Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela

–– Rick, para – ela pedia sem força alguma.
–– ah Bah –– ele disse suspirando –– ta falando sério? –– perguntou olhando–a e ela assentiu. Logo ele deixou o corpo cair ao lado do dela na cama –– você ta com essa mania de fazer isso.
–– mas é que... –– ela disse fitando o teto –– eu não sei –– suspirou fundo e fechou os olhos.
–– tudo bem –– Ricardo se deitou de lado, ficando de frente a ela –– eu entendo teu lado.
–– entende... –– ela sussurrou em duvidas ao abrir os olhos lentamente –– e porque sempre faz isso comigo? –– Barbara o olhou.
–– eu não faço nada com você –– ele disse sério –– você que me deixa desse jeito –– ele sorriu e lhe deu um selinho –– a irresistível aqui é você.

Logo Bah se sentou na cama, levemente corada. Pôs as pernas para baixo e se levantou.
–– o que foi? –– ele perguntou olhando–a.
–– o Artur ta me esperando –– ela disse vestindo sua blusa apressadamente.
–– fala sério! –– ele resmungou.
–– Rick –– ela revirou os olhos, enquanto acomodava sua bolsa em seu ombro –– já combinei com ele, não posso fazer nada.
–– pode sim –– Ricardo se arrastou até a beirada da cama e a puxou pelo cós da calça –– fica aqui comigo
–– não faça eu me sentir mais culpada ainda –– ela ergueu o corpo, ficando em pé novamente.
–– você sempre fala isso, mas sempre fica comigo –– ele sorriu cínico.
–– e você não presta! –– ela resmungou –– nem sei por que ainda fico contigo.
–– porque você me ama –– ele sorriu mais cínico ainda.
–– pior que amo mesmo –– ela mostrou a língua –– mas como meu amigo. Você sempre vai ser meu Best.

Ele fez uma careta de nojo e logo o celular dela tocou. A garota retirou da bolsa e viu no visor o nome de seu namorado.

–– oi amor –– ela atendeu desconfiada, enquanto Rick a olhava sorrindo.
–– onde você ta Bah?
–– na casa do Rick, mas já vou indo pra praçinha.
–– eu passo aí então. Daqui 10 minutos? –– ele perguntou.
–– claro amor. Espero você lá na calçada. Beijos –– disse sorrindo.
–– beijos.

Assim que desligou, Rick a olhou com tédio enquanto ela mantinha um sorriso nos lábios.
–– o que o mane queria? –– Ricardo perguntou.
–– não fala assim dele Rick –– ela disse cerrando os olhos –– eu gosto muito do Artur.
–– não mais do que de mim –– ele deu de ombro.
–– não torra, ta? –– ela disse chateada e saiu do quarto.

Ele levantou–se da cama, pôs uma blusa e foi para a calçada junto dela.
–– vão pra onde? –– ele perguntou aparecendo por trás dela.
–– não sei –– ela deu de ombros cruzando os braços e olhando para os lados –– ele quer sair.
–– e vai transar com ele? –– ele perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.
–– ah Rick, para! –– ela disse quase rindo, mas querendo parecer séria.
–– ué Bah, eu te conto sobre todas as meninas que eu pego –– ele disse naturalmente.
–– você pega qualquer uma –– ela revirou os olhos.
–– ei, não fale assim –– ele disse fingindo ofensa –– tenho meus atributos. 
–– nem entra nesses detalhes, ta? –– ela disse irritada.
–– eu sei que você tem ciúmes de mim –– ele disse indo para frente dela e mordendo o lábio inferior.
–– claro que não –– ela disse fingindo desinteresse –– tenho ciúmes de amigo. Você é meu melhor amigo desde criança e tenho ciúmes de você por isso. Assim como você tem comigo.
–– é... –– ele deu de ombros também, quando ela tocou nesse assunto.
–– olha o Artur ali –– Bah disse ao vê–lo dobrar a esquina com o carro.
–– vai lá então –– ele olhou torto pro carro, que buzinou pra ele –– quem sabe nos esbarramos por aí –– disse olhando para ela –– manda um abraço pro sócio, minha vida –– piscou e entrou em casa em seguida.

Bah entrou no carro do namorado rindo, tanto pela brincadeira, quanto pelo apelido pelo o qual apenas ele a chamava, “minha vida”. Rick não tinha jeito, desde criança sempre fora brincalhão. Até mesmo nos momentos mais impróprios.
–– o que foi amor? –– Artur perguntou a ela.
–– ah nada. Só rindo mesmo do leso do Rick –– Bah respondeu ainda sorrindo.
–– rindo do que? –– ele perguntou olhando–a de lado.
–– das besteiras que ele fala. Nada de importante –– ela deu de ombro –– ah, ele mandou um abraço pra você –– ela o olhou e deu um meio sorriso.
–– dispenso –– Artur disse emburrado –– preciso repetir? –– ele voltou a olhar para o volante.
–– que você não gosta dele e blá blá blá... –– Bah disse fazendo voz de nojo –– já disse há muito tempo. Desde quando começamos a namorar, Artur –– ela olhou torto pro namorado.
–– que bom que você sabe, mas mesmo assim continua fingindo que não sabe –– ele respondeu irônico.
–– ah Artur! –– ela resmungou –– você é meu namorado e ele meu melhor amigo, não quero me afastar de nenhum dos dois. Você não acha que é tempo demais pra vocês já terem se entendido? –– ela ergueu a sobrancelha –– aliás, você se entender com ele, né?! Porque ele te trata normal...
–– não tenho nada contra as cafajestagens dele, só que acho isso uma péssima influência pra você –– Artur respondeu mal humorado –– é chato ficar ouvindo por aí que a sua namorada anda com um cara que não presta.
–– ele não é tudo isso que falam... –– ela deu de ombros –– o conheço desde os seis anos de idade e não vou me afastar dele só porque ele é galinha! Os teus amigos são amigos dele também e disso você não reclama, né?! –– ela provocou.
–– é só uma coincidência o primo dele ser meu amigo e ele estar no mesmo grupo que o meu, mas meus amigos não são cafajestes como o Ricardo –– Artur retrucou.
–– ta vendo como isso não influencia em nada –– ela deu de ombros.
–– ta Bárbara, ta! Calei–me –– Artur disse chateado.

Bah bufou e jogou a cabeça no assento do banco. Apoiou o braço no vidro da janela e ficou pensando sobre o que o namorado reclamava. Ele não tinha fundamento pra falar aquilo de Rick. Por mais que o que ela fizesse fosse errado, não conseguia enxergar daquela forma. A única preocupação que teria que ter, seria caso ela se apaixonasse novamente por Ricardo e ele brincasse com o seu coração. Mas agora se sentia independente dele e do sentimento que sentira quando tinha por volta dos seus quinze anos. Sabia que qualquer hora poderia não querê–lo mais e sair fora. Chegaram a um restaurante e logo Artur abriu a porta pra ela. 
–– vamos pra algum lugar depois? –– ela perguntou assim que entraram no local.
–– não sei –– Artur lhe abraçou de lado –– vou ligar pros meninos, talvez eles vão para a Disc. Quer ir?
–– claro –– ela sorriu –– mas posso ir me trocar em casa? Queria um banho.
–– depois que comermos nós vamos à sua casa –– ele concordou sentando–se à mesa.
–– que bom –– ela sorriu.

Ela precisava tomar um banho para tirar o gosto que Rick havia deixado nela. Bah ainda podia sentir o cheiro dele em si e o sabor de seu hálito, tanto em sua boca, quanto em seu corpo. E apesar de dominar essa situação já há quase um ano, isso às vezes a incomodava. Após o jantar, o casal partiu para a casa da garota. Ela vestiu uma saia cintura alta preta e um tomara que caia branco. Calçou um peep toe preto e quando terminou sua maquiagem, Artur estava escorado na porta do banheiro a olhando.
–– o que foi amor? –– ela perguntou o vendo pelo espelho.
–– você está tão linda –– ele deu um sorriso e caminhou até ela.
–– obrigada Tuti –– ela piscou e ele revirou os olhos enquanto as mãos dele estavam em sua cintura.
–– podíamos ficar um tempo junto antes de sair, né? –– ele fungou no pescoço dela e abraçou a sua cintura. 

–– a galera não vai está nos esperando? –– ela ergueu a sobrancelha.
–– a galera que espere... –– ele beijou o pescoço dela e a fez arrepiar.

O garoto girou o corpo dela para sua frente e pôs uma mão na nuca, lhe beijando com urgência. Bárbara se entregou ao beijo do namorado, pondo suas mãos sobre os ombros dele enquanto ele a suspendia no colo e a punha sobre o balcão da pia.
–– vai molhar minha saia –– ela disse entre o beijo quando ele começou a subir a saia da garota, alisando suas pernas.
–– aí você troca –– ele falou sem se importar.
–– mas eu não tenho outra igual –– ela riu indignada e lhe deu um leve empurrão –– se contenha, Tuti, mais tarde nós aproveitamos –– piscou pra ele e virou-se de frente ao espelho, arrumando o cabelo.

Artur coçou a nuca e respirou fundo fitando o bumbum da namorada, que empinava sobre a pia. 
–– hã, vou te esperar no carro –– ele tirou a mão da nuca e pôs no bolso da calça.
–– eu já estou indo –– ela sorriu para ele através do espelho e o viu sair.

A garota terminou de se arrumar, pegou sua bolsa e saiu do apto deixando um bilhete para sua mãe. “Saí com o Artur, provavelmente eu irei chegar antes do seu plantão acabar, mas isso é só pra garanti.” Lidia, mãe de Bárbara trabalhava como enfermeira em dois hospitais e vivia dando plantões. Seus pais eram separados desde quando ela tinha dez anos e vez ou outra ia para a casa do pai, pois o mesmo morava em uma cidade vizinha, subindo a serra. Ela era filha única e quando podia, a mãe dava todos os mimos possíveis, menos a atenção que a garota exigia, já que a mulher trabalhava demais. 

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