Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce: Sim.

Uckermann: O que queria?

Dulce: Só me pedir perdão, já sabe... por sexta-feira. – Christopher aperta os olhos.

Uckermann: Hum. – Ele diz simplismente. Taylor volta a aparecer.

Taylor: Senhor Uckermann, há um problema com o helicóptero Darfur. – Christopher acena bruscamente para ele com a cabeça.

Uckermann: O Charlie Tango voltou?

Taylor: Sim senhor. – Taylor sacode a cabeça para mim. – Senhorita Saviñón. – E eu sorrio timidamente para ele, que se vira e sai.

Dulce: Taylor vive aqui?

Uckermann: Sim. – Responde-me cortante. Qual o problema agora?  Christopher vai à cozinha, pega o seu BlackBerry e dá uma olhada aos e-mails. Está muito sério, ele faz uma ligação. – Ros, qual é o problema? – Pergunta bruscamente. Escuta sem deixar de me olhar com olhos interrogativos e eu estou meio deslocada. – Não vou pôr a tripulação em perigo. Não, cancele-o..  Bom. – Desliga e a suavidade em seus olhos desapareceu. Me lança um olhar rápido, dirige-se para seu escritório e volta em instantes. – Este é o contrato. Leia e o comentaremos no fim de semana que vem. Sugiro que pesquise um pouco, para que saiba do que estamos falando. – Para por um momento. – Bom, se aceitar e espero realmente que aceite. – Acrescenta em um tom mais suave, nervoso.

Dulce: Pesquisar?

Uckermann: Você pode ficar surpresa com o que pode encontrar na internet. – Ele murmura. – O que acontece? – Pergunta-me inclinando a cabeça.

Dulce: Não tenho computador. Estou acostumada a utilizar os da faculdade. Verei se posso utilizar o notebook de Anahi. – Ele me entrega um envelope pardo.

Uckermann: Estou certo que posso.. er, te emprestar um. Recolha suas coisas, vamos para Portland de carro e comeremos algo no caminho. Vou me vestir.

Dulce: Tenho que fazer uma ligação. – Eu murmuro. Só queria ouvir a voz de Annie, e ele franze o cenho.

Uckermann: Para o fotógrafo? – Suas mandíbulas se apertam e os olhos ardem. Eu pisco os olhos. – Eu não gosto de compartilhar, senhorita Saviñón. Lembre-se disso. – Seu tom era calmo,  um arrepilante aviso e me dá um olhar muito frio, ele volta para o quarto. Caramba, eu só queria ligar para Anahi. Quero ligar na frente dele, mas sua atitude distante me deixou paralisada. O que aconteceu com o homem generoso, depravado e sorridente que fazia amor comigo a meia hora? – Pronta?

   Eu concordo. Ele recuperou seu tom distante, educado e convencional. Voltou a colocar a máscara. Leva uma bolsa de couro sobre o ombro. Para que ele precisa? Talvez ele fique em Portland. A entrega dos diplomas, claro. Está usando uma jaqueta negra de couro, vestindo assim nem parece um multi milionário e sim um jovem rebelde. Suspiro por dentro, desejava ter um terço de sua elegância. É tão tranquilo e controlado.. Franzo o cenho ao recordar seu comportamento com a ligação de José.. Bom, ao menos parece ser. Taylor está esperando ao fundo.

Uckermann: Amanhã, então. – Taylor concorda.

Taylor: Sim, senhor. Que carro vai usar, senhor? – Me lança um rápido olhar.

Uckermann: O R8.

Taylor: Boa viagem, senhor Uckermann. Senhorita Saviñón. – Taylor me olha com simpatia, embora possivelmente no mais profundo de seus olhos esconda um pingo de lástima.

   Sem dúvida acredita que me entreguei aos hábitos sexuais do senhor Uckermann. Bom, aos seus raros hábitos sexuais, ou possivelmente o sexo seja assim para todos? Franzo o cenho ao pensar nisso. Não tenho nada com o que compará-lo e pelo visto, não posso perguntar a Annie e terei que falar disso com Christopher. Seria perfeitamente natural poder falar alguém... mas não posso falar com Christopher se ele se mostrar tão aberto num minuto e tão retraído no seguinte. Taylor segura a porta para sairmos e Christopher chama o elevador.

Uckermann: O que foi Dulce? – Como ele sabe que estou remoendo algo? Ele está perto e levanta meu queixo. – Pare de morder o lábio ou a foderei no elevador, e não vou me importar se entrar alguém ou não. – Coro, mas meus lábios esboçam um ligeiro sorriso. Parece que está recuperando o senso de humor.

Dulce: Christopher, tenho um problema.