa interior está mais sensual. Olhando para os pelos no V de sua camisa, eu moro meu lábio, impotente, impulsionada pelo desejo, eu quero prová-lo lá. Ele está tão perto, mas ele não me toca. Seu calor aquece minha pele.

Christopher:  Eu não vou tocar você até que você diga sim. – Ele diz em voz baixa. – Mas agora, depois de uma manhã muito ruim, eu quero me enterrar em você e esquecer tudo, lembrar apenas de nós dois. – Oh meu Deus... “Nós”. Uma combinação mágica, um pronome pequeno e potente, que fecha o nosso acordo. Eu ergo minha cabeça para olhar o seu belo rosto ainda sério.

Dulce:  Eu vou tocar o seu rosto. – Eu respiro, e vejo a sua surpresa, uma breve reflexão em seus olhos, antes de registrar a sua aceitação. Levanto a minha mão, acaricio a sua face, e passo meus dedos em sua barba. Ele fecha os olhos e exala, inclinando o rosto para o meu toque. Ele se inclina para baixo lentamente, e os meus lábios automaticamente levantam para receber os seus. Ele paira sobre mim.

Christopher:  Sim ou não, Dulce? – Ele sussurra.

Dulce:  Sim. – Sua boca suavemente fecha na minha, acreditando, forçando os meus lábios a se separarem, enquanto fecha os braços em volta de mim, me puxando para ele. Sua mão se move para cima, nas minhas costas, os dedos enrolam no cabelo na parte de trás da minha cabeça e puxa suavemente, enquanto a outra mão me pega por trás, me forçando contra ele. Eu gemo baixinho.

Taylor:  Sr. Uckermann. – Taylor pigarreia e Christopher me libera imediatamente.

Christopher:  Taylor. – Ele diz, com a voz gelada. Eu giro ao redor para ver Taylor em uma posição desconfortável,  na grande sala. Christopher e Taylor olham um para o outro, uma comunicação tática que passa entre eles. – Meu escritório. – Christopher fica ereto, e Taylor caminha rapidamente pela sala. – Assuntos de rotina. – Sussurra para mim antes de seguir Taylor para fora da sala.

Respiro profundamente e firme. Que inferno. Eu não posso resistir a ele por um minuto? Sacudo a cabeça, enojada de mim mesma, grata pela interrupção de Taylor, embora fosse embaraçoso. Eu me pergunto o que Taylor teve que interromper no passado. O que ele viu? Eu não quer pensar sobre isso. Almoço. Eu vou fazer o almoço. Eu me ocupo cortando as batatas. O que Taylor quer? Minha mente dispara, isso é sobre Belinda?

Dez minutos depois, eles surgem, e a omelete está pronta. Christopher parece preocupado quando ele olha para mim.

Taylor:  Os informarei em dez. Estaremos prontos. – Taylor responde e sai da grande sala. Eu pego dois pratos e coloco-os no balcão da cozinha.

Dulce:  Almoço?

Christopher:  Por favor. – Christopher diz, enquanto ele senta em um dos bancos do balcão. Agora ele está me observando atentamente.

Dulce:  Problema?

Christopher:  Não. – Eu faço uma careta. Ele não está me dizendo. Eu divido o almoço e sento ao lado dele, me recuso a ficar no escuro. – Isso é bom. – Murmura apreciativamente, enquanto dá uma mordida. – Você gostaria de um copo de vinho?

Dulce:  Não, obrigada. – Eu preciso manter a cabeça limpa perto de você, Uckermann. Ele come de bom gosto, mesmo eu não estando com tanta fome. Mas eu como, sabendo que Christopher se preocupará se eu não fizer. Eventualmente Christopher rompe nosso silêncio meditativo e liga a peça clássica que ouvi antes. – O que é isso?

Christopher:  Canteloube, Songs of the Auvergne. Isso é chamado de “Bailero”.

Dulce:  É adorável. Que língua é?