Fanfics Brasil - CAPÍTULO I Minha Paixão É Você ~~>DyC<~~

Fanfic: Minha Paixão É Você ~~>DyC<~~


Capítulo: CAPÍTULO I

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Ao pegar as correspondências que estavam so­bre a escrivaninha, Dulce deu um sorriso enviesado.

 

       Poncho estava atrasado naquela manhã de segunda-feira. Pelo jeito, o fim de semana dele tinha sido muito agitado. Na certa passara bons momentos com Anahí Portillo, a loira com quem vinha saindo nos últimos três meses. Três meses! Um recorde para Poncho.

 

       Acostumado a ficar com as mulheres apenas por uma noite, Poncho era insaciável. E Dulce sabia muito bem como fora difícil se livrar dos assédios do seu chefe. Para Poncho, mulher signi­ficava apenas uma coisa: sexo. Bonito, convencido e profunda­mente vaidoso, aquele era o tipo de homem do qual Dulce queria distância.

 

       A vida lhe ensinara muito cedo o que um homem do tipo de Poncho podia fazer às mulheres. Seu pai fora seu grande pro­fessor. O que ele fizera a sua mãe tinha sido muito grave. Dulce sabia que jamais, jamais cairia numa armadilha como aquela.

 

       Mas Poncho não havia desistido de Dulce rapidamente. Du­rante dois meses fizera de tudo para seduzi-la. Como não havia conseguido, demorou mais um mês, sempre com muito mau-humor, para aceitar a derrota. Mas depois, Poncho havia se con­formado com a situação e, nos últimos dois anos, fizera de Dulce sua amiga e confidente.

 

       E era por isso que ela sabia muitas particularidades a res­peito de Anahí Portillo.

 

       Um dia, numa conversa que tivera com Poncho, ele se mostrara inconformado:

 

       — Como? Como é que eu estou me apegando tanto à Anahí? Não é justo comigo!

 

       — Não é justo?

 

       — Mas é claro que não. E além disso, Anahí nem é o meu tipo. Eu gosto de mulheres altas, ruivas, com pernas compridas e lindas, assim como você...

 

       — Eu não sou ruiva, Poncho.

 

       — Claro que você é ruiva, Dulce.

 

       — Não senhor, meu cabelo não é ruivo.

 

       — E de que cor ele é?

 

       — Está mais para o castanho com alguns reflexos avermelhados.

 

       — Para mim você é ruiva. Ainda mais se comparada à Anahí.

 

       — Bem, loira do jeito que Anahí é, se continuar me comparando a ela, posso dizer que sou loiríssima.

 

       — Pois é... Eu sempre gostei das ruivas. E agora... agora... estou saindo com uma loira. Não sei o que está acontecendo comigo.

 

       — Se continuar com essa estória, vou contar tudo para a Anahí! — Dulce o havia ameaçado.

 

       — Não fale isso nem por brincadeira. Não me conformo de hoje estar namorando uma loira. Mas me responda, Dulce, o que estará acontecendo comigo?

 

       Dulce tinha, sim, resposta para aquela pergunta. Só que se recusou a dá-la a Poncho. Com o tempo ele iria perceber por que estava se ligando tanto à Anahí.

 

       Vendo que Dulce não iria responder à pergunta que lhe fizera, Poncho tinha ido para o seu escritório.

 

       No dia seguinte, numa outra conversa com o amigo, Dulce pôde sentir que Poncho já estava começando a perceber o que o ligava tanto à Anahí. Finalmente uma mulher tivera a coragem de dizer ao grande namorador de Londres, o que realmente queria dele:

 

       — Dulce, você não vai acreditar no que tenho para lhe contar! Anahí me disse que ela quer se casar e ter muitos filhos!                                 

                                           

       — E o que tem de errado nisso? 

     

       — Errado? Nada. A única coisa de errado é que ela está querendo isso tudo comigo.

 

       — Eu acho isso ótimo.

 

       — E eu fico doente só em pensar no futuro que me aguarda. Mesmo assim, continuo com essa relação. Acho que estou fi­cando maluco.

 

       Ainda arrumando a correspondência do dia, Dulce continuou pensando nas conversas que tivera com o amigo. Poncho estava muito assustado, mas Dulce já sabia das intenções de Anahí há cerca de um mês.

       Numa tarde, enquanto aguardava pelo namorado sentada na beirada da escrivaninha de Dulce, Anahí lhe dissera:

 

       — Para mim a vida só tem sentido com o casamento. E estou procurando alguém que me faça feliz.

 

       Dulce ficara imaginando como Anahí poderia estar espe­rando que justamente Poncho fosse satisfazer-lhe as expectativas. Como patrão, não tinha nada contra ele, mas como homem Poncho deixava muito a desejar. Ele era muito encantador, muito solícito, mas não passava de um inconseqüente no que dizia respeito a relacionamentos amorosos.

 

       Anahí tinha continuado:

       — Conheci Poncho quando fui a uma festa com um amigo. E a atração entre nós dois foi instantânea. Esse meu amigo, o nome dele é Christopher Uckerman, você o conhece? Não, acho que você não o conhece. Menina, você não sabe o que está perdendo. Se eu fosse uma mulher de sonhar muito alto, deveria sonhar com Christopher. Ele é grego. Grego, rico e lindo! Que homem! Que homem! Aquilo é a tentação sob a forma de gente... Christopher é uma pessoa muito, muito especial. Imagine que o pai fez de tudo para que se casasse com uma garota grega, filha de uma família riquíssima e muito importante. E ele se recusou. O pai virou uma fera: chegou até a ameaçá-lo com deserdação. Nada! Christopher se manteve firme! Firme e forte! Suportou tudo e ainda é solteiro. Um das coisas mais interessantes da personalidade dele é o ciúme. Christopher tem ciúme até dos amigos. Pode? Ele não gostou muito de me ver com Poncho, mas agora parece que está mais conformado. O engraçado é que Poncho também morre de ciúme de Christopher. Mas também não é pra menos: Christopher é bonito demais. Por mais que eu diga o contrário, Poncho acha impossível eu nunca ter tido nada com Christopher. Mas eu não tive. E, para lhe dizer a verdade, não tive porque Christopher não quis. 

       Dulce tinha ouvido tudo aquilo em silêncio. Anahí não lhe dera chance para fazer nenhum tipo de comentário. E havia continuado:

 

— Esse ciúme que Poncho tem de Christopher me faz ficar com uma certa esperança. Quem sabe não encontrei o príncipe encantado que venho há tanto tempo, procurando? Christopher não acredita que essa minha relação com Poncho possa dar em casamento. Christopher chegou a me dizer que, se isso acontecer, vai me dar um presente incrível. Acho que ele estava brincando. Mas eu, no que diz respeito a Poncho, estou levando tudo muito a sério.

 

       O telefone tocou e interrompeu os pensamentos de Dulce. Era Poncho dizendo que tinha acabado de se levantar.

 

       — Cuide de tudo para mim até eu chegar, Dulce. Confio muito em você.

 

       — Poncho, mas você tem uma reunião importante às dez horas — ela o lembrou.                                     

 

       — É mesmo? E com quem?

 

       — E ainda pergunta? A reunião é com o diretor da Corpo­ração Chrisadis.

 

       — Mas já passa das nove e meia. Nem que eu quisesse, nunca chegaria aí a tempo. Você tem que dar um jeito, Dulce.

 

       — Eu? Mas o que eu posso fazer?

 

       — Ligue para o escritório dele e diga que tive um sério imprevisto. Não se esqueça de pedir desculpas. Sei que você tem que fazer isso agora. Espero que ainda o encontre no es­critório. E se aquela pilantra aparecer por aí me procurando, diga a ela que eu morri! 

                                              

       — A qual pilantra você está se referindo? — Dulce pergun­tou espantada. — Anahí?

 

       Ela não obteve resposta a sua pergunta. Poncho já tinha desligado.

 

       Durante alguns segundos, Dulce ficou olhando para o telefone, imaginando o que poderia ter acontecido com o seu patrão e Anahí. Depois, sorrindo, colocou o aparelho no gancho. Afinal, qual era o casal de namorados que não tinha uma briguinha ou outra?

 

       Dulce pegou a agenda e ligou para a Corporação Chrisadis.

 

No entanto, só quando estava esperando que atendessem à chamada, lembrou-se que não sabia o nome do diretor da Cor­poração. Fora Poncho que na sexta-feira havia marcado pessoal­mente aquela reunião. E tudo o que havia lhe dito era que, apesar de detestar o diretor, teria que suportá-lo, pois estava muito interessado nos negócios que poderiam realizar juntos.

 

       Dulce não tinha a menor idéia do que poderia levar Poncho a odiar alguém. Ele sempre se mostrava muito amigável e paciente com todas as pessoas.

 

A chamada foi atendida.

 

       — Por favor, é da Corporação Chrisadis? — Ao receber uma resposta afirmativa, ela continuou: — Gostaria de falar com... Bem, gostaria de falar com o diretor antes que saísse para a reunião que tem às dez horas.

 

       — Acho que ele já saiu — a mulher que atendera à chamada respondeu com muita educação. Mas vou colocá-la em contato com a secretária dele. Aguarde um instante.

 

       — Obrigada. — Dulce aguardou até que a ligação fosse transferida, mas uma simples olhada no relógio lhe mostrou que aquela situação já não tinha mais saída.

 

       "Poncho não poderia ter feito isso! Imagine cancelar uma reu­nião assim na última hora! Isso não se faz...", ela disse em pensamento.

 

       — Aqui quem fala é a secretária do Sr. Uckerman. Posso ajudar em alguma coisa?

 

       Uckerman... Dulce se perguntava onde ouvirá aquele nome antes.

 

       — Bom dia, o Sr. Uckerman tem uma reunião com o Sr. Herrera agora às dez horas. Mas surgiu um imprevisto. Será que é tarde para desmarcar essa reunião?

 

       — Acho que é, sim, muito tarde — uma voz masculina, profunda e muito melodiosa respondeu.

 

       Dulce assustou-se e virou para olhar quem estava ali dentro do escritório. E seu coração quase parou. Aquele homem era incrivelmente bonito. Camisa de seda preta, calça de linho bege, paletó num tom muito próximo ao da calça e óculos escuros, ele mais parecia um galã. Os cabelos bem negros eram curtos e seu porte atlético fez com que Dulce imediatamente pensasse num deus grego.

 

       Sem conseguir respirar direito, ela continuava olhando para o visitante.

 

       Atração. Uma atração fulminante era o que estava sentindo.

 

       O visitante retirou os óculos escuros. Aí, sim, tornou-se bem mais difícil para Dulce respirar. Os olhos daquele ho­mem eram negros. Negros. Brilhantes. E pareciam enxergar o fundo da alma.

 

       De repente, Dulce deu-se conta que do outro lado da linha a secretária que atendera à ligação estava muito aflita:

 

       — Alô! Alô! Tem alguém aí?

 

       — Tem... tem, sim. Mas me desculpe, vou precisar desligar.

 

       Ela colocou o telefone no gancho e, aos poucos, foi saindo daquele estado quase hipnótico que havia ficado. Claro, claro que sabia quem era o homem que agora lhe sorria.

 

       — Bom dia, sr. Uckerman... — Naquele instante Dulce pensava em Poncho. Teria uma conversa muito séria com ele. Como fora deixá-la numa situação tão delicada?

 

       — Podemos sair um pouco?

 

       O quê?

 

       — Acho que você está precisando de algum tempo para se recuperar.

 

       — O que o senhor está dizendo? — Dulce piscou várias vezes. Seus olhos, de um azul profundo, deveriam estar ex­pressando toda a confusão que sentia. — Para onde quer ir?

 

       — Para a minha casa. — O visitante se aproximou da es­crivaninha. — Já vivi muito na minha vida, mas nunca uma situação como essa. E posso lhe garantir que nunca fiz um convite desse tipo. Bem... não de maneira tão rápida. Mas fazer o quê? É a vida, isso acontece.

 

       Muito constrangida, Dulce levantou-se e teve que segurar-se na escrivaninha para não cair.

 

       — O senhor me assustou senhor... — Mais essa agora: ela se esquecera do nome dele!

 

       Uckerman. — O sorriso dele era muito sensual. Sensual e cruel. — Christopher Uckerman. Ao seu dispor, senhorita...

 

       — Sanviñón. E sinto muito que tenha perdido a viagem. — Dulce achava que estava começando a se sair bem naquela conversa. — Acontece que o Sr. Herrera teve um imprevisto de última hora e precisou faltar à reunião. Estava justamente tentando falar com o senhor em seu escritório. Mas como viu... era tarde demais.

 

       — Para mim foi uma grande sorte.

 

       Pelo jeito ele continuaria insistindo. Continuaria insistindo e não iria desistir com tanta facilidade. E ela, começava a sentir-se novamente sem saber o que fazer. O melhor seria voltar a sentar-se. Dulce pegou a agenda e disse: — Vou marcar uma nova reunião com...

 

       — Tenho uma idéia melhor — Christopher a interrompeu. — Po­deríamos ir almoçar juntos. Aí, acompanhados por um bom vinho, poderíamos marcar essa nova reunião.

        Ele era direto. Pelo jeito, Christopher Uckerman quando queria algo, jamais desistia.

       — Alguém precisa ficar no escritório. Não posso sair.

 

       — Não pode? É uma grande pena. Hoje à tarde estou via­jando para Nova York e só volto daqui a no mínimo uma se­mana. E, acho, que é um longo tempo para deixar em suspenso algo tão...

 

       A frase foi interrompida pela porta do escritório que se abria. Dulce que pensara tratar-se de Poncho, se enganou. Era Anahí quem entrava esbravejando:

 

       — Onde está esse canalha? Onde está esse desgra... — No instante em que a moça viu quem se encontrava no escritório, abriu um largo sorriso. — Christopher, querido, você aqui! Mas que surpresa!

 

       No instante seguinte, Anahí estava dando um grande abraço em Christopher.

 

       E foi naquele momento, apenas naquele momento que Dulce lembrou-se que Christopher era o homem sobre o qual Anahí lhe falara.

 

       Pelo jeito, ele também gostava muito de Anahí, pois, além de abraçá-la, beijou-lhe com carinho as duas faces.

 

       Dulce sentiu algo que a incomodou profundamente: ciúmes da relação existente entre os dois. E agora entendia o porquê do ciúme de Poncho. Se os dois sempre manifestavam tanta afetividade, não era para menos...

 

       Mas e ela? Por quê? Por que estava sentindo-se toda en­ciumada.

 

"Você enlouqueceu, Dulce Sanviñón. Enlouqueceu! Como? Porque está sentindo ciúmes? Você acabou de conhecer esse ho­mem!", ela se dizia em pensamento.

 

       Aquilo tudo não passava de um pesadelo. Como, ela, Dulce Sanviñón, a mulher que aprendera a se manter sempre sob con­trole, podia estar morrendo de vontade de puxar os cabelos de Anahí? Mas era exatamente isso que sentia vontade de fazer, puxar os cabelos de Anahí e terminar de uma vez com toda aquela demonstração de afeto!

 

       — E como tem passado, minha querida? — Christopher perguntava com muito carinho à Anahí.

 

       — Bem pior do que eu gostaria. — A moça encostou a cabeça nos ombros largos. — Mas bem pior mesmo do que eu gostaria.

 

       — Por quê? Poncho não a tem tratado bem? — Ele beijou-lhe a cabeça.

 

       — Ele é um rato! E eu o odeio.

 

       — Pelo jeito você está com problemas.

 

       — Problemas muito sérios. — Anahí se afastou de Christopher e perguntou à Dulce: — Onde ele está? Com certeza escondido em algum buraco, esperando a tempestade passar.

 

       Dulce olhava para Anahí sem saber o que dizer. O que teria acontecido com o casal naquele fim de semana para que os dois estivessem assim com tanta raiva?

 

       — Dulce, eu quero saber onde ele está.

 

       — Ele está... — Ela tentava arrumar uma boa desculpa para o patrão, quando o telefone tocou. Era Poncho, que foi logo perguntando:

 

       — E aí? Conseguiu desmarcar aquela maldita reunião a tempo?

 

Imediatamente, Dulce pegou uma caneta, um bloco e disse:

 

       — Ele não está. Quer deixar algum recado?

 

       — Entendi. — Poncho deu um suspiro. — Ele está aí, não está?

 

       — Sim, senhor.

 

       — Esse grego é bastante insistente! Ainda acabo com ele!

 

       — Não acho que essa seja uma boa idéia. Mas, se quiser, o senhor pode...

 

       — É Poncho! É Poncho quem está falando com ela! — Anahí gritou.

 

       — Dulce! Não passe e telefone para essa pilantra. — Poncho tinha ouvido as palavras da namorada. — Não quero falar com ela!

 

       — Me dê esse telefone! — A moça estendeu a mão.

 

       — Dulce, estou lhe dizendo para não passar o telefone ela!

 

       — Vamos, Dulce! Me passe o telefone! Tenho algumas coisas para dizer a esse cretino!

 

       — Ponha essa mulher para fora do meu escritório, Dulce. Agora!

 

       — Me dê o telefone! — Os olhos de Anahí brilhavam de raiva — É hora desse rato ouvir umas boas verdades!

 

       — Dulce, eu disse para você pôr essa mulher para fora do escritório.

 

       — Não posso — Dulce disse para os dois.

 

       Dulce sabia que aquela situação estava insustentável. Precisava tomar alguma atitude. Mas qual? Com Poncho gritando do outro lado da linha e Anahí gritando ali na sua frente... E, pelo jeito, Christopher, estava gostando muito de assistir àquela cena, pois, sorrindo, permanecia impassível.

 

       Ao ver aquele sorriso, Dulce sentiu muita raiva de Christopher. Bem que ele poderia fazer alguma coisa.

 

       Anahí se aproximou de Dulce e gritou bem junto ao telefone:

 

— Estou grávida e vou continuar grávida! E esse filho é seu!

 

       Espantada, Dulce olhou para Anahí. Em seguida, voltou a colocar o telefone junto ao ouvido.

 

       — Essa pilantra armou uma armadilha para mim! E essa armadilha foi armada deliberadamente!

 

       Dulce, mais que nunca, não sabia o que dizer. Melhor mesmo seria  desligar o telefone:

 

       — Mais tarde eu ligo para você, Poncho. Agora vou desligar.

 

       Anahí, assim que Dulce desligou o telefone, foi para junto Christopher.

 

       — E agora? O que eu vou fazer?

 

       — Nada. Agora você tem apenas que se acalmar — ele respondeu. — Depois eu a levo para casa.

 

       — Eu não queria, mas simplesmente aconteceu. — Anahí começou a chorar. — Não foi de propósito.

 

       — Não foi mesmo? — Christopher quis saber.

       Dulce ficou muito espantada com aquela pergunta. E Christopher notou o espanto.

       — Não deveria estar me olhando desse jeito — ele disse para Dulce. — As mulheres sempre usam dessa artimanha para chegarem ao seu objetivo principal. Isso acontece muito com homens como Poncho. E com homens como eu.

 

       Sentindo-se muito mal e profundamente envergonhada, Dulce começou a andar de um lado para o outro. Era claro que existiam mulheres que agiam mesmo daquela maneira. Mas Anahí... Jamais imaginara que ela pudesse usar de tal estra­tagema para conseguir se casar.

 

       — Vou esperá-lo na sala ao lado, Christopher. — Anahí saiu do escritório e bateu a porta com força.

 

       O telefone voltou a tocar. Agora era um cliente. Depois de desligar o aparelho, Dulce ficou olhando para Christopher.

 

       — Você está bem? — ele perguntou.

 

       — É difícil acreditar que Anahí tenha feito isso deliberadamente — Dulce confessou.

 

       — As mulheres são seres bastante astutos. Elas não medem esforços para conseguirem seus objetivos.

 

       — No que me diz respeito, agradeço muito o elogio — ela ironizou. — São generalizações como essa que fazem o mundo continuar girando.

 

       — Ao meu redor, é claro... — Christopher respondeu com extremo cinismo.

 

       Quer dizer, então, que Christopher Uckerman acreditava que o mundo girava em torno dele? Talvez até pensasse que o sol também brilhava única e exclusivamente em sua homenagem. Mas quanto egocentrismo...

 

       — Bem, pelo jeito o senhor deve ter muito para fazer. — Ela levantou-se com o bloco de anotações nas mãos. Precisava pôr para fora do escritório aquele homem que, apesar de toda beleza física, não passava de um grande egoísta e tinha o comportamento muito semelhante ao de Poncho.

 

       Mas, para surpresa dela, Christopher se aproximou e, depois de contornar-lhe os lábios com o polegar, disse baixinho:

 

       — Sem amarras. Sem amarras e sem compromissos... Só manteremos a promessa de nunca trair um ao outro enquanto estivermos juntos. Depois, quando tudo acabar, nos separaremos como bons amigos e seguiremos os nossos caminhos. Mas enquanto durar o nosso relacionamento serei apenas seu. E você também terá que me dar exclusividade.

 

       Dulce estava perplexa com o que acabara de ouvir. Mas Christopher ainda não havia terminado:

        — Quero que pense sobre isso com bastante carinho. Vai ser muito bom para nós dois. — Ele afastou-se um pouco. — Agora vou levar Anahí para casa. E, quando encontrar-se com Poncho, diga-lhe que estarei fora durante algum tempo. Quando voltar eu o procuro. Diga-lhe também que espero que trate Anahí com muita consideração e respeito. Se ela engravidou ou não propositadamente, o fato é que está grávida. Afinal, ela só é um ser humano. E todos os seres humanos são falíveis.

 



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Autor(a): staucker

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— Quer dizer, então, que todos os seres humanos são falíveis? Acontece que aquela pilantra não é falível. Ela armou uma armadilha e eu caí direitinho!         Poncho chegara ao escritório dez minutos depois de Christopher ter saído para levar Anahí até em cas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • deborah Postado em 18/01/2008 - 08:30:28

    Beyba tá muito legal a web...Não para ela não, vou esperar o poste...
    besos

  • staucker Postado em 17/01/2008 - 23:09:47

    ah...
    amanha eu posto

  • staucker Postado em 17/01/2008 - 23:09:30

    oii dulcita
    bem vinda
    eu nem tava + postandu sabe...
    pensei q ngm qria ler
    =(
    olha... eu num tenho naum...
    + acredito q exista essa wn no orkut!
    pode dxr q eu vo te add
    bjoO.

  • dulcita leleka sapeka Postado em 13/01/2008 - 23:01:24

    ola
    sou uma nova leitora
    e bem atrazada
    poxta + a web ta manera
    espero q poxte logo!!!!!
    uma pgt
    vc tem essa web no orkut???
    isso eh em alguma comu???
    caso veja esse recado
    pode me add no msn!!!
    bessos

  • staucker Postado em 05/12/2007 - 18:38:34

    capitulo novo na web
    --->Minha paixão é você<---
    comentem
    pliX!

  • staucker Postado em 04/12/2007 - 23:53:41

    oiie
    eu sei q eu prometi postes p/ hj...
    + no deu msm... foi malz...
    + amanha concerteza tem!
    espero q v6 estejam gostandu
    qro coments ein?!
    bjO!

  • rbdbaby Postado em 04/12/2007 - 10:32:03

    poxta mais é d+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++
    passa nas minhas 2 webs amor ou odioe sentir

  • staucker Postado em 03/12/2007 - 17:06:15

    q bom q v6 taum gostando miininas
    + a historia eh adaptada
    e eu no adaptei ela td ainda
    + eu vou tentar postar amanha
    ah... vlw por comentar
    bjO!

  • RBDBABY Postado em 03/12/2007 - 11:07:55

    POXTA MAIS É MUTO BOA PASSA NA MINHA WEB CHAMADA AMOR OU ODIO?

  • deborah Postado em 02/12/2007 - 20:26:03

    eu gostei!!!!
    posta maisssss


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