Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela

Em torno das dez horas da manhã, Emerson bateu na porta do quarto de Rick para lhe acordar. Mesmo embriagado de sono, ele levantou-se sem reclamar e fora tomar um banho. Vestiu uma bermuda bege e uma camiseta regata branca, e quando estava calçando um tênis, Bah entrou ali.
–– bom dia –– ela falou sorrindo fraco.
–– bom dia –– ele sorriu quando a viu –– dormiu bem?
–– hurum –– ela assentiu e se sentou ao lado dele –– e você?
–– não muito –– Rick fez uma careta e se levantou.
–– se não quiser ir ao piquenique... –– ela começou a falar e Rick virou-se de frente a ela.
–– não, tudo bem –– ele falou dando de ombros e em seguida bocejou.
–– você ta caindo de sono –– ela riu do garoto e se pôs de pé –– fica aí descansando, dengo.
–– prefiro ficar com você –– ele pôs a mão na nuca dela quando a garota estava próxima a ele e acariciou o local.

Os dois passaram a se encaram fixamente enquanto Bah colocou uma mão sobre a mão dele, acarinhando.
–– Bárbara –– Tereza apareceu no corredor a chamando.
–– hã, já estou indo –– Bah respondeu saindo do transe.
–– estamos indo. Andem rápido –– a mulher disse e saiu dali.
–– melhor irmos –– Bah falou soltando-se de Rick e saiu do quarto com urgência.
–– é melhor... –– Rick sussurrou e saiu atrás dela, fechando a porta.

[...]

Michele acordou despida sobre a cama de Rogério e olhou para o relógio no pulso do garoto, assustada. Já havia amanhecido e estava super tarde. Ela não tinha levado o celular, muito menos avisado que dormiria fora de casa. Nem poderia inventar para a mãe que estava na casa de Bah, pois ela sabia que a amiga havia viajado. A ruiva se levantou, vestiu-se rapidamente e acordou Roger, o sacudindo.
–– Roger, Roger, anda, levanta –– ela pedia quase que desesperada.
–– hum, ruiva... Vai dormir, vai. Que droga –– ele resmungou ainda de olhos fechados.
–– já são dez horas da manhã, preciso ir pra casa. Que merda, Rogério. Levanta! –– ela falou batendo o pé.
–– sem chances de eu sair dessa cama –– ele riu enfiando a cara no travesseiro e se cobriu com o lençol –– pega dinheiro na minha carteira e vai de táxi.
–– é leso, é? –– ela exclamou incrédula –– eu estou só de camisola. Anda, vem logo me deixar.
–– hum... –– ele murmurou, mas não se mexeu.

–– Rogério! –– a ruiva gritou e passou a lhe puxar pelo braço.
–– para. To falando sério –– ele disse já engrossando a voz.
–– ah Roger, pra me trazer aqui, você vem na maior boa vontade, né? –– ela disse irônica.
–– você veio porque quis, não te obriguei –– ele disse mais irônico que ela.
–– claro, já conseguiu o que queria –– ela cerrou os olhos pra ele e lhe puxou o travesseiro da cabeça –– anda logo. Vem... –– disse manhosa.
–– não torra, Michele! –– ele gritou com ela –– eu to morrendo de sono, com dor de cabeça de ressaca e não vou ir te deixar. Se quiser ir de táxi, tem dinheiro ali –– ele apontou para a carteira sobre uma mesinha –– se não, vá andando, mas me deixa dormir, garota.

Michele olhou para ele chocada. Estava boquiaberta e não conseguia se quer responder qualquer coisa. Calçou o chinelo, abriu o guarda roupa dele e pegou uma blusa de botão, grande, vestindo em seguida. Ao parar em frente à mesinha, pegou o dinheiro e a carteira de motorista do garoto. Mil pensamentos maléficos passavam pela sua cabeça, ainda mais quando as lágrimas passaram a escorrer pela face. Bateu a porta do quarto e pediu um táxi na rua, onde todos a olhavam por estar apenas com uma blusa larga. Fora direto para casa, onde, por sorte, conseguiu entrar sem ser vista pela mãe. Pelo menos bronca não iria levar. Deitou-se em sua cama, ainda chorando e arrependeu-se de cada minuto que passou ao lado daquele garoto até hoje. Nunca havia sido tratada daquela forma.

[...]