Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Acordo com um sobressalto, momentaneamente desorientada... Oh sim estou na sala de jogos. Como não há janelas, não tenho ideia que horas são. A maçaneta da porta chacoalha.
Christopher:  Dul! — Christopher grita de fora da porta. Eu congelo, mas ele não entra. Ouço vozes abafadas, mas elas se afastam. Expiro e verifico as horas no meu BlackBerry. São sete e cinquenta, e tenho quatro chamadas não atendidas e duas mensagens de voz. As ligações não atendidas são na maior parte de Christopher, mas há também uma de Annie. Oh, não. Ele deve ter ligado para ela. Não tenho tempo para ouvi-las. Não quero me atrasar para o trabalho.
Envolvo o edredom a minha volta e pego minha bolsa antes de fazer meu caminho até a porta. Abrindo-a lentamente, espreito para fora. Nenhum sinal de alguém. Oh merda... Talvez isto seja um pouco melodramático. Reviro meus olhos, respiro fundo, e desço as escadas.
Taylor, Sawyer, Ryan, a Sra. Jones e Christopher estão todos de pé na entrada da grande sala, e Christopher está disparando instruções. Então todos se viram e olham embasbacados para mim. Christopher ainda está usando as roupas com que dormiu a noite passada. Ele parece desgrenhado, pálido e estonteantemente lindo. Seus grandes olhos castanhos estão arregalados, e não sei se ele está com medo ou raiva. É difícil de dizer.
Dulce:  Sawyer, vou estar pronto para sair em cerca de vinte minutos. — Resmungo, envolvendo o edredom mais apertado a minha volta para proteger-me. Ele balança a cabeça, e todos os olhos se voltam para Christopher, que ainda está olhando intensamente para mim.
Sra. Jones:  Você gostaria do café da manhã, Sra. Uckermann? — a Sra. Jones pergunta. Sacudo a cabeça.
Dulce:  Não estou com fome, obrigada. — Ela franze os lábios, mas não diz nada.
Christopher:  Onde você estava? — Ele pergunta, em voz baixa e rouca. De repente, Sawyer, Taylor, Ryan e a Sra. Jones dispersam, correndo do escritório de Taylor, para o hall de entrada, e para a cozinha como ratos assustados de um navio afundando. 
Ignoro-o e marcho em direção ao nosso quarto.
Christopher:  Dul. — Ele chama atrás de mim. — Responda-me. — Ouço seus passos atrás de mim, quando entro no quarto e continuo para nosso banheiro. Rapidamente, tranco a porta. — Dul! — Christopher soca a porta. Ligo o chuveiro. A porta chacoalha. — Dul, abra a maldita porta.
Dulce:  Vá embora!
Christopher:  Eu não vou a lugar nenhum.
Dulce:  Faça como quiser.
Christopher:  Dul, por favor.
Entro no chuveiro, bloqueando-o. Oh, está quente. A água curativa cascateia sobre mim, limpando o esgotamento da noite da minha pele. Oh meu Deus. Isto é tão bom. Por um momento, por um breve momento, posso fingir que tudo está bem. Lavo meu cabelo e quando termino me sinto melhor, mais forte, pronta para enfrentar o trem de carga que  é Christopher Uckermann. Envolvo o meu cabelo em uma toalha, rapidamente me seco com outra toalha, e envolvo-a em torno de mim.
Destranco a porta e abro-a, encontrando Christopher encostado na parede oposta, com as mãos atrás das costas. Sua expressão é cautelosa, a de um predador de caça. Caminho passando por ele para no nosso closet.
Christopher:  Você está me ignorando? — Pergunta descrente, enquanto para no limiar do armário.
Dulce:  Perceptivo, não é? — Murmuro distraída enquanto procuro algo para vestir. Ah, sim, meu vestido ameixa. Deslizo-o para fora do cabide, escolho minhas botas pretas de salto alto, e sigo para o quarto. Faço uma pausa para Christopher sair do meu caminho, o que ele o faz eventualmente, quando suas intrínsecas boas maneiras assumem. Sinto seus olhos furando-me enquanto ando até minha cômoda, e espreito-o no espelho, de pé imóvel na soleira da porta, me olhando. Em um ato digno de um vencedor do Oscar, deixo minha toalha cair ao chão e finjo que estou alheia ao meu corpo nu.
Ouço seu suspiro contido e ignoro-o.
Christopher:  Por que você está fazendo isto? — Ele pergunta. Sua voz é baixa.
Dulce: Por que você acha? — Minha voz é de veludo macio, enquanto retiro um lindo par de calcinha de renda preta La Perla.
Christopher:  Dul. — Ele para quando rebolo para entrar nela.
Dulce:  Vá perguntar a sua Sra. Robinson. Tenho certeza de que ela vai ter uma explicação para você. — Resmungo enquanto procuro o sutiã correspondente.
Christopher:  Dul, eu já disse antes, ela não é minha.
Dulce:  Eu não quero ouvir isso, Christopher. — Aceno minha mão com desdém. — O tempo de conversar foi ontem, mas em vez disso você decidiu reclamar e ficar bêbado com a mulher que abusou de você durante anos. Ligue para ela. Tenho certeza que ela vai estar mais do que disposta a ouvi-lo agora. — Acho o sutiã correspondente, puxo-o e prendo-o. Christopher entra mais no quarto e coloca as mãos nos quadris.
Christopher:  Por que você estava me bisbilhotando? — Apesar da minha decisão eu coro.
Dulce:  Esse não é o ponto, Christopher. — Disparo. — O fato é que quando as coisas se tornam difíceis, você corre para ela. — Sua boca se estala em uma linha sombria.
Christopher:  Não foi assim.
Dulce:  Não estou interessada. — Escolho um par de meias pretas até a coxa, com rendas na ponta, recuo para a cama. Sento-me, aponto meu dedo do pé, e gentilmente facilito o material deslizando até minha coxa.