Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Eu olho para fora no horizonte de Seattle, banhado pela luz rosa perolada do crepúsculo. E como de costume, ele quer resolver nossas diferenças no quarto... no hall... na sala de jogos... na sala de TV... na bancada da cozinha... Pare! Tudo se resume a sexo. Sexo é o seu mecanismo de enfrentamento.

Ando até o banheiro e olho de cara feia para o meu reflexo no espelho. Voltar ao mundo real é difícil. Conseguimos patinar sobre todas as nossas diferenças, enquanto estávamos na nossa bolha, porque estávamos completamente envolvidos, um com o outro. Mas e agora? Durante um momento, sou arrastada de volta para o dia do meu casamento, e recordo minhas preocupações por casar às pressas... Não, eu não devo pensar assim. Eu sabia que ele tinha seus Cinquenta Tons quando me casei. Eu só tenho que ficar e tentar conversar sobre isso com ele. Eu me observo no espelho. Eu pareço pálida, e agora tenho que lidar com essa mulher. Eu estou usando minha saia cinza com risca de giz e uma blusa sem mangas. Certo!  Minha deusa interior está polindo as unhas vermelho prostituta. Eu abro dois botões, expondo um pequeno decote. Lavo meu rosto, e cuidadosamente refaço a minha maquiagem, aplicando mais máscara do que de costume e aplicando um brilho extra em meus lábios.

Abaixando-se, então eu escovo meu cabelo vigorosamente da raiz às pontas. Quando eu levanto, meu cabelo é uma névoa castanha que cai em torno de mim, até meus seios. Eu coloco-os artisticamente atrás das orelhas e vou em

busca dos meus sapatos de salto alto, ao invés de meus sapatos baixos.

Quando eu reapareço na sala grande, Christopher tem os planos da casa espalhados sobre a mesa de jantar. Ele colocou uma música no aparelho de som. Ele me para no caminho.

Christopher: Sra. Uckermann. — Ele diz calorosamente, em seguida, olha intrigado para mim.

Dulce:  O que é isso? — Eu pergunto. A música é impressionante.

Christopher:  Requiem de Fauré. Você está diferente. — Ele diz, distraído.

Dulce:   Oh. Eu nunca ouvi isso antes.

Christopher:  É muito tranquilo e relaxante. — Ele diz e levanta uma sobrancelha. — Você fez alguma coisa com o seu cabelo?

Dulce:   Escovei. — Eu murmuro. Sou transportada pelas vozes invocadoras. Abandonando os planos sobre a mesa, ele caminha em minha direção, um lento passeio, no tempo para a música.

Christopher:  Dança comigo? — Ele murmura.

Dulce:    Isso? É um réquiem. — Eu digo escandalizada.

Christopher:   Sim. — Ele me puxa em seus braços e me segura, enterrando o nariz no meu cabelo, balançando suavemente, de um lado para o outro. Seu cheiro é celestial. Oh... Eu tenho saudades dele. Eu envolvo meus braços ao redor dele e luto contra a vontade de chorar. Por que você é tão irritante?  — Eu odeio brigar com você. — Ele sussurra.

Dulce:  Bem, então deixe de ser um bundão. — Ele ri e o som cativante reverbera através de seu peito. Ele aperta seu

poder sobre mim.

Christopher:   Bundão?

Dulce:  Imbecil.

Christopher:    Eu prefiro bundão.

Dulce:  Você deveria. Combina com você. — Ele ri mais uma vez e beija o topo da minha cabeça. — Um réquiem? — Murmuro um pouco desconcertada, que estejamos dançando. Ele encolhe os ombros.

Christopher:   É apenas uma linda canção, Dul. — Taylor tosse discretamente no saguão, e Christopher me libera.

Taylor:  A senhorita Matteo está aqui. — Ele diz. Oh, que alegria!

Christopher:   Deixe-a entrar. — Christopher diz. Ele estende o braço e aperta minha mão, enquanto a senhorita Gia Matteo entra na sala.

Gia Matteo é uma mulher de boa aparência: alta e muito bonita. Ela usa seu curto cabelo, louro de salão, perfeitamente ajustado em camadas e penteado como uma sofisticada coroa. Ela está vestida com um terninho cinza pálido, tendo a calça e a jaqueta sido desenhadas para abraçar suas curvas exuberantes. Suas roupas pareciam caras. Na base de sua garganta, refletia um diamante solitário, combinando brincos de um único quilate em suas orelhas. Ela é bem preparada, uma dessas mulheres que cresceram com o dinheiro e boa educação, apesar de sua educação parecer fazer falta esta noite, já que sua blusa azul pálido está aberta demais. Assim como a minha. Eu ruborizo.

Gia:  Christopher. Dulce. — Ela sorri, mostrando os dentes brancos perfeitos, e estende a mão belamente feita para apertar primeiro a de Christopher, então a minha. Isso significa que tenho que liberar a mão de Christopher para retribuir. Ela é um pouco mais baixa que Christopher, mas está usando uns saltos assassinos.

Christopher:   Gia. — Diz educadamente. Eu sorrio com frieza.

Gia:  Vocês parecem tão bem depois da lua de mel. — Ela diz suavemente, seus olhos castanhos olhando para Christopher através de sua máscara de longos cílios. Christopher coloca o braço em volta de mim, me segurando perto.

Christopher:   Nós tivemos dias maravilhosos, obrigado. — Ele escova seus lábios contra minha têmpora, tomando-me de surpresa. Veja... ele é meu. Chato, irritante mesmo, mas é meu. Eu sorrio. Agora mesmo, eu realmente te amo, Christopher Uckermann. Eu deslizo minha mão na sua cintura, em seguida, no bolso traseiro da calça e aperto o seu traseiro. Gia nos dá um leve sorriso.

Gia:  Você conseguiu olhar os planos?

Dulce: Nós conseguimos. — Eu murmuro. Eu olhava para Christopher, que sorri para mim, uma sobrancelha erguida, com divertimento irônico. Divertindo-se com o que? Minha reação a Gia ou por eu ter apertado seu bumbum?