Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Junto todo o meu autocontrole, um pouco confusa, com dois copos, de champanhe e o coquetel letal, que eu carrego na minha mão. Eu acho que todo o sangue foi drenado do meu rosto, mas eu organizo tanto o meu subconsciente como a minha deusa interior, a fim de parecer calma e serena, enquanto eu puder.

Dulce: Elena. – Minha voz é baixa, mas constante, apesar da minha boca seca. Por que esta mulher me assusta tanto? E o que ela quer agora?

Elena:  Gostaria de oferecer-lhe meus sinceros parabéns, mas eu acho que seria inapropriado. – Seus penetrantes e frios olhos azuis olham friamente para os meus, cheios de ódio.

Dulce: Eu não necessito que me deseje suas felicitações, Elena. Estou surpresa e desapontada por vê-la aqui. – Ela arqueia uma sobrancelha. Acho que ela está impressionada.

Elena:  Eu não tinha pensado em você como uma adversária digna, Dulce. Mas você me surpreende a cada esquina.

Dulce: Eu não pensei em você de modo algum. – Eu minto, friamente. Christopher ficaria orgulhoso. – Agora, se você me der licença, tenho coisas muito melhores para fazer do que perder meu tempo com você.

Elena:  Não tão rápido senhorita. – Ela sussurra, encostada na porta, bloqueando-a. – Que diabos você pensa que está fazendo, consentindo em se casar com Christopher? Se você pensa por um minuto que você pode fazê-lo feliz, você está muito enganada.

Dulce: O que eu estou consentindo com Christopher não é da sua conta. – Eu sorrio com doçura sarcástica. Ela me ignora.

Elena:  Ela tem necessidades, necessidades que você não pode sequer começar a satisfazer. – Ela se alegra.

Dulce: O que você sabe de suas necessidades? – Eu rosno. Meu senso de indignação incendeia brilhante, queimando dentro de mim, quando a adrenalina surge através de meu corpo. Como ousa essa pu/ta de merda pregar para mim? – Você não é nada mais que uma doente molestadora de crianças, se dependesse de mim, eu a jogaria no sétimo círculo do inferno e iria embora sorrindo. Agora saia do meu caminho ou eu tenho que fazê-lo?

Elena:  Você está cometendo um grande erro aqui, senhora. – Ela balança um longo dedo fino, perfeitamente cuidado, para mim. – Como você se atreve a julgar o nosso estilo de vida? Você não sabe nada, e você não tem ideia de onde você está se metendo. E se você acha que ela vai ser feliz com uma pequena e tímida interesseira como você... – É isso aí! Eu jogo o resto do meu Martini de limão na cara dela, encharcando-a.

Dulce: Não ouse me dizer no que estou me metendo! – Eu grito com ela. – Quando você vai aprender? Não é da sua maldita conta!

Ela olha para mim horrorizada, limpando a bebida pegajosa do rosto. Eu acho que ela está prestes a avançar em mim, mas, de repente, desvia para frente quando a porta se abre. Christopher está de pé na porta. Ele leva um nano segundo para avaliar o situação, eu estou pálida e tremendo, ela está encharcada. Seu adorável rosto escurece e se contorce com raiva, quando ele fica entre nós.

Christopher:  Que por/ra você está fazendo, Elena? – Ele diz, sua voz é glacial e atada com ameaça. Ela pisca para ele.

Elena:  Ela não é certa para você, Christopher. – Ela sussurra.

Christopher:  O quê? – Ele grita, assustando a nós duas. Eu não posso ver seu rosto, mas todo o seu corpo está tenso, ele irradia rancor. – Como diabos você sabe o que é certo para mim?

Elena:  Você tem necessidades, Christopher. – Ela diz com sua voz suave.

Christopher:  Eu já lhe disse antes, isso não é da sua conta, por/ra. – Ele ruge. Oh droga. Christopher está muito irritado, eu nunca o vi tão zangado. As pessoas vão ouvir. – O que é isso? – Ele faz uma pausa, olhando para ela. – Quem você acha que é certa para mim? Você? Você acha que é certa para mim? – Sua voz é mais suave, mas o desprezo pinga, e de repente, eu não quero estar aqui. Eu não quero presenciar esse encontro íntimo. Eu estou me intrometendo. Mas eu estou presa, meus membros se recusam a se mover. Elena engole e parece arrumar-se na posição vertical. Sua posição muda sutilmente, torna-se mais imponente, e ela dá alguns passos em direção a ele.

Elena:  Eu fui a melhor coisa que já aconteceu com você. – Ela sussurra para ele arrogantemente. – Olhe para você agora. Um dos mais ricos e mais bem sucedidos empresários dos EUA, controlado, impulsionado, você não precisa de ninguém. Você é o mestre do seu universo. – Ele dá um passo para trás, como se tivesse sido golpeado e olho para ela com descrença indignada. – Você adorou isso, Christopher, não tente enganar a si mesmo. Você estava no caminho da autodestruição, eu o salvei, salvei de uma vida atrás das grades. Acredite em mim, querido, é onde você teria acabado. Eu te ensinei tudo que você sabe, tudo que você precisa. – Christopher fica branco, olhando para ela com horror. Quando ele fala, sua voz é baixa e incrédula. 

Christopher:  Você me ensinou a foder, Elena. Mas isso está vazio, como você. Não admira que Linc se fosse. – A bile sobe na minha boca. Eu não deveria estar aqui. Mas eu estou congelada no lugar, morbidamente fascinada, enquanto eles estripam um ao outro. – Você nunca, nenhuma vez, me segurou. – Ele sussurra. – Você nunca disse, uma vez sequer, que você me amava. – Ela estreita os olhos.