Fanfic:  A escrava | Tema: vondy

Christopher:  Você está pronta. — Ele sorri. Oh, Christopher!
Dulce:  Eu tenho dor de cabeça. — Eu sorrio de volta.
Christopher:  Eu sei. Você vai estar fora dos limites por um tempo. Eu estava apenas checando. — Fora dos limites? Eu franzo o cenho com uma pontada momentânea de decepção. Não tenho certeza se quero estar fora dos limites.
A Enfermeira Nora se junta a nós para remover a minha intravenosa. Ela olha para Christopher. Acho que ela é uma das poucas mulheres que eu conheci que está alheia aos seus encantos. Agradeço quando ela sai com a minha intravenosa no carrinho.
Christopher:  Devo te levar pra casa?
Dulce:  Eu gostaria de ver Ray primeiro.
Christopher:  Claro.
Dulce:  Ele sabe sobre o bebê?
Christopher:  Eu pensei que você gostaria de ser a primeira a dizer-lhe. Eu não disse a sua mãe também.
Dulce:  Obrigada. — Eu sorrio, grata porque ele não estragou minha surpresa.
Christopher:  Minha mãe sabe. — Acrescenta Christopher. — Ela leu seu relatório médico. Eu disse a meu pai, mas a ninguém mais. Mamãe disse que casais normalmente esperam por doze semanas ou mais... para ter certeza. — Ele encolhe os ombros.
Dulce:  Eu não tenho certeza se estou pronta para dizer a Ray.
Christopher:   Eu deveria avisá-la, que ele está muito bravo. Disse que eu deveria bater em você. —  O quê? Christopher ri da minha expressão horrorizada. — Eu lhe disse que estaria muito disposto a fazê-lo.
Dulce:  Você não disse! — Eu suspiro, embora um eco de uma conversa sussurrada atormenta minha memória. Sim, Ray estava aqui enquanto eu estava inconsciente... Ele pisca para mim.
Christopher:  Aqui, Taylor lhe trouxe algumas roupas limpas. Eu vou ajudá-la a se vestir. 

Como Christopher tinha previsto, Ray está furioso. Eu não me lembro de vê-lo tão bravo. Christopher sabiamente decidiu nos deixar sozinhos. Para um homem tão taciturno, Ray enche meu quarto de hospital com ofensas, repreendendo-me por meu comportamento irresponsável. Tenho doze anos de idade novamente.
Oh, papai, por favor, acalme-se. Sua pressão arterial não está pronta para isso.
Ray:  E eu tive de lidar com a sua mãe. — Ele resmunga, agitando as duas mãos em irritação.
Dulce:  Papai, me desculpe.
Ray:  E o pobre Christopher! Eu nunca o vi assim. Ele está envelhecido. Nós dois envelhecemos anos nos últimos dias.
Dulce:  Ray, me desculpe.
Ray:  Sua mãe está esperando sua ligação. — Ele diz em um tom mais comedido. Eu beijo seu rosto, e, finalmente, ele cede.
Dulce:  Vou ligar para ela. Eu realmente sinto muito. Mas obrigada por me ensinar a atirar. — Por um momento, ele me olha com seu orgulho paterno mal disfarçado.
Ray:  Estou feliz que você pode atirar direito. — Ele diz, sua voz rouca. — Agora vá para casa e descanse um pouco.
Dulce:  Você parece bem, papai. — Eu tento mudar de assunto.
Ray:  Você está pálida. — Seu medo é de repente evidente. Seu olhar reflete o de Christopher de ontem à noite, e eu agarro a sua mão.
Dulce:  Eu estou bem. Eu prometo que não vou fazer nada como isso novamente. — Ele aperta a minha mão e me puxa para um abraço.
Ray:  Se alguma coisa tivesse acontecido com você. — Ele sussurra, sua voz rouca e baixa. Lágrimas vêm aos meus olhos. Eu não estou acostumada a manifestações de emoção do meu padrasto.
Dulce:  Pai, eu estou bem. Nada que um banho quente não cure. 

Nós saímos pela saída dos fundos do hospital para evitar os paparazzi que se reuniram na entrada. Taylor nos leva a SUV que está à espera.
Christopher está quieto enquanto Sawyer nos leva para casa. Eu evito olhar para Sawyer no espelho retrovisor, envergonhada que a última vez que o vi foi no banco quando fugi dele. Eu ligo para a minha mãe, que soluça e suspira. Levo a maior parte do tempo de volta para casar para acalmá-la, mas fui bem sucedida, prometendo que vamos fazer uma visita em breve. Ao longo da minha conversa com ela, Christopher segura minha mão, roçando o polegar em meus dedos. Ele está nervoso... alguma coisa aconteceu.
Dulce:  O que há de errado? — Eu pergunto quando eu finalmente estou livre da minha mãe.
Christopher:  Welch quer me ver.
Dulce:  Welch? Por quê?
Christopher:  Ele encontrou algo sobre o filho da pu/ta do James. — O lábio de Christopher enrola em um rosnado, e um frisson de medo passa por mim. — Ele não quis me dizer no telefone.
Dulce:  Oh.
Christopher:  Ele está hoje de tarde, direto de Detroit.