Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Olho para ele, minha mente dispara. Taylor vira-se para poder ouvir a conversa. — O que fez? Bom... Ok. Eu quero um relatório de danos detalhados. E uma listagem completa de todos os que tiveram acesso nos últimos cinco dias, incluindo o pessoal de limpeza... Entregue para Andrea e diga para ela me ligar... Sim, parece que o argônio foi eficaz, vale seu peso em ouro. — Relatório de danos? Argônio? Lembro-me de uma aula de química há

muito tempo. Parece que é um elemento da tabela periódica. — Percebo que é cedo... me mande um e-mail em duas horas... Não, eu preciso saber. Obrigado por me ligar.

Christopher desliga, logo em seguida tecla um número no BlackBerry.

Christopher: Welch... Bom... Quando? — Ele olha para o seu relógio novamente. — Uma hora depois... Sim... Vinte-quatro-sete no armazenamento de dados fora do local... bom. — Ele desliga. — Philippe, eu preciso estar a bordo em uma hora.

Philippe: Monsieur. — Merda, é Philippe e não Gaston. O carro dispara para frente.Christopher olha para mim, sua expressão é ilegível.

Dulce: Algum ferido? — Pergunto baixinho. Christopher balança a cabeça.

Christopher:  Muito pouco dano. — Ele estende o braço e aperta a minha mão, me tranquilizando. — Não se preocupe com isso. Minha equipe está agindo. — E lá está ele, o CEO, no comando, no controle e não atrapalhado em tudo.

Dulce:  Onde foi o fogo?

Christopher:   Na sala do servidor.

Dulce:   No edifício das empresas Uckermann?

Christopher:  Sim. — Suas respostas são cortadas, então eu sei que ele não quer falar sobre isso.

Dulce:  Por que tão pequenos danos?

Christopher:  O servidor está equipado com um sistema de supressão de fogo. — Claro que está. — Dul, por favor... não se preocupe.

Dulce:  Eu não estou preocupada. — Minto.

Christopher:  Nós não sabemos, com certeza, se foi fogo criminoso. — Ele diz, afrontando diretamente a razão da minha ansiedade. Boto minha mão na garganta com medo. Primeiro o Charlie Tango e agora isso?

O que será depois?

Estou inquieta. Christopher está enfurnado no estúdio a bordo, por mais de uma hora. Eu tentei ler, assistir TV, tomar sol, banho de sol completamente vestida, mas não consigo relaxar, e eu não posso me livrar deste sentimento de aflição. Depois de me trocar, com calções e uma camiseta, removo o bracelete absurdamente caro e vou encontrar Taylor.

Taylor: Sra. Uckermann. — Ele diz, assustado, deixando seu livro de Anthony Burgess. Ele está sentado no pequeno salão fora do estúdio de Christopher.

Dulce:  Gostaria de ir às compras.

Taylor: Sim, senhora. — Ele está de pé.

Dulce:  Gostaria de levar o Jet Ski. — Sua boca cai.

Taylor:  Eh... — Ele franze a testa, sem palavras.

Dulce:  Não quero incomodar Christopher com isso. — Ele reprime um suspiro.

Taylor:   Sra. Uckermann... Hum... Eu não acho que o Sr. Uckermann  ficaria muito satisfeito com isso, e eu gostaria de manter meu emprego. — Oh, pelo amor de Deus! Tenho vontade de revirar meus olhos, mas em vez disso, me contenho e suspiro profundamente para expressar, espero, a quantidade adequada de indignação frustrada por não ser a dona do meu próprio destino. Mas não quero que Christopher se zangue com Taylor (nem comigo, na verdade).

Passo na frente dele caminhando confiante, bato na porta do escritório e entro. Christopher está no seu BlackBerry, encostado na escrivaninha de mogno. Ele olha para cima.

Christopher:   Andrea, só um instante, por favor. — Ele resmunga ao telefone e sua expressão é séria. Seu olhar é polido, aguardando alguma coisa. Merda. Por que me sinto como se tivesse entrado no escritório do diretor? Este

homem tinha me algemado ontem. Me recuso a ser intimidada por ele. Ele é meu marido, caramba. Levanto os meus ombros e dou-lhe um largo sorriso.

Dulce:  Vou fazer compras. Vou levar comigo a segurança.

Christopher:  Claro, leve um dos gêmeos e Taylor, também. — Ele diz, e eu sei que o que aconteceu é grave, porque ele não me questionou mais. Fico olhando para ele, me perguntando se eu posso ajudar. — Mais alguma coisa? — Pergunta ele. Ele quer que eu saia. Droga.

Dulce:  Posso te ajudar em alguma coisa? — Eu pergunto. Ele sorri o seu doce sorriso tímido.

Christopher:  Não, bebê, eu estou bem. — Diz ele. — A tripulação vai cuidar de mim.

Dulce:  Ok. — Quero beijá-lo. Inferno, eu posso… Ele é meu marido! Me aproximo decidida e lhe dou um beijo nos lábios, o que o surpreende.

Christopher:  Andrea, ligo mais tarde. — Ele diz pelo telefone. Desliga o BlackBerry e bota sobre a mesa atrás dele, me puxa para seus braços e me beija apaixonadamente. Estou sem fôlego quando ele me libera. Seus olhos estão escuros e cheios de desejo. — Você está me distraindo. Preciso resolver isso para que eu possa voltar para minha lua de mel. — Ele corre o dedo indicador pelo meu rosto e acaricia meu queixo, fazendo com que eu levante a cabeça.

Dulce:  Ok. Sinto muito.

Christopher:  Por favor, não peça desculpas, Sra. Uckermann. Eu amo suas distrações. — Ele beija o canto da minha boca. — Vá gastar algum dinheiro. — Ele me libera.