Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Os lábios da enfermeira Nora estão franzidos e os braços cruzados em hostilidade. Eu levo meu dedo até meus lábios.
Dulce:  Por favor, deixe-o dormir. — Digo em voz baixa, estranhando a luz da manhã.
Nora:  Esta é a sua cama. Não o seu quarto. — Ela sussurra severamente.
Dulce:  Eu durmo melhor, porque ele está aqui. — Eu insisto, correndo para defender meu marido. O que é verdade. Christopher se agita, eu e a enfermeira Nora congelamos.
Ele murmura em seu sono, - Não me toque. Nunca mais. Apenas Dul.
Eu franzo o cenho. Eu raramente ouço Christopher falar em seu sono. É certo que poderia ser porque ele dorme menos do que eu. Eu só ouvi seus pesadelos. Seus braços apertado em torno de mim, me apertando, e eu estremeço.
Nora:  Sra. Uckermann. — Enfermeira Nora reclama furiosa.
Dulce:  Por favor. — Eu imploro.
Ela balança a cabeça, vira-me as costas e vai embora, e eu aconchego-me contra Christopher novamente.

 Quando eu acordo, procuro Christopher pelo quarto, ele não está. O sol está brilhando através das janelas, e agora eu posso realmente apreciar o quarto. Eu tenho flores! Eu não percebi que elas estavam lá na noite anterior. Vários buquês. Pergunto-me quem as enviou.
Uma batida suave me distrai, e corro os olhos para Victor na porta. Ele resplandece quando ele vê que eu estou acordada.
Victor:  Posso entrar? — Ele pede.
Dulce:   É claro. — Ele caminha dentro da habitação, para mim, seus doces olhos me observam
astutamente.
Ele está usando um terno escuro, ele deve estar trabalhando. Ele me surpreende inclinando-se para beijar minha testa.
Victor:  Posso me sentar? — Concordo com a cabeça, e ele pousa na beira da cama e pega a minha mão.— Eu não sei como lhe agradecer por minha filha, louca, valente e querida menina. O que você fez, provavelmente, salvou sua vida. Estarei eternamente em dívida com você. — Sua voz vacila, seus olhos estão cheios de gratidão e compaixão.
Oh... Eu não sei o que dizer. Eu aperto a mão dele, mas permanecemos mudos.
Victor:  Como você está se sentindo?
Dulce:   Melhor. Dolorida. — Eu digo, com honestidade.
Victor:  Eles já lhe deram remédios para a dor?
Dulce:   Lor... alguma coisa.
Victor:  Ótimo. Onde está Christopher?
Dulce:   Eu não sei. Quando eu acordei ele, ele já tinha ido.
Victor:   Ele não está longe, eu tenho certeza. Ele não te deixou um minuto, enquanto você estava inconsciente.
Dulce:  Eu sei.
Victor:   Ele está um pouco bravo com você, como ele deveria estar. — Victor sorri. Ah, é ai, de onde vem o sorriso de Christopher.
Dulce:  Christopher está sempre com raiva de mim.
Victor:  É mesmo? — Victor sorri, satisfeito, como se isso fosse uma coisa boa. Seu sorriso é contagiante.
Dulce:   Como está Maite? — Uma nuvem cruza seus olhos e seu sorriso desaparece.
Victor:  Ela está melhor. Louca como o inferno. Eu acho que a raiva é uma reação saudável por tudo o que aconteceu com ela.
Dulce:   Ela está aqui?
Victor:  Não, ela está em casa. Eu não acho que Alexandra vai deixar longe de sua vista.
Dulce:   Eu sei como é isso.
Victor:  Você precisa ser observada, também. — Ele adverte. — Eu não quero que você corra mais riscos bobos com a sua vida ou a vida de meu neto. — Eu coro. Ele sabe! — Alexandra leu seu prontuário. Ela me disse. Parabéns.
Dulce:   Hum... obrigada. — Ele olha para mim e seus olhos amolecem, embora ele franza o cenho com minha expressão.
Victor:  Christopher logo estará por aqui. — Ele diz suavemente. — Esta será a melhor coisa para ele... só lhe dê um tempo. — Concordo com a cabeça. Oh... Eles se falaram. — É melhor eu ir. Estou no tribunal. — Ele sorri e se levanta. — Eu vou ligar para saber de você mais tarde. Alexandra fala muito com o Dr. Singh e a Dra. Bartley. Eles sabem o que estão fazendo. — Ele se inclina e me beija mais uma vez. — Eu quero dizer, Dul. Eu nunca poderei pagar o que você fez por nós. Obrigado.
Eu olho para ele, piscando para conter as lágrimas, me sinto aflita, então ele acaricia o meu rosto carinhosamente. Então ele se vira dando-me as costas e vai embora.
Oh. Estou recuperando sua gratidão. Talvez agora eu possa deixar o desastroso acordo pré-nupcial de lado. Meu subconsciente acena sabiamente de acordo comigo mais uma vez.

Eu agito minha cabeça e cautelosamente saio da cama. Estou aliviada ao descobrir que eu estou muito mais forte do que ontem. Apesar de Christopher compartilhar a cama, eu dormi bem e me sento revigorada. Minha cabeça ainda dói, mas é uma dor mais suave, nada como a dor de ontem. Eu estou rígida e dolorida, mas eu só preciso de um banho. Eu me sinto suja. Eu estou enjoada.
Christopher:  Dul. — Christopher grita.
Dulce:  Estou no banheiro. — Eu respondo quando termino de escovar os dentes. Sinto-me bem melhor. Eu ignoro meu reflexo no espelho. Caramba, estou em estado de calamidade.