Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Natalia:  Bom dia Sr. Uckermann, Sra. Uckermann. — Ela diz com um ronrono.

Por que ela me deixa desconfortável? Talvez porque ela seja morena. Por admissão própria, Christopher normalmente não emprega morenas porque ele as acha atraentes. Ele dá a Natalia um sorriso educado enquanto ele desliza atrás da mesa e senta-se de frente a Poncho e Annie. Eu abraço rapidamente Annie e Maite e dou ao Christian e ao Poncho um aceno antes de sentar-me e colocar o cinto ao lado do Christopher. Ele coloca a mão no meu joelho e me dá um aperto

afetuoso. Ele parece relaxado e feliz, apesar de nós termos companhia. Futilmente, eu me pergunto porque ele não pode ser sempre assim... nem um pouco controlador.

Christopher:  Espero que você tenha trazido suas botas de escalar. — Ele diz, sua voz quente.

Dulce:  Nós não vamos esquiar?

Christopher:  Isso seria um desafio, em Agosto. — Ele diz, entretido. Ah... claro.

Poncho:  Você esquia, Dulce? — Nos interrompe.

Dulce:  Não. — Christopher move sua mão do meu joelho e pega a minha mão.

Poncho:   Tenho certeza que o meu irmãozinho pode te ensinar. — Ele pisca para mim. — Ele é bem rápido nos declives também. — E eu não consigo evitar e fica ruborizada. Quando eu olho para o Christopher, ele está olhando impassivamente para Poncho, mas eu acho que ele está tentando suprimir o seu contentamento. O avião se lança para frente e começa a taxiar na direção da pista. Eficientemente, Natalia repassa os procedimentos de segurança do avião em uma voz clara e cantada. Ela está vestida com uma camisa de manga curta azul marinho e saia combinando.

Sua maquiagem é impecável, ela é realmente muito bonita. Meu subconsciente levanta sua sobrancelha bem feita para mim.

Anahi:  Você está bem? — Ela me pergunta sem rodeios. — Quer dizer, depois do negócio com James? — Eu assinto. Eu não quero pensar ou falar sobre James, mas Annie parece ter outros planos. — Então por que ele ficou louco desse jeito? — Ela pergunta, chegando ao fundo da questão no seu estilo inimitável. Ela joga o cabelo para trás enquanto se prepara para investigar o assunto.

Olhando para ela friamente, Christopher dá de ombros.

Christopher:  Demiti o traseiro dele. — Ele diz sem rodeios.

Anahi:  Ah? Por quê? — Ela inclina a cabeça para um lado, e eu sei que ela está em total modo detetive.

Dulce:  Ele deu em cima de mim. — Eu murmuro. Eu tento chutar o tornozelo da Annie embaixo da mesa, e erro. Merda!

Anahi:  Quando? — Ela me olha feio.

Dulce:  Há tempos atrás.

Anahi:  Você nunca me contou que ele deu em cima de você! — Ela explode. Eu dou de ombros, me desculpando. — Não pode ser apenas um rancor sobre isso, certamente. Quer dizer a reação dele foi muito extrema. — Ela continua, mas agora ela direciona suas perguntas para Christopher. — Ele é mentalmente instável? E quanto todas as informações que ele tem sobre vocês os Uckermanns? — A maneira de interrogar Christopher faz os meus cabelos ficarem em pé, mas ela já percebeu que eu não sei de nada então não pode me perguntar. O pensamento é irritante.

Christopher:  Nós achamos que há uma conexão com Detroit. — Christopher diz ligeiramente. Muito ligeiramente. Ah não, Annie... por favor, desista disso agora.

Anahi:  James é de Detroit também? — Christopher assente.

O avião acelera, e eu aumento o meu aperto na mão do Christopher. Ele olha para mim tentando me deixar calma. Ele sabe que eu odeio decolagens e pousos. Ele aperta a minha mão e o seu polegar acaricia minhas juntas, me acalmando.

Poncho: O que você sabe sobre ele? — Ele pergunta, alheio ao fato de que estamos arremessando para a pista em um pequeno jato prestes a se lançar ao céu, e igualmente alheio a crescente irritação crescente de Christopher com a Annie. Ela se inclina para frente, escutando com atenção.

Christopher:   Isso é sigiloso. — Ele diz diretamente a ela. A boca de Annie se define em uma linha sutil. Eu respiro fundo. Ah merda. — Nós sabemos pouco sobre ele. — Christopher continua. — O pai dele morreu em uma briga de bar. A mãe dele bebeu até o esquecimento. Ele entrou e saiu de famílias adotivas quando criança; entrou e saiu de problemas, também... principalmente roubando carros. Passou um tempo no reformatório. A mãe se curou através de algum programa social, e James deu a volta por cima. Ganhou uma bolsa escolar para Princeton.

Anahi:  Princeton? — A curiosidade da Annie aumentou no máximo.

Christopher:   Sim. Ele é um garoto inteligente. — Ele dá os ombros.

Poncho:  Não tão inteligente. Ele foi pego. — Murmura.

Anahi:  Mas certamente ele não deve ter feito tudo isso sozinho? — Ela pergunta. Christopher fica tenso ao meu lado.

Christopher:   Nós não sabemos ainda. — Sua voz está muito baixa. Pu/ta merda. Poderia haver alguém trabalhando com ele? Eu me viro e olho aterrorizada para Christopher. Ele aperta minha mão uma vez mais, mas não olha nos meus olhos. O avião sobe suavemente no ar, e eu tenho aquela sensação terrível no meu estômago.

Dulce:  Quantos anos ele tem? — Eu pergunto para Christopher, se inclinando mais para perto para que apenas ele possa ouvir. Por mais que eu quisesse discutir o que está acontecendo. Eu não quero encorajar as perguntas de Annie. Eu sei que ela esta irritando o Christopher, e eu tenho certeza que ela está na lista negra dele desde o coquetel.

Christopher:   Trinta e dois. Por quê?

Dulce:  Curiosidade, só isso. — A mandíbula do Christopher fica tensa.

Christopher:   Não fique curiosa sobre o James. Eu apenas estou feliz que aquele fodido está trancafiado. — É quase uma reprimenda, mas eu decido ignorar o seu tom.