Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

A banda ainda está em pleno andamento.

– Dulce. – Me viro para encontrar Victor atrás de nós. – Eu me pergunto se você me daria a honra da próxima dança. – Ele oferece sua mão para mim. Christopher dá os ombros e sorri, liberando minha mão, e eu me deixo levar por Victor para a pista de dança.

Sam o líder da bança lança com Come Fly With Me, e Victor coloca o braço em volta da minha cintura e me gira suavemente para a multidão.

Victor:  Eu queria agradecer sua generosa contribuição para nossa caridade, Dulce. – Pelo seu tom, eu suspeito que está é uma maneira indireta de perguntar se eu posso pagar.

Dulce:  Sr. Uckermann.

Victor:  Chame-me de Victor, por favor, Dulce.

Dulce:  Estou muito feliz por poder contribuir. Eu inesperadamente consegui algum dinheiro. Eu não preciso dele. E é uma causa tão digna. – Ele sorri para mim, e eu aproveito a oportunidade para algumas perguntas inocentes. – Christopher me contou um pouco sobre seu passado, então eu acho que é adequado apoiar o seu trabalho. – Eu acrescento, na esperança de que isso possa incentivar Victor me dar uma pequena visão sobre o mistério que é seu filho. Victor está surpreendido.

Victor:  Ele contou? Isso é incomum. Você certamente tem um efeito muito positivo sobre ele, Dulce. Eu não acho que eu já o vi assim, assim... leve. – Eu fico pasma. – Desculpe, eu não queria envergonhá-la.

Dulce:  Bem, na minha limitada experiência, ele é um homem muito incomum.

Victor:  Ele é. – Corcorda em silêncio.

Dulce:  A infância de Christopher me pareceu terrivelmente traumática, pelo que ele me contou. – Victor franze a testa, e eu me preocupo se eu ultrapassei os limites.

Victor:  Minha esposa era a médica do plantão quando a polícia o encontrou. Ele era pele e ossos, e estava severamente desidratado. Ele nem falava. – Ele faz uma careta novamente, perdido na terrível memória, apesar da música alta que nos rodeia. – Na verdade, ele não falou por quase dois anos. Era tocando piano que o levava para fora de si mesmo. Ah, e a chegada de Maite, é claro. – Ele sorri para mim com carinho.

Dulce:  Ele toca muito bem. E ele já fez tanto, você deve estar muito orgulhoso dele. – Eu soo distraída. Pu/ta merda. Não falou por dois anos.

Victor:  Imensamente. Ele é muito determinado, muito capaz, um homem bastante jovem e brilhante. Mas entre nós, Dulce, vê-lo como ele está, esta noite, despreocupado, atuando de acordo com a sua idade, essa é a verdadeira emoção para sua mãe e eu. Nós dois estávamos comentando sobre isso hoje. Creio que temos que lhe agradecer por isso. – Eu acho que eu coro até as raízes do cabelo. O que eu devo dizer a isto? – Ele sempre foi solitário. Nunca pensei que iria vê-lo com alguém. Tudo o que você está fazendo, por favor, não pare. Nós gostaríamos de vê-lo feliz. – Ele para de repente, como se tivesse ultrapassado os limite. – Eu sinto muito, eu não quero fazer você se sentir desconfortável. – Sacudo a cabeça.

Dulce:  Eu gostaria de vê-lo feliz, também. – Eu  murmuro, sem saber o que dizer.

Victor:  Bem, eu estou muito feliz porque você veio esta noite. Tem sido um verdadeiro prazer ver vocês dois juntos. – Como as notas finais da música desaparecendo, Victor me libera e arqueia, e eu o reverencio, me espelhando em sua civilidade.

Christopher:  Já basta de dançar com homens velhos. – Christopher está ao meu lado novamente, e Victor ri.

Victor:  Menos “velho”, filho. Eu sou conhecido por ter os meus momentos. – Pisca para mim de brincadeira e caminha no meio da multidão.

Christopher:  Acho que meu pai gosta de você. – Murmura enquanto ele vê seu pai se misturando com a multidão.

Dulce:  O que há para não gostar? – Eu dou um olhar esperto para ele através de meus cílios.

Christopher:  Bingo, Srta. Saviñón. – Ele me puxa para um abraço quando a banda começa a tocar, It Had to Be You. – Dança comigo. – Ele sussurra sedutoramente.

Dulce:  Com prazer, Sr. Uckermann. – Eu sorrio, em resposta, e ele me arrasta por toda a pista de dança mais uma vez.