Fanfics Brasil - CAPÍTULO II Minha Paixão É Você ~~>DyC<~~

Fanfic: Minha Paixão É Você ~~>DyC<~~


Capítulo: CAPÍTULO II

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— Quer dizer, então, que todos os seres humanos são falíveis? Acontece que aquela pilantra não é falível. Ela armou uma armadilha e eu caí direitinho!

 

       Poncho chegara ao escritório dez minutos depois de Christopher ter saído para levar Anahí até em casa.

 

       — Ela pediu que lhe dissesse que entraria em contato com você — Dulce disse a Poncho apenas uma parte do recado que a moça havia deixado. Para não acirrar os ânimos, achou me­lhor omitir o resto.

 

       — Nunca mais quero ver aquela mulher!

 

       — Mas Poncho, eu...

 

       — Não me venha com sermões! — o patrão a interrompeu. — Ela não merece consideração nenhuma!

 

       — Poncho, tente se acalmar.

 

       — E você acha que dá para ter calma numa situação como essa? Acha? Pelo menos a pilantra confessou que fez tudo deliberadamente?

 

       — Não, ela nega.

 

       — E para onde ela foi?

 

       — Christopher Uckerman a levou para casa.

 

       — Quanta sorte... — Poncho deu um soco na escrivaninha. — Tenho certeza que os dois planejaram tudo isso.

 

       — Você está alterado e não sabe o que diz. Ele só quis ajudá-la. E se ouvisse o que acabou de dizer, tenho certeza que reagiria imediatamente.

 

       — O que sabe sobre Christopher Uckerman? Não sabe o tipo de homem que é.

 

       — Sei, sim. Pude perceber o tipo e homem que é assim que vi. Vocês dois são muito parecidos.

 

       — A propósito, Dulce: espero que dê àquele canalha o mesmo tratamento que me deu. Ele não é confiável. E tem uma conduta própria, muito diferente da nossa.

 

       — Pude perceber mesmo. E torno a repetir: vocês dois são muito semelhantes.

        — Acho que está enganada. Ele é bem pior do que eu. Christopher é poderoso.                                                                                                              

       — Poderoso?

 

       Poncho fez um gesto afirmativo com a cabeça e disse:

 

       — Muito. Muito poderoso. A família dele é riquíssima. Está entre as vinte mais ricas do mundo. Anahí só começou sair comigo porque Christopher não a quis.

 

       — Poncho, não fale assim. Tenho certeza que Anahí o ama.

 

       — Aquela pilantra me enganou.

 

       — Você pode estar sendo injusto com ela. A gravidez pode ter ocorrido independentemente da vontade dela.

 

       — Não acredito nisso — Poncho passou as mãos pelos cabelos loiros.

 

       — Mas você precisa acreditar. Tenho certeza que Anahí o ama de verdade.

 

       — Se ela me amasse, não teria me enganado, não teria armado uma armadilha para mim.

 

       — Pode estar sendo injusto com Anahí. Mesmo que tenha planejado essa gravidez, ela o fez por amor.

 

       — Não: quem ama não trai, não mata, não joga sujo. Anahí é uma mulher egoísta e só estava pensando nela. Ela foi muito cruel comigo. Não acha que estou certo?

 

       — Poncho, não entendo muito essas coisas de amor. Nunca amei ninguém na minha vida.

 

       — Eu fui traído. Traído, entendeu?

 

       Poncho sentou-se em uma poltrona e, inconsolável, abaixou a cabeça.

 

       Dulce olhava para o chefe sem saber o que dizer. Afinal, Anahí poderia mesmo ter tramado aquilo tudo. Poderia ter acreditado que a gravidez levaria Poncho ao casamento. Talvez essa tivesse sido a sua última cartada. Mas, para Dulce, se isso realmente acontecera, Anahí agira de maneira errada.

 

Não se podia colocar uma criança no mundo apenas para se conseguir um homem, um casamento. Criança era algo sério, muito sério. Com um pouco mais de paciência, teria se casado com Poncho. Mas agora...

 

       — O que está pretendendo fazer?

 

       — O que estou pretendendo fazer? — Poncho a fitou e se levantou. — Não sei. Não sei mesmo. A única coisa que eu sei é que Anahí está grávida. E contra isso não se pode fazer nada. Se Anahí quiser ter esse filho, estou disposto a assumi-lo. Se ela quiser se livrar da criança, eu pago o aborto. Mas se está pretendendo se casar comigo: ela que vá para o inferno!

  

       Ao chegar ao apartamento depois do trabalho, Dulce sen­tia-se profundamente cansada. Não tinha sido fácil suportar tanto desentendimentos e nem o mau-humor de Poncho. Ela sen­tou-se no sofá e se recostou.

 

       — Pelo jeito o seu dia foi péssimo — Maite entrou na sala comendo uma banana. A moça, muito sexy, morena de olhos verdes, dividia o apartamento com Dulce e tinha uma pequena empresa que agenciava empregadas domésticas. Em Londres, não era fácil arrumar alguém disposto a fazer esse tipo de serviço. E Maite, muito dedicada ao trabalho, em pouco tempo obtivera um excelente sucesso profissional. A agência tinha até uma longa lista de pessoas aguardando que Maite lhes ar­rumasse uma faxineira e até mesmo uma empregada em tempo integral.

 

       — Dulce, eu falei com você... — a moça, que tinha uma voz muito suave, brincou.

 

       — Me desculpe Maite. — Dulce abriu os olhos. — O que foi que disse?

 

       — Eu disse que seu dia deve ter sido péssimo.

 

       — E foi mesmo. E o seu?

 

       — Trabalhei feito uma doida. Parece que Londres inteira resolveu ligar para mim hoje. Mas não tenho do que me queixar: sou forte e saudável. Trabalho é a melhor terapia que conheço. — Maite deu uma risada.

 

       — Ainda bem que o seu humor está sempre maravilhoso. Você nunca vai envelhecer.

 

       — E dá para ser diferente?

 

       — É... Ás vezes acho que levo a vida de maneira séria demais.  

 

       — Mas a vida pode ser muito agradável e surpreendente. - A moça sorriu e disse: — Espere um segundinho.

 

       — Por que você está com essa cara de quem andou aprontando alguma travessura?

 

       — Espere e verá! — Maite saiu da sala e, logo em seguida, voltou com uma imensa cesta contendo flores e frutas, num arranjo belíssimo.                                         

                                                       

       — O que é isso? — Dulce, espantada, quis saber.

 

       — E você ainda me pergunta? Juro por Deus que eu apenas recebi essa encomenda para a Srta. Dulce Sanviñón.

 

       — Essa cesta é um grande exagero.

 

       Eu também acho. Mas ela não é linda?

 

       — Muito, muito bonita. — Dulce se levantou e pegou a cesta. — Vamos até a cozinha. Pelo menos mandaram um cartão?

 

       — Mandaram, sim. Está aí no meio. O homem que lhe mandou um presente como esse deve estar muito apaixonado.

 

       — Imagine... Não estou me relacionando com ninguém.

 

       — Com isso eu nunca vou me conformar. Bonita desse jeito e sozinha. Vamos, abra o envelope.

 

       Dulce colocou a cesta sobre a mesa da cozinha, pegou o envelope e hesitou.

 

       — Coragem! — A amiga deu-lhe uns tapinhas nas costas.

 

       — É, vamos ver o que tem aqui dentro. — Dulce abriu o envelope e pegou o cartão. Suas mãos estavam trêmulas e não era capaz de ler o que estava escrito ali. Medo. Ela sentia medo. Algo dentro dela a avisava que aquele dia seria um grande marco em sua vida. Mesmo incapaz de ler o cartão, sabia quem o mandara. Como ele conseguira o seu endereço? E o que Poncho pensaria se soubesse o que havia acontecido no escritório? Com toda certeza ficaria com mais raiva ainda.

 

       Num esforço muito grande, Dulce lembrou-se do que Anahí lhe contara sobre Christopher Uckerman. Mesmo com todo o poder do mundo, o pai não conseguira fazer com que se casasse com uma das moças mais ricas de Atenas. Mas Poncho lhe dissera...

 

       Dulce inspirou profundamente. Não tinha que ficar pensando no que Anahí ou Poncho tinham lhe dito a respeito do grego. A opinião dela, sim, era o que importava. E na opinião dela, Christopher era... Era o quê? Sexy? Insinuante? Lindo? Tudo isso junto?

 

       — O que está acontecendo? — Maite quis saber. — Você está tremendo? O que diz o cartão?

 

       — Não estou conseguindo ler.

 

       — Quer que eu o leia para você?

 

       — Não, eu mesma faço isso. — De novo Dulce inspirou profundamente e, devagar, começou ler o conteúdo do cartão:

  “Hoje, apesar de ter sido um dia muito difícil, encontrei al­guém que vai se tornar a pessoa mais importante da minha vida. E para suavizar o restante do dia, resolvi mandar flores e frutas da minha terra para essa pessoa. Flores para perfu­mar-lhe o ar que respira. E frutas, para que possa sentir que no mundo ainda existe lugar para a doçura. Já estou morrendo de saudades. Quando saborear as frutas, lembre-se de mim.  

Christopher”

  

       Ao acabar de ler o cartão, pálida, Dulce sentou-se. De re­pente, sentia uma dificuldade imensa de respirar.

 

       — Más notícias? — Maite perguntou.

 

       — Acho que essa cesta é o que se pode chamar de um presente de grego. — Ela entregou o cartão para a amiga.

 

       — Mas que letra... Nunca vi uma letra tão firme e tão bonita. Esse homem deve saber o que quer. — Maite leu o cartão. — Mas quem é esse Christopher?

 

       — É um homem que conheci hoje.

 

       — E como é ele? Tão sexy quando a letra?

 

       — Acho que até mais...

 

       — Então por que não dá um belo sorriso? Você o conheceu onde?

 

       — No escritório.

 

       — Ele é amigo do Poncho?

 

       — Amigo? Não diria que os dois sejam amigos. Ele é grego. É um tal de Christopher Uckerman.

 

       — Repita, por favor, o nome do homem! — Maite, espantada, tinha levado as mãos ao rosto.

 

       — Christopher, Christopher Uckerman. Você o conhece?

 

       — Pessoalmente, não. Apenas por fotografias nos jornais.

 

       — Quer dizer que ele é famoso...

 

       — Muito, muito famoso no mundo dos negócios. Desculpe-me dizer, mas esse homem é tremendamente perigoso.

 

       — E acha que não sei disso?

 

       — Veja bem o que vai fazer — Maite a alertou sorrindo. — Você está correndo um grande risco.

 

       — Pois é... Hoje Christopher esteve no escritório e eu tive um comportamento horrível. Mas deixa pra lá, já passou.

 

       — De jeito nenhum! — Maite também se sentou. — Me conte essa estória direitinho.

 

       — Bem, eu vou lhe contar: quando Christopher entrou no escritório, comportei como uma verdadeira idiota. Fiquei olhando para ele como se estivesse diante do único homem do mundo. Não conseguia respirar, não conseguia falar, apenas fiquei olhando para ele feito uma tonta. 

 

       — Pelo jeito a coisa foi séria.

 

       — Séria até demais. Nunca tinha me acontecido nada semelhante antes.

 

       — Bem, pela resposta, ele deve ter sentindo algo semelhante — Maite olhou para a cesta.

 

       — Será? — Dulce perguntou com cinismo. — Para mim ele viu mais uma mulher para anexar aos seus troféus de caça.

 

       — Você está sendo muito rigorosa com o moço.

 

       —Não, eu não estou sendo rigorosa. Para ele eu não passo de mais uma conquista.

 

       — Como tem tanta certeza disso?

 

       — Pelo o que Christopher me falou.

 

       — E o que foi que Christopher Uckerman lhe falou?

 

       — Ele me fez uma proposta indecorosa.

 

       — Dulce, então a coisa foi séria.

 

       — Você acha normal que um homem assim, sem mais nem menos, proponha a uma mulher que não conhece seja sua amante?

 

       — Ele fez isso?

 

       — Fez, fez sim. E sem o menor constrangimento, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 

       — Vai ver que para ele é a coisa mais natural do mundo. — Maite tentou contemporizar.

 

       — Mas par mim, Dulce Sanviñón, isso não é a coisa mais natural do mundo.

 

       — Nem para mim. E olha que eu me acho uma pessoa moderna, avançada.

 

       — Eu também não sou nenhuma puritana. Mas aquilo foi demais. E agora... essa cesta. Viu só o conteúdo do cartão?

 

       — Eu até que achei bastante romântico.

 

       — Romântico? Sei... — Dulce sorriu com ironia.

 

       — Gostaria de lhe dizer uma coisa, Dulce.

 

       — Pode dizer.

 

       — Homem nenhum tem uma atitude dessas se, de alguma maneira, não foi incentivado.

 

       — Quer dizer que a culpa é minha?

 

       — Christopher disse no bilhete que já está morrendo de saudades. Já já estará por aqui.

 

       — Não. Ele não vem aqui hoje.

 

       — Como sabe disso?

 

       — Christopher deve estar voando para Nova York. Vai ficar uns dias por lá.

 

       — Bem, então prepare-se para quando ele voltar.

 

       — Eu não vou me preparar para nada. Aquele homem deve ser um maluco. Se Anahí não tivesse chegado era bem capaz de me agarrar ali mesmo no escritório.

 

       — Quer dizer que a situação chegou nesse ponto? Christian é que vai gostar de saber dessa estória.

 

       — E está pretendendo contar ao seu namorado que eu...

 

       — Você sabe que não escondo nada dele. E, Dulce, pare de agir dessa maneira. Afinal, acho que chegou a hora de ter um relacionamento de verdade com alguém. Continuar virgem aos vinte e quatro anos não é lá muito normal.

 

       — O que acabou de dizer é muito preconceituoso, Maite. Não existe idade certa para uma mulher se relacionar sexualmente com um homem.

 

       — Pode até ser que seja preconceito da minha parte, mas você se afasta de todos os homens que tentam avançar o sinal.

 

       — Acontece que ainda não encontrei ninguém que fosse tão importante para mim.

 

       — Pois agora encontrou: Christopher Uckerman.

 

       — De jeito nenhum. Nunca mais quero vê-lo.

 

       — Perca as esperanças. Assim que ele chegar de Nova York, irá procurá-la. Quer saber mesmo o que eu acho? Essa sua insegurança toda é por causa da sua família. Seu pai, com aquela de mulheres...

 

       — Por favor, Maite, não continue com essa estória de família.

 

       — Tudo bem, eu não vou continuar. Mas não gosto de ver você assim trêmula, insegura.

 

       — Pelo jeito quer que eu me entregue para o primeiro homem que entrar nessa casa.

 

       — Se não for o meu querido Christian, não tenho nada contra.

 

       — Pare de me perturbar, por favor.

 

       — Dulce, será que não percebeu o que lhe aconteceu hoje? Você controla tanto as suas emoções que de repente isso tinha que acontecer. Christopher deve ser fascinante e você não suportou tanto charme. Foi isso o que aconteceu.

 

       — Obrigada pela análise. Ela foi muito profunda — respondeu Dulce com ironia. — Depois dessa análise perfeita, estou me sentindo bem melhor.

 

       — Longe de mim querer fazer com que se sinta melhor. Quero que se sinta pior, bem pior. Quem sabe assim acaba tomando uma atitude? Será que não pode admitir que está irremediavelmente atraída por ele?

 

       — Não negue! — Maite pediu.

 

       — Mas Poncho usou mais ou menos da mesma estratégia comigo e não deu certo.

 

       — E você quer comparar Alfonso Herrera com Christopher Uckerman? Isso só pode ser brincadeira.

 

       — Diga isso à Anahí.

 

       — Eu sou maluca, mas nem tanto.

 

       — Acho que me meti numa grande confusão, Maite.

 

       — Não faça dramas... Sorria,  garota. Esse seu Christopher vale todos os sorrisos do mundo.

 

       — Ele não é o meu Christopher.

 

       — Não? Então esqueça. Ignore-o até que desista.

 

       Dito daquele jeito parecia ser fácil.

 

       Mas Christopher Uckerman era o tipo de homem que se recusava a ser ignorado. E Dulce pôde constatar isso nos dias que se seguiram.

 

       Na terça-feira, quando chegou ao prédio, o zelador lhe en­tregou um embrulho pequeno. Ao abri-lo, Dulce levou um gran­de susto: Christopher lhe mandara um bracelete em ouro. Como de­talhe, a jóia tinha uma turquesa. No bilhete que acompanhava a jóia estava escrito:

  

“Essa pedra tem a cor dos seus olhos. Ela não é linda?”

  

       Dulce fechou o estojo e guardou o bracelete. Devolveria a jóia a Christopher na primeira

oportunidade. Porém, para seu espanto, na quarta-feira chegaram os brincos e na quinta, o colar. Também em ouro, os brincos e o colar tinham o mesmo detalhe: uma turquesa.

 

       O bilhete que acompanhara o colar dizia:

  

“Use essas jóias para mim no nosso primeiro encontro.”

  

       Aquilo já era ousadia demais! Será que Christopher estava pensando que podia comprá-la?

 

       Dulce, com muita raiva, guardou o colar junto com os brincos e com o bracelete. Na sexta-feira, não chegou absolutamente nada. Nem um bilhete sequer. Maite olhou para Dulce de maneira interrogativa e ficou quieta. Dulce, por sua vez, ergueu a cabeça e foi para o quarto. Nessa noite ela teria um encontro com um novo morador do prédio, um arquiteto, que se mudara para o andar de baixo. O rapaz, muito elegante, ainda conhecia poucas pessoas em Londres e estava totalmente desambientado.

 

       Pela primeira vez naquela semana, Dulce sentia um pouco de paz. Além de ter de suportar aquele assédio de Christopher, pre­cisara suportar o mau humor de Poncho que, mesmo com o passar dos dias, não havia melhorado. Apesar de entender a situação que o patrão vivia, fora muito difícil agüentar os constantes telefonemas de Anahí. A moça não desistia de falar com o namorado. Poncho, sempre muito nervoso, se negava a atendê-la. E aquilo tudo só fazia aumentar a tensão de Dulce.

 

       Por isso tudo, Dulce sentia-se muito feliz por ter aceitado o convite de Derrick James. Ele era escocês e estava ávido para fazer novos amigos.

 

Dulce tomou um banho, colocou uma roupa simples e foi encontrar com Derrick. Os dois foram jantar em um pequeno restaurante italiano, próximo ao prédio onde moravam. Derrick contou à Dulce que nascera numa cidade do interior da Escócia onde o pai era pastor. O rapaz lhe contou também que tinha mais seis irmãos e que sempre na vida sonhara com o dia em que viveria com um pouco de privacidade.

 

       Dulce, sentindo-se muito à vontade com Derrick, contou-lhe que era filha única e como fora difícil conviver com os pais. No final do jantar, estava muito espantada por ter falado tanto da própria vida com Derrick. Só à Maite confidenciara tais coisas.

 

       Dulce entrou no apartamento meio desapontada. Conversara bastante com Derrick, mas não sentira por ele nem sombra tudo que Christopher lhe despertara.

 

       — Adivinhe quem passou a noite inteira telefonando? — Tinha lhe perguntou assim que a viu.

 

       — Não faço a menor idéia. — Dulce ficou gelada. No íntimo sabia, sim, que só uma pessoa no mundo seria capaz de tele­fonar com tanta insistência.

 

       — Será mesmo que não faz a menor idéia? Pois então eu vou lhe dizer: quem passou a noite inteira telefonando de dez em dez minutos foi o seu admirador grego.

 

       —Ah... Espero que tenha dito a ele que está perdendo tempo.

 

       — Eu? Eu dizer àquele homem que está perdendo tempo? De jeito nenhum. Não sou louca. — Maite olhou para Christian que estava vindo da cozinha.

 

       — Boa noite, Christian — Dulce cumprimentou o namorado da amiga.

 

       — Tudo bem com você? — o rapaz quis saber.

 

       — Mais ou menos. Estou com um pouco de dor de cabeça.

 

       — Dulce, acho que não vai ser fácil se livrar de Christopher Uckerman.

 

       — Talvez Dulce não queira se livrar dele, querida.

 

       O casal começou a comentar as notícias que já haviam lido sobre a vida amorosa de Christopher. Em um dado momento, mais apreensiva do que nunca, Dulce se despediu e disse que iria dormir.

 

       — Espere só um pouco. Tem um detalhe que você ainda não está sabendo. — Maite deu um sorriso malicioso — Christopher já está em Londres. E não ficou nada feliz quando soube que você saiu para um encontro.

 

       — Dulce, a última vez que o telefone tocou, eu atendi. — Christian balançou a cabeça de um lado para o outro. — Você nem imagina o que Christopher me falou. Achou que eu fosse o homem com quem havia saído e disse que está vindo para cá só para me expulsar do apartamento.

 

       — Christian, nem pense em brigar com Christopher Uckerman — Maite alertou o namorado. — Ele é forte demais para você!

 

       — Se ele resolver aparecer por aqui, nós chamaremos a polícia. — Dulce estava decidida a resolver a situação de uma vez por todas.

 

       Neste instante o telefone começou a tocar.

 

       — Deve ser ele. Quer que eu atenda à chamada? — Maite perguntou preocupada.

 

       — Por favor, atenda. — Mas Dulce, de repente, mudou de idéia: — Não, pode deixar, eu falo com esse conquistador barato!

 

       Ela foi atender à chamada na cozinha.

 

       — Alô.

 

       — É você, Dulce?

 

       Ela fechou os olhos. Só de ouvir a voz de Christopher, começou a tremer.

 

       — Sim, sou eu — ela respondeu num fio de voz.

 

       — Quero ver você. Agora.

 

       — Eu acho que não vai dar.

 

       — Eu disse que quero ver você: agora.

 

       — Mas já são onze e meia. Eu...

 

       — Em meia hora estou aí. Assim que chegar em frente ao seu prédio, dou uma buzinada — ele a interrompeu. — Depois disso, você tem três minutos para entrar no meu carro. Se não aparecer, vou fazer o maior escândalo. E, acredite, não estou brincando: sempre cumpro o que prometo!

        Sem dizer mais nada, Christopher cortou a ligação. Dulce, apavo­rada, ficou olhando para o aparelho. Ele era ousado demais. Como? Como tivera coragem de ameaçá-la?


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Autor(a): staucker

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • deborah Postado em 18/01/2008 - 08:30:28

    Beyba tá muito legal a web...Não para ela não, vou esperar o poste...
    besos

  • staucker Postado em 17/01/2008 - 23:09:47

    ah...
    amanha eu posto

  • staucker Postado em 17/01/2008 - 23:09:30

    oii dulcita
    bem vinda
    eu nem tava + postandu sabe...
    pensei q ngm qria ler
    =(
    olha... eu num tenho naum...
    + acredito q exista essa wn no orkut!
    pode dxr q eu vo te add
    bjoO.

  • dulcita leleka sapeka Postado em 13/01/2008 - 23:01:24

    ola
    sou uma nova leitora
    e bem atrazada
    poxta + a web ta manera
    espero q poxte logo!!!!!
    uma pgt
    vc tem essa web no orkut???
    isso eh em alguma comu???
    caso veja esse recado
    pode me add no msn!!!
    bessos

  • staucker Postado em 05/12/2007 - 18:38:34

    capitulo novo na web
    --->Minha paixão é você<---
    comentem
    pliX!

  • staucker Postado em 04/12/2007 - 23:53:41

    oiie
    eu sei q eu prometi postes p/ hj...
    + no deu msm... foi malz...
    + amanha concerteza tem!
    espero q v6 estejam gostandu
    qro coments ein?!
    bjO!

  • rbdbaby Postado em 04/12/2007 - 10:32:03

    poxta mais é d+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++
    passa nas minhas 2 webs amor ou odioe sentir

  • staucker Postado em 03/12/2007 - 17:06:15

    q bom q v6 taum gostando miininas
    + a historia eh adaptada
    e eu no adaptei ela td ainda
    + eu vou tentar postar amanha
    ah... vlw por comentar
    bjO!

  • RBDBABY Postado em 03/12/2007 - 11:07:55

    POXTA MAIS É MUTO BOA PASSA NA MINHA WEB CHAMADA AMOR OU ODIO?

  • deborah Postado em 02/12/2007 - 20:26:03

    eu gostei!!!!
    posta maisssss


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