Fanfics Brasil - 123 Cilada!!!!!

Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela


Capítulo: 123

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Terça pela manhã, no intervalo da escola, Ricardo, Barbara, Michele e Peter sentaram-se no lugar de sempre, atrás da cantina e combinaram o horário que iriam para a casa de Ronald essa noite. Hoje era o dia exato do aniversário dele e seu pai vinha do interior, juntamente com seus avôs para uma intima festa em sua casa. Apenas um bolo, salgados, família e os poucos amigos, contando com uns três da faculdade. Michele ficou de pegar Barbara quando sua mãe e sua irmã fossem para a casa do primo. Mesmo com Rick insistindo para levá-la, a garota preferiu não ir com ele, temendo que sua mãe soubesse de alguma forma. Peter estava ali em meio a eles, mas pareciam não está de corpo presente. Sua mente viaja no relacionamento que supostamente ele teria com Sara, após toda a cena que a mãe da loira havia feito no domingo pela manhã. Já se passaram quase três dias completos e eles haviam se falado apenas pelo celular. A loira contou-lhe tudo sobre a briga que havia tido com a mãe e que não estava falando com ela ainda, apenas com o pai. Ele prometeu a ela que daria um jeito em Rita, para que ela aceitasse o namoro dela com Peter, mas aquilo levaria um tempo. Um tempo que Pepinho temia. Seu medo era que Sara não quisesse mais enfrentar a mãe e desistisse do namoro com ele. Rick, que estava sentado na calçada, com Bah ao seu lado e Pepinho do outro, enquanto Michele estava em pé, perguntava ao amigo sobre ele e Sara, já que não havia comentado nada sobre o dia em que ficaram.


–– alo, terra chamando –– Rick estalou os dedos na frente do amigo.
–– opa, oi –– ele disse lhes olhando surpreso –– foi mal. Tava distraído.
–– percebi –– o amigo concordou –– perguntei como você ta com a Sara. Ontem você estava mal falou comigo... –– Rick franziu a testa.
–– ah, estamos... –– ele deu de ombros enquanto fitava o chão –– sei lá... –– ele disse suspirando forte.
–– brigaram de novo? –– Barbara arqueou a sobrancelha enquanto Peter dobrava mais as pernas e as abraçava com os braços.
–– não exatamente... –– ele murmurou e abaixou a cabeça, apoiando sobre os joelhos.
–– o que houve, Peter? –– Michele se agachou em sua frente, apoiando as mãos sobre os joelhos dele –– você ta, hã, digamos que, um tanto estranho desde ontem... –– ele falou franzindo a testa.

Peter ergueu os olhos e encarou a ruiva por uns segundos enquanto apertou os lábios. Em seguida virou o rosto para Rick e Bah, e passou a língua sobre os lábios, querendo coragem para aquilo.
–– a Sara tinha razão –– por fim ele falou em tom de voz baixo.
–– sobre? –– Michele perguntou confusa.
–– domingo ela conheceu meus pais –– ele deu um sorriso fraco encarando Rick ao sei lado, que arqueou as sobrancelhas.


–– e como foi? –– Bah perguntou inclinando mais o corpo para frente, olhando-o nos olhos.
–– ela até tomou café da manhã com eles –– Peter franziu a testa e sorriu, se lembrando do fato –– meu pai disse que ela é demais pra mim –– rolou os olhos enquanto os amigos riam, menos Michele que não demonstrou tanto entusiasmo.
–– e qual o problema então? –– a ruiva perguntou arranhando a garganta.
–– quando fui deixá-la em casa, os pais dela estava lá –– ele continuou a falar, ficando sério e então o casal ao seu lado cessou o riso.
–– puts... –– Bah exclamou fazendo um bico.
–– você falou com a tia Rita? –– Rick perguntou assustado.
–– o seu Hélio tava saindo de lá e nos viu –– Pepinho continuou a explicar –– eu falei pra ele sobre eu e a Sara. Falei do namoro e... –– ele se calou e desviou o olhar para longe de novo. Após um silencio de poucos segundos, ele deu um riso e balançou a cabeça negativamente –– a dona Rita fez a maior cena... Disse que a sara não tinha idade pra namorar, foi irônica quanto a minha idade e por fim me mandou embora de lá, sem se quer conversar comigo.
–– foda... –– Michele murmurou.
–– eu falei que ela não era fácil –– Rick disse entortando os lábios.
–– e como a Sara ta? –– Bah perguntou em seguida.


–– mal, né? –– ele apertou os lábios –– temos nos falado pelo celular esses dias e ela ta chateada com a mãe. Droga viu! –– ele resmungou.
–– logo tudo se resolve –– Michele tentou sorrir, mas fora em vão, já que Peter não demonstrou nenhuma animação com suas palavras.
–– claro que se resolve –– ele murmurou irônico e olhando em seus olhos 
–– só to tentando ajudar, Peter! –– a ruiva resmungou e se colocou de pé, irritada.
–– não to pedindo tua pena e muito menos apoio moral –– Peter respondeu aumentando a voz, irritado também.
–– para, vai –– ela disse entediada –– isso não é o fim do mundo.
–– claro que não é Michele –– ele disse sarcástico –– não é você sofrendo, não é? –– deu um sorriso falso e ela estalou os lábios –– você ta muito bem com o Rogério. Enfim o colocou na coleira, que era o que você queria, né? Agora é fácil falar...
–– eu queria encoleirar o Roger? –– ela colocou as mãos sobre o peito e perguntou indignada –– eu corri atrás de você, Peter. Eu sofri demais por ti e agora...
–– se você gostasse de mim, não teria ficado com o Rogério enquanto estávamos juntos, Michele! –– Peter falou grosseiramente enquanto gesticulava.
–– ou! –– Rick gritou e esticou as mãos, abaixando as de Peter –– chega disso, gente.
–– discussão sem futuro –– Barbara murmurou –– o Peter é feliz com a Sara e você com o Roger –– disse olhando a amiga –– vão ficar retrocedendo nessa briga do passado pra que? –– perguntou indignada.


–– desculpa –– Michele disse ao soltar todo o ar.
–– me desculpa também –– Peter resmungou e levou uma mão até o rosto, esfregando os olhos –– eu só to uma pilha por conta dessa situação...

O clima tenso fora interrompido quando um som de um celular tocou. Era o de Barbara. Enquanto ela tirava do bolso da frente de sua calça jeans, os três lhe olhavam sem falar nada. Ela franziu a testa ao ver o numero não conhecido na tela, mas mesmo assim atendeu.
–– alo –– ela falou confusa.
–– oi Bah –– a voz do outro lado falou –– é o Ronald.
–– ah, oi –– ela deu um riso surpreso e abriu um sorriso ao olhar para os amigos –– tudo bom, Ronald? –– perguntou vendo Rick rolar os olhos e bufar.
–– tudo e com você linda? –– ele perguntou sorrindo.
–– ta tudo bem –– Bah disse sem jeito –– então, parabéns de novo.
–– obrigado, meu amor –– o loiro disse doce e depois arranhou a garganta –– então, to ligando pra te convidar pra festinha aqui em casa hoje à noite.
–– eu to sabendo. A Mi me avisou e o Peter também... –– a morena disse encarando Michele que prendia o riso.
–– ah, tudo bem –– ele murmurou –– é que uma menina tão especial merecia um convite particular, sabe? –– ele disse de um jeito prepotente, fazendo Bah rir e Rick cerrar os olhos –– te espero a noite então, ta?
–– certo –– ela assentiu.
–– você quer uma carona ou... –– ele começou a falar e ela arqueou as sobrancelhas.
–– não! –– disse de imediato –– eu vou com a Mi.
–– ok –– por fim ele assentiu –– beijos.
–– beijão –– ela disse rolando os olhos de forma divertida e desligou.


Os três continuavam a lhe fitar. Michele estava curiosa, Rick furioso e Peter parecia apenas confuso.
–– o Ronald me convidando pra festa dele de hoje –– ela deu de ombros e se pôs de pé, guardando o aparelho no bolso da calça.
–– mas eu disse que avisaria pra vocês –– a ruiva arqueou a sobrancelha e levou uma mão na franja que caiu em seu rosto –– só falta ele ta mesmo gamado em você...
–– nada a ver, Mi –– Bah revirou os olhos e fitou Rick que mantinha a respiração ofegante e olhava para o chão fixamente ––Rick? –– ela perguntou apertando os lábios.
–– hum? –– ele ergueu o olhar para ela –– o que?
–– hã, nada –– ela deu de ombros e olhou para Michele que fazia uma careta –– só que de repente você ficou quieto.
–– o Ronald sabe mesmo que nós estamos juntos, né? –– Rick a ignorou enquanto olhava para Peter, que assentiu confuso –– e que porra ele pensa que ta fazendo? ––perguntou indignado.
–– ele só... –– Bah começou a explicar sem graça.
–– só ta dando em cima de você e ignorando o fato de estarmos juntos –– Rick respondeu, a interrompendo.
–– ah dengo... –– ela estalou os lábios e se aproximou manhosa para ele, que deu um sorriso de lado –– não vou ficar com ele. Não precisa brigar. Ok?
–– Ih, acho que essa é nossa deixa –– Michele disse franzindo o nariz e olhando pra Ronald.
–– dengo? –– Pepinho resmungou se pondo de pé –– que ridículo –– disse brincalhão, levando um tapa de Bah no seu braço.
–– Pepino, vai pra... –– Rick lhe cerrou os olhos, mas fora interrompido pelos lábios de Bah nos seus.
–– shiu –– ela disse após o selinho –– vamos pra sala –– disse já o puxando para a cantina.

[...]


Quando chegou em casa no horário do almoço, Lidia entrou na cozinha prendendo seus cabelos em um coque alto. Bah estava em frente a pia lavando algumas louças e Rômulo, que havia chegado do curso há poucos minutos, tinha ido tomar banho.
–– esquentou a lasanha, Barbara? –– ela perguntou checando o forno.
–– já sim mãe –– Bah disse olhando para trás –– e o arroz também. Acabei de desligar. Pode pôr na mesa já.
–– certo –– a mulher assentiu e abriu o forno, retirando a travessa com uma luva de cozinha. 

Quando colocou tudo sobre a mesa, ela parou ao lado da filha e lavou as mãos enquanto Bah secava as últimas louças.
–– cadê o Rômulo? –– ela perguntou sem olhá-la.
–– tomando banho –– Bah explicou e pôs o pano sobre a pia, indo em direção à mesa.


–– então senta aí porque preciso falar contigo antes que ele venha –– Lidia falou ainda de costas pra filha, mas o seu tom de voz era frio e rígido.
–– to aqui, mãe –– a morena franziu a testa e esperou que sua mãe se sentasse em sua frente, entrelaçando as mãos na frente do rosto e com os cotovelos apoiados sobre a mesa –– fale...
–– ok. Eu vou fazer perguntas, mas não quero que você tente me enganar de novo –– ela disse séria.
–– enganar com relação a que? –– Bah arqueou a sobrancelha e desviou o olhar para a panela de arroz, em vez de encarar a mãe.
–– eu reconheço o carro da Alda até mil metros de distância –– Lidia voltou a dizer –– eu pego carona com ela há anos e sei exatamente a cor, a marca, o ano e inclusive, o adesivo com emblema do hospital, que tem colado no vidro para que possamos entrar no estacionamento...
–– ok... –– Bah assentiu, confusa, pegando a colher e servindo-se –– não entendo onde a Sra. quer chegar, mas posso ir comendo? –– perguntou apertando os lábios.
–– eu levei um susto quando sai da garagem domingo de manhã e reconheci o carro parado aqui em frente –– ela continuou falando e ignorando o que a filha havia pedido.
–– certo –– a filha assentiu novamente, sem entender nada –– mas e o que isso tem a ver? –– disse servindo-se de lasanha agora.
–– bom... –– Lidia abaixou a cabeça e abriu as mãos, encaixando seu rosto ali e suspirando –– Barbara, o insulfilm do vidro do carro da Alda não é cem por cento –– disse calma e quando ergueu o olhar, a filha estava inerte, com a colher de servir em sua mão, fitando-a –– então não adianta mentir pra mim –– deu riso indignado.


–– e sobre o que eu mentiria, mãe? –– ela perguntou nervosa, engolindo seco a situação –– sobre eu estar lá dentro? –– perguntou cínica –– eu estava conversando com o Rick lá dentro. A Sra. me viu lá e...
–– vi sim, e vi muito bem –– Lidia interrompeu a morena, aumentando um tanto a voz, fazendo Bah se tremer –– eu vi você sentada no colo do Ricardo, aos beijos com ele! –– disse cerrando os dentes e com um semblante furioso.
–– a Sra. viu coisa demais –– ela deu um riso nervoso e abaixou o olhar para sua própria comida –– acho que perdi a fome –– ela apoiou as mãos sobre a mesa, mas enquanto se levantava, sua mãe deu um longo suspiro.
–– senta –– ela pediu séria e Bah apenas obedeceu.
–– olha Barbara –– Lidia passou a língua sobre os lábios, talvez para controlar a raiva –– eu não sei o que vocês têm, se estão juntos ou se estão apenas curtindo a adolescência de vocês... –– ela suspirou enquanto Bah mexia-se impaciente na cadeira –– mas eu estou muito chateada por vocês terem mentido para nós.


–– a Sra. contou pra tia Alda? –– Bah perguntou com a voz fraca e encarando a mãe que negou com a cabeça –– vai contar?
–– deixa-me explicar uma coisa –– ela amoleceu o corpo rígido e jogou as costas no acento de trás da cadeira –– independente do que vocês tenham, uma hora vocês vão acabar. Vocês são adolescentes, são novos e nada dura pra sempre. É inevitável que vocês briguem e se magoem. Vão acabar com uma amizade de infância por causa de uns beijos dados mediante os hormônios...
–– não são... –– Bah a interrompeu, mas se calou quando a mãe arqueou a sobrancelha –– não são apenas hormônios. Não é só o beijo que a Sra. viu e nem outros beijos aleatórios –– ela engoliu seco enquanto via a mãe ficar surpresa –– não são apenas ficadas, mãe. Eu... Hã, eu –– ela expulsou todo o ar que havia em seus pulmões e fechou os olhos –– eu o amo. 
–– hã, você ta dizendo que... –– Lidia balançou a cabeça negativamente, como se aquilo a fizesse escutar melhor e ver que entendeu errado.


–– mãe, por favor –– ela choramingou –– a gente pode conversar sobre isso outro dia?
–– não Barbara... –– ela exclamou surpresa –– repete o que você falou por que... –– disse boquiaberta.
–– eu sou apaixonada pelo Ricardo desde quando eu era criança –– Bah falou de uma vez, rápido e com a respiração falhando.
–– você... –– a mãe murmurou pávida –– meu deus, e ele? –– perguntou confusa.
–– nós, hã, nós tivemos algumas coisas um tempo atrás –– ela começou a falar, desviando o olhar dos olhos fixos de Lidia.
–– desde quando? –– Lidia arqueou a sobrancelha.
–– eu tinha treze e ele quatorze –– Bah respondeu com a voz fraca e apertou os lábios enquanto passava a mão nos olhos.


–– vocês têm ficado esses anos todos escondidos de mim e da Alda? –– ela deu um riso irônico e quando viu Bah assentir sem encará-la, estalou os lábios e se levantou da mesa –– meu deus, minha filha... –– ela levou as mãos na cabeça –– e eu que não via maldade entre vocês dois... 
–– desculpa mãe –– ela murmurou envergonhada –– mas depois da Sra., o Rick é a pessoa que eu mais amo –– disse e viu Lidia fechar os olhos e suspirar –– eu sei que vocês são contra, não entendo muito o porque, mas não deu pra evitar. Desculpa de verdade –– ela manteve a cabeça baixa enquanto segurava as próprias mãos que tremiam.
–– não somos contra –– a mulher negou com a cabeça enquanto encarava a filha –– só que uma hora vocês vão se magoar. Eu vou ficar do seu lado e a Alda ao lado do filho dela. Nós iríamos acabar brigando por dar a razão a quem amamos e é justamente isso que temos medo –– ela falou mais calma.


–– eu prometo pra Sra. que isso nunca vai abalar sua amizade com a tia Alda e nem a dela com o papai –– Bah apressou-se em falar.
–– você não pode prometer isso, meu amor –– Lidia sorriu fraco, se sentando novamente.
–– nós já estivemos um tempo juntos e por vezes brigamos –– ela voltou a explicar –– já nos magoamos muito. Ficamos um tempo sem nos falar. Tudo como a Sra. descreveu... E isso nunca abalou vocês.
–– porque não sabíamos –– a mãe arqueou a sobrancelha de forma enfática –– eu achei que você estava sofrendo por conta do Artur.
–– também... –– ela deu de ombros e sorriu de lado –– o Artur nunca me levou a sério. Ele me traiu todo o tempo que estivemos juntos e o Rick sabia disso e não me contou –– contou e quando analisava a reação de sua mãe, a viu ficar surpresa.
–– ele não contou pra te proteger? –– deduziu a mãe.
–– sim –– Bah assentiu –– enfim, voltamos a ser amigos tem poucos dias e estávamos tentando apenas isso, mas acho que sábado eu bebi demais e não consegui resistir –– disse envergonhada.
–– então vocês não estão juntos? –– ela perguntou e passou a se servir, agora que estava mais calma e satisfeita com a declaração da filha.


 


–– não exatamente –– a morena respondeu confusa e viu Rômulo se sentar ali.
–– eu não quero atrapalhar a conversa de vocês, mas é que se eu não comer logo, vou me morrer de fome –– ele entortou os lábios e Lidia sorriu.
–– sem problema, querido –– ela respondeu –– obrigada por ter nos deixado a sós.
–– eu sou um intruso aqui, dona Lidia –– Rômulo deu de ombros e se sentou –– eu que devo agradecer pela boa hospitalidade.
–– ah mãe... –– Bah balbuciou de boca cheia –– eu vou com o Rômulo passar o feriado com o papai.
–– vai? –– Lidia a olhou surpresa.
–– ele ligou semana passada e pediu –– ela explicou rolando os olhos –– desculpa não avisar.
–– tudo bem –– a mãe bufou –– ultimamente você não tem me contado muitas coisas, né? –– disse irônica.
–– não exagera mãe –– Bah deu um riso –– a sra tem plantão hoje?
–– hurum –– ela acenou com a cabeça já que tinha a boca cheia.
–– vou pra casa do primo da Michele, porque hoje é aniversário dele e vai ter um bolo –– a garota explicou –– você vai? –– olhou para Rômulo.
–– não posso sair cedo do curso –– ele fez uma careta antes de dar um gole na água –– o Ronald me chamou, mas eu já expliquei que não vou poder ir.
–– tudo bem –– Bah fez bico e franziu o nariz, dando outra garfada na comida.
–– bom, eu, hã, tenho algo pra dizer –– ele arranhou a garganta e se arrumou na cadeira.
–– o que foi? Vai embora de casa? –– Bah perguntou brincando enquanto mastigava.
–– o sindico me ligou e aquele apto que eu estava esperando, ficou vago –– ele falou entortando os lábios e viu o sorriso de Bah desaparecer de seu rosto.
–– nossa Rômulo, que bom! –– Lidia disse sorrindo –– não é filha? –– perguntou fitando a morena que estava inerte, com o garfo na mão.
–– Bah? –– ele arqueou as sobrancelhas e estalou os dedos em sua frente.


–– você vai embora mesmo? –– ela perguntou ainda surpresa.
–– vou. Quer dizer... –– ele rolou os olhos –– eu vou está no andar de cima, quando quiser me visitar, só pegar o elevador –– deu de ombros, sorrindo.
–– hum... –– ela murmurou e abaixou a cabeça fitando seu prato –– e quando vai?
–– daqui umas semanas –– ele respondeu sorrindo de lado –– ainda vão limpar e consertar algumas coisas... E também quero aproveitar a viagem e conversar com meu pai pra vê se ele me ajuda a pagar o aluguel. Não acho justo teu pai ou a Tereza me ajudarem.
–– mas a Tereza pode pagar a metade e teu pai a outra metade –– Lidia sugeriu –– ela quer sempre te ajudar.
–– é que não acho que seja obrigação dela, então quero dividir apenas com meu pai –– ele apertou os lábios, mas logo outro sorriso se formou –– consegui um estagio.
–– sério? –– Bah e Lidia falaram juntas, olhando o garoto alvo que sorria com as bochechas avermelhadas.


–– é sim –– ele assentiu –– começo semana que vem. É pouca coisa. Estágio inicial não é lá essas coisas, mas espero aprender muito.
–– fico feliz por você, Rômulo –– Lidia disse erguendo o corpo e oferecendo um abraço a ele –– significa que você está no caminho certo.
–– obrigado dona Lidia –– ele agradeceu e ao se sentar, fitou Bah, que comia, fitando o prato.
–– ta tudo bem meu amor? –– Lidia perguntou lhe olhando.
–– hã, ta sim mãe –– Bah assentiu sorrindo a contra gosto –– só que eu me acostumei com o Rômulo aqui, né? –– deu de ombros –– chato ou não, ele era uma companhia pra quando a sra não estava... Vou sentir falta.
–– eu também vou –– ele piscou pra ela, que rolou os olhos sentindo a malicia da frase.
–– bom. Já terminei aqui –– Bah disse levantando-se da mesa –– vou para o meu quarto –– disse ela após por o prato na mesa e ir para o quarto.
[...]


Em torno das vinte horas, quando Michele, tocou a campainha, Bah saiu do quarto trajando um short um short cintura alta, com uma blusa branca transparente por dentro, mostrando seu sutiã rendado e um sapato dourado com salto médio. Cumprimentou a ruiva que lhe esperava na porta, com uma saia jeans preta e uma blusa verde com preto, de um ombro só.
–– vai enlouquecer o Ronald assim –– Michele disse rindo quando a amiga fechava a porta.
–– isso não é pro teu primo –– Bah rolou os olhos.
–– e é pra quem? Pro Rick? –– a ruiva perguntou presunçosa, mas Bah só deu de ombros –– você não me contou detalhes sobre aquela noite... –– cutucou.
–– já te disse que não rolou nada –– a morena deu de ombros e se pôs a andar ate o elevador –– ficamos apenas. 
–– ah Barbara, não acredito –– Michele estalou os lábios e cerrou um olho –– sério que você não transou com ele? –– ela cruzou os braços.
–– sério, Mi –– Bah suspirou –– ah... E minha mãe nos viu juntos –– ela apertou os lábios enquanto fitava a amiga, que arregalou os olhos.
–– nossa, e aí? –– a ruiva perguntou assustada.
–– ela nos viu dentro do carro, falou e falou, mas eu expliquei que nos gostamos e acho que ta tudo bem –– Bah deu de ombros antes de entrar no elevador.

[...]



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Autor(a): camilatrupi.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Na sala da casa de Ronald, estavam Ricardo estava sentado em um sofá com Peter de um lado e Rogério do outro. Sara sentava no braço do sofá e mantinha as mãos entrelaçadas, mas a cabeça estava com os pensamentos longes. Melissa estava na cozinha ajudando sua mãe com alguns aperitivos e Ronald tomava uma cerveja enquanto ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • mahri Postado em 30/03/2014 - 13:00:57

    so pra me ter uma noçao,a fic tem quantos cap?

  • camilatrupi. Postado em 30/03/2014 - 09:07:52

    é meio complicado trabalho de domingo a domingo dai conforme tenho tempo eu vou copiando la e postando aqui. mais vou ver se consigo ir mais rápido.

  • mahri Postado em 30/03/2014 - 02:18:04

    Xii eu ja to bem adiante. Quando eu lia pelo orkut eu parei na parte que o Rick tava namorando e eles voltaram a ficar escondidos e depois eles realmente tavam juntos e Rick contou a mae so que ela nao gostou,ja tava no final da web, so que era epoca de final de ano e a Piu teve que parar de postar por causa das festas de fim de ano,ai eu parei de ler,entao eu to bem adiantada desses capitulos.posta logo os finais

  • mahri Postado em 28/03/2014 - 22:56:51

    Ei eu tbm lia so que a menina parou de postar :/ ai fui ler pelo orkut e depois abandonei

  • marianaauckermann Postado em 28/03/2014 - 21:39:14

    Adorei, poderia dar uma passadinha na minha fic? http://fanfics.com.br/fanfic/31858/a-escrava-vondy Obrigada <33


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