Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Ray. Oh merda... Lembro vagamente de sua voz. Ele estava aqui, sim, enquanto eu ainda estava inconsciente.
A Dra. Bartley verifica minhas costelas, seus dedos a tocam suavemente, mas com firmeza. Eu estremeço.
Dra. Bartley:  Estes ossos ainda estão machucados, mas não trincados ou quebrados. Você teve muita sorte, Sra. Uckermann. — Eu faço uma carranca. Sorte? Não é a palavra que eu teria escolhido. Christopher sorri para ela, também. Ele fala algo para mim. Eu acho que é temerário, mas eu não tenho certeza. — Eu vou prescrever alguns analgésicos. Você vai precisar deles para dor e este para a dor de cabeça caso você tenha. De resto tudo está tranquilo, Sra. Uckermann. Eu sugiro que você durma um pouco. Dependendo de como você se sentir na parte da manhã, podemos deixá-la ir para casa. O meu colega, o Dr. Singh vai atendê-la amanha.
Dulce:  Obrigada. — Há uma batida na porta, e Taylor entra carregando uma caixa de papelão preto estampada em creme a palavra Fairmont ao lado de The Olímpics. Santo Deus!
Dra. Bartley:  Comida? — Dra. Bartley diz surpresa.
Christopher:  A Sra. Uckermann está com fome. — Christopher diz. — É canja de galinha. — A Dra. Bartley sorri.
Dra. Bartley:  Canja é bem, mas o caldo. Nada pesado. — Ela olha intencionalmente para nós dois, então, sai da sala com a enfermeira Nora.  Christopher puxa a bandeja de rodas para mim, e Taylor coloca a caixa sobre ela.
Taylor:  Bem-vinda Sra. Uckermann.
Dulce:  Olá, Taylor. Obrigada.
Taylor:  Você é muito bem-vinda, minha senhora. — Eu acho que ele quer dizer mais, mas ele se contém.
Christopher está desembalando a caixa, abrindo uma placa lateral, contém uma garrafa térmica com a sopa, uma tigela, uma colher de sopa, guardanapos, uma pequena cesta de pães, sal e pimenta...
Dulce:  Isso é ótimo, Taylor. — Meu estômago está roncando. Eu estou morrendo de fome.
Taylor:  Isso é tudo?
Christopher:  Sim, obrigado. — Christopher diz, liberando-o. Taylor acena.
Dulce:  Taylor, muito obrigada.
Taylor:  Precisa de mais alguma coisa, Sra. Uckermann? — Eu olho para Christopher.
Dulce:  Apenas algumas roupas limpas para Christopher. — Taylor sorri.
Taylor:  Sim, senhora. — Christopher olha sua camisa, desconcertado.
Dulce:  Há quanto tempo você está vestindo essa camisa?
Christopher:  Desde quinta-feira. — Ele me dá um sorriso torto. Taylor sai. — Taylor está chateado com você, também. — Christopher acrescenta irritado, desapertando a tampa da garrafa térmica e derramando sopa de frango cremoso na tigela. Taylor, também! Mas eu não me preocupo com isso, olho minha sopa de galinha, que me distrai. O cheiro é delicioso, e inundando a superfície. Eu tomo um pouco e é tudo o que prometia ser. — Está boa? — Christopher pergunta, inclinando-se sobre a cama de novo.
Eu aceno com entusiasmo e não paro. Minha fome é primordial. Eu só paro para limpar a boca com o guardanapo de linho.
Dulce:  Diga-me o que aconteceu, depois que percebeu o que estava acontecendo. — Christopher passa a mão pelo cabelo e balança a cabeça.
Christopher:  Oh, Dul, é bom ver que você comer.
Dulce:  Eu estou com fome. Diga-me. — Ele franze a testa.
Christopher:  Bem, depois que o banco me ligou e eu pensei que o meu mundo tinha acabado. — Ele não pode esconder a dor em sua voz. Eu paro de comer. Oh merda. — Não pare de comer, ou eu vou parar de falar. — Ele sussurra, com sua voz totalmente inflexível, ele olha pra mim.
Eu continuo com a minha sopa. Ok, ok... Por/ra, que gosto bom. O olhar de Christopher se torna suave e depois de uns segundos, ele recomeça.
Christopher:  De qualquer forma, pouco tempo depois de termos terminado nossa conversa, Taylor me informou que James tinha liberdade condicional através de um pedido de fiança. Como? Eu não sei, eu pensei que eu tinha inibido qualquer tentativa de fiança. Mas isso me deu um momento para pensar sobre o que você disse... e eu sabia que algo estava seriamente errado.
Dulce:  E nunca foi sobre o dinheiro. — Eu digo, de repente, uma raiva inesperada queima na minha barriga. Minha voz se eleva. — Como você pode pensar isso? Nunca é sobre o seu dinheiro! — Minha cabeça começa a doer e eu estremeço. Christopher olha frio para mim por uma fração de segundo, surpreendido pela minha veemência. Ele restringe o seu olhar.
Christopher:  Olhe a linguagem. — ele rosna. — Acalme-se e coma. — Seu olhar rebelde. — Dul. — Ele adverte.
Dulce:  Isso me machucou demais, Christopher. — Eu sussurro. — Quase tanto quanto ao você ver aquela mulher. —Ele inala bruscamente como se eu tivesse lhe dado um tapa e, de repente, ele me olha esgotado. Fechando os olhos por um instante, ele balança a cabeça, conformado.
Christopher:   Eu sei. — Ele suspira. — E eu sinto muito. Mais do que você sabe. — Seus olhos estão tensos. — Por favor, coma. Enquanto a sopa ainda está quente. — Sua voz é suave e atraente, e eu faço o que ele pede. Ele dá um suspiro de alívio.
Dulce:  Continue. — Eu sussurro, entre as mordidas no pão fresco.
Christopher:  Nós não sabíamos que Maite estava sumida. Pensei que ele estava chantageando você ou algo assim. Eu liguei de novo para você, mas você não respondeu. — Ele faz uma carranca. — Deixei uma mensagem para você. E liguei para Sawyer. Taylor começou a acompanhar o seu celular. Eu sabia que você foi ao banco, assim fomos direto para lá.