Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Dulce: Me conta mais sobre Poncho e seu excesso de uso. – Posso sentir que estou relaxando, pela primeira vez, desde que estava na fila do banheiro do bar.. antes da chamada de telefone que começou tudo isto... quando admirava o senhor Uckermann a distância. Dias felizes e sem complicações. Annie cora, Meu Deus. Anahi Giovanna Portilla corando? Me lança um olhar ingênuo. Onde está Annie?

Anahi: Ah Dul. – Ela diz entusiasmada. – Ele é tão..tão.. tudo. E quando nós.. Oh.. é fantástico. – Ela está tão alterada que não consegue completar uma frase.

Dulce: Eu acho que você está tentando me dizer que gosta dele. – Ela concorda, rindo como uma lunática.

Anahi: E vou vê-lo no sábado. Vai nos ajudar com a mudança. – Levanta do sofá toda alegre. Ah mundança, merda me esqueci.

Dulce: Muito gentil. – Assim o conhecerei e quem sabe não me dá mais pistas sobre seu estranho e inquitante irmão? – Então o que fizeram ontem à noite? – Ela inclina a cabeça para mim e levanta as sobrancelhas em um gesto de “O que acha que fizemos idiota?”

Anahi:  Mais ou menos o mesmo que vocês fizeram, mas nós jantamos antes. – Ela sorri para mim. – Você está realmente bem? Parece um pouco sobrecarregada.

Dulce: E estou. Christopher é muito intenso.

Anahi:  Imagino. Mas ele foi bom para você?

Dulce: Sim. – A tranquilizo. – Estou morta de fome, quer que prepare algo? – Ela concorda e coloca um par de livros em uma caixa.

Anahi: O que vai fazer com os livros de quatorze mil dólares?

Dulce: Vou devolver. É um presente exagerado, não posso aceitar. Principalmente agora. – Sorrio e Annie concorda.

Anahi:  Eu entendo você. Chegou umas cartas e José não parou de ligar. Parecia desesperado.

Dulce: Vou ligar para ele. – Nem vou contar para Anahi sobre José, se não ela vai querer ele para o café. Recolho as cartas da mesa e as abro. – Ei, tenho entrevistas! Em duas semanas, em Seattle, para fazer estágio.

Anahi: Em uma editora?

Dulce: Para duas delas!

Anahi:  Eu te disse que seu currículo acadêmico te abriria portas Dul. – Annie já tem um estágio garantido, é óbvio. Seu pai conhece alguém, que conhece alguém.

Dulce: Como Poncho se sente por você sair de férias? – Annie se dirige para a cozinha, e pela primeira vez desde que cheguei parece desconsolada.

Anahi: Ele entende. Uma parte de mim não quer ir, mas é tentador demais ficar tomando sol algumas semanas. Além disso, minha mãe não deixa de insistir, porque acredita que serão nossas últimas férias em família, antes que Christian e eu comecemos a trabalhar a sério.

Annie vai viajar por duas semanas com a família. Ficarei sozinha, sem Annie, na casa nova. Será estranho. Christian esteve viajando pelo mundo no último ano, será que vou vê-lo? Muito simpático ele.  O telefone me tira de meu devaneio.

Dulce: Deve ser José. – Suspiro. – Alô.

José: Dul, você voltou! – Exclama aliviado.

Dulce: Obviamente. – Respondo com certo sarcasmo e rolo os olhos. Ele fica em silêncio por um momento.

José: Posso ver você? Sinto muito por sexta. Eu estava bêbado.. e você.. bem. Dul, me perdoe, por favor.

Dulce: Claro que te perdoo José. Mas não repita, sabe o que eu sinto por você. – Ele suspira com tristeza.

José: Eu sei Dul. Mas pensei que se eu beijasse você, possivelmente seus sentimentos mudassem.

Dulce: José eu te amo, você é muito importante para mim. Mas é como um irmão que eu nunca tive. E isso não vai mudar, você sabe. – Eu sei que estou pegando pesado, mas é a verdade.

José: Então, você saiu com ele? – Pergunta com desdém.

Dulce: José, eu não sai com ninguém.

José: Mas você passou a noite com ele.

Dulce: Não é da sua conta!

José: É pelo dinheiro?

Dulce: José! Como se atreve? – Grito furiosa.

José: Dul. – Ele diz com uma voz em tom de desculpa. Não vou aguentar seus ciúmes mesquinhos, eu sei que está machucado, mas já tenho bastante lutando com Uckermann.

Dulce: Talvez possamos tomar um café amanhã. Eu te ligo. – Ele é meu amigo e eu tenho um grande carinho, mas neste momento não estou precisando disso.

José: Amanhã então. Você me liga? – Sua voz esperançosa me comove.

Dulce: Sim. Boa noite José. – Desligo sem esperar resposta.

Anahi: O que foi isso? – Me diz com as mãos nos quadris. Decido contar a verdade.

Dulce: Ele tentou me beijar sexta-feira.

Anahi: José? E o Christopher? Dul, seus feromônios devem estar fazendo horas extras. No que esse imbecil estava pensando? – Ela sacode a cabeça zangada e continua empacotando.