Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Você acha que eu dou a mínima para o que as pessoas pensam? Além disso, você não vai estar por sua conta. — Eu olho embasbacada para ele. Ele realmente perdeu a cabeça, neste momento.

Dulce:  Christopher, eu... — Eu coloquei as mãos no rosto, enquanto minhas emoções passaram por um espremedor. Ele é louco?  E de algum lugar escuro, lá no fundo, eu tenho a necessidade súbita e inadequada a rir. Quando eu olho para ele novamente, seus olhos se arregalam.

Christopher:   Alguma coisa engraçada aqui, a “senhorita” Saviñón?

Dulce:  Sim. Você. — Seus olhos se arregalam ainda mais chocados, mas também divertidos.

Christopher:   Rir de seu marido? Você jamais faria isso. E você está mordendo o lábio. — Seus olhos escurecem daquele jeito... Oh não, eu conheço esse olhar. Sensual, sedutor, lascivo... Não, não, não! Não aqui.

Dulce:  Nem pense nisso. — Eu o advirto, com alarme claro em minha voz.

Christopher:  Pensar sobre o que, Dulce?

Dulce:  Eu conheço esse olhar. Nós estamos no trabalho. — Ele se inclina para frente, com os olhos colados aos meus, castanhos fundidos e com fome. Pu/ta merda!  Eu engulo instintivamente.

Christopher:   Estamos em um pequeno escritório razoavelmente à prova de som com uma porta com fechadura.

Dulce:  Comportamento imoral flagrante. — Eu enuncio cada palavra com cuidado.

Christopher:   Não com o seu marido.

Dulce:  Com o chefe do meu chefe. — Eu sussurro.

Christopher:  Você é minha mulher.

Dulce:  Christopher, não. Eu falo serio. Você pode transar comigo nos sete tons do domingo à noite. Mas não agora. Aqui não! — Ele pisca e aperta os olhos mais uma vez. Então, inesperadamente, ele ri.

Christopher:   Sete tons de domingo? — Ele arqueia uma sobrancelha, intrigado. — Eu posso usar estas palavras contra você, “senhorita”. Saviñón.

Dulce:   Oh, pare com essa coisa de senhorita Saviñón! — Eu tiro e bato na mesa, assustando a nós dois. — Pelo amor de Deus, Christopher. Se isso significa tanto para você, eu mudarei meu nome! — Sua boca se abre, enquanto ele inspira fortemente. E então ele sorri, radiante, mostrando todos os dentes, um sorriso alegre. Uau...

Christopher:   Ótimo. — Ele bate as mãos, e de repente, se levanta. E agora? — Missão cumprida. Agora, eu tenho trabalho a fazer. Se você me der licença, Sra. Uckermann. —  Ahhhhh, este homem é tão enlouquecedor!

Dulce:   Mas...

Christopher:   Mas o que, Sra. Uckermann? — Eu cedo.

Dulce:   Basta ir.

Christopher:   É o que pretendo. Eu vou te ver esta noite. Estou ansioso para esses sete tons de domingo. — Eu faço uma carranca. — Ah, e eu tenho uma pilha de negócios relacionados a compromissos sociais nos próximos dias, e eu gostaria que você me acompanhasse. — Eu lhe olho de boca aberta. Por que você não vai embora logo? — Eu vou pedir a Andrea que ligue para Hannah e passe as datas para sua agenda. Há algumas pessoas que você precisa conhecer. Você deve fazer Hannah lidar com sua programação a partir de agora.

Dulce:  Ok. — Eu murmuro, completamente confusa, perplexa e chocada. Ele se inclina sobre minha mesa. E agora? Estou presa em seu olhar hipnótico.

Christopher:  Adoro fazer negócios com você, Sra. Uckermann. — Ele se inclina para mais perto enquanto eu me sento paralisada, e planta um beijo carinhoso e suave nos meus lábios. — Mais tarde, bebê. — Ele murmura, se levanta

abruptamente, pisca para mim, e parte.

Eu coloco minha cabeça sobre a mesa, sentindo como se eu tivesse sido atropelada por um trem de carga do comboio de mercadorias que é o meu amado marido. Ele tem que ser o mais frustrante, irritante e contraditório homem do planeta. Sento-me e esfrego os olhos freneticamente. Então eu tenho apenas que concordar?  Ok, Dulce Uckermann, executiva da SIP, quero dizer, Publicações Uckermann. O homem é louco. Há uma batida na porta, e Hannah enfia a cabeça.

Hannah: Você está bem? — Ela pergunta. Eu apenas olho para ela. Ela franze a testa. — Eu sei que você não gosta de mim fazendo isso, mas eu posso te fazer um chá? — Concordo com a cabeça. —Twinings English Breakfast, fraco e preto? — Concordo com a cabeça. — Agora mesmo, Dulce. — Olho fixamente para a tela do computador, ainda em choque. Como posso fazê-lo entender? Um e-mail!