Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Os olhos de Derrick piscam com um azul mais escuro, e ele sorri sarcasticamente enquanto lança um olhar malicioso pelo meu corpo. O medo me sufoca. O que é isso? O que ele quer? De algum lugar bem no fundo, e apesar da minha boca seca, encontro determinação e coragem para exprimir algumas palavras, o mantra de “continue falando” das minhas aulas de autodefesa, circulam no meu cérebro, como um sentinela universal.

Dulce: Derrick, agora pode não ser um bom momento para isso. Seu táxi está previsto para dentro de dez minutos, e eu preciso dar-lhe todos os seus documentos. – Minha voz é calma, mas rouca, me traindo. Ele sorri, e é um tirano sorriso de “fode-la” finalmente toca seus olhos. Eles brilham sob a claridade áspera da luz fluorescente que está acima de nós, na sem graça sala sem janelas. Ele dá um passo em minha direção, me encarando, seus olhos nunca deixam os meus. Suas pupilas dilatadas, o negro superando o azul, enquanto o observo. Ah, não. Meu medo aumenta.

Derrick:  Você sabe que tive que lutar com Angelique para lhe dar este trabalho... – Sua voz se abaixa, enquanto dá outro passo em minha direção, e eu dou um passo para trás contra os armários sujos. Mantenha-o falando, mantenha-o falando.

Dulce: Derrick, qual é exatamenteo seu problema? Se você quiser expor suas queixas, então talvez devêssemos solicitar ao RH para resolver. Nós podemos fazer isso com Angelique em um ambiente mais formal. – Onde está a segurança? Estão no prédio ainda?

Derrick:  Nós não precisamos do RH para gerenciar esta situação Dulce. – Ele zomba. – Quando contratei você, pensei que você ia ser uma funcionária esforçada. Pensei que você tinha potencial. Mas agora, eu não sei. Você se tornou distraída e desleixada. E eu me pergunto... Se é seu namorado que está pondo você a perder-se? – Ele diz namorado com um desprezo assustador. – Eu decidi verificar através da sua conta de email, para ver se podia encontrar alguma pista. E você sabe o que encontrei Dulce? O que estava fora do lugar? Os únicos emails pessoais em sua conta eram para o seu namorado. – Ele faz uma pausa, avaliando minha reação. – E comecei a pensar... onde estão os emails dele? Não há nenhum. Nada. Então, o que está acontecendo, Dulce? Como é que os emails dele para você não estão em nosso sistema? Você é alguma espiã na empresa, plantada aqui pela organização Uckermann? É disto que se trata? – Pu/ta merda, os emails. Ah, não. O que eu devo dizer?

Dulce: Derrick, do que você está falando? – Tento parecer confusa, e sou bem convincente. Essa conversa não está indo como eu esperava, mas não confio nele nem um pouco. Alguns feromônios subliminares que Derrick está exalando, me deixam em estado de alerta. Este homem está com raiva, volátil e totalmente imprevisível. Eu tento raciocinar com ele. – Você disse que teve que convencer Angelique a me contratar. Então como eu posso ter sido plantada como uma espiã? Pense sobre isto, Derrick.

Derrick:  Mas Uckermann fodeu com a viagem á Nova York, não foi? – Oh merda. – Como ele conseguiu isso, Dulce? O que o sei rico namorado da Ivy League (grupo de oito universidades privadas do Nordeste dos EUA) fez? – O pouco de sangue que permanecia em meu rosto é drenado, e acho que vou desmaiar.

Dulce: Eu não sei do que você está falando, Derrick. – Eu sussurro. – O táxi vai estar aqui em breve. Devo buscar as suas coisas? – Oh, por favor, me deixe ir. Pare com isso. Derrick continua, divertindo-se com meu desconforto.

Derrick:  Ele achou que eu ia lhe passar uma cantada? – Ele sorri e seus olhos queimam. – Bem, quero que você pense em algo, enquanto estou em Nova York. Dei-lhe este trabalho, e espero que mostre alguma gratidão. Na verdade, tenho direito a isto. Tive que lutar para contratar você. Angelique queria alguém mais bem qualificada, mas eu... eu vi alguma coisa em você. Então, precisamos fazer um acordo. Um negócio onde me mantenha feliz. Você entende o que estou dizendo, Dulce? – Por/ra! – Vejo isto como um aperfeiçoamento de suas funções, se quiser. E se você me mantiver feliz, não fuçarei mais fundo em como o seu namorado está mexendo os pauzinhos, ordenando seus contatos, ou cobrando alguns favores de um de seus amiguinhos bajuladores da fraternidade da Ivy League.

Minha boca despenca. Ele está me chantageando. Por sexo! E o que posso dizer? A notícia da posse de Christopher está impedida por mais de três semanas. Eu mal posso acreditar nisso. Sexo... Comigo! Derrick se aproxima até que está de pé na minha frente, olhando nos meus olhos. Seu perfume doce e enjoativo invade minhas narinas, é nauseante, e se não estou enganada, o cheiro amargo de álcool está em sua respiração. Por/ra, ele esteve bebendo... quando?

Derrick:  Você é como um cú apertado, provocante para cara/lho, você sabe Dulce. – Ele sussurra por entre os dentes cerrados. O quê? Provocante... Eu?

Dulce: Derrick, eu não tenho ideia do que está falando. – Eu sussurro, enquanto sinto a onda de adrenalina pelo meu corpo. Ele está mais perto agora. Estou esperando para fazer a minha jogada. Ray vai se orgulhar. Ray me ensinou o que fazer. Ray conhece sobre autodefesa. Se Derrick me tocar ou até mesmo respirar muito próximo de mim, vou nocauteá-lo. Minha respiração é superficial. Não devo desmaiar, não devo desmaiar.