Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Não. Sem banho de sol hoje. Pensei que você pudesse preferir outra coisa.

Dulce:   Bem, desde que você me cobriu de chupões, o que efetivamente me impede de tomar sol, com certeza, por que não? — Sabiamente, ele opta por ignorar o meu tom.

Christopher:   É um lugar pequeno, mas vale a pena uma visita pelo que tenho lido. Meu pai recomendou-nos visitar. É uma aldeia no alto da colina, chamada Saint Paul de Vence. Existem algumas galerias lá. Pensei que poderíamos escolher algumas pinturas ou esculturas para a nova casa, se encontrar alguma coisa que nós gostamos. — Caramba. Eu me inclino para trás e olho para ele. Arte... ele quer comprar arte. Como posso comprar arte? — O quê acha? — Ele pergunta.

Dulce:  Não sei nada sobre arte, Christopher. — Ele encolhe os ombros e sorri para mim com fraternidade.

Christopher:  Nós vamos comprar apenas o que gostamos. Não se trata de investimento. — Investimento? Caramba. — O quê acha? — Ele diz novamente. Sacudo a cabeça. — Olha, eu sei que só viu os desenhos da arquiteta no outro dia, mas não há mal nenhum em olhar, e a cidade é um lugar antigo, medieval. — Oh, a arquiteta. Ele tinha que me lembrar dela... Gia Matteo, uma amiga de Poncho, que trabalhara na casa de Christopher, em Aspen. Durante os nossos encontros para revisar os planos de reforma ela tinha se grudado em Christiopher como uma cola. — O que foi agora? — Christopher quer saber. Nego com a cabeça. — Me diga. — Ele insiste. Como posso dizer-lhe que não gosto de Gia? Minha antipatia é irracional. Eu não quero ser a típica esposa ciumenta. — Você ainda está zangada pelo que fiz ontem? — Ele suspira e fuça o rosto entre meus seios.

Dulce:  Não. Estou com fome. — Eu murmuro, sabendo muito bem que isso irá distraí-lo dessa linha de questionamento.

Christopher:  Por que você não disse? — Ele me tira de seu colo e levanta.

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Saint Paul de Vence é um vilarejo medieval fortificada situada no alto de uma colina, um dos lugares mais interessantes que já vi. Passeio com Christopher através das estreitas ruas de paralelepípedos com a minha mão no bolso traseiro de sua bermuda. Taylor e Gaston ou Philippe, não posso dizer a diferença entre eles, andam atrás de nós. Passamos por uma praça arborizada onde três homens velhos, um deles com uma boina tradicional, apesar do calor, estão jogando bocha. É bastante cheia de turistas, mas me sinto confortável debaixo do braço de Christopher. Há tanto para ver, pequenas vielas e passagens que levam a pátios com fontes de pedra, esculturas antigas intrincadas e modernas e fascinantes pequenas boutiques e lojas.

Na primeira galeria, Christopher olha distraidamente para as fotografias eróticas na nossa frente, sugando suavemente a alça de seus óculos aviador. Elas são obras de Florence D`elle; mulheres nuas em várias poses.

Dulce:  Não é bem o que tinha em mente. — Murmuro em desaprovação. Elas me fazem lembrar da caixa de fotografias que encontrei no seu armário, o nosso armário. Me pergunto se ele as destruiu.

Christopher:  Nem eu. — Ele diz, sorrindo para mim. Ele pega a minha mão e vamos até o próximo artista. Com braços cruzados, eu me pergunto se deveria deixá-lo tirar fotos de mim. Minha deusa interior acena freneticamente em aprovação. A tela seguinte é de uma pintora que se especializou em arte figurativa de frutas e legumes em super close-up e em cores ricas e gloriosas.

Dulce:  Gosto delas. — Aponto para três pinturas de pimentas. — Elas me lembram de você cortando legumes no meu apartamento. — Dou uma risadinha. A boca de Christopher se torce, enquanto tenta e não consegue esconder sua diversão.

Christopher:  Pensei que tinha conseguido ser bastante competente. — Ele resmunga. — Estava um pouco lento, e de qualquer maneira. — Ele me puxa para um abraço. — Você estava me distraindo. Onde você iria colocá-los?

Dulce:  O quê? — Christopher acaricia o meu ouvido com o nariz.

Christopher:   As pinturas, onde você iria colocá-las? — Ele morde o lóbulo da minha orelha e a sensação atinge a minha virilha.

Dulce:  Na cozinha. — Murmuro.

Christopher:   Hum. Boa ideia, Sra. Uckermann. — Fico escandalizada com o preço. Cinco mil euros cada. Pu/ta merda!

Dulce:  Elas são muito caras! — Eu engasgo.

Christopher:  Mesmo? — Ele me fuça novamente. — Acostume-se, Dul. — Ele me libera e se aproxima da exposição, onde uma mulher jovem vestida completamente de branco olha para ele de boca aberta. Estou a ponto de revirar os olhos, mas prefiro centrar minha atenção nos quadros. Cinco mil euros, caramba…

Terminamos o almoço e estamos relaxando no café do Hotel Le Saint Paul. A vista da paisagem é envolvente e deslumbrante. Vinhas e campos de girassóis formam uma colcha de retalhos através da planície, intercaladas aqui e ali, com puras casas de fazenda francesas. É um dia claro e bonito, podemos ver todo o caminho até o mar, brilhando fracamente no horizonte. Christopher interrompe meu devaneio.

Christopher:  Você me perguntou por que eu tranço o seu cabelo. — Ele murmura. Seu tom me alarme. Ele me parece... culpado.

Dulce:  Sim. — Oh, merda.