Fanfics Brasil - 121 Cilada!!!!!

Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela


Capítulo: 121

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Rick adentrou a boate balançando a cabeça negativamente diante a situação que havia acontecido. Era tão obvio que Melissa não iria mais escutá-lo quanto a Tuti, que ele não queria nem mais se importar de a garota ter seu coração machucado. Quando parou em meio à muvuca, correu seus olhos por todos os cantos da boate, mas não avistou ninguém de seu grupo. Ele caminhava rumo ao bar, para subir o segundo andar, quando viu Sara e Peter em um canto da pista de dança. Eles se beijavam loucamente, esquecendo totalmente que estava em público. O garoto deu um sorriso, seguido de um riso, estando feliz com o entendimento dos amigos. Ao desviar o olhar para frente novamente, pôde ver a garota descendo do banquinho do bar, com aquele vestido sensual que exibia toda sua costa nua. Prendendo a respiração, ele caminhou até Barbara que saia com uma bebida na mão enquanto o mesmo barman se inclinava sobre o balcão, com um sorriso malicioso em seus lábios. Bah rolou os olhos e mordiscou os lábios quando se virou e deu de encontro com Rick.
–– opa –– ele sorriu fraco, segurando-a pelo cotovelo.
–– ah, oi Rick –– ela disse surpresa, lhe olhando com os olhos maiores –– não te vi.
–– tudo bem –– ele assentiu e se silenciou –– então, a Sara e o Pepinho... –– Rick disse apertando os lábios com um sorriso.



–– ela ficou enciumada quando o viu com uma loira e resolveu tomar uma atitude –– Bah disse rindo e tomou um gole de sua bebida.
–– era prima da Paloma – ele informou enquanto acompanhava a risada dela –– elas nos encontraram e acho que ela tava interessada em repetir a dose como o Peter... –– disse sorrindo de lado.
–– hum, acho que lembro bem desse episodio –– Bah suspirou com uma cara de nojo –– e você? –– perguntou sentindo certa angustia.
–– eu o que? –– o moreno perguntou franzindo a testa.
–– hã... –– ela mordeu o lábio inferior, se sentindo constrangida –– o Peter estava sozinho com a menina, né? –– ela disse com rodeios.
–– acho que eu não preciso segurar na mão do Pepinho pra ele ficar com alguém –– Rick disse franzindo o nariz e Bah deu um riso –– não que ele fosse ficar com ela...
–– e você estava com a Paloma? –– ela perguntou entortando o lábio, formando um bico, sem deixar de demonstrar sua angustia.
–– eu? –– ele franziu a testa –– não. Claro que não –– deu um riso incrédulo –– eu fui lá fora rapidinho... Sozinho.
–– hum –– a morena murmurou e deu um sorriso fraco, abaixando a cabeça em seguida.

Logo o celular de Rick vibrou em seu bolso e o garoto retirou, analisando a mensagem que aparecia na tela. "Ela disse que se eu ficasse com o Peter, ela ficaria contigo. Parte pra cima, seu frouxo!”.


Inventou Sara, que sorria para Rick de onde estava. O garoto deu um riso e guardou o aparelho no bolso novamente.
–– o que foi? –– Bah perguntou curiosa antes de terminar sua bebida.
–– nada não –– Rick sorriu largo pra ela –– acho que chega de beber, né? –– ele perguntou cerrando apenas um olho.
–– por hora sim –– Bah deu de ombros e saiu andando, mas parou e se virou de frente a Rick –– quer dançar? –– perguntou mordendo o lábio inferior.
–– com certeza... –– ele sorriu com malicia ao vê-la contorcer o corpo no ritmo da musica que tocava.

Barbara foi para o meio da pista de dança enquanto era seguida pro Rick, que lhe “comia” com os olhos. Ela virou-se de frente a ele e passou a mexer o corpo de forma sensual enquanto esticou a mão para ele, que coçou a nuca enquanto passava os olhos por todo o corpo dela. Mesmo sabendo que não deveria fazer aquele contato, ele não hesitou muito em segurar em sua mão e aproximar seus corpos. Tocava uma seqüência de músicas da Demi Lovato, agitadas, fazendo todos dançarem empolgados na pista de dança. A quantidade de pessoas havia aumentado naquele momento, fazendo com que Barbara e Ricardo juntassem mais ainda seus corpos por falta de espaço pra dançar. Na verdade, os dois queriam estar naquela posição, caso contrário teriam saído para a parte vip da boate que era mais confortável.


O corpo da morena se colou ao corpo de Rick, que tentava dançar de acordo com a batida das músicas, mas estava ficando cada vez mais difícil de concentrar-se no que fazia. As pernas se roçavam e a mão dela pousava em sua cintura, para se equilibrar enquanto as mãos permaneciam entrelaçadas. Quarenta minutos depois, ambos estavam suados e as respirações ofegantes. Não havia troca de palavras, apenas de olhar e era extremamente intenso. Ele analisava todo o seu rosto e por inúmeras vezes os dois se viram encarando os lábios do outro. Quando começou tocar Heart Attack, Barbara afastou-se um pouco dele, para virar-se de costas, voltando a encostar seus corpos, rebolando seu quadril contra o dele. O cabelo molhado de suor fora jogado para o lado, por cima dos ombros, deixando um lado de seu pescoço amostra. Rick colocou as duas mãos na cintura dela e deslizou para o centro do abdome enquanto sentia sua barriga encostar-se às costas da morena. Bah, que já estava cansada, passou a respirar com mais dificuldade devido o nervosismo e sentiu seu corpo estremecer quando Rick encostou os lábios em seu pescoço. Girl on fire começou a tocar, arrancando um sorriso dos lábios de Barbara. Ela adorava aquela musica e a sensualidade que o ritmo trazia. Os lábios de Ricardo percorriam por todo o pescoço dela, distribuindo beijos molhados e alguns chupões. Era inevitável que os dois estivessem excitados e ela podia comprovar aquilo, lhe deixando mais atiçada.


–– droga! –– ele murmurou no ouvido da garota, praguejando por não ser mais forte que aquilo –– Barbara, eu vou fazer uma besteira.
–– ficar comigo é uma besteira, Rick? –– ela perguntou ao inclinar a cabeça pra trás, apoiando sobre o seu tórax.
–– das maiores que nós estaríamos fazendo –– ele suspirou e analisou sua boca, que estava logo abaixo da sua.
–– então eu quero fazer besteirinha com você –– respondeu rindo.

As mãos dela foram para o alto e para trás, agarrando-se ao pescoço dele, lhe puxando mais para próximo. Seus lábios se encontraram lentamente em um beijo calmo devido a posição que estavam. Ela de costas para ele. Em seguida a morena fora girando seu corpo, de modo que ficassem de frente, encaixando melhor as bocas e ele pudesse aumentar o ritmo do beijo. Se Rick havia rido da maneira como Sara e Peter estavam se beijando minutos atrás, em plena pista de dança, agora ele ficaria constrangido pela forma como estava sendo conduzido seu beijo com Barbara. Intenso, avassalador, forte, sexy e demais adjetivos que não poderia citar. 



Uma de suas mãos entrelaçava os cabelos molhados dela, puxando próximo à nuca e bagunçando-os completamente. A outra mão pousava em torno da cintura dela, pressionando seus corpos o máximo que podia. Os braços dela eram envoltos ao pescoço do garoto e os lábios se movimentavam rapidamente, eloqüentes, de forma que se podia ver suas línguas roçando em total sincronia. 

[...]

–– ou –– Peter sacudia o ombro de Rick, que nem assim largava Barbara –– gente, vão pra outro lugar.
–– difícil, amor –– Sara entortou os lábios.
–– Ricardo, por favor –– o amigo pediu outra vez.

Rick então cessou o beijo com selinhos e em seguida puxou o lábio inferior de Barbara, se afastando. Os dois se entreolharam fixamente, envergonhados e com seus lábios vermelhos e inchados por passar tanto tempo beijando.
–– eu, hã, acho que to com sede –– Bah murmurou quando desviou o olhar para Peter e Sara.
–– eu vou buscar algo pra você no bar –– Rick assentiu de forma aturdida e olhou para Peter –– vem comigo?
–– claro –– o amigo concordou –– porque vocês não vão se sentar no sofá? –– perguntou à Sara que assentiu.



–– vamos subir, ta? –– disse Sara indicando a área vip.

Peter seguiu para o bar juntamente de Rick, enquanto Sara e Barbara subiam as escadas para a área vip. As duas trocaram sorrisos cúmplices e se sentaram uma ao lado da outra.
–– e agora? –– a loira perguntou –– o que vai ser?
–– não sei, talvez seja apenas um beijo –– Bah deu de ombros.
–– um? –– Sara ergueu um dedo e arqueou as sobrancelhas, cheia de ironia –– se aquilo foi só beijo, foi O beijo, hein?! –– disse rindo de Barbara que corou.
–– então, e você e o Pepinho? –– a morena perguntou fugindo do assunto.
–– estamos só curtindo –– a loira deu um sorriso fraco –– vamos deixar pra brigar outro dia, quem sabe... –– fez uma careta e então se silenciaram.

Logo os meninos voltaram com garrafas de água e cada um se sentou ao lado de sua garota. Os quatro conversavam sobre coisas aleatórias e uns minutos mais tarde cada casal já estavam trocando beijos. Barbara havia sido puxada por Ricardo até seu colo e o garoto novamente lhe beijava cheio de desejo, bagunçando o cabelo dela e lhe levando a loucura. 



Era possível que ela sentisse a excitação dele por de baixo da calça jeans um pouco justa e ele jurava sentir a pele arrepiada da morena quando beijava seu pescoço. Sara e Peter estavam alguns metro afastados do casal, ora conversavam, ora também trocavam beijos, porém de forma mais contida. Quando o relógio acusava quase cinco horas da madrugada, os dois casais resolveram ir embora e foram em busca dos amigos para se despedir. Roger e Michele haviam sumido há algum tempo e Bah sabia exatamente onde eles estariam. Em algum motel. Já Ronald estava na pista de dança com uns amigos de faculdade e rodeado por garotas bonitas como era de praxe. Melissa havia ido embora para casa de sua amiga de escola, em um táxi, já que estava sem clima para o restante da festa após a conversa com Artur. 

[...]



Dentro do carro, Sara sentava no banco de trás encostada sobre o ombro de Peter, enquanto ele acariciava sua mão. Bah estava no banco da frente e Rick dirigia calado, sendo que vez ou outra eles se olhavam mutuamente e davam um sorriso cúmplice. 
–– então –– Rick arranhou a garganta e olhou os amigos pelo retrovisor –– o casal vai ficar onde?
–– pode ser lá em casa... –– Peter deu de ombros e fitou a loira.
–– Peter, eu não posso dormir lá –– Sara riu inconformada –– e você sabe muito bem disso...
–– eu te deixo em casa assim que amanhecer –– ele pediu apertando os lábios –– eu juro que te levo...
–– mas... –– a loira começou a balbuciar, mas se calou.
–– ela vai ficar lá sim, Pepinho –– Bah interrompeu ao se virar pra trás e sorrir falsamente para Sara.
–– vocês sabem que se minha mãe... –– Sara voltou a falar enquanto rolava os olhos.
–– perguntar, você dormiu lá em casa –– Barbara completou, após lhe interromper.
–– certo –– ela suspirou e então sorriu quando Peter lhe deu um selinho.



Após deixar o casal na casa de Peter, Rick dirigiu direto para o prédio de Barbara em total silêncio. Quando parou na calçada em frente, ele desligou o carro e fitou o volante. Ela estava sentada com o olhar fixo no painel do carro e as mãos entrelaçadas.
–– tomara que eles voltem, né? –– Rick murmurou e deu um sorriso fraco.
–– oi? –– Bah disse ao despertar e lhe encarou.
–– a Sara e o Peter –– ele respondeu também lhe encarando.
–– ficam tão bonitos juntos –– ela concordou e abriu um sorriso que fora retribuído por ele.
–– porque estamos com esse clima estranho? –– Rick perguntou de repente enquanto mexia a cabeça, estando inconformado.
–– não sei –– ela deu de ombros –– eu só não sei exatamente com agir, porque eu não sei o que ta acontecendo com a gente.
–– eu preciso admitir que to pensando da mesma forma –– o garoto concordou e levou uma mão até a lateral do rosto dela, acariciando –– to com medo –– ele suspirou ainda a olhando nos olhos.
–– de que? –– ela arqueou as sobrancelhas enquanto sentia seu corpo queimar com a forma que ele lhe olhava.
–– de te magoar, de me magoar, de fazer alguma coisa errada... –– ele disse como um sussurro e por vezes percebeu sua voz falhar –– de novo, né? –– ele sorriu fraco, mas logo o desfez.


–– você não erra sozinho, Rick –– ela negou com a cabeça e o viu se aproximar, selando seus lábios –– e só pra constar, eu to com tanto medo disso quanto você.
–– então, o que a gente faz? –– Rick disse selando os seus lábios seguidamente entre as palavras.
–– eu não sei –– ela respondeu correspondendo aos selinhos –– o que faremos? –– repetiu a pergunta e viu Rick deslizar a mão de seu rosto para seu pescoço, lhe puxando para iniciar um beijo.
–– que tal se fizermos besteirinhas? –– ele perguntou enquanto esfregava seus lábios em um beijo rápido e sem língua.
–– hurum –– ela apenas assentiu –– pode ser.

Quando Rick invadiu a boca da garota com sua língua, automaticamente ela ergueu seu corpo, apoiando-se no banco sobre seus joelhos. Ao se dar conta de onde ela sentaria, Ricardo afastou o banco do motorista um pouco para trás, deixando-a passar uma perna para cada lado de seu corpo e sentando sobre seu colo. As mãos dela penduraram-se em seu pescoço e as dele foram imediatamente para a cintura dela. O beijo voltou a ser eloqüente como havia sido na boate, sendo que agora era possível ela sentir a ereção roçando em suas partes intimas. 


As mãos de Rick desciam pelo quadril em direção as pernas e subiam acariciando as coxas desnudas dela, já que a essa altura, seu vestido estava quase todo franzido na região dos glúteos. Ele desceu os beijos pelo rosto, contornando a mandíbula e chegando ao pescoço, quando ela lançou sua cabeça para trás. Os beijos, que antes pareciam desesperados, agora eram controlados e extremamente prazerosos para os dois. Enquanto Barbara gemia com cada chupão dado lhe na pele, Rick emitia outros gemidos, descompassados e arfantes. Ela notou as mãos dele subirem mais uma vez pela coxa, até a altura do bumbum e apertar levemente aquela região. A garota sentiu seu corpo estremecer quando ele ergueu mais ainda o vestido, alisando totalmente aquela parte até à cintura e notou o corpo de Rick enrijecer, abrindo os olhos imediatamente. Ele havia afastando seus rostos e lhe olhava com uma sobrancelha arqueada.
–– o que foi? –– ela perguntou movendo os ombros, confusa.
–– você não está usando calcinha –– ele respondeu com uma voz fraca e a respiração falhando.


–– hum, não –– Bah respondeu como se fosse obvio e o viu fechar os olhos e lançar a cabeça para trás, escorando no banco.
–– porque você faz isso, hein? –– ele perguntou em seguida, deixando um sorriso escapar em seus lábios.
–– não usar calcinha? –– ela mordeu o lábio inferior, franzindo a testa em dúvidas –– esse vestido não dá pra usar uma calcinha sem que marque...
–– não –– ele lhe interrompeu –– porque você me deixa louco? –– perguntou rindo indignado.
–– e isso é ruim por quê? –– a morena perguntou confusa e se inclinou sobre ele, puxando seu lábio inferior.
–– porque eu não tenho pretensões de transar com você no carro da minha mãe –– Rick deu um suspiro cansado e balançou a cabeça negativamente.
–– mas nós nãos vamos transar –– Barbara respondeu sorrindo presunçosamente e enfiou seu rosto no pescoço do garoto, beijando-o.
–– eu pensava isso até perceber que você ta... –– ele disse com dificuldade e sua voz entrecortando a cada chupão que ela dava –– sem calcinha.
–– qual o problema com esse fato? –– ela sussurrou em seu ouvido, apenas para lhe provocar –– se eu estivesse vestindo, você só teria o trabalho de tirar.
–– é mais sexy quando você não ta usando –– Rick respondeu sorrindo maliciosamente e voltou a pôr as mãos no bumbum da garota –– é mais excitante –– disse descontroladamente quando ela desceu uma mão por todo seu abdômen e apertou a ereção dele por baixo da calça –– caralho, Barbara! –– ele murmurou entre dentes e a ouviu rir.


–– quer ir pra algum lugar? –– ela sussurrou em seu ouvido enquanto sua mão subia por dentro da blusa dele.
–– não –– ele negou balançando a cabeça inconscientemente –– eu acho que deveríamos ir mais... Ah, droga! –– praguejou quando ela deu-lhe uma mordida no pescoço –– devagar.

Barbara deu outro riso, se divertindo com aquela situação. Provocar era algo divertido que os dois faziam na época que eles se consideravam apenas melhores amigos e nenhum dos dois tinha noção de seus sentimentos. Enquanto ela se divertia com a mão na barriga dele, as mãos de Rick ainda rodeavam em torno do bumbum da morena. Ele estava sem coragem para tocar-lhe nas partes intimas, sabendo que se chegasse naquela área, não iria mais resistir. Antes que pudesse pensar em fazer mais alguma coisa, uma luz forte deu foco no vidro do carro de Rick, ofuscando sua visão. Era a luz de outro carro.
–– que isso? –– Barbara franziu o cenho, olhando Rick.
–– não sei... –– ele deu de ombros enquanto semicerrava os olhos pelo vidro 
da frente do carro.
–– ah não! Merda! Merda! –– Bah murmurou quando viu as luzes sendo apagadas e logo o modelo carro se configurando em sua frente.
–– puta merda –– Rick bufou, arrumando a camiseta em seu corpo, enquanto Bah sentava em seu lugar e arrumava o cabelo e o vestido.


Logo uma batida no vidro lateral do carro ecoou pelo pequeno ambiente. Sorrindo falsamente, Rick ligou o automóvel, abaixou o vidro elétrico e desligou-o novamente.
–– oi tia Lidia –– ele cerrou a testa, fingindo surpresa.
–– mãe? O que a Sra. ta fazendo essa hora? –– Bah disse olhando para o painel do carro e percebendo que já era quase de manhã.
–– eu que pergunto –– Lidia disse confusa, com a testa franzida, enquanto mantinha o corpo inclinado, com a cabeça quase dentro da janela –– o que vocês estão fazendo aqui sozinhos e essa hora? –– perguntou tentando parecendo calma, mas era quase evidente a raiva.
–– hã... –– Rick murmurou e fitou Bah que fingia estar tranqüila.
–– chegamos agora pouco da festa do Roger e estamos combinando o que fazer amanhã –– ela respondeu tão naturalmente, que ate Rick parecia acreditar naquilo.


–– hum... –– a mãe assentiu com um lento balançar de cabeça e bufou –– bom, mas é perigoso vocês ficarem sozinhos aqui. Melhor você entrar logo, Barbara –– disse parecendo rígida.
–– claro –– a morena assentiu imediatamente, percebendo quão furiosa a mãe parecia.
–– aconteceu alguma coisa tia? –– Rick perguntou enquanto Barbara pegava seus sapatos e bolsa no chão do carro.
–– a Alda recebeu um chamado pra substituir uma enfermeira que estava vomitando no expediente, mas como você está com o carro dela, eu me ofereci pra ir no lugar pra que ela não precisasse pegar um táxi e ter que deixar a Lara sozinha... –– a mulher explicou enquanto Bah abria a porta do carro, prestando atenção no que ela falava.
–– mas mãe, a Sra. trabalhou ontem –– ela disse indignada –– não ta cansada? E vai sair que horas de lá?
–– não se preocupe comigo, Barbara –– Lidia sorriu fraco e depois encarou Rick –– eu realmente preciso ir, você precisa ir pra casa e a senhorita –– disse fitando a filha –– suba logo.
–– já vou mãe –– Bah rolou os olhos tentando parecer desdenhosa, mas estava tensa.


Bah desceu e fechou a porta, inclinando seu corpo dentro da janela para olhar Rick com os lábios apertados.
–– obrigada pela carona –– ela disse tensa, diante o olhar de sua mãe do outro lado do carro.
–– mais tarde a gente se fala pra combinar algo, ta? –– Rick assentiu sério, tentando sorrir, mas sem sucesso –– tchau tia –– ele virou o rosto para Lidia, que estava parada no mesmo lugar, mas agora com o corpo ereto e braços cruzados.
–– tchau meu filho –– Lidia sorriu, também parecendo tensa e enquanto Ricardo ligava o carro, ela ergueu a cabeça e fitou Bah que olhava para dentro do carro, apertando os lábios –– não queria deixar você sozinha em casa. O Rômulo não vai vim dormir em casa não? –– perguntou franzindo a testa e caminhou em torno do carro, subindo na calçada.
–– deve ta com alguma garota por aí –– a morena disse com desdém e Rick rosnou ao ouvir aquilo. Desligou o carro novamente, inclinando-se sobre a janela do passageiro e atraindo a atenção das duas.


–– eu posso ficar e... –– ele começou a falar fitando a tia, mas ela fez um gesto rápido com a mão, insinuando “não”.
–– não precisa, Ricardo –– Lidia sorriu fingindo agradecida –– vá pra casa porque tua mãe ta preocupada.
–– então a Bah poderia ir lá pra casa comigo... –– Rick deu de ombros e olhou de Lidia para Bah, que fez uma careta.
–– é mesmo, meu amor –– a mãe arqueou as sobrancelhas, lembrando-se daquele fato –– lá tem o quarto da Lara e também a Alda vai ficar o dia em casa –– disse satisfeita.
–– não, mãe. Eu to realmente cansada e quero minha cama –– Bah suspirou entortando os lábios, pensando na hipótese de nem poder ficar perto de Ricardo com sua mãe em casa –– eu já fiquei sozinha e também, daqui a pouco o Rômulo ta aí –– ela rolou os olhos e viu Rick suspirar pesado, sorrindo ironicamente.
–– certeza? –– ele insistiu.
–– toda –– ela deu outro sorriso e depositou um beijo na bochecha da mãe –– tchau mãezinha.


–– bom, então tchau, né? –– Rick disse já ligando o carro e saindo um tanto apressado dali. 

Ao contrario do que Barbara pensava, Lidia não fora para o carro, mas a seguiu em direção ao hall do prédio até a porta do elevador, em silêncio e quando Bah apertou o botão para chamar por seu andar, a mãe arranhou a garganta.
–– eu realmente preciso ir... –– Lidia disse malevolente.
–– tudo bem mãe –– Bah sorriu fraco e a porta do elevador se abriu.
–– mais tarde, se eu não estiver tão cansada, a gente conversa sobre isso. Certo? –– ela perguntou lhe dando um olhar expressivo.
–– isso o que, mãe? –– Bah engoliu seco e adentrou, segurando a porta com a mão.
–– você sabe muito bem do que estou falando Barbara –– Lidia disse seca e virou as costas para ir embora.
–– sim Sra. –– Bah ainda murmurou enquanto a porta se fechava rapidamente e longe dos olhos e ouvidos da mãe, ela pôs uma mão no rosto, abaixou a cabeça e deu um grunhido, imaginando o que viria a seguir.

[...]


Peter abriu o portão vagarosamente e depois a porta da sala, sendo seguido por Sara. A loira estava nervosa e não conseguia esconder aquilo. O fato de ir até a casa do garoto enquanto seus pais estavam ali, estava lhe afligindo. Os dois seguiram de mãos dadas pela casa até alcançar a cozinha. Peter pegou alguns morangos e uma lata de leite condensado e os colocou sobre o balcão. Passaram alguns minutos enquanto os dois conversavam e comiam todas as frutas que estava na bandeja. Vez ou outra trocavam alguns beijos, mas nada que esquentasse o clima entre eles.
–– Peter, eu acho melhor eu ir –– a loira entortou os lábios ao olhar no relógio a cozinha e perceber que já estava prestes a amanhecer.
–– você podia dormir comigo –– Pepinho respondeu franzindo o nariz em uma careta e a viu levantar da cadeira.
–– você sabe que não –– ela deu um riso e negou com a cabeça –– vem –– pediu esticando uma mão pra ele.
–– tudo bem –– o garoto deu um sorriso fraco, insatisfeito e se deixou ser levado pela mão dela –– vou só pegar a chave.
–– vou indo lá pra fora, ta? –– a loira disse indo em direção à portada sala.


Pepinho deu um suspiro e apertou os lábios enquanto ia até a sala pegar as chaves de um dos carros. Quando voltou para a garagem, avistou Sara sentada sobre o capô de um dos carros, com as pernas, desnudas devido o vestido que trajava, cruzadas e as mãos apoiadas para trás de seu corpo, o mantendo esticado. Sua cabeça pendia para trás, fitando a céu azul escuro clareando. Ele mordeu o lábio inferior analisando as suas coxas e caminhou fitando-as até parar em sua frente.
–– pronto? –– ela perguntou lhe olhando, mas ele permanecia com os olhos para baixo –– ei –– ela lhe chamou e com uma mão ergueu o rosto dele.
–– oi? –– ele balançou a cabeça para os lados, como se aquilo o ajudasse despertar.
–– podemos ir embora? –– Sara perguntou arqueando as sobrancelhas e o viu lhe olhar perdido, assentindo –– o que foi? –– ela franziu a testa enquanto passava a mão pela sua mandíbula e descia até o pescoço.
–– nada, estava apenas te observando –– Peter sorriu fraco e sentia a mão da loira lhe fazer arrepiar quando chegou à nuca.


Ela puxou-lhe um pouco para frente e selou seus lábios, dando um sorriso em seguida. Peter devolveu o sorriso e lhe deu outro selinho, agora mais demorado.
–– tava pensando no que? –– ele perguntou agora apoiando as mãos sobre o capô do carro, próximas das mãos dela e inclinou o corpo para cima do da loira.
–– tava apenas olhando o céu. É lindo, né? –– ela disse sorrindo, mas com certo desdém –– você não acha incrível quando o céu ta clareando? –– ergueu a cabeça, fitando o céu novamente.
–– eu acho você mais linda –– Pepinho disse dando um riso malicioso e levou sua boca até o pescoço da garota, beijando ali –– e mais incrível do que tuas pernas, não existe.


Sara deu uma risada, surpresa pelas palavras de Peter, mas manteve sua cabeça tombada para trás, para que o garoto continuasse a lhe beijar. Uma das mãos dele havia ido para a perna dela, a que estava cruzada sobre a outra, e deslizava do joelho até a linha do bumbum, onde começava a barra do vestido. Os beijos do pescoço estavam ficando mais molhados, arrancando dela um gemido manhoso, que excitou Peter. Quando os lábios se encontraram em um beijo um tanto malicioso, Sara descruzou as pernas, abrindo-as de forma que o garoto se encaixasse entre elas. As mãos dele já não estavam mais sobre o carro, ambas estava em volta do quadril da loira e com certa rapidez, ele lhe puxou mais para perto, fazendo-a deslizar sobre o carro e de modo que seus sexos se encontrassem. Sara gemeu novamente e Peter deu uma risada prepotente, satisfeito com o que estava fazendo. Em seguida o moreno desceu seus beijos para o pescoço dela, indo em direção ao seu decote. Com uma das mãos, ele apertava um de seus seios enquanto a outra mão fora descendo um dos lados do top juntamente com o sutiã e revelando seu seio nu. 
–– Peter... –– Sara o repreendeu, surpresa e o viu dar um sorriso malicioso –– e se alguém aparecer? –– ela perguntou agoniada, mas ele não respondeu, apenas passou a língua na aréola do seio dela, fazendo-a gemer.
–– não vai chegar ninguém, amor –– ele piscou e puxou o bico com os dentes.
–– droga, Peter... –– a loira gemeu e jogou a cabeça pra trás.


Enquanto ela arfava e fechava os olhos, excitada, ele aproveitou e abaixou o outro lado do vestido, deixando-a com os seios nus. Peter ergueu o tronco e lhe deu um beijo na boca com muita euforia, mas suas mãos agora apertava os dois seios da garota.
–– e se teus pais acordarem? –– ela perguntou com dificuldades.
–– porque tanto medo, amor? –– ele perguntou entre o beijo e desceu os lábios novamente para o pescoço dela.
–– se fosse qualquer garoto comigo em qualquer lugar impróprio, eu não teria medo –– Sara resmungou –– mas é você, droga. Eu to apaixonada por você e não quero que teus pais nos peguem aqui e ache que eu sou uma vadia qualquer dando pro filho deles na garagem –– ela disse agoniada, mas ele se quer lhe ouviu –– Peter! –– ela chamou autoritária.
–– continua a falar, amor. Eu to ouvindo –– Peter balbuciou, lhe olhando com malicia, enquanto colocava todo o seio da loira em sua boca e contornava a aréola com a língua, fazendo-a gemer. 


A loira fechou os olhos e acabou deixando-o brincar com seus seios. Ela sabia que não iria conseguir fazê-lo para, muito menos iria conseguir resistir diante todo o tesão que sentia naquele momento. Quando ele levou seus lábios até os joelhos dela e subiu beijando suas coxas, involuntariamente Sara afastou mais as pernas e as ergueu, colocando os pés sobre o capô do carro. Ele se manteve beijando e lambendo a parte interna de suas coxas e depositou um beijo em seu sexo, sobre a calcinha. Logo um dedo afastou a peça para o lado e ele passou a língua por toda a extensão do sexo da garota, sentindo-a contorce-se e resmungar alguns palavrões. Peter permaneceu ali alguns minutos, apenas o suficiente para vê-la urrar de tanto tesão ao penetrar dois dedos em seu sexo.
–– amor, vem cá –– Sara lhe chamou arfando e Peter ergueu seu corpo, beijando-lhe na boca.


Sem perder tempo, ela desabotoou a calça do garoto e abaixou sua cueca de modo que o membro ereto de Pepinho saísse da peça. Ela envolveu sua mão nele e passou a fazer movimentos rápidos para frente e para trás, desconsertando a respiração do garoto. As pernas dela esticaram para frente e em torno do quadril de Peter, lhe puxando para perto de si. Ela mesma afastou sua calcinha para o lado e esfregou o membro do garoto em sua entrada, gemendo e arrancando um gemido dele. Logo um grito fino vindo de Sara ecoou pela garagem, quando ele lhe penetrou com força. Com as mãos, Peter segurou no bumbum dela e lhe puxou mais para frente, entrando o quanto pôde dentro da loira enquanto lhe calava com um beijo quente. As mãos dela arranhavam-lhe as costas e em seguida os seus lábios desceram pelo pescoço de Peter, dando-lhe calafrios. Após alguns minutos naquela posição, as pernas de Sara foram relaxando e saíram da cintura dele, deslizando para o chão. Sem que ele esperasse, ela se pôs de pé e afastou-se do corpo dele, escorregando para baixo até que ficasse agachada sobre seus tornozelos e com o sexo do garoto na altura de sua boca. Segurando na base, Sara passou a língua em torno da cabeça e em seguida o colocou todo na boca, fazendo Peter gemer alto enquanto apertava seus olhos e jogava a cabeça pra trás.


O sorriso na face de Sara era de satisfação ao ver o garoto delirando àquele ponto. Ele abriu os olhos e abaixou a cabeça, analisando-a fazer aquilo e um turbilhão de desejos percorreu todo o corpo dela. Extremamente excitada, a garota se levantou e segurou o rosto de Peter entre as mãos, beijando-se com urgência. As mãos dele subiram o vestido dela até altura do quadril e puxou a calcinha a loira para baixo, virando-a de costas para si. Sara deu uma risada alta e apoiou as mãos sobre o capô do carro, sentindo o membro rígido dele roçar em seu sexo. A boca de Pepinho pousou sobre o pescoço dela, deixando-a arrepiada com o ar quente de sua respiração. A loira afastou mais as pernas e o sentiu penetrando vagarosamente, enlouquecendo-a. Sara deu um gemido manhoso quando as mãos dele apertaram seus seios, proporcionando a Peter uma risada prepotente por estar deixando-a daquele jeito. Quanto mais ele aumentava a velocidade da penetração, mais ela gemia, excitando-o mais. Um das mãos dele escorregou pelo corpo da loira até alcançar o sexo, onde ela mesma se tocava, e com sua ajuda, a masturbou até que ela conseguisse chegar ao orgasmo, poucos segundos antes dele. Os corpos cansados e arfando caíram sobre o carro, mas ambos sorriam satisfeitos.


–– eu acho que preciso ir ao banheiro antes de você ir me deixar –– Sara balbuciou cansada.
–– que tal um banho? –– Pepinho perguntou sorrindo malicioso.
–– sem chances amor –– ela deu um riso e se virou de frente, o vendo subir a cueca e fechar a calça.

Antes que ela vestisse totalmente sua calcinha, Peter lhe puxou pela nuca para um beijo e levou uma mão até seu sexo, esfregando os dedos.
–– nem inventa –– ela falou entre o beijo, porém seus lábios sorriam –– para amor... –– disse manhosa quando ele penetrou os dedos.
–– ta bem molhadinha –– ele provocou mordendo seu lábio inferior e puxando cuidadosamente.
–– primeiro banheiro e depois me levar em casa –– Sara disse o repreendendo enquanto subia a calcinha, mas agora ele punha a boca em seus seios –– Peter, para! –– ela disse autoritária, mas continuava a segurar o sorriso.
–– gostosa! –– ele sibilou e lhe deu um selinho, rindo –– é muitas saudades pra uma noite só, amor –– disse divertido e a puxou pela mão.


O casal adentrou a casa em silêncio e ele a levou até o banheiro do corredor enquanto foi para o seu quarto trocar a calça por uma bermuda mais confortável. Em seguida Sara entrou ali cuidadosamente e o viu deitado na cama, de olhos fechados e um sorriso no rosto.
–– oi? –– ela franziu a testa e apertou os lábios.
–– pronta? –– ele abriu os olhos e sorriu.
–– hurum –– a loira assentiu e então ele se pôs de pé, parando em sua frente e lhe dando um beijo quente.
–– to feliz de estar com você –– Peter balbuciou após o beijo, enquanto ainda selava seus lábios.
–– eu também to –– ela concordou balançando a cabeça –– e quanto aos meus pais, nós vamos conversar com eles, ta?
–– ta falando sério? –– ele perguntou abrindo mais os olhos, surpreso.
–– to sim –– ela disse nervosa e mordeu o lábio inferior.
–– eu não sabia que era tão gostoso a ponto de te convencer desse jeito –– ele falou brincalhão e recebeu um tapa dela em seu braço.


O garoto lhe puxou para fora do quarto e os dois saíram rindo e de mãos dadas, mas assim que chegaram à sala, ouviram barulhos vindos da cozinha.
–– filho? –– uma voz feminina falou e os dois paralisaram ali –– Peter? ––a voz foi se aproximando e logo uma mulher apareceu.
–– oi mãe –– Peter respondeu sério, apertando os lábios e depois deslizando a mão pelo cabelo, nervoso.
–– chegou agora amor? –– ela perguntou antes de dar um bocejo e depois piscou varias vezes para perceber Sara logo atrás dele –– oi?
–– hã, oi. Bom dia –– Sara disse engolindo seco.
–– acordou agora, mãe? –– Peter perguntou sem jeito.
–– sim. Acabei de levantar –– ela respondeu ainda fitando Sara –– eu e teu pai vamos pra um sitio de um amigo dele. Vai ter um evento lá e começa as nove horas, então temos que sair até umas sete e trinta daqui –– explicou.
–– ah sim... –– Peter assentiu –– eu cheguei agora pouco daquele aniversário do meu amigo e do primo do Rick –– ele explicou e puxou, discretamente, Sara para o seu lado –– o Rick que nos deixou aqui porque a Sara precisava ir ao banheiro e agora eu vou deixá-la em casa. Você se importa se eu usar um dos carros?
–– não. Claro que não –– a Sra. disse dando de ombros e logo viu o marido se aproximar.


––falando com quem Kátia? –– ele perguntou vindo por trás de Peter e Sara.
–– hã, o Peter já chegou –– Kátia respondeu.
–– bom dia... –– o Sr franziu o cenho e esticou uma mão para a loira –– sou Paulo.
–– oi seu Paulo –– Sara apertou a mão dele, envergonhada –– sou Sara...
–– bom, a Sara é minha namorada –– Peter explicou enquanto olhava seu pai e depois virou-se para sua mãe.
–– sério? –– o pai deu um riso alto e foi para o lado da esposa –– você é bonita demais pra ficar com esse moleque –– ele disse bem humorado, e sua esposa lhe deu um tapa no peito enquanto Peter rolava os olhos rindo.
–– não fala assim do nosso príncipe –– Kátia resmungou e se aproximou de Peter, beijando-lhe a testa.
–– mãe, menos... –– Pepinho disse entediado e envergonhado por Sara que segurava o riso –– agora precisamos ir.
–– fiquem e tomem café conosco –– a mãe pediu olhando para Sara e depois para o filho.
–– não, mãe –– ele olhou para Sara de forma expressiva e depois encarou os pais –– a Sara tem hora pra chegar em casa e já até amanheceu... 
–– só um café com um bolo, amorzinho –– ela insistiu e segurou Sara pela mão, puxando-a para a cozinha –– eu faço um bolo comum muito bom, Sara. Você vai adorar.
–– manhê... –– Peter resmungou e saiu atrás dela, mas seu pai lhe puxou pelo braço.


Ao chegar à cozinha, Sara já estava sentada com uma xícara de café e uma fatia de bolo em sua frente. Paulo e Kátia conversavam com a loira de uma forma tão natural, que a garota nem queria mais sair dali. Peter acabou relaxando e deixou que o café seguisse ate em torno das sete da manhã quando seus pais foram se vestir. Ele pegou o carro de sua mãe e seguiu para a casa da “namorada” enquanto a ouvia falar empolgada sobre como foi bom conhecer seus pais. Ao chegar em frente à sua casa, Sara se calou e sua testa fez um vinco.
–– o que foi? –– Peter perguntou quando estacionou.
–– meu pai ta aí –– ela disse com a voz tremula –– será que aconteceu algo?
–– você quer dizer com a tua mãe ou... –– ele falou e se calou –– não entendi.
–– você se lembra que meus pais nunca foram casados e que não moram juntos, certo? –– Sara arqueou a sobrancelha.
–– hurum –– ele assentiu –– eles são meio que namorados, né?
–– isso, mas então o que ele estaria fazendo aqui em casa essa hora? –– ela disse indicando o relógio no painel do carro.


O muro da casa de era baixo. Media em torno de um metro e meio, já que ela morava em uma vila, portanto da porta podia-se vê quem estava em frente de casa e vice-versa. De repente Sr. Hélio apontou ali na calçada e de testa franzida ele caminhou até a janela do carro, dando duas batidas.
–– merda... –– Sara choramingou e esperou que Peter ligasse o carro para abaixar o vidro –– oi pai –– ela tentou sorrir, mesmo soando falso.
–– oi amorzinho –– ele sorriu pra ela e depois olhou para o garoto –– olá Peter –– disse esticando-lhe a mão.
–– hã, oi Sr Hélio –– Peter disse nervoso ao cumprimentá-lo.
–– então, chegando em casa essa hora? –– o pai disse com um sorriso nos lábios, parecendo tranquilo.
–– é, hã, eu, tipo... –– ela falava nervosa –– eu saí. Aniversário do Roger. O Sr se lembra dele? 
–– sobrinho da Alda, né? –– Hélio forçou a memória e a filha assentiu –– tua mãe me falou que você tinha saído e que mandou uma mensagem avisando que dormiria na casa da Lidia... Foi isso? –– ele cerrou apenas um olho, a fitando.


–– exatamente –– Sara assentiu rapidamente –– só que acontece que saímos da boate depois das seis da manhã e eu ainda não dormi –– ela deu um sorriso torto.
–– estávamos tomando café da manhã na rua –– Peter intrometeu-se ao perceber o quão nervosa ela estava.
–– certo... –– ele assentiu –– vocês poderiam sair do carro? –– ele perguntou sério.
–– claro –– Pepinho engoliu seco e abriu a porta enquanto encarava Sara que parecia desesperada.

Os dois desceram e pararam um ao lado do outro sobre a calçada, com Sr Hélio em suas frentes.
–– eu não sou bobo –– ele sorriu de um jeito irônico enquanto tinha os braços cruzados sobre o peitoral –– vocês não são só amigos e tenho certeza de que você não iria dormir na casa da Lidia –– ele disse cheio de razão.
–– o Sr tem razão –– Sara falou enquanto mantinha a cabeça baixa, fitando o chão e as mãos entrelaçadas –– eu não iria dormir lá...
–– e quanto ao resto? –– ele desviou o olhar da filha para Peter.


–– posso falar, Sara? –– Pepinho perguntou em tom de voz baixo, olhando para ela que deu de ombros –– ela não dormiu na casa da Barbara, mas também não dormiu lá em casa, Sr. –– ele falou apertando os lábios e encarando o homem em sua frente que coçava o queixo –– na verdade, nós estamos juntos... Ou... Bom, eu espero que estejamos ainda –– ele olhou para Sara que deu um sorriso fraco para o chão.
–– eu espero que sim –– ela disse envergonhada diante do pai.
–– estamos meio que namorando por uns meses, Sr Hélio. Eu gosto da Sara. Muito. E eu queria vim falar com o Sr, mas a Sara não quis. Inclusive foi por isso que nós separamos por uns dias. Eu me senti como se não importasse pra ela... –– Peter falava firmemente quando Sara segurou no braço dele, o calando.
–– a mamãe não vai aceitar, pai –– ela disse lhe olhando com dó –– ela vive falando que eu não devo namorar sério por agora e o Sr sabe. Ela vai me impedir de viver se descobrir isso.


–– não acho que seja assim, Sara –– Helio disse franzindo a testa –– como Peter disse, é tudo uma questão de vir conversar. Não é qualquer garoto que teria coragem de enfrentar o pai da namorada por querer algo sério...
–– mas... –– Sara suspirou e amoleceu os braços.
–– Hélio? –– Rita, a mãe de Sara, apareceu no portão, escorando-se no muro –– Sara? O que ta acontecendo aqui?
–– nada, Rita –– o pai deu de ombros –– só os encontrei aqui e estamos conversando.
–– você é quem? –– ela franziu o cenho para Peter.
–– hã, sou Peter –– ele se aproximou e esticou a mão para ela, que cumprimentou ainda confusa.
–– é o namorado da Sara –– Hélio disse sorrindo e esticou a mão para filha, lhe puxando para um abraço de lado –– ele veio conversar conosco.
–– é sra –– ele assentiu –– eu vim pedir permissão pra...
–– namorado? –– Rita perguntou assustada –– isso é sério? –– ela fitou Sara que assentiu enquanto apertava os lábios –– você não acha que é nova demais pra namorar sério?
–– não mãe –– ela discordou e olhou para cima, encarando o pai.
–– e você –– Rita olhou para Peter –– esse carro é seu?
–– minha mãe –– Peter respondeu.


–– e você tem idade pra dirigi-lo? –– ela arqueou a sobrancelha.
–– ainda não, esse ano eu faço... –– ele começou a responder, estando desconfortável.
–– eu imaginei –– ela lhe interrompeu –– e eu acho que já te conheço... –– ela cerrou os olhos tentando se lembrar –– por acaso você não é o amigo que vinha fazer trabalhos de faculdade com a Sara?
–– isso –– ele concordou –– mas... –– disse desconfiado e viu Hélio assentiu –– na verdade, eu vinha apenas formatar e digitar os trabalhos pra ela. Eu não estou na faculdade. Ainda –– disse enfático.
–– quantos anos você tem, garoto? –– Rita perguntou ríspida e Sara deu um longo suspiro se afastando do pai.
–– dezessete –– Pepinho respondeu encarando a sra que abriu mais os olhos, provavelmente levando um susto.
–– minha filha, por favor... –– ela olhou para Sara e deu uma risada como se estivesse decepcionada –– entra. Acho que precisamos conversar.
–– Rita, eu acho que devemos conversar todos juntos –– Hélio disse afrontando a mulher.
–– eu realmente queria conversar sobre a gente –– Peter disse em seguida, indicando Sara que estava ao seu lado.
–– eu quero falar com minha filha. Você pode ir –– Rita disse ríspida antes de entrar em casa.


–– droga! –– Sara fechou os olhos e bufou –– ta vendo... Eu sabia que isso ia acontecer.
–– desculpa, Sara –– Peter engoliu seco e acariciou o rosto dela.
–– vai –– a loira pediu com a face entristecida.
–– eu posso te ligar à tarde? –– ele perguntou lhe encarando e depois fitou o pai –– Sr. Hélio, será que...
–– olha Peter –– ele disse após um suspiro –– eu não tenho nada contra você. E já disse que é do meu agrado o namoro de vocês, portanto no que eu puder ajudar com a Rita...
–– eu te ligo –– Sara falou por fim e deu um beijo no rosto do garoto, entrando pelo portão em seguida.

Helio deu um sorriso fraco e acenou para Peter que entrava no carro. Ao entrar em casa, Rita estava em pé na sala. Sara parou ali e seu pai ficou logo atrás dela.
–– o que eu te disse? –– a mãe perguntou brutalmente.
–– mãe... –– Sara choramingou.
–– não fala! –– ela disse mais alto ainda –– quanto nós conversamos, Sara? Eu te pedir pra não se deixar apaixonar agora. Quer sair e se divertir, tudo bem, mas presta atenção no que você vai fazer com a tua vida.
–– que isso, Rita? –– Hélio perguntou assustado.
–– Hélio, eu só to querendo proteger minha filha. Eu não quero que aconteça com ela o que aconteceu comigo –– ela disse de forma amarga.


–– não é porque você engravidou cedo, ainda na faculdade, que isso vai acontecer com nossa filha –– ele respondeu no mesmo tom que ela.
–– eu tinha um sonho, Hélio –– Rita continuou enquanto Sara apenas assistia a briga –– eu queria me formar, fazer minha pós graduação fora do país e consegui uma bolsa pra ir trabalhar onde eu sempre sonhei. Você sabe muito bem disso.
–– claro que eu conheço essa historia –– o pai rolou os olhos, irônico –– nos conhecemos, você se apaixonou, nós namoramos, você engravidou. Terminou a faculdade, nós nunca nos casamos porque tua família não me aceitava e por fim você não realizou teus sonhos porque teve que ficar e cuidar da Sara –– ele disse com a voz entediada –– eu sei disso tudo. To cansado até de saber.
–– e ainda não entende o fato de eu querer proteger minha filha? –– ela perguntou indignada.


–– mãe, não é porque isso aconteceu com a sra, que significa que vai acontecer comigo –– Sara enfim falou, mesmo com a voz falha –– eu estando namorando o Peter ou não, eu posso engravidar sem querer de qualquer pessoa. Você acha melhor a tua filha sair por aí transando com qualquer garoto por qual ela não esteja apaixonada, do que ficar sério com...
–– transar? –– Rita arregalou os olhos –– você me disse que conversaríamos sobre isso quando chegasse a hora.
–– mas eu não me sinto a vontade pra falar com a sra sobre isso –– Sara amoleceu os braços e levou as mãos até o rosto.
–– você e esse garoto... –– ela levou uma mão ate a testa e esfregou ali.
–– você engravidou com dezoito anos, Rita –– Hélio disse balançando a cabeça negativamente –– como quer exigir que aos vinte a tua filha ainda seja virgem?
–– eu não to ouvindo isso... –– a mãe sorriu irônica –– eu vou deitar. E você Sara –– ela apontou o dedo para a menina e ficou pensativa –– pense muito bem o que você ta fazendo da tua vida. Eu dou um duro danado naqueles malditos plantões pra conseguir sustentar e criar você com a educação que você merece.
–– e eu faço por merecer isso! –– Sara resmungou irritada –– eu estudo muito. Levo minha faculdade a sério e inclusive, trabalho como babá da Lara para não precisar tanto assim do teu dinheiro, mãe –– ela disse com os olhos ardendo e logo uma lágrima escorreu –– se sua vida não deu certo e você não se sente feliz, então deixe que eu consiga ser feliz na minha!

Rita e Helio ficaram parados olhando Sara correr para o seu quarto e bater a porta com força. A loira se jogou na cama e de tanto chorar, pegou no sono sem se quer trocar de roupa.

[...]



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Autor(a): camilatrupi.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

No domingo Rick acordou após as duas da tarde e em seu celular já havia uma mensagem de Barbara. “Mamãe veio com papo de querer conversar. Será que ela viu algo?” Ele levantou-se, tomou um banho e depois de comer, pegou seu aparelho, respondendo à ela “Relaxa, acho que ela vai só resmungar que est&aac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • mahri Postado em 30/03/2014 - 13:00:57

    so pra me ter uma noçao,a fic tem quantos cap?

  • camilatrupi. Postado em 30/03/2014 - 09:07:52

    é meio complicado trabalho de domingo a domingo dai conforme tenho tempo eu vou copiando la e postando aqui. mais vou ver se consigo ir mais rápido.

  • mahri Postado em 30/03/2014 - 02:18:04

    Xii eu ja to bem adiante. Quando eu lia pelo orkut eu parei na parte que o Rick tava namorando e eles voltaram a ficar escondidos e depois eles realmente tavam juntos e Rick contou a mae so que ela nao gostou,ja tava no final da web, so que era epoca de final de ano e a Piu teve que parar de postar por causa das festas de fim de ano,ai eu parei de ler,entao eu to bem adiantada desses capitulos.posta logo os finais

  • mahri Postado em 28/03/2014 - 22:56:51

    Ei eu tbm lia so que a menina parou de postar :/ ai fui ler pelo orkut e depois abandonei

  • marianaauckermann Postado em 28/03/2014 - 21:39:14

    Adorei, poderia dar uma passadinha na minha fic? http://fanfics.com.br/fanfic/31858/a-escrava-vondy Obrigada <33


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