Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

  Dulce: Sinto-me pasmada, Christopher. – Sorriu. – Faz tudo... tão bem.

  Uckermann: Obrigado, Srta. Saviñón. – Disse educadamente. Acho que gostou do meu comentário, mas não estou segura. Durante alguns instantes voamos em silêncio, até Christopher trocar mais algumas informações com a torre.

  Dulce: Está claro que você se diverte.

  Uckermann: O que? – Encarou-me, parecia zombador.

  Dulce: Voar.

  Uckermann: Exige controle e concentração.. como não iria me encantar? Embora o que mais gosto é planejar.

  Dulce: Planejar?

  Uckermann: Sim. Vôo sem motor, para que me entenda. Planadores e helicópteros, piloto as duas coisas. – Passatempos caros, lembrei o que me disse na entrevista. Seattle estava cada vez mais perto, era absolutamente impressionante. – É bonito, não é verdade? – Me sinto em um filme, um mundo irreal. – Chegaremos em alguns minutos. – E de repente senti a adrenalina percorrer meu corpo, acreditava que iria desmaiar. Ele recomeçou a trocar informações com a torre, mas já não o escutava. Agarrei-me à borda de meu assento cada vez com mais força. Eu posso fazer isso, repetia como um mantra enquanto nos aproximávamos do arranha céu. O helicóptero reduziu a velocidade e ficou suspenso no ar, Christopher aterrisou, desligou o motor e o ruído diminuiu até que só ouvia minha respiração entrecortada. Ele retirou seus fones e se inclinou para tirar os meus. – Chegamos. – Seu olhar era intenso, parecia tenso. Cerrou a mandíbula e entrecerrou os olhos. Abriu seu cinto e se inclinou para abrir o meu. – Não tem que fazer nada que não queira fazer. Você sabe, não é? – Seu tom era muito sério, inclusive angustiado, e seus olhos, ardentes. Me pegou de surpresa.

  Dulce: Nunca faria nada que não quisesse, Christopher. – Enquanto lhe dizia, sentia que não estava de todo convencida. Mas funcionaram e ele se acalmou. Encarou-me um instante e logo, agarrou minha mão para me ajudar a descer. No terraço havia muito vento e me punha nervosa o fato de estar a aquela altura do chão. Christopher passou o braço pela minha cintura e me puxou firmemente para ele.

  Uckermann: Vamos. –  Arrastou-me até um elevador, digitou um número em um painel, e a porta se abriu. No elevador, completamente revestido de espelhos, fazia calor. Digitou outro código, e as portas se fecharam e o elevador começou a descer. Em poucos momentos estávamos em um hall totalmente branco, com uma mesa no meio uma mesa redonda com um enorme buquê de flores brancas. As paredes estavam cheias de quadros, uma porta dupla se abriu e o branco se prolongou por um amplo corredor que nos leva a uma sala. É o salão principal, qualificá-lo de "enorme" seria pouco. – Dê-me uma jaqueta? – Nego com a cabeça, estava com frio ainda. – Quer tomar uma taça? – Depois do que passei ontem? – Eu tomarei uma taça de vinho branco. Você quer uma?

  Dulce: Sim, obrigada. – Me entregou em uma taça luxuosa, tomei um gole e era um delicioso vinho.