Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Bem, isso explica o número de copos de cristal de cada tamanho, colocados na minha frente. Nosso garçom está de volta, oferecendo vinho e água. Atrás de mim, os lados da tenda através da qual entramos, estão sendo fechadas, enquanto na frente, dois servidos puxam para trás uma tela, revelando o pôr do sol sobre Seattle e Bay Meydenbauer. É uma visão absolutamente de tirar o fôlego, as luzes de Seattle cintilam à distância e o laranja escuro, calmo, da baía reflete o céu de opala. Uau. É tão calmo e pacífico.

Dez garçons, cada um segurando um prato, vem para ficar entre nós. Com um sinal silencioso, servem as nossas entradas na sincronização completa, em seguida, desaparecem novamente. O salmão parece delicioso, e eu percebo que estou morrendo de fome.

Christopher: Com fome? – Murmura tão baixo, que só eu posso ouvir. Eu sei que ele não está se referindo ao alimento, e os músculos profundos na minha barriga respondem.

Dulce:  Muito. – Eu sussurro, ousadamente reunindo o meu com o seu olhar, Christopher separa os lábios enquanto inala. Ha! Veja... dois podem jogar este jogo. O avô de Christopher me envolve em uma conversa imediatamente. Ele é um homem maravilhoso, tão orgulhoso de sua filha e de seus três netos.

É tão estranho pensar em Christopher como uma criança. A memória de suas cicatrizes de queimaduras vem espontaneamente à mente, mas rapidamente descarto-a. Eu não quero pensar nisso agora, embora, ironicamente, é a razão por trás desta festa. Eu queria que Annie estivesse aqui com Poncho. Ela se encaixaria tão bem, o grande número de garfos e facas colocandos diante dela, não assustariam Annie, ela iria comandar a mesa. Eu a imagino brigando com Maite sobre quem deveria ser a cabeça da mesa. O pensamento me faz sorrir.

 A conversa na mesa flui. Maite é divertida, como sempre, tanto que ofusca o pobre Jack, que costuma ficar quieto como eu. A avó de Christopher é a mais vocal. Ela também tem um senso de humor ácido, geralmente à custa de seu marido. Eu começo a sentir um pouco de pena do Sr. Uckermann. Christopher e Lance falam animadamente sobre um dispositivo que a empresa de Christopher está desenvolvendo, inspirado no princípio de Schumacher: Pequeno é Bonito. É difícil acompanhar. Christopher parece ter a intenção de capacitar às comunidades carentes, em todo o mundo, uma tecnologia à vento, com dispositivos que não necessitam de eletricidade ou baterias e manutenção mínima. Vê-lo em plena atividade é surpreendente. Ele é apaixonado e comprometido com a melhoria da vida dos menos afortunados. Através de sua empresa de telecomunicações, ele tem a intenção de ser o primeiro no mercado, com um telefone móvel com energia a vento.

Uau. Eu não tinha ideia. Quer dizer, eu sabia sobre sua paixão sobre a alimentação do mundo, mas isto... Lance parece incapaz de compreender o plano de Christopher de dar a tecnologia e não mostrá-la. Me pergunto vagamente como Christopher fez toda a sua fortuna, se ele está tão disposto a dar tudo. Durante o jantar, um fluxo constante de homens em smokings, habilmente confeccionados e máscaras escuras, param na nossa mesa, interessados em conhecer Christopher, apertar sua mão e trocar gentilezas. Ele me apresenta para alguns, mas para outros não. Estou intrigada para saber como e por que ele faz a distinção. Durante uma conversa, Maite se inclina e sorri.

Maite:  Dul, você vai ajudar no leilão?

Dulce:  Claro. – Eu respondo muito disposta.

Quando a sobremesa é servida, a noite já caiu, e eu estou realmente desconfortável. Eu preciso me livrar das bolas. Antes que eu possa me desculpar, o mestre de cerimônias (MC)  aparece na nossa mesa, e com ele, se não me engano, está a Senhorita Tranças Européias. Qual o seu nome? Hansel, Gretel... Gretchen. Ela está mascarada é claro, mas eu sei que é ela, quando o seu olhar não se move para além de Christopher. Ela cora, e egoísta, eu estou muito contente que Christopher não toma conhecimento dela. O MC pede o nosso envelope e com um floreio muito prático e convicente, pede para Alexandra tirar a proposta vencedora. É de Jack, e a cesta embrulhada em papel de seda é atribuída a ele. Aplaudo educadamente, mas eu estou achando impossível me concentrar em mais nada do que acontece.

Dulce:  Se você me dá licença. – Murmuro para Christopher. Ele olha para mim atentamente.

Christopher: Você precisa retocar a maquiagem? – Concordo com a cabeça. – Eu vou lhe mostrar. – Ele diz sombriamente. Quando eu levando, todos os outros homens ao redor, levantam da mesa comigo. Oh, tais maneiras.

Maite:  Não, Christopher! Você não vai levar a Dul, eu vou.

Maite está em pé antes mesmo que Chritopher possa protestar. Sua mandíbula aperta, eu sei que ele não está satisfeito. Francamente, não é só eu que tenho... necessidades. Eu encolho os ombros como desculpa para ele, e ele se senta rapidamente, paciente.