Fanfic: You are not alone - Portiñón | Tema: Portiñón

Eu fazia de tudo, tudo por aquela garota, eu a tratava com prioridade e muitas vezes ela me tratava apenas como uma opção, às vezes eu acho que ela tinha preconceito de si mesmo e por influencia de suas amigas, ela acabou se afastando de mim, talvez por medo, não sei.

Eu lutei por ela, eu ligava pra ela, eu falava, eu amava.

A gente completou um ano de “namoro” no dia 24 de dezembro e foi a partir daí que tudo isso começou.

Ela disse que não estava pronta pra se relacionar com uma garota, nem preciso dizer o quanto fiquei mal não é?! Então ela terminou comigo e da pior forma possível dizendo coisas que eu única imaginaria que ouviria dela, ela simplesmente pisou em mim, em meus sentimentos, em meu coração. Muitas pessoas tentaram abrir os meus olhos e mandava eu me afastar dela e desistir de correr atrás de alguém que não me merece. Mas eu estava cega, sabe quando você ta completamente e absurdamente apaixonada por alguém e por mais que lá no fundo, bem La no fundo, você saiba que essa pessoa está errada, mas você acha desculpas do além pra tentar explicar a si mesmo e a todos de que ela ta certa? Você justifica as atitudes injustificáveis dela. Eu sei, eu era e talvez ainda seja uma completa idiota.

Só que com o tempo eu descobri que ela não fazia tanta questão da minha presença quanto eu fazia da dela, percebi também que eu amava por nós duas, que de uma amizade, a única “amiga” era eu. Vocês têm noção do quanto que dói imaginar-se sem uma pessoa que você jurava que seria pra sempre? Que fizeram planos para o futuro? Que ela fazia parte do seu dia-a-dia? Doeu e ainda dói, mas não como antes.

Lembro-me do dia em que fizemos uma promessa de que nenhuma de nós iria esquecer uma a outra. Bom, eu ainda cumpro com minha promessa.

Eu não quero esquecê-la, mas também não quero lembrá-la.

E de qualquer forma, ela sempre vai ser o meu primeiro amor, isso é impossível de esquecer e apesar de tudo, nós tivemos lembranças boas e que me fazem sentir saudades, mas esse lance de “amor” eu não quero mais pra mim.

Estou no último ano, prestes a “terminar” meus estudos, tenho 17 anos e estou prestes a alcançar minha maioridade – graças a Deus – e por incrível que pareça, eu ainda não sei para o quê prestar o vestibular, não sei o que eu quero ser. Eu sou a pessoa mais indecisa que eu conheço.

Ta, fico me auto-flagelando o tempo todo, a Ju sempre reclama disso.

Enfim, aqui estou eu em mais um dia completamente chato no qual eu tenho que ir pra minha escola completamente chata.

Terminei de vestir meu uniforme, peguei minha mochila, uma maçã e fui pro ponto de ônibus que não fica muito longe da minha casa.

Não sei se sou só eu, mas eu não consigo comer nada assim que acordo – por mais que eu esteja com fome – simplesmente não me da à mínima vontade.

Peguei o ônibus e sentei ao lado da minha melhor amiga, ela era mais alta que eu talvez uns 10 centímetros, esqueci de dizer a vocês, mas eu tenho 1,57 de altura, pouco não é? Eu sei.

-Oi Dul – Falou ela sorridente. Cara, qual ser humano normal pode ser tão animado e ter um bom humor às 6 horas da manhã? Não sei, mas isso chega a irritar. 

- Oi – falei seca, eu odeio acordar cedo, eu odeio ir pra escola, eu odeio ter que me levantar da cama.

- você e esse seu bom-humor matinal que encanta qualquer um – Respondeu irônica.