Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Dul, eu... — Ele engasga. Não! Levo minha mão à boca para sufocar minhas emoções em conflito.
Dulce:  Christopher, por favor. Não. — Eu luto contra as lágrimas.
Christopher:  Você está indo? — Ele diz.
Dulce: Sim.
Christopher:  Mas por que o dinheiro? Foi sempre o dinheiro? — Sua voz é quase inaudível, de tão torturado. Não! Lágrimas rolam pelo meu rosto.
Dulce: Não. — Eu sussurro.
Christopher:  Cinco milhões é o suficiente? — Oh, por favor, pare!
Dulce:  Sim.
Christopher:  E o bebê? — Sua voz é um eco sem fôlego. O quê? Minha mão se move da minha boca para a minha barriga.
Dulce:  Eu vou cuidar do bebê. — Murmuro. Meu Pequeno bebê... Nosso Pequeno Blip.
Christopher:  Isto é o que você quer? — Não!
Dulce:  Sim. — Ele inala drasticamente.
Christopher:  Leve tudo. — Ele sibila.
Dulce:  Christopher. — Eu soluço. — É por você. Por sua família. Por favor. Não.
Christopher:  Leve tudo, Dulce.
Dulce:  Christopher. — E eu sucumbo. Quase conto a ele tudo sobre Derrick, sobre Maite, sobre o resgate. Basta confiar em mim, por favor! Eu silenciosamente lhe imploro.
Christopher:  Eu sempre vou te amar. — Sua voz é rouca. Ele desliga o telefone.
Dulce:  Christopher! Não... Eu também te amo. — E toda a merda que jogamos um contra o outro nos últimos dias desaparece por ser tão insignificante. Eu prometi que nunca iria abandoná-lo. Eu não estou deixando você. Estou salvando sua irmã. Eu afundo na cadeira, chorando copiosamente sobre minhas mãos.
Sou interrompida por uma batida tímida na porta. Whelan entra, apesar de eu não ter reconhecido ele. Ele olha em todos os lugares, menos para mim. Ele está mortificado. Você ligou para ele, seu desgraçado! Eu o encaro.
Whelan:  Você tem carta branca, Sra. Uckermann. — Ele diz. — Sr. Uckermann concordou em liquefazer alguns de seus ativos. Ele diz que você pode ter tudo o que você quiser.
Dulce:  Eu só preciso de cinco milhões de dólares. — Murmuro através dos dentes cerrados.
Whelan:  Sim, senhora. Você está bem?
Dulce:  Eu pareço bem? — Eu respondo de volta.
Whelan:  Sinto muito, senhora. Um pouco de água? — Concordo com a cabeça, mal-humorada. Acabo de deixar meu marido. Bem, Christopher acha que eu deixei. Meu subconsciente torce os lábios. Porque você disse isso a ele. Mas não quero deixá-lo. Eu o amo. — Eu vou pedir a um colega para lhe trazer um copo enquanto eu preparo o dinheiro. Se a senhora pudesse assinar aqui... e fazer a conferência no dinheiro, assine aqui, por favor. — Ele coloca um formulário sobre a mesa. Eu rabisco a minha assinatura ao longo da linha pontilhada, então entrego o formulário. Dulce Maria Uckermann. Lágrimas caem sobre a mesa, por pouco não caem na papelada. — Vou pegá-los, senhora. Levará cerca de meia hora para preparar o dinheiro.
Dou uma olhada rápida no meu relógio. Derrick disse duas horas, que deve levar duas horas. Aceno para Whelan e ele se dirige para fora do escritório, deixando-me com a minha miséria.
Alguns momentos, minutos, horas mais tarde, eu não sei, a senhorita sorriso falso entra com uma garrafa de água e um copo.
— Sra. Uckermann. — Ela diz baixinho enquanto coloca o copo sobre a mesa e o enche.
Dulce:  Obrigada. — Eu pego o copo e bebo com gratidão. Ela sai, deixando-me com os meus pensamentos desordenados, assustados. Vou consertar as coisas com Christopher de alguma forma... Se não for tarde demais. Pelo menos ele está fora de cogitação. Agora tenho que me concentrar em Maite. E se Derrick está mentindo? E se ele não a tiver? Certamente eu deveria chamar a polícia. “Não diga a ninguém ou eu vou transar com ela antes de matá-la.” Eu não posso. Encosto-me para trás na cadeira, sentindo a presença reconfortante da pistola de Belinda na minha cintura, pressionando em minhas costas. Quem teria pensado que eu me sentiria grata a Belinda, por uma vez ter apontado uma arma para mim? Oh, Ray, estou tão feliz que você me ensinou a atirar.
Ray! Eu suspiro. Ele vai estar me esperando visitá-lo esta noite. Talvez eu possa simplesmente largar o dinheiro com Derrick. Ele pode correr enquanto eu levo para casa Maite. Oh, isso soa absurdo! Meu BlackBerry toca, — Your Love is King — enche a sala. Oh não! O que Christopher quer? Torcer a faca nas minhas feridas? “Foi sempre o dinheiro?”
Oh, Christopher, como você pode pensar isso? A raiva corrói meu intestino. Sim, raiva. Ela ajuda. Eu envio a ligação para o correio de voz. Eu vou lidar com o meu marido mais tarde. Soa uma batida na porta.
Whelan:  Sra. Uckermann. — É Whelan. — O dinheiro está pronto.
Dulce:  Obrigada. — Eu me levanto e a sala gira momentaneamente. Eu agarro a cadeira.
Whelan:  Sra. Uckermann, está se sentindo bem? — Concordo com a cabeça e dou-lhe um olhar de “cai-a fora, agora” senhor. Eu tomo outro fôlego calmante. Eu tenho que fazer isso. Eu tenho que fazer isso. Devo salvar Maite. Eu puxo a barra da minha camiseta com capuz para baixo, escondendo o cabo da pistola na parte de trás do meu jeans.
Olho severamente para Whelan, que mantém aberta a porta, e eu me impulsiono para frente com meus membros trêmulos.