Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Eu sei. – Ele diz, e sua voz é triste. Me sento para olhar para ele.

Dulce: O que foi? – Eu pergunto. Ele balança a cabeça como se quisesse se livrar de algum pensamento desagradável, e levantando a mão, ele acaricia meu rosto, os olhos brilhantes e sérios.

Christopher:  Eu te amo, Dulce Maria Saviñón.

O alarme dispara com notícias sobre o tráfego às seis da manhã, e eu acordo abruptamente do meu sonho, onde há mais mulheres loiras do que de cabelos ruivos. Eu não consigo entender do que se trata, e imediatamente sou distraída, porque Christopher Uckermann está enrolado em torno de mim como seda, com a cabeça de cabelos rebeldes em meu peito, a mão no meu peito, a perna em cima de mim, me segurando para baixo. Ele ainda está dormindo, e eu estou com muito calor. Mas eu ignoro o meu desconforto, timidamente chegando a passar os dedos suavemente pelos cabelos, e ele se mexe. Levanta os olhos castanhos brilhantes, e sorri sonolento. Caramba... ele é adorável.

Christopher:  Bom dia, linda.

Dulce: Bom dia, lindo. – Eu sorrio de volta. Ele me beija, desembrulhanto a si mesmo, e inclina-se sobre o cotovelo, olhando para mim.

Christopher:  Dormiu bem?

Dulce: Sim, apesar da interrupção de meu sono na noite passada. – Seu sorriso se amplia.

Christopher:  Humm. Você pode me interromper a qualquer momento. – Me beija outra vez.

Dulce: E você? Você dormiu bem?

Christopher:  Eu sempre durmo bem com você, Dulce.

Dulce: Sem pesadelos?

Christopher:  Não. – Eu faço cara feia e acho uma chance para uma pergunta.

Dulce: Quais são seus pesadelos? – Sua testa aumenta e seu sorriso diminui. Merda, minha curiosidade estúpida.

Christopher:  Eles são flashbacks da minha infância, ou assim diz o Dr. Flynn. Algumas vividas, outras nem tanto. – Sua voz diminui e um olhar distante, sofrido cruza seu rosto. Distraidamente, ele começa a traçar minha clavícula com o dedo, me distraindo.

Dulce: Você acorda chorando e gritando? – Eu tento, em vão, fazer uma piada. Ele olha para mim, perplexo.

Christopher:  Não, Dulce. Eu nunca chorei. Até onde eu possa recordar. – Ele franze a testa, como se para chegar às profundezas de suas memórias. Oh não, o que é um lugar muito escuro para ir a esta hora, certamente.

Dulce: Você tem boas lembranças da sua infância? – Pergunto rapidamente, principalmente para distraí-lo. Ele olha pensativo por um momento, ainda correndo o dedo ao longo da minha pele.

Christopher:  Me lembro da produção de crack, de uma prostituta. Me lembro do cheiro. Talvez um bolo de aniversário. Para mim. E depois há a chegada de Maite com a minha mãe e meu pai. Minha mãe estava preocupada com a minha reação, mas eu adorei Maite imediatamente. Minha primeira palavra foi Maite. Me lembro de minha primeira lição de piano. Senhorita Kathie, minha tutora, era incrível. Ela tinha cavalos, também. – Ele sorri melancolicamente.

Dulce: Você disse que sua mãe te salvou. Como? – Sua meditação é quebrada, e ele olha para mim como se eu não entendesse a matemática de dois mais dois.

Christopher:  Ela me adotou. – Ele diz simplesmente. – Eu pensei que ela era um anjo quando eu a conheci. Ela estava vestida de branco e tão suave e calma, enquanto ela me examinava. Eu nunca vou esquecer isso. Se ela tivesse dito não ou se Victor tivesse dito que não... – Ele dá ombros e olha sobre o ombro para o despertador. – Isso tudo é muito profundo para tão cedo da manhã. – Ele resmunga.

Dulce: Eu fiz uma promessa para chegar a conhecê-lo melhor.

Christopher:  Você fez, Srta. Saviñón? Eu pensei que você queria saber se eu preferia café ou chá. – Ele sorri. – De qualquer forma, eu posso pensar em uma maneira que você pode me conhecer. – Ele empurra seus quadris sugestivamente contra mim.

Dulce: Eu acho que te conheço bem o suficiente nesse ponto. – Minha voz é arrogante e repreensiva, e o faz sorrir de forma mais ampla.