Fanfics Brasil - 115 Cilada!!!!!

Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela


Capítulo: 115

492 visualizações Denunciar


Após o banho, Bah vestiu sua farda, pronta para a escola na segunda feira. Havia passado a noite toda vendo filmes e comendo sorvete, sozinha. Rômulo não havia lhe procurado e ela não fez nem questão de ir ver se o garoto havia voltado, mas pelo visto não. Seu celular tinha algumas chamadas. De Michele e duas de Rick, para sua surpresa. Sabendo que iria encontrar com ele logo mais na escola, não viu necessidade de retornar, mas precisava admitir que estava confusa quanto ao motivo da ligação. Quando chegou até a cozinha, ela deparou-se com Rômulo preparando seu leite com chocolate.
–– bom dia –– ela murmurou sem sorrir.
–– bom dia –– ele sorriu –– tua mãe já saiu –– respondeu indo se sentar.
–– sério? –– ela entortou os lábios –– vou ter que ir andando –– bufou.
–– vai comigo –– Rômulo deu de ombros, mordendo um pão.
–– você vai de ônibus –– Bah cerrou os olhos pra ele, se sentando em sua frente.
–– te acompanho a pé, ué –– ele deu de ombros e ela revirou os olhos, rindo –– o importante aqui é a minha companhia.
–– como se eu fizesse questão –– ela disse com desdém –– me passa o requeijão –– pediu indicando o copo.


–– só passo se me der um beijo –– ele disse prepotente, segurando o copo na mão.
–– como os biscoitos sem então –– ela deu de ombros e uma mordida na bolacha.
–– sem graça –– ele rolou os olhos e esticou a ela que sorriu cínica –– você dormiu bem ontem? 
–– hurum –– ela assentiu.

O restante do café fora em silencio total. O clima estava estranho depois do que Roger havia falado na piscina. Quando terminou, ela se levantou, escovou os dentes e o encontrou escorado a porta da sala. Um trecho ainda foram em silencio até ele quebrar.
–– porque você ta brava comigo? –– ele perguntou enquanto caminhava com as mãos nos bolsos da calça jeans.
–– não to brava –– ela deu de ombros.
–– claro que ta –– Rômulo rolou os olhos, entediado.
–– tudo bem... –– ela suspirou forte e o olhou de relance –– não gostei do que o Roger falou.
–– sobre? –– ele ergueu as sobrancelhas.


–– achei que éramos amigos. Que eu pudesse contar com você por se importar comigo com meu amigo –– ela deu de ombros –– e não que você só quisesse tirar Rick do seu caminho pra poder transar comigo.
–– hum, entendi –– ele murmurou e retirou uma mão no bolso, coçando o queixo –– não é segredo que eu sou louco pra te levar pra cama, né? –– ele mordeu o lábio inferior e a olhou. Ela rolou os olhos, pois aquilo não era novidade –– mas não é por isso que sou teu amigo... Eu gosto de você como amigo, independente de querer te comer ou não –– ele deu ombros, fazendo-a rir –– mas se você der pra mim, isso vai fortalecer nossa amizade –– disse cínico e ela lhe fez uma careta.
–– safado! –– ela o acusou.
–– não se preocupa com o que o Roger falou não –– Rômulo apertou os lábios de forma desdenhosa.
–– é que tenho medo... –– ela murmurou com um suspiro.
–– de que? –– ele franziu a testa.
–– de ficar contigo e me apaixonar –– ela falou com a voz temerosa enquanto o olhar era desconfiado –– ou de você gostar de mim e eu não corresponder... 


–– olha, Bah –– ele começou a falar sério e ela mordeu o lábio, com receio do que ele falaria –– você teria tudo em uma menina que me deixaria apaixonado... Só que eu não to nessa fase. Não quero me envolver sério com ninguém... 
–– melhor assim –– ela assentiu com um sorriso fraco.
–– agora você se apaixonar por mim... –– ele deu um suspiro –– isso eu não posso controlar. Ser irresistível sempre foi difícil pra mim... –– falou cínico e ela lhe deu um tapa gargalhando.
–– metido –– Bah cerrou os olhos se divertindo com aquilo –– e ontem? Chegou que horas? –– perguntou curiosa.
–– perto das duas –– ele deu de ombros e ela arqueou a sobrancelha –– da manhã.
–– onde você tava? –– ela perguntou boquiaberta.
–– digamos que uma gatinha gostou de mim e fomos pro apto dela –– ele franziu o nariz em uma careta e Bah rolou os olhos.
–– eca! –– ela mostrou a língua –– não quero detalhes...
–– podemos repetir os fatos se você quiser... –– ele falou pretensioso.
–– pronto –– ela falou lhe cortando –– daqui eu vou sozinha. Beijos... –– disse acenando pra ele e atravessando a rua correndo.
–– mas... –– ele riu da reação dela e caminhou mais um tanto até o ponto de ônibus.

[...]


A aceleração em seu peito quando Bah apontou no inicio do corredor, já era costumeira, ainda mais naquele dia em que Rick estava disposto a agir naturalmente com ela após a confusão no clube. Ele estava parado na porta da sala, conversando com Paloma e outra garota da turma sobre uma balada no final de semana. A morena deu um fraco “oi” quando furou o triangulo que eles faziam bloqueando a entrada da classe. Rick a seguiu com os olhos até a garota sentar-se em sua cadeira ao lado de Michele. A ruiva estava entretida o suficiente trocando mensagens no celular com Roger, deixando Bah de canto. Depois de se despedir das loiras com quem conversava, Rick respirou fundo e caminhou até a carteira posicionada ao lado da de Barbara, tomando-a sua atenção.
–– oi, ta tudo bem? –– ele perguntou armando-se de seu melhor sorriso.
–– tudo sim e contigo? –– ela respondeu sorrindo docemente.
–– ér... –– deu de ombros, apertando os lábios –– ta cansada? –– notou devida sua respiração ofegante.
–– mamãe saiu cedo, então vim andando –– Bah fez uma careta e deu um longo suspiro –– não estou acostumada, afinal, quando Tuti não me trazia, eu vinha com você.
–– podia ter me ligado, eu te buscava –– Rick falou imediato, um tanto indignado.


–– claro que não –– ela riu com desdém –– não tem cabimento isso...
–– não entendo por que –– Rick falou enrijecendo o maxilar, decepcionado pela sua declaração –– já fiz isso tantas vezes.
–– deixa pra lá –– a garota abriu um sorriso fraco –– eu já cheguei, não vamos discutir por isso, não é? –– arqueou a sobrancelha e ele assentiu, deixando no ar alguns segundos de silencio.
–– te liguei ontem –– disse Ricardo com um murmúrio.
–– desculpa, eu só vi hoje –– ela lhe olhou rapidamente, mas sustentou o seu olhar.
–– você foi embora de táxi. Eu fiquei preocupado –– o garoto continuou cauteloso.
–– o clima não tava legal lá –– ela apertou os lábios e abaixou o olhar para seu tênis enquanto Rick entrelaçava seus dedos freneticamente.
–– me desculpa... –– a voz dele saiu em um sussurro.
–– pelo o que? –– Bah deu um riso fraco com um suspiro.
–– eu consigo ficar mais idiota do que já sou quando o Artur está por perto de vocês –– ele disse abrindo um sorriso nervoso, balançando a cabeça negativamente.
–– eu não sou mais o alvo dele –– ela falou ironicamente –– ele ta apaixonado por ela e você sabe disso.


–– pensei nisso... –– ele assentiu –– não esperava isso dele. Agora depende dela. Se ela quiser, eu vou respeitar a sua decisão –– ele suspirou.
–– isso te incomoda? –– Bah lançou um olhar de curiosidade para ele, arqueando a sobrancelha.
–– ela é uma menina legal, não queria vê-la sofrer –– ele suspirou e lhe encarou –– mas no momento tem coisas que me incomodam mais.
–– tipo? –– perguntou ela.
–– essa nossa distância –– ele sorriu fraco, mas ela permaneceu com a face rígida.
–– não parece –– Bah disse fria.
–– faz o trabalho de geografia comigo? –– ele cortou o assunto rapidamente, não querendo entrar na discussão sobre Melissa.
–– to com a Mi –– ela explicou indicando a ruiva distraída ao seu lado.
–– ela faz com o Peter –– ele disse de forma ilógica e Bah deu um riso. 
–– você ta doido, né? –– ela cerrou os olhos pra ele –– Peter, Michele, Roger, Sara... –– ela foi dizendo os nomes mantendo a sobrancelha arqueada –– sem chance.
–– droga, é mesmo –– ele murmurou mordendo o lábio inferior –– o universo 


–– droga, é mesmo –– ele murmurou mordendo o lábio inferior –– o universo conspira contra nós –– brincou, fazendo-a rir –– gosto muito da Sara e do Roger, mas era mais legal quando a Michele estava com o Peter...
–– ué, por quê? –– ela perguntou confusa.
–– eu podia ficar com você quando eles estavam juntos –– Rick abriu um sorriso doce, arrancando um suspiro dela.

A professora adentrou a sala já pedindo silencio e Rick precisou se levantar quando a dona da cadeira parou em sua frente.
–– posso te levar pra casa? –– ele pediu antes de ir para o seu lugar.
–– hã... A irmã mais velha da Michele vem buscá-la e eu vou com elas –– ela respondeu dando de ombros.
–– vai almoçar com elas? –– ele franziu a testa, sabendo que a irmã de Michele não morava com ela e a mãe e que só a buscava quando iam passar um tempo juntas.
–– não, mas ela sempre me deixa em casa –– Bah deu de ombros.
–– certo –– ele assentiu apertando os lábios –– mas qualquer coisa, eu to com outro capacete ai.
–– Ricardo, vamos sentar? –– a voz da professora ecoou pela sala.

[...]


Durante o intervalo, Bah e Michele sentaram-se em uma mesa qualquer da cantina juntamente com algumas meninas da turma. Peter estava de péssimo humor a ponto de se quer trocar qualquer palavra com Rick enquanto comiam. O garoto sentava em um dos bancos disposto na área cimentada, balançando a perna involuntariamente enquanto comia e fitava Barbara de longe.
–– que merda, Ricardo! –– Peter rosnou –– eu to falando contigo... –– resmungou diante a falta de atenção do amigo.
–– comigo? –– ele franziu a testa –– você ta calado desde que saiu da sala...
–– eu tava perguntando o que devo fazer com o lance da Sara... –– Peter repetiu a pergunta, mas viu o amigo virar-se para ele de forma pensativa.
–– Peter, eu vou reconquistá-la –– ele murmurou, assentindo com a cabeça e Peter rolou os olhos.
–– fazendo merda a cada cinco segundos? –– Pepinho arqueou as sobrancelhas, irônico


–– não é possível –– Rick resmungou voltando à atenção ao amigo –– a gente se conhece há dezessete anos. Eu conheço cada pensamento seu, cada parte do seu corpo, cada segredo... Como que eu não consigo fazê-la voltar pra mim se nos amamos? –– perguntou indignado consigo mesmo –– não posso ser tão otário assim.
–– pior que você é –– o amigo deu de ombros e recebeu olhares feios vindo de Rick.
–– ok, ok –– ele inclinou o corpo para frente, apoiando os cotovelos sobre os joelhos enquanto chupava o resto do refrigerante pelo canudo –– não posso fazer nada errado essa semana...
–– Ricardo, ela ta magoada –– Peter soltou todo o ar que havia em seu peito, impaciente –– você não vai fazê-la voltar pra ti em uma semana. Até porque, você não consegue não fazer nenhuma merda em sete dias –– ele disse com desdém.
–– teu mau humor ta me irritando –– Rick cerrou os olhos para o amigo –– faz logo as pazes com Sara antes que eu arrebente tua fuça –– ele disse se pondo de pé.
–– ok, o que você pretende? –– Peter rolou os olhos, entediado.
–– quero ficar com ela até o feriado da próxima semana –– ele disse pensativo, com uma mão coçando o próprio queixo.
–– nem me fale em feriado –– o amigo bufou e se pôs de pé.
–– como de praxe, Sara vai pra casa da avó? –– ele deduziu e o amigo assentiu fazendo uma careta –– vocês não estão nem mais juntos e você ainda tem planos para o feriado? –– Rick fingiu surpresa e Peter lhe deu um empurrão.


Após uma risada os dois amigos caminharam até a lanchonete. Rick comprou um chocolate que sabia ser o preferido de Bah e foram para a sala. Quando a morena entrou com Michele, deparou-se com aquele chocolate sobre sua carteira. Junto tinha um bilhete. “Minha mãe vai trabalhar hoje e sei que a tua também, que tal um sorvete mais tarde? Passo as oito.” Ela deu um sorriso e olhou para Ricardo, que piscou pra ela. Michele tirou o bilhete de seus dedos e riu.
–– o que ele ta querendo fazer? –– a ruiva perguntou confusa.
–– me confundir mais ainda... –– Bah murmurou com um dramático suspiro.
–– não sei qual vai ser a tua atitude, mas me dá um pedaço desse chocolate? –– a amiga pediu fazendo beiço enquanto Bah rolava os olhos para ela –– alias, uma coisa... –– disse pensativa –– ele ta dando em cima de você?
–– não –– Bah deu de ombros.
–– então não reclame, porque foi você mesma quem sugeriu esse lance de só amigos –– Michele a repreendeu.
–– ser só amiga dele é difícil –– a morena bufou –– eu nunca fui SÓ amiga dele –– ela enfatizou a palavra –– sempre gostei dele desde quando me entendo por gente... 
–– pois então acostume-se, porque ele deve ta querendo mesmo ser só teu amigo –– ela deduziu –– o Ricardo é safado e não deixaria de dar em cima de você.
–– hum –– Bah ficou pensativa, jogando seu olhar para ele que conversava distraído com Peter –– talvez... 

[...]


O relógio da sala da casa de Lidia marcava dezenove horas e quarenta e cinco minutos, quando a campainha tocou. Rômulo estava sentado na cozinha, terminando um lanche após chegar do curso, levantou-se e fora atender. Rick deu um sorriso falso e cínico para o garoto, que arqueou as sobrancelhas.
–– oi –– Rick disse e já foi entrando.
–– veio falar com a Bah? –– ele perguntou confuso.
–– com você que não foi –– o outro disse irônico, largando o capacete sobre o sofá e indo para o quarto dela. 

Ela estava deitada em sua cama, com caderno e livros espalhados em torno de si. Bah mordia a ponta da caneta, tentando se concentrar em um texto de historia quando dois toques na porta lhe atrapalhou. 
–– oi –– Rick disse sorrindo ao colocar a cabeça na fresta.
–– oi Rick –– ela franziu a testa e largou a caneta sobre o caderno.
–– ta pronta? –– perguntou arqueando a sobrancelha enquanto adentrava o ambiente e fechava a porta atrás de si, deixando Rômulo intrigado com a visita.
–– então você veio mesmo... –– ela murmurou incrédula.


–– vim sim, porque não viria? –– ele perguntou dando seu melhor sorriso e se aproximou, sentando na ponta da cama dela.
–– hã, sei lá. Achei que estava blefando –– ela mordeu o lábio inferior e se levantou da cama, sentando ao seu lado –– estava estudando –– indicou os livros com a cabeça.
–– historia? –– ele franziu o nariz em uma careta quando olhou o conteúdo do livro –– dei uma lida nisso ontem. Digamos que tive tempo obsoleto após voltar do clube –– rolou os olhos.
–– nem me fale –– ela bufou, amolecendo os ombros –– eu deveria ter feito isso, mas não, fiquei me entupindo de sorvete e chocolate enquanto assistia a filmes românticos, sonhando com final feliz daquele na minha vida! –– ela desabafou enquanto fitava o chão.

Rick se manteve calado, sentado ao seu lado, apenas com o rosto virado em sua direção, lhe analisando. Quando Bah se deu conta do que havia falado, desviou o olhar do chão para ele e apertou seus lábios.
–– desculpa, to falando merda... –– ela se levantou da cama e retirou a presilha que prendia o seu cabelo em um coque mal feito –– ainda vamos? –– perguntou lhe olhando, mas ele estava absorto na beleza dela.
–– ah, hã, sim, claro –– ele piscou varias vezes a fim de despertar e também se levantou –– vou te esperar na sala –– disse apontando para a porta.
–– dá tempo de um banho? –– Bah perguntou franzindo apenas um olho em uma careta.
–– dá. Dá sim –– ele assentiu rapidamente e abriu a porta, indo para a sala.


A morena arqueou as sobrancelhas diante o comportamento estranho de Ricardo. Assim que ficou sozinha, pegou sua toalha se dirigindo até o banheiro. Após o banho, quando passava de volta para o quarto, enrolada apenas na toalha, deparou-se com Rômulo no inicio do corredor, vindo da cozinha. 
–– posso falar contigo? –– ele pediu.
–– espera só eu me vestir –– ela avisou enquanto se aproximava da porta do quarto.
–– não vejo problema nisso –– ele deu de ombros, cínico e ela revirou os olhos.
–– mas eu vejo –– Bah disse entediada.
–– teu pai ligou –– Rômulo disparou, fazendo-a parar na porta e lhe olhar na face.
–– quando? –– ela perguntou surpresa –– ele não liga há meses...
–– disse que ligou pro teu celular e você não atendeu, então me ligou –– o garoto murmurou dando de ombros.
–– eu não vi a ligação –– ela franziu a testa e adentrou o ambiente, pegando logo seu aparelho sobre a cama –– foi agora... –– sussurrou.
–– eu lhe disse que você estava tomando banho –– ele explicou entrando também no quarto e fechando a porta atrás de si.
–– o que ele queria? –– ela perguntou confusa.


–– eu vou visitar meu pai e a Tereza no feriado da outra semana e ele queria que você fosse junto... –– ele disse cauteloso, pois sabia o quão complicado era o relacionamento deles. Tudo por puro ciúme da parte de Barbara.
–– pra? –– ela perguntou dando um riso irônico.
–– vê-lo, né Bah? –– Rômulo rolou os olhos –– como você disse, tem meses que não se falam.
–– se ele quer me ver, que venha aqui –– ela deu de ombros com desdém e foi até sua gaveta, pegando uma calcinha.

Quando ela esticou a peça rosa clara, de renda, com alças finas nas laterais, para o alto, analisando a frente da calcinha, ele engoliu a seco o tesão que sentia. Trocou o peso do corpo apoiando-se na outra perna, mas no fundo tentava apenas conter a excitação de imaginá-la totalmente sem aquela toalha. Bah abaixou a peça para vesti-la por baixo da toalha e fitou Rômulo quando terminou o movimento.


–– mas ele veio aqui... –– ele começou a falar ainda desnorteado, coçando a nuca.
–– veio pra te trazer e não pra me ver! –– ela disparou de forma seca –– me desculpa Rômulo, eu sei que é tua irmã, mas depois que meu pai se casou com a Tereza, ele não ta nem ai pra antiga família dele.
–– que antiga, Bah? –– ele perguntou intrigado e surpreso por aquela acusação infame –– você é filha dele. Você é a família dele –– riu confuso.
–– às vezes tenho impressão de que ele tenha se separado de mim quando se separou da minha mãe –– Bah disse amargurada e pegou um short jeans escuro e curto, vestindo do mesmo modo que a calcinha.
–– deixa de ser orgulhosa e ciumenta, vai... –– ele cruzou os braços e deu um sorriso de lado.
–– não sei se quero ir –– ela empinou o nariz e prendeu a respiração, cheia de si.
–– vamos comigo, por favor? –– ele pediu fazendo cara de dó.
–– o que você vai ganhar em troca? –– a garota perguntou prepotente enquanto passava desodorante.
–– nada... –– ele deu de ombros.


–– fala sério, Rômulo –– ela amoleceu os braços e se virou de frente para ele, cerrando os olhos –– o que ele te prometeu?
–– tudo bem –– ele soltou a respiração rápido –– ele não me prometeu nada. Só implorou para que eu te convencesse e eu prometi a ele que te levaria, droga...
–– por quê? –– Bah perguntou indignada –– apesar da última visita minha lá ter sido mais ameno, você sabe que eu e a Tereza não nos damos bem.
–– mas ele me pediu Bah –– Rômulo pôs as mãos sobre o peito e juntou as sobrancelhas em uma cara digna de dó –– pediu pra que eu conseguisse te levar lá. Ele é teu pai, ta com saudades, cara.
–– porque ele não vem passar o feriado aqui comigo se ta com tantas saudades? –– ela arqueou a sobrancelha enquanto pegava uma blusinha de alças finas e folgada no corpo –– ele não pode deixar a Tereza por alguns dias e vim ficar com a filha na cidade? –– questionou indignada –– eu que tenho que subir a serra pra ele me ver?

Rômulo suspirou fraco, quase desistindo daquela conversa. Não adiantava o que falasse, ela não mudaria a opinião de que Tereza estragou o relacionamento de pai e filha entre eles. A garota ficou de costas para ele e de frente para a cama, soltando a toalha do corpo, lançando-a em qualquer canto. Vestiu a blusinha e colocou a barra presa por dentro do short. Ela se virou pra ele enquanto passava os dedos no cabelo liso e levemente descolorido nas pontas.
–– desistiu? –– ela arqueou a sobrancelha para ele, que apenas lhe analisava.
–– não consigo argumentar nessas circunstâncias –– ele falou com a face corada.


–– você sabe que eu tenho razão –– ela disse rolando os olhos e indo em direção a penteadeira.
–– droga, Barbara! –– ele exclamou em agonia –– sério que você não ta usando sutiã? –– perguntou indignado.
–– hã? –– ela abriu os olhos surpresa e confusa –– não, eu não estou usando... –– balançou a cabeça lentamente de forma negativa –– mas o que...
–– eu não consigo conversar contigo sabendo que você ta vestindo aquela calcinha minúscula e com essa blusa fina, ainda sem sutiã –– Rômulo falou choramingando em piedade.
–– meu deus, você não pensa em nada que não seja sexo? –– ela rolou os olhos e bufou –– e eu achando que fosse coisa séria.
–– você não acha isso sério? –– ele ergueu uma mão, fazendo um gesto de indignação enquanto a outra mão ia para sua parte intima, apertando a ereção.
–– ok, Rômulo... –– ela fechou os olhos e suspirou –– eu vou pra serra com você pra visitar meu pai. Agora vaza daqui com esse negocio... –– falou descendo o olhar para seu membro sendo comprimido e apertou os lábios.
–– ótimo –– ele mordeu o lábio inferior escondendo um sorriso.


Bah passou perfume e um batom nos lábios quando Rick deu um toque na porta e abriu.
–– já? –– ele perguntou arqueando as sobrancelhas –– daqui a pouco fecha lá e...
–– hurum –– ela assentiu o interrompendo enquanto Rômulo tirava o olhar dela e lançava para ele.
–– estão ocupados? –– Rick perguntou tranquilamente, fazendo Rômulo franzir a testa diante aquela cena.
–– já terminamos –– Rômulo negou com a cabeça em um movimento rápido e esperou Bah passar ao seu lado –– aonde vão? –– sussurrou para a morena.
–– tomar sorvete –– ela deu de ombros e seguiu Rick pelo corredor.

Dentro do elevador Ricardo puxou assunto sobre o trabalho que queria fazer com ela, apenas para ter sobre o que falar. Bah falava de forma cansada sobre os estudos e a duvida que estava quanto à prestação das provas do vestibular. O mesmo aconteceu durante o trajeto até a sorveteria. Era perto da casa dela e os dois acabaram indo andando, já que era cedo e o tempo estava com um vento gostoso. Rick tentava ao máximo se esforçar para não perguntar o que a garota fazia junto de Rômulo em seu quarto antes de ele entrar. Colocou em sua cabeça que eles não haviam ficado mais, como a própria morena tinha confirmado no dia anterior no clube, e que ela o amava. Isso ele até tinha certeza. Sabia que se tocasse no nome dele ou de Melissa, os dois acabariam brigando, como sempre acontecia.



–– eu quero uma banana split toda de chocolate –– Bah disse analisando o cardápio.
–– mas eu queria morango –– ele resmungou.
–– peça uma de morango, oras –– ela falou indignada.
–– achei que iríamos dividir –– Rick arqueou as sobrancelhas.
–– e eu achei que eu ia poder comer uma inteira –– ela fez bico –– não posso?
–– claro que pode –– ele riu enquanto seu olhar se perdia nos lábios dela –– você pode pedir o que quiser –– disse abobalhado, fazendo-a sorrir.
–– não começa, vai –– ela rolou os olhos, mas o sorriso permaneceu em seu rosto.
–– hã, só achei que iríamos dividir porque eu não consigo comer uma banana split sozinho –– ele deu de ombros, voltando ao assunto –– mas esqueci como você consegue... 
–– posso então? –– ela perguntou animada e ele assentiu.



Enquanto esperavam os pedidos, ele sentava de forma desleixada na cadeira, com as costas no acento, as pernas esticadas e as mãos sobre a cabeça, enquanto Bah sentava na beirada da cadeira, com as pernas cruzadas, e o cotovelo sobre a mesa, com a cabeça apoiada na palma da mão. Ela falava e falava sobre sua opinião em relação ao rolo de Sara e Peter, depois de Rick receber uma mensagem do amigo, dizendo que não conseguia conversar com a loira sem que os dois brigassem. Ele mantinha os olhos fixos nela e em cada gesto que a garota fazia, em sua boca se movimentando ou em como ela jogava o cabelo para o lado de forma involuntária. Era como se ele tivesse a conhecendo naquele momento e tivesse completamente encantando pela bela menina.
–– o problema da Sara é que a mãe dela faz uma imagem distorcida dela e ela não faz nada pra mudar isso –– reclamou Barbara –– ela tem medo de encarar a tia. De dizer o que quer e o que não quer.
–– hurum –– Rick assentiu mesmo sem se dar conta do que ela falava.
–– Desde novinha que ela é danada, mas sempre fez tudo muito bem escondido –– Bah prosseguiu –– e aí a tia Rita acha que a menina é santa –– rolou os olhos –– Não sei de onde ela tirou isso... –– disse indignada –– ela deveria imaginar que Sara é adolescente e que tem que se divertir, namorar, beber. 


–– é –– ele concordou e ergueu o olhar quando trouxeram os sorvetes –– obrigado –– disse à atendente que piscou pra ele.
–– obrigada –– Bah agradeceu arqueando a sobrancelha diante a cena –– então, acho que Peter ta certo –– ela disse firme –– espero ter oportunidade de conversar com Sara e dizer isso a ela, mas sem me intrometer. Só se ela pedir uma opinião –– deu de ombros.
–– esse batom é aquele que eu te dei? –– Rick semicerrou os olhos fixamente sobre os lábios dela, quando a garota os fechou chupando o sorvete.
–– é. Por quê? –– ela perguntou franzindo a testa, mas sorrindo.
–– eu gosto dele –– ele sorriu, relaxando o corpo na cadeira –– em você. Combina com os teus lábios esse tom rosado –– disse docemente mesmo sem perceber.
–– obrigada ––agradeceu envergonhada –– eu também gosto bastante dele. 
–– foi um kit que eu te dei, né? –– ele perguntou enfiando a colher cheia de sorvete de morango na boca.
–– na páscoa –– Bah rolou os olhos rindo.
–– eu lembro que tinha um hidratante, um sabonete e um perfume de cacau –– Rick falou pensativo –– e o batom. Era muito parecido contigo a cor.
–– eu me lembro o que tinha no bilhete –– ela apertou os lábios contendo o riso.


–– que eu não ia te dá chocolate porque você iria comer... –– ele começou a falar.
–– então você me daria aquilo pra eu passar e você me comer –– ela completou prendendo o riso.
–– como sou idiota –– ele balançou a cabeça negativamente enquanto soltava o riso.
–– foi engraçado, vai –– Bah franziu o nariz.

A atendente mais uma vez foi ate a mesa dele, colocando uma jarra com água e dois copos. Ela olhou para Rick que ergueu a cabeça ao notar sua presença ali e deu o maior sorriso que podia. 
–– é só isso? –– Bah perguntou cerrando os olhos para a moça, que tirou o sorriso do rosto.
–– é sim –– ela assentiu –– se precisar, só chamar.
–– se precisar, eu vou lá e chamo –– Bah falou sorrindo cínica.
–– o que foi aquilo? –– Rick ergueu a sobrancelha, confuso.
–– ela estava dando em cima de você! –– a morena murmurou indignada.
–– não estava não –– ele estalou os lábios.
–– claro que estava Rick –– ela arregalou os olhos, falando como se fosse obvio –– você ta ficando cego ou se fazendo de idiota?
–– ela só sorriu pra mim, Barbara –– o garoto riu com desdém enquanto Bah bufava.


–– você se acostumou com aquelas piriguetes se jogando no teu colo com micro vestidos e sem calcinha –– ela disse enojada –– que quando alguém tenta ser sutil, você não enxerga nada.
–– ta, Bah, ta –– ele disse se divertindo –– e o que tem demais ela dá em cima de mim? –– perguntou com desdém.
–– como o que tem demais? –– ela perguntou parecendo chocada –– você ta comigo –– respondeu indignada.
–– to? –– ele perguntou surpreso e a viu corar.


–– na mesma mesa... –– ela respondeu com urgência –– tipo, poderíamos estar juntos, não acha? Ou poderíamos ser namorados...
–– acho que ela se deu conta de que não temos nada –– Rick deu um riso com todo o ciúme dela.
–– então poderíamos estar em um encontro ou fazendo as pazes... Sei lá –– a morena disse bufando –– de qualquer forma, eu acho uma falta de respeito –– disse emburrada.
–– de qualquer forma, eu não vou sair com ela –– ele piscou pra Bah mantendo o mesmo sorriso diante o ciúme da morena.
–– nem depois que me deixar em casa? –– ela franziu o nariz em uma careta, fazendo Rick rir alto a ponto das pessoas olharem pra ele.
–– você é uma piada, vida... –– ele disse descontraído e viu um sorriso doce brotar em seus lábios ao ouvi-lo chamar-lhe de vida –– desculpa. Bah –– ele se corrigiu enquanto se recuperava da risada.
–– eu gosto quando você me chama de vida –– ela deu de ombros, envergonhada –– é sincero.



–– sai naturalmente –– ele se explicou apertando os lábios –– força do habito, sabe?
–– em determinadas horas dói –– ela disse com a voz fraca, com um sorriso comprimido nos lábios, deixando Rick sem palavras.

O clima que havia ficado estranho naquele momento, fora quebrado com um toque de celular. Era o de Rick. Outra mensagem. Ele viu de quem se tratava e suspirou, decidindo se leria ou não. “Desculpa por ontem, Rick, mas eu precisava saber o que ele tinha pra falar”. Era o conteúdo da mensagem que ele não resistiu e leu mentalmente.
–– outra mensagem do Pepinho? –– Bah perguntou com desdém.
–– hã, não. Nada importante –– ele disse erguendo os olhos para ela, de forma gélida.
–– hum... –– ela murmurou descontente –– posso perguntar uma coisa? –– ela perguntou diante o silêncio que se instalara.
–– pode –– ele deu de ombros.
–– a Melissa ficou com o Tuti ontem? –– Bah perguntou mostrando curiosidade.
–– ah –– ele deu um riso cansado e desviou o olhar para sua taça –– não sei. Fui embora com o Peter logo depois que me disseram que você tinha ido.
–– vocês brigaram? –– ela apertou os lábios.
–– apenas não nos falamos depois –– Rick disse com desprezo.
–– a mensagem era dela? –– Bah continuou.


–– era Barbara... –– ele bufou –– aonde você quer chegar com essas perguntas? –– perguntou irritadiço.
–– desculpa, não queria te irritar –– ela ergueu as mãos como se fosse inocente.
–– não me irritou, só que eu sei que você não suporta a Melissa, então não tem porque querer ficar sabendo dela, oras –– Rick explicou mantendo a calma.
–– eu não sei o que acontece... –– a morena lançou suas costas contra o acento da cadeira e suspirou fortemente, desviando o olhar para suas mãos –– o Tuti tem uma forma de convencer que eu nunca vi ninguém ter.
–– lábia –– Rick murmurou –– aprendeu no ramo dele.

O celular de Rick vibrou de novo, agora em uma ligação vinda do celular de Sara.
–– oi? –– ele atendeu franzindo a testa –– o que aconteceu?
–– eu e a Lara queremos sorvete de chocolate –– Sara disse chorando.
–– ta tudo bem aí? –– Rick perguntou preocupado.
–– oi, mano –– Lara disse pegando o aparelho da mão de Sara –– eu li em uma revista que chocolate tem uma substância que ativa a serotonina, que é responsável pelo humor e bem estar, então quando a pessoa está triste, ela deve consumir em moderadas quantidades... 
–– já entendi Lara –– ele rolou os olhos.
–– Rick, ela não para de chorar –– Lara disse triste –– ela quer o Pepinho.
–– eu não quero falar com o Peter, não quero! –– Sara gritou ao telefone.
–– já eu to indo, Lara –– ele disse assustado.


O garoto desligou o celular e retirou a carteira do bolso.
–– o que foi? –– Bah perguntou.
–– a Sara ta chorando por causa do Peter, gritando que não quer mais falar com ele... –– Rick disse confuso –– não sei. Melhor eu ir.
–– é mesmo –– ela assentiu e ergueu o olhar para a garçonete, fazendo sinal com a mão –– a conta –– murmurou à mulher que deu meia volta até o caixa.
–– que merda será que aconteceu? –– ele perguntou para si mesmo.
–– to com pena do Pepinho –– Bah disse fazendo bico –– ele gosta tanto dela.
–– vou perguntar –– Rick disse pegando celular e digitando uma mensagem. “porque a Sara ta aos prantos lá em casa?”
–– e eu vou pedir o sorvete pras meninas –– ela disse se levantando.

Poucos minutos depois a garçonete se aproximou com a conta e entregou a Rick, juntamente com dois copos de sorvete dentro de um saco. Ela sorriu novamente e ele retribuiu a ela enquanto Bah mantinha o queixo escorado sobre a mão e o cotovelo na mesa, os olhando descaradamente.
–– quer dividir a conta, amor? –– ela perguntou cínica e Rick apertou o lábio para não rir.
–– não amor, você sabe que não –– Rick respondeu no mesmo tom brincalhão que ela.
–– então deixa que eu pago o sorvete das crianças –– Bah falou se levantando como se fosse pegar dinheiro do bolso do short –– quanto é só os pra viagem? –– perguntou à mulher.
–– se-seis reais –– a moça disse sem graça –– hã, vocês tem filhos? –– perguntou abrindo bem os olhos, surpresa.


–– duas –– Bah respondeu sorrindo doce.
–– gêmeas –– Rick completou também se colocando de pé e entregando o dinheiro exato da conta –– Lara e Sara.
–– ah sim, vocês são novos –– a atendente comentou recebendo a conta com o dinheiro.
–– começamos cedo. Não era previsto, mas foram muito bem vindas –– Rick sorriu complacente.
–– vamos amor –– Bah disse esticando a mão para ele que segurou.

Os dois saíram andando pela calçada, segurando o riso e deixando a gargalhada explodir apenas depois de atravessar a rua. 
–– você não presta, vida –– Rick disse tentando recuperar o ar.
–– você viu a cara dela? –– Bah perguntou chocada.
–– meu deus, fiquei com medo de você agora –– ele fez uma careta e só então se deram conta de que ainda permanecia de mãos dadas.


Rick abaixou o olhar para suas mãos, cessando o riso, mas sustentando um sorriso satisfatório nos lábios. Bah fez o mesmo quando seguiu seu olhar e no momento em que ergueu o rosto, deparou-se com Rick lhe encarando. Ela deu um doce sorriso pra ele, que correspondeu com outro e entrelaçou seus dedos mais firmemente. O casal andou por alguns metros ainda de mãos dadas e em total silêncio, chocando seus ombros algumas vezes. Pareciam dois adolescentes no seu primeiro encontro, sem saber como se aproximar para um primeiro beijo. Ricardo suspirou forte e levantou as mãos, levando até sua boca, onde depositou um beijo no peito da mão de Bah. Ela deu um sorriso maior ainda e então ele passou o braço por cima dela, o pousando em seu ombro, ainda sem soltar suas mãos. Bah se aconchegou no corpo do garoto e encostou a testa no ombro dele, recebendo um beijo no topo da cabeça. Na chegada da porta do apto dela, Barbara apenas se soltou dele e abriu a porta. Rick adentrou até a sala e pegou o capacete sobre o sofá.
–– adorei a noite de hoje –– ela disse quase tímida.
–– eu também –– ele concordou –– tem horas que eu esqueço como é bom ser pelo menos teu amigo –– disse sorrindo fraco.
–– a gente se diverte juntos –– Bah disse dando de ombros –– é incrível como sinto falta.
–– vamos tentar manter isso –– ele pediu e a viu assenti –– você vai pra boate sábado? –– perguntou.


–– Michele me disse sobre a comemoração do aniversário do Roger, né? –– ela franziu a testa se recordando daquilo.
–– o dele é no domingo e o do Ronald é na terça, mas eles vão comemorar no sábado –– Rick explicou –– acho que vai todo mundo.
–– eu vou sim –– Bah assentiu.
–– ele me disse algo sobre Artur querer fechar a boate pra festa, mas ele não quis –– Rick rolou os olhos.
–– Tuti sempre exagerado –– Bah disse entortando os lábios em uma careta.
–– isso não é só pelo Roger, é pra impressionar Ronald e automaticamente a Melissa –– ele deu um riso incrédulo.
–– agora tudo faz sentido –– ela fechou os olhos e sorriu enquanto balançava a cabeça negativamente.
–– então, vou indo antes que o sorvete das nossas gêmeas derreta –– ele disse erguendo o saco.
–– tudo bem –– Bah deu um riso –– boa noite.
–– até amanha –– ele acenou com a mão livre –– se não tiver carona, me liga e eu passo aqui –– disse antes de ir até o elevador.

[...]



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): camilatrupi.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Bah andou quase flutuando até o seu quarto, mas parou na porta e decidiu ir até o quarto de Rômulo. Abriu uma brecha na porta e viu que o garoto dormia. Quando saia com todo cuidado, ele se mexeu. –– tua mãe ligou –– ele disse sonolento. –– o que ela queria? –– Bah perguntou assustada. –– ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • mahri Postado em 30/03/2014 - 13:00:57

    so pra me ter uma noçao,a fic tem quantos cap?

  • camilatrupi. Postado em 30/03/2014 - 09:07:52

    é meio complicado trabalho de domingo a domingo dai conforme tenho tempo eu vou copiando la e postando aqui. mais vou ver se consigo ir mais rápido.

  • mahri Postado em 30/03/2014 - 02:18:04

    Xii eu ja to bem adiante. Quando eu lia pelo orkut eu parei na parte que o Rick tava namorando e eles voltaram a ficar escondidos e depois eles realmente tavam juntos e Rick contou a mae so que ela nao gostou,ja tava no final da web, so que era epoca de final de ano e a Piu teve que parar de postar por causa das festas de fim de ano,ai eu parei de ler,entao eu to bem adiantada desses capitulos.posta logo os finais

  • mahri Postado em 28/03/2014 - 22:56:51

    Ei eu tbm lia so que a menina parou de postar :/ ai fui ler pelo orkut e depois abandonei

  • marianaauckermann Postado em 28/03/2014 - 21:39:14

    Adorei, poderia dar uma passadinha na minha fic? http://fanfics.com.br/fanfic/31858/a-escrava-vondy Obrigada <33


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais