Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Apesar dessa ideia ser atraente, eu pensei em sair hoje. Pegar um pouco de ar fresco.

Dulce:  É seguro? – Eu pergunto inocentemente, tentando e não conseguindo manter a ironia da minha voz. O rosto de Christopher cai e pressiona a boca em uma linha.

Christopher:  Para onde vamos, é. E este assunto não é para se brincar. – Acrescenta severamente, estreitando os olhos.

Eu olho para o meu pequeno café da manhã. Não acho que deva ser repreendida após todo o drama vivido na noite anterior. Eu como meu café em silêncio, me sentindo petulante. Meu subconsciente está balançando a cabeça. Cinquenta não brinca sobre segurança, eu deveria saber disso. Eu quero revirar meus olhos para ele, mas me contenho.  Ok, eu estou cansada e irritada. Tive um longo dia ontem e não dormi o suficiente. Por que ele começa a parecer tão fresco como uma margarida? A vida não justa. Alguém bate na porta.

Christopher:  Deve ser a doutora. – Resmunga, obviamente, ainda chateado com a minha ironia. Ele sai da mesa. Não podemos apenas ter uma manhã calma e normal? Eu suspiro pesadamente, deixando metade do meu café da manhã e levanto para cumprimentar a Doutora.

Estamos no quarto, e a Dra. Greene está me olhando de boca aberta. Ela está vestida mais casualmente do que a última vez, um conjunto duplo de cashmere rosa pálido e calças pretas, e seu cabelo bem loiro está solto.

Dra. Greene: E você apenas parou de tomá-lo? Como assim? – Eu me sinto uma tola.

Dulce:  Sim. – Poderia minha voz ser mais baixa?

Dra. Greene: Você poderia estar grávida. – Ela diz com naturalidade. O quê! O mundo caiu aos meus pés. Meu subconsciente caiu no chão vomitando, e eu acho que vou ficar doente também. Não! – Aqui, vá fazer xixi. – Ela é toda negócios hoje, sem levar nenhum prisioneiro.

Humildemente, eu aceito o pequeno recipiente de plástico que ela me oferece e ando em direção ao banheiro. Não. Não. Não. De jeito nenhum. De jeito nenhum... Por favor, não. O que Cinquenta vai fazer? Eu estou pálida. Ele vai enlouquecer. Não, por favor! Eu sussurro numa oração silenciosa. Eu dou a Dra. Greene minha amostra, e ela coloca cuidadosamente um pequeno bastão branco nele.

Dra. Greene: Quando começa seu período? – Como é que eu vou pensar sobre esses detalhes, quando tudo o que posso fazer é olhar ansiosamente para o bastão branco?

Dulce:  Er... Quarta-feira? Não a passada, a anterior. Primeiro de Junho.

Dra. Greene: E quando você parou de tomar a pílula?

Dulce:  Domingo. No domingo passado. – Ela franze os lábios.

Dra. Greene: Você deve estar bem. – Ela diz bruscamente. – Eu posso dizer pela sua expressão que uma gravidez não planejada não seria uma boa notícia. Então medroxiprogesterona é uma boa ideia se você não consegue se lembrar de tomar a pílula todos os dias. – Ela me dá um olhar severo, e eu cedo sob seu brilho autoritário. Pegando o bastão branco, ela olha para ele. – Você está limpa. Você não ovulou ainda, então desde que você tenha tomado ás devidas precauções, você não deve estar grávida. Agora, me deixe aconselhá-la sobre esse fato. Nós descartamos da última vez por causa dos efeitos colaterais, mas, francamente, os efeitos colaterais de uma criança são de longo alcance e dura anos. – Ela sorri satisfeita consigo mesma de sua piada, mas eu não posso responder, estou muito atordoada.

Dra. Greene começa a falar sobre os efeitos colaterais, e eu fico paralisada com o alívio, sem prestar a atenção ao que ela fala. Toleraria qualquer quantidade de mulheres estranhas no pé da minha cama, em vez de confessar a Christopher que eu possa estar grávida.

Dra. Greene: Dulce! – Me chama. – Vamos fazer isso. – Ela me puxa para fora de meu devaneio, e eu de bom grado arregaço a manga.

Christopher fecha a porta atrás dela e olha para mim com cautela.

Christopher:  Tudo bem? – Aceno mudamente, e ele inclina a cabeça para um lado, seu rosto tenso de preocupação. – Dulce, o que é? O que a Dra. Greene disse? – Sacudo a cabeça.

Dulce:  Você está pronto para ir em sete dias.

Christopher:  Sete dias?

Dulce:  Sim.

Christopher:  Dul, o que há de errado? – Eu engulo.

Dulce:  Não, nada para se preocupar. Por favor, Christopher, apenas deixe para lá. – Christopher aparece na minha frente. Ele agarra meu queixo, inclina minha cabeça para trás, e olha atentamente nos meus olhos, tentando decifrar o meu pânico.

Christopher:  Diga-me. – Ele se encaixa com insistência.