Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

De repente estou totalmente desperta, meu sonho erótico caiu no esquecimento num abrir e fechar de olhos.

Dulce: Oh, estava de barriga para baixo…Devo ter virado enquanto dormia. — Digo em minha defesa sem muito convencimento. Os olhos dele ardem de fúria. Ele se agacha, agarra a parte de cima do meu biquíni sob sua espreguiçadeira e a atira para mim.

Christopher:  Ponha isso! — Ordena entre dentes.

Dulce:  Christopher, ninguém está me olhando.

Christopher:  Confie em mim. Estão te olhando. Tenho certeza que Taylor e os seguranças estão desfrutando muito do show. — rosna. Pu/ta merda! Por que nunca me lembro deles? Cubro meus seios com as mãos em pânico. Desde a sabotagem do Charlie Tango, esses malditos seguranças seguem-nos para todos os lados como sombras. — E alguns paparazzis filhos da pu/ta podiam ter feito uma foto também. — Continua Christopher. — Você quer sair na capa da revista Star, nua dessa vez? — Merda! Os paparazzis! Maldição! Enquanto luto para colocar a parte superior do biquíni, todos os tons de minha cor, desaparecem do meu rosto. Empalideço e sinto um calafrio. A recordação desagradável do assédio que os paparazzi me submeteram ao sair do edifício da Seatle Independent Publishing, no dia que vazou a notícia do nosso noivado, passa pela minha cabeça inoportunamente. Tudo isso faz parte da vida de Christopher Uckermann, vem com o pacote. — L’addition! (A conta!).— Christopher grita para a garçonete que passa. — Nós vamos embora. — Ele diz para mim.

Dulce:  Agora?

Christopher:   Sim. Agora. — Oh merda, melhor não contrariá-lo neste momento. Ele veste a bermuda, apesar da sunga estar molhada, e a camiseta cinza. A garçonete volta em um segundo com seu cartão de crédito e a conta. Relutantemente, coloco a saída de praia turquesa e os chinelos. Quando a garçonete vai embora, Christopher agarra seu livro e seu BlackBerry e esconde sua fúria atrás do óculos de sol. Solta faíscas por causa da tensão e da raiva. O meu coração se aperta. Todas as demais mulheres da praia estão de topless, não é um crime tão grave. De fato eu sou a única a usar biquíni completo. Suspiro profundamente, fico deprimida. Achava que Christopher veria o lado divertido ou algo assim… Talvez se tivesse ficado de cabeça para baixo… Porém agora seu senso de humor evaporou-se.

Dulce:   Por favor, não fique zangado comigo. — Sussurro agarrando o seu livro e o BlackBerry e metendo eles na minha mochila.

Christopher:  Já é tarde demais. — Diz em voz baixa. Muito baixa. — Vamos. — Agarra a minha mão e faz um sinal para Taylor e seus companheiros, os seguranças franceses Philippe e Gaston. Por estranho que pareça, são gêmeos idênticos. Eles estão nos vigiando, na praia perto de uma varanda. Por que não consigo me lembrar deles? Como é possível? Taylor tem uma expressão imperturbável atrás dos óculos escuro. Merda, ele também está zangado comigo. Todavia não estou acostumada a vê-lo vestido de modo tão informal, com bermuda e uma camiseta polo preta. Christopher me leva para o hotel, cruza o vestíbulo e depois sai para a rua. Segue em silêncio, pensativo e irritado, e tudo por minha culpa. Taylor e sua equipe nos seguem.

Dulce:   Aonde vamos? — Pergunto-lhe timidamente olhando-o.

Christopher:   Voltaremos para o iate. — Não me olha ao dizer. Não tenho nem ideia de que horas são. Devem ser cinco ou seis da tarde, eu acho. Quando chegamos ao porto, Christopher me leva para a marina em que estão ancoradas a lancha motora e o Jet Ski do Fair Lady. Enquanto Christopher solta as amarras do Jet Ski, passo a minha mochila para Taylor. Olho para ele nervosa, mas, assim como Christopher, sua expressão não revela nada. Coro imaginando o que terá visto na praia.

Taylor: Ponha isso, Sra. Uckermann. — Taylor me passa um colete salva vidas da lancha motora e eu o coloco obediente. Por que sou a única que uso colete? Christopher e Taylor trocam um olhar. Por/ra, está zangado com o Taylor também? Depois Christopher verifica os cintos do meu colete e aperta mais o cinto central.

Christopher:  Assim está melhor. — Murmura ressentido, porém sem me olhar. Merda. Sobe com agilidade no Jet Ski e estende a mão para me ajudar a subir. Agarrando-o com força, consigo sentar atrás dele sem cair na água. Taylor e os gêmeos sobem na lancha. Christopher empurra com o pé a Jet Ski para separá-la da marina e nos afastamos flutuando suavemente. — Agarre-se. — Ordena e envolvo-o com os braços. Esta é a minha parte favorita das viagens no Jet Ski. Abraço-o fortemente, com o nariz colado nas suas costas, recordando que houve um tempo em que não tolerava que o tocassem assim. Cheiram bem… Christopher e o mar. Me perdoa, Christopher, por favor! Ele fica tenso. — Prepare-se. — Diz, mas dessa vez seu tom de voz está mais suave.

Dou-lhe um beijo nas suas costas, apoio a bochecha contra ele e olho para a marina, onde se congregou um grupo de turistas para ver o show. Christopher liga a chave e o Jet Ski ganha vida com um rugido. Com um giro no acelerador, o Jet Ski dá um salto para frente e sai do porto desportivo a todo velocidade, cruzando a água escura e fria até o porto dos iates onde está ancorado o Fair Lady. Agarro mais forte o Christopher. Adoro isso… é tão emocionante! Sujeitando-me dessa forma sinto todos os músculos do corpo esbelto de Christopher. Taylor vai ao nosso lado na lancha. Christopher dá um olhada para ele e logo acelera de novo. Saímos como uma bala em frente, saltando a superfície da água como uma pedra jogada com uma precisão de especialista. Taylor nega com a cabeça com uma irritação conformada e se dirige diretamente para o iate, mas Christopher passa de raspão pelo Fair Lady e segue para alto mar.

A água do mar nos salpica, o vento cálido golpeia meu rosto e despenteia meu cabelo, fazendo que mechas dele voem por todas as partes. Isto é realmente divertido. Talvez a emoção da viagem de Jet Ski aquática melhore o humor de dele. Não posso ver seu rosto, mas sei que está se sentindo bem; livre, sem preocupações, atuando como alguém de sua idade, para variar.