Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce: Eu não entendo por que você me acha atraente. Você é, bem, você é você... e eu sou... – Dou os ombros e olho para ele. – Apenas não entendo. Você é lindo, sexy e bem sucedido, bom e gentil, humanitário... todas essas coisas... e eu não sou. E não posso fazer as coisas que você gosta de fazer. Não posso te dar o que precisa. Como pode ser feliz comigo? Como posso te manter? – Minha voz é um sussurro, quando expresso meus medos mais obscuros. – Nunca entendo o que você vê em mim. E vê-lo com ela, trouxe tudo isto de volta. – Eu fungo e limpo o nariz com as costas da minha mão, olhando para sua expressão impassível. Oh, ele é tão irritante. Fale comigo, por/ra! – Você vai ficar ajoelhado aí à noite toda? Porque vou fazer isso também. – Eu estalo para ele.

Acho que sua expressão suaviza, talvez pareça vagamente divertida. Mas é tão difícil dizer. Eu poderia alcançá-lo e tocá-lo, mas isso seria um abuso grosseiro da posição em que me colocou. Não quero isso, mas não sei o que ele quer, ou o que está tentando me dizer. Eu apenas não entendo.

Dulce: Christopher, por favor, por favor... fale comigo. – Eu suplico, torcendo as mãos em meu colo. Estou desconfortável de joelhos, mas continuo ajoelhada, olhando para os seus graves, bonitos, olhos castanhos e espero. E espero. E espero. – Por favor. – Eu peço mais uma vez. Seu olhos intenso escurece de repente e ele pisca.

Christopher:  Eu estava tão assustado. – Ele sussurra. Oh, graças a Deus! Meu subconsciente cambaleia de volta para sua poltrona, enfraquecido de alívio, e toma um grande gole de gim. Ele está falando! A gratidão me inunda, e engulo, tentando conter a emoção e a nova luta com as lágrimas que ameaçam cair. Sua voz é baixa e suave. – Quando vi Christian chegar, eu sabia que alguém tinha entrado em seu apartamento. Tanto Taylor quando eu, pulamos para fora do carro. Nós sabíamos, e vê-la lá com você... e armada. Eu acho que morri mil mortes, Dul. Alguém a ameaçando... todos os meus piores medos realizados. Eu estava com tanta raiva, dela, de você, de Taylor, de mim mesmo. – Ele balança a cabeça revelando sua agonia. – Eu não sabia o quanto ela seria volátil. Não sabia o que fazer. Não sabia como ela iria reagir. – Ele para e franze a testa. – E então ela me deu uma dica, parecia tão arrependida. E apenas soube o que tinha que fazer. – Ele faz uma pausa, me olhando, tentando avaliar a minha reação.

Dulce: Vá em frente. – Eu sussurro. Ele engole.

Christopher:  Vê-la nesse estado, sabendo que posso ter algo a ver com o seu colapso mental... – Ele fecha os olhos mais uma vez. – Ela sempre foi tão maliciosa e vivaz. – Ele estremece e respira áspero, quase como um soluço. Isto é uma tortura de se ouvir, mas me ajoelho, atenciosa, sobrepondo esta visão. – Ela poderia ter machucado você. E teria sido minha culpa. – Seus olhos vagam, cheios de incompreendido horror, e ele fica em silêncio mais uma vez.

Dulce: Mas ela não o fez. – Eu sussurro. – E você não foi responsável por ela estar neste estado, Christopher. – Pisco para ele, incentivando-o a continuar.

Então eu desperto para tudo que ele fez para me manter segura e, talvez, Belinda também, porque também se preocupa com ela. Mas quanto se preocupa com ela? A pergunta permanece na minha cabeça, indesejável. Ele diz que me ama, mas foi tão duro, me jogando para fora do meu próprio apartamento.

Christopher:  Eu só queria que você se fosse. – Murmura, com sua estranha habilidade de ler meus pensamentos. – Queria você longe do perigo, e... Você... Apenas... Não... Ia. – Ele sibila com os dentes cerrados e balança a cabeça. Sua irritação é palpável. Ele olha para mim atentamente. – Dulce Maria Saviñón, você é a mulher mais teimosa que conheço. – Ele fecha os olhos e balança a cabeça mais uma vez em descrença. Oh, ele está de volta. Eu dou um suspiro longo, claro de alívio. Ele abre os olhos novamente, e sua expressão é perdida, sincera. – Você não vai fugir?

Dulce: Não! – Ele fecha os olhos novamente e todo o seu corpo relaxa. Quando abre os olhos, posso ver sua dor e angústia.

Christopher:  Eu pensei... – Ele para. – Este sou eu, Dul. Todo eu... e sou todo seu. O que devo fazer para que perceba isto? Para fazer com que veja que eu a quero de qualquer maneira que possa te ter. Que eu te amo.

Dulce: Eu também te amo, Christopher, e vê-lo assim é... – Eu engasgo e minhas lágrimas começam de novo. – Pensei que tinha magoado você.

Christopher:  Magoado? Eu? Ah, não, Dul. Exatamente o oposto. – Ele estende a mão e pega a minha. – Você é a minha tábua de salvação. – Sussurra, e beija meus dedos antes de pressionar a palma da mão contra a dele.

Com seus olhos arregalados e cheios de medo, gentilmente puxa minha mão e a coloca em seu peito sobre o coração, na zona proibida. Sua respiração se acelera. Seu coração está batendo frenético, debaixo das cicatrizes em meus dedos. Ele não tira os olhos dos meus, sua mandíbula está tensa, os dentes cerrados. Eu suspiro. Oh meu Cinquenta! Ele está me deixando tocá-lo. E é como se todo o ar em meus pulmões tenha evaporado, sumido. O sangue está batendo em meus ouvidos. Quando o ritmo do meu coração eleva-se para combinar com o seu. Ele solta minha mão, deixando-a no lugar sobre seu coração. Eu flexiono levemente os dedos, sentindo o calor de sua pele sob o tecido fina de sua camisa. Ele está segurando a respiração. Eu não posso suportar isto. Tiro minha mão.