Fanfic: Cilada!!!!! | Tema: web novela

À tarde, depois de chegar do almoço, tirar um cochilo e fazer as atividades da escola, Bárbara se arrumou para ir para a academia. Havia decidido começar a malhar onde Ricardo trabalhava como recepcionista e auxiliava em algumas coisas. Na verdade o garoto só estava lá porque o local era de um amigo dele e além do mais, ele ganhava um dinheiro extra  a sua mesada, malhava de graça e conhecia mais garotas ainda. Bah pôs um short curto e um top de malhar, calçou seu tênis e pegou uma toalhinha, e foi caminhando até lá. Quando chegou logo avistou Rick conversando com uma garota, com o corpo escultural, em um aparelho. Ela parou no balcão e logo ele a avistou ali. Cumprimentaram-se, ela fez todo o cadastro e logo fora malhar. Ele a apresentou para o instrutor que iria lhe ajudar. Rick passou a acompanhá-la com os olhos toda vez que ela estava a conversar com algum garoto e quando ela trocava de aparelho. Vez ou outra, quando estava desocupado, ele ia conversar com ela e mimar a amiga. O que na verdade era apenas ciúme de ver outros garotos que malhavam ali, dando em cima de Bah ou apenas a olhando.

[...]

Durante a semana, exatamente na quarta-feira, Rick tomou um banho, comeu alguma coisa após chegar da academia e ligou para Rogério e Peter. Havia um pagode em um barzinho conhecido naquela região e era de praxe os três irem. Não era o tipo de programa que Bárbara curtia, mas vez ou outra ela ia com Michele e Tuti. Dessa vez a garota não estava a fim de ir, mas como sua mãe estava de plantão, ela decidiu ir dormir na casa da amiga. Depois de Rick insistir para que Bah fosse com ele e ela se recusar, o garoto passou para pegar Peter em sua casa e fora para o tal bar. Para variar, Tuti estava lá. Ele tinha clientes fixos ali e nunca deixava de ir. Bah sabia que o namorado saía todos os dias da semana, pois segundo o que ele dizia para ela, era que ele trabalhava como promoter de festas em barzinhos e casas noturnas. Ricardo e Peter beberam, dançaram e pegaram algumas garotas ao longo da noite. Quando já era meia noite, Rogério chegou no primo dizendo que haveria uma outra festinha particular na casa de um dos conhecidos dele.
–– e aí, vão querer ir? –– Rogério perguntou olhando para os dois –– mas é naquele esquema, viu?
–– bico fechado, né? –– Rick cruzou os braços e encostou-se a um carro que tinha ali no estacionamento.
–– vocês vão, curtem, aproveitam, mas não abram a boca pra ninguém! –– ele disse os advertindo –– só to chamando porque sou teu primo e sei que você gosta dessas coisas.
–– beleza , nós vamos –– Rick lhe fez um cumprimento com a mão.
–– certo. Já vamos sair, ai vocês vão me seguindo –– Rogério disse e saiu dali.
–– que festinhas são essas? –– Peter perguntou o olhando confuso.
–– não sei se seria legal você ir –– ele disse pensativo.
–– do que se trata? –– ele perguntou confuso –– é barra pesada?
–– sexo, drogas e rock n’ roll –– Rick disse suspirando –– é o que define. Uma festinha na casa de alguém onde os caras vão pra beber, consumir drogas e transar.
–– prostitutas? –– Peter perguntou fazendo uma careta.
–– nada, umas vadias aí, mas nada diferente dessas que a gente pega em festas –– Rick deu de ombros –– o lance é que elas vão lá com os mesmos intuitos que os homens e depois de chapadas, dão pra qualquer um.
–– e qual a graça dessas festas? –– Peter perguntou mordendo o lábio –– pra isso eu pego umas garotas aqui mesmo, pelo menos estão sóbrias.
–– o lance é que o Tuti vai –– Rick arqueou as sobrancelhas –– fui uma vez e vi uma coisa que eu não deveria ver. Quero ver de novo –– ele sorriu.
–– e o que o Tuti faz lá? –– ele perguntou surpreso.
–– pepinho, melhor você ficar sem essa resposta, ok? –– ele disse preocupado.
–– ué, fala aí, Rick. Eu não falo nada pra ninguém –– Peter pediu –– eu vou ver mesmo se eu for –– deu de ombros.
–– olha, a Bah não sabe, ninguém sabe além do Rogério. Então bico calado, viu? Meu primo ta confiando na gente –– ele arqueou as sobrancelhas e advertiu o amigo que assentiu –– ele vende...
–– vende? –– Peter franziu a testa –– tipo, drogas?
–– ele é traficante desses playboys de merda –– Rick disse revirando os olhos e bufando –– ou você acha mesmo que ele é promoter dessas festas? –– perguntou irônico.
–– sei lá. Você disse naquela vez que ele era traficante e eu fiquei preocupado, mas não achei que fosse de verdade... Hã... Ele ta em todas as festas da cidade, boates e barzinhos –– Peter deu de ombros –– sempre tem entradas Vips e conhece todo mundo.
–– ele entra e conhece todo mundo porque vende –– Rick disse rindo como e fosse obvio –– ele revende pros donos dessas boates, por isso tem acesso vip.
––********... –– pepinho disse surpreso –– por isso você o odeia tanto?

–– também –– Rick balançou os ombros –– o odeio porque ele namora a Bah, porque ele mente pra ela, porque eu já o vi traindo-a em uma dessas festinhas particulares e porque ele é um idiota...
–– e porque você não diz nada pra ela? –– Peter perguntou atônito.
–– porque ela não acreditaria em mim, aí provavelmente iria falar pra ele e ele viria atrás de mim. Ele é barra pesada, pepinho –– Rick disse preocupado –– além do mais... –– ele apertou os lábios e olhou para os lados –– eu já andei usando umas paradas dessas.
–– você? –– Peter perguntou assustado.
–– abre tua boca pra você ver se eu não te meto a porrada! –– Rick disse ameaçando o amigo que gargalhou.
–– bico fechado amigo. Fica tranqüilo –– Peter sorriu –– mas aí quando o Tuti viu que era você, o que aconteceu?
–– quando descobri que ele que vendia e ele viu que eu que tava comprando, a coisa ficou complicada –– ele disse indignado –– ele disse que se eu contar algo pra Bah, ele conta pra ela e pra minha mãe que eu já usei drogas.
–– puta merda! –– Peter exclamou e logo se calou quando Rogério apareceu ali.
–– vamos? –– o primo perguntou e os dois assentiram.

[...]

Os dois foram de moto seguindo Rogério até o local indicado. Era uma casa luxuosa, lotada de gente, bebidas e drogas. Peter e Rick passaram pelo menos umas duas horas apenas bebendo e vendo a movimentação do lugar. Nenhum dos dois queria pegar qualquer garota que fosse ali. Na verdade Peter estava com nojo daquele tipo de menina que se esfregava em todo mundo e que transavam até com vários naquela mesma noite. Já Rick, estava mais preocupado em achar Tuti do que se divertir. Quando ele viu o garoto chegar, tentou se esconder em um dos sofás para que ele não o visse. Poucos minutos depois saiu dali com Peter e foram dar uma volta pela casa. Olhavam alguns cômodos a procura de Artur, até que o acharam em um dos quartos com outras pessoas. Bebiam, consumiam drogas e estavam com garotas. Inclusive Rogério e Artur. Ele estava sem camisa, sentado em uma poltrona, com uma garota apenas de saia jeans em seu colo. Os dois estavam em um beijo caloroso e o garoto parecia fora de si. Peter tirou seu celular do bolso e bateu uma foto de Tuti com a garota, mas logo fora repreendido por Rick, que o puxou dali, para irem embora. Quando ele acelerou a moto, gritava com o amigo.
–– que merda você pensa que tava fazendo? –– Rick perguntou irritado.
–– ué, Rick, você não vai mesmo contar pra ela? –– Peter perguntou como se fosse obvio –– temos prova da verdade. Se você não falar pra ela, vai ser uma sacanagem. Você ta vendo o namorado dela fazendo isso e vai ficar na tua? –– perguntava indignado –– a garota que você ama ta sendo enganada por outro e você não faz nada?
–– cala a boca, pepinho –– Rick pediu, acelerando mais a moto e se calando pelo resto do caminho.

Naquele dia Peter acabou dormindo na casa de Rick, pois já eram quase três da manhã. Na manhã seguinte os dois foram para a escola com sono e levaram bronca de Michele e Bah, que diziam para os amigos não saírem dia de semana e nem beber tanto assim.

[...]

Era sexta e Rick não iria sair. Quando estava na academia combinou de ir para a casa de Bah para assistir filmes, já que a mãe de ambos estaria de plantão naquela noite e Lara iria dormir na casa de uma amiguinha da escola, pois Sara tinha um compromisso. O garoto tomou um banho, vestiu-se com uma bermuda jeans e uma blusa básica, pegou sua moto e fora até a casa da amiga. Na verdade, ele iria para lá para passar a noite com Bah, pois estava morrendo de saudades dos beijos dela. A última vez que haviam ficado fora no inicio da semana na escola, pois depois do dia que Rick viu Tuti com outra naquela festa, ele tinha ficado um pouco mais distante dela. Ele entrou em seu prédio e colocou a moto na garagem. Até porque já era amigo do porteiro dali. Subiu até o andar do apto dela e tirou as chaves do bolso, abrindo a porta. Há alguns anos Lidia havia dado uma cópia da chave do apto para Ricardo, já que ela o considerava como um afilhado e sempre que ela tirava férias e Bah ia para a casa do pai, era ele que ia ali manter as coisas em ordem. Lidia confiava tanto em Ricardo, quanto Alda confiava em Bárbara. 

Rick adentrou o local e ouviu risadas vindas lá de dentro. Ele fechou a porta e fora caminhando até a cozinha, parando na porta quando viu a cena. Bárbara estava sentada sobre a mesa e Artur estava na cadeira em sua frente. Conversavam sobre alguma coisa e riam alto. Ela trajava apenas um pijama curto e Tuti estava sem camisa, com uma bermuda jeans e comendo um pão. Rick arqueou as sobrancelhas e arranhou a garganta, entrando ali.
–– boa noite pombinhos –– ele falou irônico e fora até a geladeira.
–– ah, oi Ri –– ela disse virando a cabeça para a direção dele, sorrindo –– nem vi você entrar.
–– normal, sou sempre discreto nas coisas que eu faço –– ele piscou pra garota, pegou um iogurte na geladeira e parou ao lado de Bah –– tudo bom minha vida –– lhe deu um beijo no rosto e sorriu para Artur –– beleza  Tuti? –– disse irônico e se sentou na cadeira ali ao lado.
–– oi Ricardo –– Tuti sorriu falso para o garoto e pegou o pé da namorada, massageando –– continua falando, amor –– disse olhando para Bah.
–– então... –– ela deu um sorriso e suspirou –– como isso é gostoso –– disse se referindo a massagem no pé.
–– eu sei que você gosta –– Tuti sorriu para a namorada.
–– ela gosta quando sobe pela panturrilha e vai até o bumbum –– Rick disse fingindo distração enquanto lia a embalagem do iogurte –– né vida? –– ele os olhou e sorriu.

Artur cerrou os olhos e bufou, fitando Rick. Bah olhou para o amigo furiosa.
–– Rick! –– ela o advertiu.
–– ué, o que foi? –– o garoto perguntou como se não soubesse.
–– o que você ta fazendo aqui mesmo? –– Tuti perguntou para Rick de forma impaciente.
–– vim dormir com a minha vida –– Rick respondeu sorrindo cínico –– a tia Lidia que pediu, sabe? 
–– ta falando sério? –– ele ergueu a sobrancelha e deu uma risada irônica, fitando Bárbara –– eu disse pra você que ficaria aqui.
–– mas você não ia poder dormir comigo –– Bah fez bico para o namorado.
–– eu te falei que precisava sair pra deixar uns ingressos, mas que voltava –– Artur respondeu indignado e viu Rick dar uma gargalhada.
–– hã? –– Rick perguntou os olhando e sorrindo ainda –– já viu quantas calorias  tem esse iogurte? –– ele disse cínico, erguendo o pote enquanto Tuti estava completamente irritado.
–– aí Ricardo, que besteira. Até parece que você se importa com isso –– Bah revirou os olhos e voltou a olhar para o namorado, que pegou o outro pé dela para massagear enquanto respirava fundo.
–– tem muitas coisas que eu pareço não me importar, mas que me incomodam muito –– ele sorriu de lado e fitou Bárbara que sorriu fraco.
–– Rick, se você quiser ir pra casa. O Tuti dorme aqui comigo –– Bárbara falou olhando para Artur e depois para o amigo.
–– claro que não, Bah –– Rick falou rindo incrédulo –– a tia Lidia pediu para que eu viesse dormir aqui contigo. Se amanhã ela sair do plantão e eu não estiver aqui, ela pode reclamar pra minha mãe –– ele falou cínico.
–– mas a Bah ta comigo –– Tuti falou cerrando os olhos.
–– mas é que a tia Lidia confia em mim, Artur –– Rick falou sorrindo mais cínico ainda –– se ela confiasse em você, ela pediria a ti e não a mim.
–– seu idiotinha de merda! –– Artur disse entre dentes, se levantando da cadeira.

––ei Tuti. Para! –– Bah segurou o namorado pelo braço e puxou para perto de si –– e você também Rick. Chega!
–– desculpa sociedade, mas a verdade dói –– Rick piscou para Artur e saiu da cozinha –– vou guardar minha mochila.

Artur bufou e se sentou na cadeira, encarando Bárbara, furioso.
––*******Bárbara, esse cara ta me tirando do sério! –– ele resmungou –– já não basta eu ter que agüentar essa amizade de vocês, ainda tenho que aturá-lo com provocações.
–– calma amor –– Bah falou docemente, abrindo as pernas e inclinando o corpo pra frente, dando um selinho no namorado –– Rick só fala essas coisas pra implicar contigo. Nem dá bola.
–– fica difícil, né Bah? –– ele falou balançando a cabeça negativamente, indignado –– e que merda de massagem que ele falou? –– perguntou se lembrando.
–– amor, eu e o Rick nos conhecemos desde criança. Você sabe disso –– ela falou revirando os olhos.
–– uma coisa não justifica a outra, Bárbara! –– ele falou alterando o tom de voz –– e não me venha com o papinho de que vocês são como irmãos, que eu nem suporto ouvir isso –– ele se pôs de pé e parou com as duas mãos na cintura, encarando o chão, irritado.

Bah franziu os lábios e ficou olhando-o sem saber o que falar. Ela respirou fundo e ficou fitando a parede. Tuti passou a mão no rosto, bufou e se pôs entre as pernas dela.
–– desculpa amor –– ele pediu pondo as mãos sobre as coxas dela –– só que esse Ricardo não me desce –– ele sussurrou –– e só de pensar nesse teu amigo colocando as mãos dele no teu corpo, me sobe uma raiva –– falou ficando irritado novamente.
–– tudo bem –– ela sorriu fraco –– deixa pra lá. Nem dá bola pra ele –– pediu a fim de mudar aquele assunto.
–– desculpa mesmo –– Tuti sorriu e lhe deu um selinho.

Ela apenas sorriu pra ele e retribuiu o selinho que acabou virando um beijo. Bárbara pôs as mãos sobre os ombros desnudos do namorado e ele colou os corpos. Aos poucos fora descendo as mãos para as coxas dela e quando chegou aos joelhos, os levantou, pondo as pernas dela em volta da cintura dele. A mão de Tuti fora para a nuca de Bárbara e a boca desceu para o pescoço. Ela inclinava a cabeça pra trás e tinha os olhos fechados, enquanto arfava. Rick entrou na cozinha, já trajando um short de elástico e uma camisa regata e parou olhando aquela cena. Fez uma cara de nojo ao mesmo tempo em que ficava irritado, mas não queria demonstrar. Observou o casal por alguns segundos, sentindo seu corpo estremecer de tantos ciúmes e adentrou a cozinha arranhando a garganta, porém não foi notado ali por ela, mas Artur sabia muito bem o que estava fazendo. Provocando-o. Quando o garoto desceu as mãos novamente para as coxas de Bárbara, apertando com força e puxando seu lábio inferior com os dentes, Rick saiu dali rumo à sala e voltou com o telefone na orelha. Artur já as mãos por dentro da blusa do pijama dela, na barriga, próximas aos seios e beijavam-se euforicamente.
–– não tia Lidia –– ele entrou falando alto, fingindo falar no telefone –– não precisamos de nada. Ta tudo bem. O Artur ta aqui também –– disse sorrindo cínico e viu o casal desgrudar os lábios por interrupção dela –– é, ele vai dormir aqui, porque? –– franziu a testa e se encostou ao arco da porta.

Bárbara desceu da mesa com rapidez e correu até o amigo, pegando o telefone da mão dele e indo para a sala em desespero. Artur olhou para Rick furioso, mas o garoto apenas deu de ombros como se não soubesse de nada. Olhou para o membro de Tuti e sorriu coçando a nuca.
–– acho que um banho gelado resolveria isso –– falou indicando a ereção do outro e saiu da cozinha.

Esbarrou em Rick no corredor e logo começou a lhe dar tapas no peitoral.
–– ai vida! –– ele resmungou rindo.
–– não tinha ninguém no telefone, né? –– ela perguntou irritada –– quando atendi, tinha caído a suposta ligação e aí retornei pra mamãe que disse que não ligou e ainda ficou perguntando se tinha acontecido algo.
–– sério? –– Rick pôs a mão na boca e riu.
––********, Rick! Que merda! –– ela resmungou o empurrando contra a parede do corredor.
–– calma, vidinha, não precisa falar tanto palavrão –– ele disse contendo o riso e apertando os lábios –– você sabe que eu não gosto –– Rick pôs a mão na nuca dela, por dentro dos cabelos e acariciou –– você é meiga demais pra falar esse tipo de palavras –– ele sorriu de lado.
–– não faz isso –– Bah revirou os olhos impaciente.
–– eu sei que você gosta –– ele aproximou o corpo do dela e sussurrou em seu ouvido –– eu sei tudo que você gosta e exatamente como você gosta –– falou com malicia e ela sentiu seu corpo arrepiar.
–– Rick! –– exclamou ela com a voz falhando –– o Tuti ta aí. Para com isso –– a garota afastou e lançou um olhar repreendedor.
–– Tuti, Tuti, Tuti... –– Ricardo repetiu com voz de nojo e viu Bárbara sair pelo corredor, rumo à sala.

Minutos depois o garoto foi para a sala e viu os dois no sofá. Tuti estava sentado bem a vontade e ainda sem camisa, já Bárbara tinha a cabeça no colo dele e as pernas sobre o encosto do sofá. O garoto acarinhava os 
cabelos da menina. Rick sentou-se na outra ponta e puxou os pés dela para pôr em seu colo. Bah estava atenta ao filme enquanto Rick estava pensativo e Tuti mexendo no celular com a mão que estava livre. Vez ou outra Bárbara falava com os dois, mas nenhum deles respondia com animação. Após uns quarenta minutos da comédia romântica, o celular de Rick tocou. O garoto tirou do bolso e viu Rogério no visor. 

–– fala primo –– Rick disse ao atender e ver Tuti o olhar.
–– e ai Rick. Ta onde? –– perguntou o garoto.
–– to na casa da vida –– ele sorriu fraco e olhou para Bárbara que retribuiu o sorriso –– por quê? O que foi?
–– eu ia te chamar pra vim aqui na Disc –– Rogério bufou.
–– ah, nem vai dá. Não vou sair hoje –– Rick respondeu olhando de lado para Bárbara e Tuti que havia começado a se beijar –– vou dormir aqui na Bah.
–– vem com ela então, pô! –– o primo pediu –– to rodado aqui. Não acho nenhum dos guris e nem o Tuti –– reclamou e Rick se levantou do sofá indo para o quarto.
–– Tuti ta aqui –– ele revirou os olhos –– mas daqui a pouco ele deve ta indo. Disse que tinha uns ingressos pra entregar –– falou irônico e ouviu o primo rir.
–– ta certo... –– Rogério assentiu –– ah! –– exclamou, lembrando-se de algo –– sabe aquele moleque que anda contigo? Da tua escola? –– perguntou ficando irritado.
–– pepinho? –– Rick franziu a testa e se jogou na cama de Bah.
–– esse mane mesmo! –– ele falou furioso –– ele tava pegando a Michele hoje, acredita? A minha Michele! –– bufou –– eu juro que se tivesse um pouco mais bêbado, eu tinha metido a mão na cara daquele*********.
–– ué –– Rick gargalhou –– vocês não têm nada, porra! Queria o que? Que ela fosse fiel a alguém que não ta nem aí pra relacionamento? –– perguntou irônico.
–– olha quem fala, né? –– o primo disse cheio de sarcasmo –– você não leva ninguém a sério e ta querendo me dar conselhos? –– ele riu.
–– é, mas não sou eu que to choramingando porque viu a ruivinha beijando um moleque, né? –– Ricardo falou rindo do primo e o ouviu desligar o celular.

Rick desligou o aparelho e voltou para sala. Bah estava deitada sozinha, ainda assistindo ao filme enquanto Artur estava na sacada do apto, falando ao celular. O garoto gesticulava muito, como se tivesse irritado e logo voltou pra sala.
–– amor, vou ter que ir resolver umas coisas de trabalho –– ele disse se sentando ao lado dela.
–– já Tuti? –– ela fez uma careta –– poxa, agora que são onze e meia –– ela falou olhando no relógio da parede.
–– mas preciso ir amor –– ele entortou os lábios e em seguida, puxou a garota pela nuca, lhe dando um beijo empolgado –– te amor –– sussurrou após o beijo.
–– eu também –– ela sorriu de lado e ele se levantou.
–– vou pegar minha camisa –– Tuti disse indo para o corredor até o quarto.

O garoto voltou e deu uma olhadela de lado para Rick que estava deitado no sofá enquanto Bárbara estava de pé próxima a porta lhe esperando. Ele pôs o celular no bolso da calça, vestiu a camisa e esperou que a namorada abrisse a porta, saindo seguido dela. A garota encostou a porta e ficou e sua frente.
–– qualquer coisa que precisar, você me liga, ta? –– ele disse segurando o rosto dela com as mãos e selando os lábios.
–– ligo sim –– ela sorriu –– você vai passar a noite toda na boate? –– fez bico.
–– não amor, vou só deixar umas entradas de uma festa amanhã e pegar uns Vips na Disc –– mentiu Tuti.
–– festa amanhã? –– ela perguntou sorridente.
–– é –– ele revirou os olhos –– e sim, eu vou levar você e a Michele –– sorriu pra ela que pulou em seu pescoço e lhe abraçou.
–– e vai poder me dá atenção pelo menos uma boa parte da noite? –– perguntou manhosa.
–– a noite toda –– ele sorriu –– amanhã sou apenas seu.

Bárbara abriu um sorriso e deu um selinho no namorado, que logo virou um beijo lento e calmo. Quando Tuti se despediu e entrou no elevador, Bárbara entrou em casa. Fechou a porta e assim que virou-se de frente foi empurrada por Rick, que lhe imprensou contra a portar, colando os seus corpos. A mão dele fora direto para os cabelos dela e ele a puxou com certa força, lhe beijando com ferocidade. Bárbara gemeu de dor, mas parecia não se importar muito, já que sua boca estava colada na de Rick e suas línguas mexiam em perfeita sincronia. Ela puxava os cabelos dele próximos à nuca enquanto ele alisava seu corpo com a mão livre. O garoto veio a puxando pela cintura e lhe deitou no sofá, ficando por cima dela. A boca desceu para o pescoço, dando chupões naquela região, fazendo-a gemer enquanto apertava os olhos.
–– Rick... Para –– ela murmurava.
–– você sabe que eu não vou parar –– ele disse no ouvido dela –– to morrendo de saudades do meu corpo.
–– seu corpo? –– ela deu uma risada confusa.
–– é, teu corpo é meu, lembra? –– ele disse afastando os rostos e a olhando –– você disse isso na escola na nossa última vez –– ele piscou pra ela que riu ainda mais –– se quiser eu faço você se lembrar disso também –– ele ameaçou enquanto esfregava seus dedos no sexo dela por cima do pijama.

Quando voltaram a se beijar, a campainha tocou, fazendo com que os dois se afastassem abruptamente. Olharam-se arfando e assustados, então ela se levantou, arrumou o cabelo e fora abrir a porta. Já Rick havia ido para o quarto. Bah deu de cara com Artur e mal conseguiu disfarçar a surpresa.
–– o que foi amor? –– ela perguntou franzindo a testa.
–– esqueci minha carteira –– o namorado disse sorrindo.
–– ah, acho que ficou na cozinha –– ela falou sorrindo sem graça e foi para o cômodo, seguida do namorado.
–– o que foi amor? Parece cansada –– ele comentou quando chegaram a cozinha.
–– eu tava no quarto da mamãe, aí vim correndo –– ela explicou com um meio sorriso.
–– ah sim –– ele murmurou sem muito interesse.

Tuti pegou sua carteira, pôs no bolso e fora para fora, se despedindo dela com um beijo após conversarem um pouco sobre a festa de amanhã. Bah trancou a porta e desligou as coisas na sala, indo até o seu quarto. Assim que entrou, deparou-se com Rick apenas com a toalha enrolada na cintura. Ela encostou a porta e ficou fitando o corpo do rapaz que ainda estava molhado do banho. Ele virou-se para olhar a porta se fechando e abriu um sorriso malicioso quando percebeu que Bárbara o olhava.
–– hã, Tuti já foi –– ela falou atordoada.
–– que bom –– Rick sorriu de lado e soltou a toalha da cintura, deixando seu membro, ainda ereto, amostra –– achei que um banho gelado fosse me fazer bem, mas não adiantou muito –– ele falou cínico e olhou para baixo.
–– você não presta mesmo –– Bah revirou os olhos e virou-se, pondo a mão na maçaneta.
–– presto não? –– ele andou rapidamente até ela e lhe encoxou por trás, pondo a boca no ouvido dela –– tem certeza? Eu acho que presto sim e que você gosta muito disso. Mas eu só acho –– ele sussurrou e ela arrepiou-se por completo.
–– cafajeste –– ela murmurou virando-se de frente e pondo os braços em volta do pescoço dele.

O beijo já começou quente e ela fora deslizando a mão pelo tórax dele até chegar ao seu sexo, onde envolveu com a mão e passou a movimentar. Rick caminhou com ela ate a cama da garota e lhe deitou ali com delicadeza. Suas mãos já foram descendo o short do pijama dela, junto com a calcinha e logo sua boca chupava os seios de Bah. Em poucos minutos, Ricardo deslizou a língua pela barriga até chegar ao sexo e iniciou o sexo oral. Bárbara cravava as unhas no lençol e tinha os olhos fechados, contorcendo-se e gemendo de prazer. Não demorou muito para que ela estivesse próximo ao orgasmo.
–– Rick, eu vou... –– ela falou ofegante, mas Rick decidiu parar –– o que você... –– ela abriu os olhos para olhá-lo.
–– quero sentir você gozando –– ele disse sacana e lhe penetrou com urgência.

Bah deu um gemido alto ao sentir o membro dele em seu sexo e abriu mais as pernas, fazendo com que o garoto se encaixasse. Poucos minutos depois Bah sentiu seu corpo contraindo e ficou completamente arrepiada. Os gemidos saiam falho e ela tinha um sorriso bobo nos lábios. Rick tinha o rosto afundado no pescoço dela e distribuía beijos molhados naquela região. Ele continuou a lhe penetrar, agora com mais rapidez, e ela abriu os olhos o fitando e lhe empurrou pondo as mãos em seu peitoral. O garoto se manteve de joelhos sobre a cama e Bárbara levantou, virando-se de costas a ele e ficando de quatro. Rick deu um sorriso satisfeito ao ver a amiga empinando o bumbum e segurou-lhe pela cintura, puxando contra seu corpo, já lhe penetrando. Ela rebolava, empinava o quadril, emitia gemidos e jogava os cabelos para trás com sensualidade. Todo e qualquer movimento que fazia era apenas para agradá-lo e parecia conseguir com êxtase, pois Rick estava extremamente eufórico. Ele apertou-lhe a cintura com brutalidade e colocou seu membro o mais dentro possível do sexo da garota, chegando ao orgasmo em seguida. O garoto arfava e emitia gemidos exacerbadamente alto. Bárbara jogou seu corpo sobre a cama, com um largo sorriso nos lábios e Rick jogou-se por cima dela, deixando seu corpo escorregar para o lado em seguida.

Os rostos ficaram de frente e os dois encaravam-se sorrindo. Ficaram daquele jeito por vários minutos enquanto ele acariciava a lateral do rosto dela com uma das mãos e ela passava as unhas nas costas dele. Cansados, acabaram pegando no sono ali mesmo e quando acordaram já era quase nove horas da manhã. Bah abriu os olhos, virou o rosto para trás e pôde ver Ricardo ali, deitado de conchinha com ela. A garota abriu um sorriso e suspirou, deitando-se de barriga para cima. Ele tinha o braço em volta da cintura dela, que a garota tirou com toda delicadeza, saindo dali e indo para o banheiro no fim do corredor. Após vestir apenas um vestido curto, florido e com alças finas, e constar que ainda não era dez da manhã, horário em que acabaria o plantão de sua mãe, Bah prendeu o cabelo no alto e fora para a cozinha. Estava sentada sobre a mesa, como de costume, com os pés sobre a cadeira, comendo um pão e tomando Nescau com leite enquanto folheava uma revista qualquer. 
–– bom dia vida –– Rick disse com a voz roca entrando pela cozinha.
–– bom dia Ri –– ela abaixou a revista e lhe olhou, abrindo um sorriso em seguida.

O garoto vestia apenas uma cueca branca, tinha o cabelo desgrenhado e um pouco molhado, já que jogara uma água quando fora escovar os dentes e lavar o rosto.
–– levei um susto quando acordei e não te vi ali –– ele disse coçando a nuca e indo até a geladeira.
–– a primeira coisa que eu fiz quando acordei, foi ver as horas –– Bah disse rindo –– já pensou se a mamãe chega e nos vê nus naquela cama? Abraçadinhos –– ela riu alto e ele balançou a cabeça, também rindo da situação.
–– tia Lidia ia pirar, velho! –– ele disse se divertindo e pegou um pão, pondo queijo dentro e se sentando na cadeira em sua frente.
–– primeiro ela te matava, depois me matava e depois ia chorar pra tia Alda –– Bah falou fazendo caretas e rindo.
–– mesmo se eu tivesse morto, minha mãe iria me matar –– Rick revirou os olhos e pôs os pés de Bárbara em seu colo –– pode deixar aqui –– ele sorriu.
–– acho que elas acreditam na nossa amizade –– ela sorriu de lado e deu uma mordida no resto do pão que tinha em mãos.
–– como acredita? –– ele perguntou confuso –– somos amigos, Bah. Que viagem é essa?
–– calma –– ela riu –– só to dizendo que elas acreditam que não role nada entre nós dois, apenas amizade, sabe? –– explicou –– elas não desconfiam.
–– ah sim –– ele suspirou –– é... Todo mundo acha que temos algo, que******um clima e tal –– deu de ombros –– to pouco me importando para o que eles acham. 
–– eu também –– Bárbara deu de ombros –– independente do que tenhamos, somos amigos de verdade, né? –– ela sorriu e acariciou o rosto dele.
–– claro que somos. Você pode sempre contar comigo pro que precisar –– Rick assentiu e retribuiu o carinho.

Os dois fitaram-se por alguns minutos enquanto Rick pôs a mão na panturrilha dela, acariciando e subindo para as coxas. Ele ergueu o pé da garota e fora beijando o pé, tornozelo, panturrilha e coxas enquanto ela sorria. Quando chegou na parte interna, ele mordiscou, ouvindo-a rir e subindo para os seios, por cima do vestido e em seguida, pescoço. Ela inclinou a cabeça pra trás e o garoto passou a distribuir beijos suaves por toda a extensão. Em seguida os lábios se encontraram e um beijo calmo e delicado aconteceu. Rick segurava sua cabeça, pela nuca, acariciando ali enquanto Bárbara lhe fazia carinho na cintura. Ele estava encaixado entre suas pernas e seus sexos já se roçavam.
–– mais? –– ela sussurrou entre o beijo e ele assentiu –– não cansa? –– ela sorriu.
–– nunca vou me cansar de você –– o garoto falou pondo a outra mão o rosto dela e lhe encarando, serio –– eu te amo, vida. Muito mesmo.
–– eu também te amo, Rick –– ela sorriu e mordeu o lábio inferior.

Rick voltou a unir seus lábios e logo o beijo ficou quente. Ela roçava as pernas nos quadris dele e os sexos esfregavam-se, causando mais excitação. Ele desceu a alça do vestido dela, passando a língua em um dos seios e em seguida fez o mesmo com o contra lateral. Bárbara passou a mão sobre o órgão sexual de Ricardo e o tirou para fora da cueca. Ele apenas afastou a calcinha dela para o lado, passando o dedo em seu sexo em seguida. Ao perceber o quão excitada ela já estava, introduziu seu membro com lerdeza, arrancando um gemido manhoso dela. Os corpos estavam completamente colados, os seios dela se esfregavam no peitoral dele, dando-lhes mais prazer. Ela tinha os braços enrolado em volta do pescoço dele e as mãos dele em volta da cintura dela, apertando-lhe com cautela. O beijo que trocavam nesse momento era mais romântico e a penetração era lenta, porém prazerosa aos dois. Não demorou muito tempo e os dois chegaram ao orgasmo juntos, agarrando-se mais forte nesse momento. O garoto tirou seu sexo de dentro dela, deixando o seu liquido escorrer. Bárbara olhou e fez uma careta, e ele pegou um papel toalha para se limpar e limpá-la.
–– deveríamos usar camisinha –– ela disse pensativa ainda sentada sobre a mesa.

–– por quê? –– ele virou-se e a olhou surpreso –– você não toma aquele anticoncepcional de injeção? 
–– tomo –– ela revirou os olhos e lhe esticou o papel, para que ele jogasse no lixo.
–– mas toma certinho? –– Rick perguntou confuso –– não to entendendo.
–– anticoncepcional só evita gravidez, Rick –– ela disse cerrando os olhos para ele, que se aproximava.
–– e o que mais você quer evitar? –– ele ergueu as sobrancelhas e lhe fitou.
–– doenças, né Ricardo? –– ela entortou os lábios e falou como se fosse obvio.
–– mas... –– ele falou surpreendido –– eu não transo sem camisinha, vida –– ele falou confuso e se sentou em sua frente, na cadeira –– quer dizer, só com você, mais ninguém. 
–– sério? –– ela o encarou.
–– claro –– ele riu incrédulo –– eu te juro, pode confiar em mim de verdade. A não ser que você e o Artur... –– ele não terminou a frase, pois se lembrou do tipo de festas que o garoto participava.
–– não –– ela disse imediatamente –– quer dizer... Algumas vezes, mas isso foi antes de eu ficar com você a primeira vez –– ela deu de ombros –– ano passado eu tive que parar com o remédio e aí passamos a transar só de camisinha e mesmo depois que eu voltei, continuamos usando. Eu prefiro –– a garota entortou os lábios.
–– e ele reclama? –– Rick perguntou curioso.
–– reclama –– Bah suspirou e abaixou o olhar –– ele diz que parece que eu não confio nele, mas é que... –– ela apoiou o rosto nas mãos e bufou –– não sei Rick. Eu não acho que ele me traia, sabe? Mas é tão difícil pra mim, confiar em alguém. Não sei... 
–– não confie –– Rick deixou escapar e a viu olhá-lo assustada.
–– como assim? –– a garota riu incrédula –– ta falando de que?
–– de nada, Bah –– ele deu de ombros e desviou o olhar –– só que eu concordo com você. Homens não são confiáveis. É isso.
–– ta falando sério? –– ela mordeu o lábio inferior.
–– to –– ele assentiu –– pode confiar em mim.
–– você não presta, Ricardo –– ela riu e lhe deu um empurrão –– um vagabundo que vive cercado de mulheres.
–– eu não tenho namorada pra ser fiel, então eu posso ficar com quem eu quiser –– Rick disse como se fosse obvio –– mas também não saiu pegando qualquer uma. Eu fico com quem me atraí.
–– já me acostumei com tantas garotas aos teus pés –– Bah deu de ombros –– se bem que elas têm motivos pra isso –– sorriu de lado e acariciou seu peitoral com a ponta do pé –– como você consegue fazer ser tão gostoso? –– Bárbara suspirou e ele deu um sorriso –– como você consegue ser tão gostoso? –– ela reformulou a pergunta.
–– eu não faço nada –– ele sorriu fraco e lhe deu um selinho, se pondo de pé.
–– faz sim. Tem algo de diferente –– ela disse entortando os lábios.
–– deve ser porque existe amor entre nós –– ele deu de ombros e fora até o bebedor, pegando um copo com água.
–– não é isso –– ela revirou os olhos –– eu amo o Tuti e nós não temos essa afinidade toda. E olha que estamos juntos há quase dois anos.
–– ele é um pateta –– Rick resmungou irritado ao ouvir aquilo –– não consegue nem te satisfazer. Que tipo de namorado é esse? –– ele fez uma careta de nojo e ela riu.
–– pra isso que existe você –– ela lhe provocou –– pra me satisfazer. Você é meu escravo sexual e Tuti meu namorado perfeito –– mordeu o lábio, o fitando e logo caiu na risada diante a brincadeira, mas ele não riu.
–– isso não teve graça –– ele fez cara de tédio.
–– realmente, não tem graça eu enganá-lo dessa maneira –– Bah deu de ombros e ficou pensativa.
–– não pensa nele, pensa em você –– Rick disse parando em frente a ela e segurando seu rosto.
–– pensar em mim e em você, né? –– ela disse entediada.
–– não, Bah –– ele suspirou –– independente de sexo, faz o que você achar melhor –– ele disse soltando as mãos.
–– independente, né? –– ela riu e revirou os olhos.
–– o que você ta insinuando? –– Rick perguntou encarando-a sério.
–– ué, Rick –– ela ficou confusa –– se não é por sexo, é pelo o que? –– questionou um tanto quanto divertida –– só falta dizer que******sentimento –– ela brincou.
–– e se fosse? –– ele a questionou erguendo a sobrancelha –– eu não fico com você só por isso. 
–– claro –– ela ironizou –– você não consegue gostar de ninguém, Rick.
–– mas eu gosto de você, Bárbara –– ele disse alterando o tom de voz –– eu te amo, que merda! –– esbravejou.
–– to falando do outro tipo de amor –– ela explicou também irritando-se e sem nem entender porque.
–– que amor? –– ele perguntou revirando os olhos de forma impaciente.
–– o amor que******entre nós dois é de irmão –– Bárbara disse tentando convencê-lo e a si mesma daquilo.
–– não vou discuti isso com você –– ele falou apertando os lábios e balançando a cabeça negativamente.
–– quer saber, Rick? –– ela disse descendo da mesa e parando em sua frente com os braços cruzados –– eu sofri muito por você no passado. Juro que não entendia o porquê das coisas naquela época, mas talvez hoje eu consiga entender. Eu me apaixonei por você de verdade enquanto o que você queria era apenas uns beijos e nada mais. Se tivéssemos ficado, eu teria quebrado a cara, porque realmente me iludiria e pra você eu ia ser apenas mais uma. 
–– eu não quis ficar contigo porque não queria te iludir, Bah –– ele disse chateado –– eu estava em um momento diferente. Eu não queria nada sério e sabia que ficar contigo, seria o mesmo que te fazer sofrer.

–– realmente, você tinha razão –– ela deu de ombros –– hoje eu sei diferenciar beijo de sexo e de sentimento. Sei que eu dou pra você e pronto, apenas isso. Porque se eu fosse me importar com cada uma que você pega –– ela riu debochada.
–– eu não transo com você por transar –– ele riu incrédulo –– porque se for pra transar por transar, eu comia qualquer uma nessas baladas que eu vou.
–– mas você faz isso –– ela disse seca, revirando os olhos e virando-se para sair –– todo dia você come uma vadiazinha ou até mais –– falou irritada –– quer saber? Cansei desse papo –– ela bufou e fora para seu quarto, batendo a porta com força.
–– mas que merda... –– ele murmurou pondo as duas mãos na cabeça e bufando.

Uns minutos depois Rick caminhou até o quarto e bateu na porta. Bárbara estava sentada na cama, mexendo em seu notebook, que estava em seu colo. Ele entrou calado, vestiu sua bermuda, sua blusa, calçou o tênis e pegou a mochila. Bárbara fingia que não via, mas estava atenta a todos movimentos dele. O garoto se aproximou dela, lhe deu um beijo no rosto e saiu dali sem mencionar uma palavra qualquer. Quando ouviu a porta da sala se fechando, Bah fechou o notebook e levantou-se da cama. Andou de um lado pro outro do quarto pensando que aquele sentimento idiota de anos atrás não poderia voltar. Ela não podia se apaixonar por Rick novamente, já que achava que estava com ciúmes dele esse momento. Pegou seu celular e ligou para o namorado, que atendeu com a voz sonolenta ainda. Precisava dele, precisava de Tuti, para ter certeza de que ele era o único que ela amava. Era o único que ela poderia querer, ter ciúmes e amar. Tinha necessidade de desvencilhar todo e qualquer sentimento que pudesse voltar a ter pelo melhor amigo e talvez fosse hora de se afastar.

[...]