Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

     A luz inundava o quarto, me despertando de um sono profundo. Eu me espreguiço e abro os olhos, é uma bela manhã. Christopher está profundamente adormecido ao meu lado, surpreendente que ainda esteja na cama. Como está virado para mim, tenho a oportunidade de examiná-lo pela primeira vez. Seus lábios esculturais e carnudos estão ligeiramente abertos, e o seu cabelo sedoso, em uma gloriosa confusão. Como alguém pode ser tão lindo e mesmo assim ser frio? Lembro de seu quarto no andar de cima... talvez não seja tão frio. Sacudo minha cabeça, tenho muito o que pensar. Tenho vontade de tocá-lo, mas está tão adorável dormindo, como um garotinho. Levanto devagar da cama, vejo sua camisa branca no chão e me visto com ela. Me dirijo até umaporta pensando que podia ser o banheiro, mas acabo dentro de um closet tão grande quanto meu quarto, lotado de coisas impecáveis e caras. Volto para o quarto, Christopher ainda está dormindo. Abro a outra porta e acho o banheiro, enorme como resto da casa. Para que tanto espaço para um homem sozinho? Olho-me no espelho e sinto-me diferente, estou um pouco dolorida. Sigo olhando no espelho e estremeço com a ideia de que me entreguei a um homem que não me ama e só me quer como uma escrava sexual. Mas gostei de me entregar para este homem, preciso assimilar tudo. Estou desconcertada e confusa. Volto para o quarto e o belo adormecido continua dormindo, estou com fome e vou até a cozinha. Prendo meus cabelos revoltados em duas tranças para parecer mais menina, talvez isso me salve dele. Pego meu iPod, nada como música para cozinhar, coloco-o no bolso da camisa, aumento o volume e começo a dançar. Resolvo fazer o café, pego o necessário e a música invade meus ouvidos, me afastando os pensamentos profundos. Volto e vejo Christopher sentado em um tamborete, com os cotovelos em cima do balcão e o rosto apoiado na mão. Parece divertido e surpreso ao mesmo tempo, fico paralizada e coro. Logo meu acalmo e tiro os fones, com os joelhos tremendo, só de vê-lo.

Uckermann: Bom dia, Senhorita Saviñón. Está muito ativa esta manhã. – Diz em um tom frio.

Dulce: Eu dormi bem. – Digo gaguejando e ele tenta dissimular seu sorriso.

Uckermann: Não imagino por que. – Ele faz uma pausa e franze o cenho. – Eu também, quando voltei para a cama.

Dulce: Está com fome?

Uckermann:  Muita. – Responde com o olhar intenso, e sei que não está se referindo à comida.

Dulce: Panquecas, bacon e ovos?

Uckermann: Soa muito bem.

Dulce: Não sei onde estão os guardanapos. – Encolho os ombros e tento desesperadamente não parecer nervosa.

Uckermann: Eu me ocupo disso. Você cozinha. Quer que ponha música, então você pode continuar.. é.. dançando? – Olho para meus dedos e estou totalmente corada. – Por favor, não pare por minha causa. Isso é muito interessante. – Diz em tom zombador. Viro e sigo batendo os ovos, certamente com mais força do que o necessário. Num instante, ele está ao meu lado e gentilmente puxa minha trança. – Eu adoro isso. Mas não vão proteger você.

Dulce: Como quer os seus ovos? – Pergunto bruscamente e ele sorri.

Uckermann: Completamente batidos e espancados. – Ele sorri e tento ocultar meu sorriso. É difícil não ficar louca por ele, especialmente quando está tão brincalhão. Termino os ovos e quando me viro ele está fazendo café. – Quer chá?

Dulce: Sim, por favor. Se tiver. – Ele abre o armário e tira uma caixa do meu chá favorito. – Um monte de conclusões precipitadas, não é?

Uckermann: Você acha? Não tenho certeza que tenhamos concluído nada ainda, senhorita Saviñón. – O que ele quer dizer? Nossa negociação ou relação.. seja lá o que isso for? Ele ainda é tão enigmático. Sirvo os dois pratos e olho para Christopher, ele está esperando que eu me sente. – Senhorita Saviñón. – Diz apontando um tamborete.

Dulce: Senhor Uckermann. – Concordo com a cabeça, em reconhecimento. Ao me sentar, faço uma ligeira careta de dor.

Uckermann: Está muito dolorida? – Pergunta enquanto sento e coro. Por que me faz perguntas tão pessoais?

Dulce: Bem, para falar a verdade, não tenho com o que comparar isso. – Respondo. – Quer me oferecer sua compaixão? – Pergunto em um tom muito doce e acredito que tenta reprimir um sorriso, não estou certa.

Uckermann: Não. Me perguntava se devemos seguir com seu treinamento básico.

Dulce: Oh. – Olho para ele espantada, contenho a respiração e estremeço. Oh.. eu adoraria, sufoco um gemido.

Uckermann: Coma Dulce. – Oh, mais sexo, sim. – A propósito, isto está delicioso. – Ele sorri para mim. Eu dou uma garfada no omelete, mas mal posso provar. Treinamento básico! Quero foder a sua boca. O que faz parte do treinamento básico? – Pare de morder o lábio. É muito pertubador, e acontece que já me dei conta de que não está usando nada debaixo de minha camisa, e isso me desconcentra mais ainda. – Ele rosna. Inundo o saquinho de chá no bule e minha cabeça da voltas.

Dulce: Em que tipo de treinamento básico está pensando? – Pergunto e minha voz sai mais alta que o normal, o que trai meu desejo de parecer natural. Os hormônios estão causando estragos em meu corpo.