Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Nós descansamos na sala de espera da primeira classe da British Airways, em Heathrow, Londres, aguardando o nosso vôo de conexão para Seattle. Christopher está absorto no Financial Times. Eu pego a câmera, para tirar algumas fotos dele. Ele parece tão sexy em sua marca registrada, uma camisa de linho branca e jeans, e os seus óculos de aviador enfiado no V de sua camisa aberta. O flash o perturba. Ele pisca para mim e sorri timidamente.

Christopher:  Como vai, Sra. Uckermann? — ele pergunta.

Dulce:  Triste por voltar para casa. — Eu murmuro. — Eu gosto de ter você só para mim. — Ele aperta a minha mão e levando-a até seus lábios, roça meus dedos com um beijo doce.

Christopher:  Eu também.

Dulce:   Mas? — Eu pergunto, ouvindo essa pequena palavra subentendida no final da sua declaração simples. Ele franze a testa.

Christopher:  Mas? — Ele repete sem ingenuidade. Eu inclino minha cabeça, olhando para ele com a expressão me diga, que eu fui aperfeiçoando ao longo dos últimos dois dias. Ele suspira, colocando o jornal para baixo. — Eu

quero esse incendiário apanhado e fora de nossas vidas.

Dulce:   Oh. — Isso parece bastante justo, mas eu estou surpresa com sua franqueza.

Christopher:   Eu vou ter bolas de Welch em um prato, se ele permitir que algo assim aconteça novamente. — Um arrepio percorre minha espinha com o seu tom ameaçador. Ele olha para mim, impassível, e eu não sei se ele está sendo presunçoso, irreverente, ou o quê. Eu faço a única coisa que posso pensar para aliviar a tensão repentina que se fez entre nós, levanto a câmera e tiro outra fotografia.

Christopher:   Ei, dorminhoca, estamos em casa. — Murmura.

Dulce:  Hmm. — Murmuro, relutante em largar aquele tentador sonho, com Christopher e eu, numa toalha de piquenique em Kew Gardens. Estou tão cansada. Viajar é cansativo, mesmo na primeira classe. Nós estivemos viajando por mais de dezoito horas seguidas, acredito eu, e meu cansaço me faz perder a noção. Ouvi minha porta ser aberta e Christopher está se debruçando sobre mim. Ele desafivelou meu cinto e agora me levanta em seus braços, me acordando. — Ei, eu posso andar. — Eu protesto sonolenta. Ele bufa.

Christopher:    Eu tenho que carregá-la no colo. —  Coloquei os braços em volta do seu pescoço.

Dulce:   Pelos trinta andares? — Eu lhe dou um sorriso desafiador.

Christopher:  Sra. Uckermann, estou muito satisfeito em lhe dizer que você ganhou algum peso.

Dulce:   O quê? — Ele sorri.

Christopher:   Então, se você não se importar, vamos usar o elevador. — Eleaperta os olhos para mim, embora eu saiba que ele está me provocando. Taylor abre as portas para o lobby de entrada e sorri.

Taylor: Sejam bem-vindos Sr. Uckermann, Sra. Uckermann.

Christopher:   Obrigado, Taylor. — Christopher diz. Eu dou a Taylor o mais breve dos sorrisos e vejo-o voltar para o Audi, onde Sawyer o espera ao volante.

Dulce:   O que quer dizer com ganho de peso? — Eu encaro Christopher. Seu sorriso se alarga e ele me aperta mais perto de seu peito, enquanto ele me leva pelo lobby.

Christopher:  Não muito. — Ele me assegura, mas seu rosto escurece, de repente.

Dulce:  O quanto? — Eu tento manter o alarme em minha voz sob controle.

Christopher:    Você ganhou o peso, que perdeu quando me deixou. — Ele diz calmamente, enquanto chama o elevador. Uma expressão sombria atravessa seu rosto. Sua súbita e surpreendente angústia esmaga meu coração.

Dulce:  Ei. — Eu passo os meus dedos em torno de seu rosto e em seus cabelos, puxando-o para mim. — Se eu não tivesse ido, você estaria aqui de pé, como está agora? — Seus olhos se derretem em uma cor de nuvem em tempestade, e ele sorri timidamente, meu sorriso favorito.

Christopher:   Não. — Ele fala enquanto caminha para o elevador, ainda me carregando. Ele se inclina e me beija suavemente. — Não, Sra. Uckermann, eu não estaria. Mas eu sei que poderia mantê-la segura, porque você não iria me

desafiar. — Ele soa vagamente arrependido... Merda.

Dulce:  Eu gosto de desafiar você. — Eu falo, testando as águas.

Christopher:   Eu sei. E me faz tão... feliz. — Ele sorri para mim, através de sua estupefação. Oh, graças a Deus.

Dulce:   Mesmo que eu esteja gorda? — Eu sussurro. Ele ri.

Christopher:   Mesmo que você esteja gorda. — Ele me beija outra vez, mas desta vez aquecido, e eu ponho meus dedos em seus cabelos, segurando-o contra mim, e nossas línguas se contorcem em uma dança lenta e sensual, um com o outro. Quando o elevador sinaliza sua chegada ao apartamento, estamos ambos sem fôlego. — Muito feliz. — Ele murmura. Seu sorriso é mais escuro agora, seus olhos estão semicerrados e cheios de promessas lascivas. Ele balança a cabeça como se quisesse se recuperar e me leva pelo corredor. — Bem vinda ao lar, Sra. Uckermann. — Ele me beija outra vez, mais castamente agora, e me dá o patenteado super gigawatt sorriso Christopher Uckermann, enquanto seus olhos dançam com alegria.

Dulce:   Bem vindo ao lar, Sr. Uckermann. — Eu digo, com o meu coração respondendo à sua chamada, repleto de minha própria alegria. Penso que Christopher vai me colocar no chão, mas ele não faz. Ele me leva através do hall de entrada, ao longo do corredor, pela sala grande, e me deposita na ilha da cozinha, onde eu me sento com as pernas balançando.