Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Eu acho que é melhor você ir. E por favor, ligue antes de vir novamente.

Elena: Christopher, eu sinto muito. – Ela diz, e de seu tom dá pra ver que ela está sendo sincera. – Desde quando você está tão sensível? – Ela o repreende novamente.

Christopher:  Elena, temos uma relação profissional que tem beneficiado imensamente nós dois. Vamos manter as coisas dessa maneira. O que tinha entre nós faz parte do passado. Dulce é o meu futuro, e eu não vou por em perigo de forma nenhuma, assim cortamos essa merda. – Seu futuro!

Elena: Entendo.

Christopher:  Olha, eu sinto por seu problema. Talvez você deva montar algo e chamá-lo para um blefe. – Seu tom é mais suave.

Elena: Eu não quero perder você, Christopher.

Christopher:  Eu não sou seu para você me perder, Elena. – Ele atira novamente.

Elena: Não é isso que eu quis dizer.

Christopher:  O que quis dizer? – Ele é rude, com raiva.

Elena: Olha, eu não quero discutir com você. Sua amizade significa muito para mim. Eu vou sair de perto da Dulce. Mas eu estou aqui se precisar de mim. Eu sempre estarei.

Christopher:  Dulce acha que você me viu no último sábado. Você me ligou, e isso é tudo. Por que você disse a ela de outra maneira?

Elena: Eu queria que ela soubesse como você ficou chateado quando ela partiu. Eu não quero que ela te machuque.

Christopher:  Ela sabe. Eu disse a ela. Pare de interferir. Honestamente, você é como uma mãe galinha. – Christopher parece mais paciente, e Elena ri, mas há um tom triste na risada.

Elena: Eu sei. Sinto muito. Você sabe que eu me importo com você. Nunca pensei que ia acabar se apaixonando, Christopher. É muito graficante ver isso. Mas eu não poderia suportar se ela te machucar.

Christopher:  Eu vou me arriscar. – Ele diz secamente. – Agora você tem certeza que não quer Welch para investigar? – Ela suspira pesadamente.

Elena: Acho que não faria nenhum mal.

Christopher:  Ok. Vou chamá-lo de manhã. – Eu os ouvi brigando, tentando descobrir isso. Eles soam como velhos amigos, como diz Christopher. Apenas amigos. E ela se preocupa com ele...Talvez demais. Bem, quem não iria, se o conhecesse?

Elena: Obrigada, Christopher. E eu sinto muito. Eu não queria me intrometer. Eu vou indo. Da próxima vez eu vou telefonar.

Christopher:  Bom. – Ela está indo! Merda! Eu corro pelo corredor para o quarto de Christopher e me sento na cama. Christopher entra poucos momentos depois. – Ela se foi. – Ele diz com cautela, avaliando minha reação. Eu olho para ele, tentando formular a minha pergunta.

Dulce:   Você vai me dizer tudo sobre ela? Eu estou tentando entender por que você acha que ela te ajudou. – Faço uma pausa, pensando cuidadosamente sobre a minha próxima frase. – Eu a detesto, Christopher. Acho que o que ela fez a você causou danos incalculáveis. Você não tem amigos. Ela os mantém longe de você? – Ele suspira e passa a mão pelos cabelos.

Christopher:  Por que diabos você quer saber sobre ela? Tivemos um caso muito longo, ela bateu para cara/lho em mim, muitas vezes, e eu a fodi de todas as formas que você nem sequer pode imaginar, fim da história. – Eu fico pálida. Merda, ele está irritado comigo. Eu pisco.

Dulce:   Por que você está tão zangado?

Christopher:  Porque toda essa merda acabou! – Ele grita, me encarando. Ele suspira, irritado e balança a cabeça. Eu fico branca. Merda. Eu olho para as minhas mãos, apertadas no meu colo. Eu só quero entender. Ele se senta ao meu lado. – O que você quer saber? – Ele pergunta em um tom cansado.

Dulce:   Você não tem que me dizer. Eu não quero me intrometer.

Christopher:  Dulce, não é isso. Eu não gosto de falar sobre essa merda. Eu vivi numa bolha durante anos sem nada me afetando e não tinha que me justificar a ninguém. Ela sempre esteve lá como uma confidente. E agora meu passado e meu futuro estão colidindo em uma maneira que nunca imaginei ser possível. – Olho para ele e ele está olhando para mim, os olhos arregalados. – Eu nunca pensei que eu tinha um futuro com alguém, Dulce. Você me dá esperança e me faz pensar em todos os tipos de possibilidades. – Ele vagueia.

Dulce:   Eu estava ouvindo. – Eu sussurro e volto a olhar para minhas mãos.

Christopher:  O quê? A nossa conversa?

Dulce:   Sim.

Christopher:  E então? – Ele soa paciente.