Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Sawyer:  Sra. Uckermann. — Sawyer interrompe meu devaneio. — Nós chegamos.
Dulce:  Oh. Obrigada, Sawyer.
Sawyer:  Eu vou fazer uma corrida na delicatessen, senhora. Posso trazer-lhe alguma coisa?
Dulce:  Não. Não, obrigada. Não estou com fome.
Hannah tem leite me esperando. Dou uma cheirada nele e meu estômago agita.
Dulce:  Hum... Posso tomar chá, por favor? — Murmuro, embaraçada. Eu sabia que havia uma razão para nunca gostar de café. Caramba, isto cheira desagradável.
Hannah:  Você está bem, Dul? — Concordo com a cabeça e corro para a segurança do meu escritório. Meu BlackBerry vibra. É Annie.
Anahi:  Por que Christopher estava procurando você? — Ela pergunta, direta.
Dulce:  Bom dia, Annie. Como você está?
Anahi:  Corte o papo furado, Saviñón. O que aconteceu? — A inquisição de Anahi Portilla começa.
Dulce:  Christopher e eu tivemos uma briga, isso é tudo.
Anahi:  Ele machucou você? — Reviro os olhos.
Dulce:  Sim, mas não do jeito que você está pensando. — Eu não posso lidar com Annie no momento. Sei que vou chorar, e no momento, estou tão orgulhosa de mim mesma por não desabar esta manhã. — Annie, tenho uma reunião. Eu ligo de volta.
Anahi:  Ótimo. Você está bem?
Dulce:  Sim. — Não. — Eu te ligo mais tarde, ok?
Anahi:  Ok, Dul, faça do seu jeito. Eu estou aqui para você.
Dulce:  Eu sei. — Sussurro e luto contra a reação de emoção com suas palavras amáveis. Não vou chorar. Não vou chorar.
Anahi:  Ray está bem?
Dulce:  Sim. — Sussurro a palavra.
Anahi:  Oh, Dul. — Ela sussurra.
Dulce:  Não.
Anahi:  Ok. Discutiremos mais tarde.
Dulce:  Sim.

-

Durante o decorrer da manhã, esporadicamente checo meus e-mails, esperando por uma palavra de Christopher. Mas não há nada. À medida que o dia passa, percebo que ele não vai entrar em contato comigo afinal, e que ele ainda está com raiva. Bem, eu ainda estou com raiva também. Lanço-me em meu trabalho, parando apenas na hora do almoço para um queijo quente e rosquinha de salmão. É extraordinário o quão melhor me sinto depois de ter comido alguma coisa.
Às cinco horas Sawyer e eu partimos para o hospital para ver Ray. Sawyer está vigilante, e até mesmo solícito. É irritante. Quando nos aproximamos do quarto de Ray, ele paira sobre mim.
Sawyer:  Devo pegar um chá enquanto você visita seu pai? — Ele pergunta.
Dulce:  Não, obrigada, Sawyer. Eu vou ficar bem.
Sawyer:  Eu vou esperar lá fora. — Ele abre a porta para mim, e sou grata por ficar longe dele por um momento. Ray está sentado na cama lendo uma revista. Ele está barbeado, vestindo uma blusa do pijama, ele se parece com seu antigo eu.
Ray:  Ei, Dul. — Ele sorri. E o seu rosto cai.
Dulce:  Oh, papai... — Lanço-me ao seu lado, e em uma jogada muito incaracterística, ele abre os braços e me abraça.
Ray:  Annie? — Ele sussurra. — O que foi? — Ele me mantém apertada e beija meu cabelo. Quando estou em seus braços, percebo o quão raro esses momentos entre nós têm sido. Por que isso? É por que gosto de rastejar no colo do Christopher? Depois de um momento, me afasto dele e sento na cadeira ao lado da cama. A testa de Ray sulca de preocupação. — Diga a seu velho. — Sacudo a cabeça. Ele não precisa de meus problemas agora.
Dulce:  Não é nada papai. Você parece bem. — Eu aperto sua mão.
Ray:  Sinto-me mais como eu, embora essa perna engessada seja uma tralha.
Dulce:  Tralha? — Sua palavra pede meu sorriso. Ele sorri de volta.
Ray:  Tralha soa melhor do que coçando.
Dulce:  Oh, papai, estou tão feliz por você estar bem.
Ray:  Eu também, Dul. Gostaria de balançar alguns netos nesta tralha de joelho um dia. Não gostaria de perder isso por nada no mundo. — Eu pisco para ele. Merda. Será que ele sabe? E luto contra as lágrimas que picam os cantos dos meus olhos. — Você e Christopher estão se dando bem?
Dulce:  Nós tivemos uma briga. — Sussurro, tentando falar, através do nó em minha garganta. — Nós vamos trabalhar isto. — Ele acena com a cabeça.
Ray:  Ele é um bom homem, seu marido. — Diz Ray tranquilizador.
Dulce:  Ele tem os seus momentos. O que os médicos dizem? — Eu não quero falar sobre meu marido agora. Ele é um tópico de conversa dolorosa.